CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2575 DE 16 DE OUTUBRO DE 2025

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Ano 11 | nº 2575 | 16 de outubro de 2025

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: preços estáveis em São Paulo

A cotação do boi gordo esteve estável na comparação diária. A oferta foi boa, com boiadas provenientes principalmente dos confinamentos, o que permitiu escalas de abate confortáveis, em média de nove dias. Esse equilíbrio entre oferta e procura justificou a estabilidade dos preços. Com relação ao escoamento da carne, o desempenho melhorou.

No Paraná, a oferta de boiadas aumentou, mas não houve alteração no preço de nenhuma categoria na comparação feita dia a dia. No Rio de Janeiro, a oferta de boiadas esteve contida e as escalas de abate estiveram curtas. Um dos principais fatores para esse cenário foram as chuvas, que permitiram a recuperação do vigor das pastagens. No Espírito Santo, o quadro foi de oferta de boiadas em declínio. Não houve alteração no preço de nenhuma categoria na comparação diária.

Scot Consultoria 

Boi gordo: demanda interna e pico de exportação mexem com mercado

O mercado físico do boi gordo volta a se deparar com alguma recuperação em seus preços no decorrer da terça-feira (14), com destaque para o movimento deflagrado em Mato Grosso.

Já em estados como Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul o perfil é de maior acomodação, com manutenção do padrão dos negócios, aponta o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias. “Os frigoríficos de maior porte ainda sinalizam para uma posição mais confortável de suas escalas de abate, ainda contando com a incidência de animais de parceria. Exportações seguem como um grande diferencial e vale mencionar que o mês de setembro marcou o maior volume da história em exportação”, ressaltou. Média da arroba do boi gordo: São Paulo: R$ 310,80 — ontem: R$ 311,08. Goiás: R$ 298,39 — R$ 298,21. Minas Gerais: R$ 299,41 — R$ 298,53. Mato Grosso do Sul: R$ 322,27 — R$ 322,16. Mato Grosso: R$ 296,54 — R$ 293,28. O mercado atacadista apresenta preços firmes durante a terça-feira, e o ambiente de negócios sugere para alta das indicações. “No entanto, isso deve acontecer de maneira comedida. É importante mencionar que a demanda doméstica se aproxima do seu auge, com a incidência do 13º salário, criação dos postos temporários de emprego e confraternizações de final de ano, fatores que oferecem uma perspectiva positiva”, assinalou Iglesias. Quarto traseiro: segue no patamar de R$ 25 por quilo. Ponta de agulha: ainda é precificada a R$ 16,50 por quilo. Quarto dianteiro: se mantém a R$ 18 por quilo.

Safras News

Preço do boi gordo registra estabilidade em quase todo o Brasil

Quantidade de carne bovina disponível no mercado interno no mês de setembro foi cerca de 15% menor que a de agosto. Oferta de animais foi boa, com boiadas provenientes principalmente dos confinamentos, o que permitiu escalas de abate confortáveis

O mercado pecuário apresentou estabilidade na maior parte do Brasil na quarta-feira (15/10). Das 33 regiões monitoradas pela Scot Consultoria, 30 não tiveram alterações na cotação do boi gordo. Foram registradas altas apenas em Pelotas (RS), norte de Mato Grosso e sul de Tocantins. Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, o preço da arroba do boi gordo seguiu a R$ 307 para o pagamento a prazo. Segundo a Scot, a oferta de animais foi boa, com boiadas provenientes principalmente dos confinamentos, o que permitiu escalas de abate confortáveis, em média de nove dias. Esse equilíbrio entre oferta e procura justificou a estabilidade dos preços. Com relação ao escoamento da carne, o desempenho melhorou. Cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que a quantidade de carne bovina disponível no mercado interno no mês de setembro foi cerca de 15% menor que a de agosto. Nos Estados do Centro-Oeste, a redução passou dos 20%. Segundo o Cepea, essa estimativa é compatível com a exportação recorde ocorrida no mês passado e com o menor ritmo de abate relatado por representantes de frigoríficos, especialmente de médio e pequeno portes. Desde o começo de outubro, os preços da carne no atacado e dos animais para abate vêm se recuperando paulatinamente. No acumulado deste mês, todas as 28 regiões pesquisadas pelo Cepea acumulam algum aumento de preços, e a carcaça casada tanto de boi quanto de vaca se valoriza 3,2% no atacado da Grande São Paulo.

Globo Rural

Consumo de carne bovina inicia outubro em recuperação, com alta nas carcaças, avanço da arroba e maior competitividade frente ao frango

Após semanas em ritmo moroso, a demanda por carne bovina começou a dar sinais de recuperação. Mesmo antes do quinto dia útil de outubro, o mercado registrou maior movimentação nas vendas, com destaque para o fim de semana, segundo informações da Scot Consultoria.

Apesar do aquecimento na procura, os preços seguiram praticamente estáveis, com apenas ajustes moderados em relação às semanas anteriores. No mercado atacadista paulista de carne com osso, todas as carcaças casadas registraram alta. A carcaça casada do boi capão subiu 2%, negociada a R$ 20,50/kg, enquanto a do boi inteiro avançou 2,6%, cotada em R$ 19,50/kg. Entre as fêmeas, a carcaça da vaca valorizou 1,9%, chegando a R$ 18,85/kg, e a da novilha aumentou 1,8%, a R$ 19,35/kg. No mercado de carne sem osso, a média geral dos preços permaneceu estável, com movimentos opostos entre os cortes do dianteiro e do traseiro. Os cortes do dianteiro apresentaram leve alta de 0,2%, impulsionada pelo avanço de 2,6% no preço do cupim. Já o traseiro registrou recuo de 0,1%, com destaque negativo para o coxão duro, que caiu 1,9%. No varejo, os preços mostraram comportamentos distintos entre os estados. Paraná e Rio de Janeiro tiveram alta, São Paulo apresentou queda e Minas Gerais manteve estabilidade. No Paraná, a cotação média subiu 0,2%, com destaque negativo para a alcatra com maminha, que recuou 2,3%. No Rio de Janeiro, a média avançou 0,1%, impulsionada pelo acém, que subiu 2,7%. Em São Paulo, o preço médio caiu 0,3%, mesmo com a alta de 3,3% na alcatra com maminha. Em Minas Gerais, a média ficou estável, mas o filé mignon com cordão apresentou queda de 3,5%. Em setembro, as principais quedas foram observadas no frango congelado (1,45%), na carne bovina corte traseiro (0,86%) e dianteiro (0,39%). No curto prazo, prevalece o movimento de queda, mas em 12 meses todas as proteínas ainda acumulam altas expressivas: carne bovina corte traseiro (21,47%) e dianteiro (29,15%); frango congelado (9,90%); pernil (16,07%) e ovos (9,08%). No acumulado de janeiro a agosto, o cenário se inverte, com recuos de 3% para o corte traseiro bovino e de 1,18% para o pernil. No mercado físico, o boi gordo manteve ritmo firme, sustentado pelo maior movimento no varejo. A Agrifatto reportou que a média nacional foi de R$ 298,82 por arroba, avanço diário de 0,06%, com escalas de abate estabilizadas em oito dias úteis. Em São Paulo, a arroba subiu 0,26%, chegando a R$ 309,77. A carcaça casada do boi subiu 1,2% frente à semana anterior, cotada a R$ 20,70/kg, com destaque para a ponta de agulha, que valorizou 3,09%, negociada a R$ 17,34/kg. O traseiro subiu 0,41% e o dianteiro 1,91%, confirmando a melhora gradual na demanda interna. A relação de troca entre o dianteiro bovino e o frango inteiro atingiu 2,27 kg na média parcial de outubro, o menor patamar dos últimos cinco meses. Isso significa que são necessários 2,27 quilos de frango inteiro para comprar um quilo do dianteiro bovino, resultado 8,7% menor que em setembro e 4% inferior ao registrado em outubro do ano passado.

Notícias Agrícolas

Pará envia primeira remessa de carne bovina rastreada para a China

Lote inclui mais de 350 bovinos Nelore, com 13 a 24 meses, transportados em 22 caminhões para frigorífico destinado à exportação. O Pará iniciou as exportações de carne bovina com a primeira remessa de 108 toneladas, que partiu do município de Xinguara, conhecido como a capital do boi gordo, com destino à China.

O estado, detentor do segundo maior rebanho bovino do país, com 26 milhões de cabeças de gado, iniciou as exportações de carne produzida com o Sistema de Rastreabilidade Bovina Individual do Pará (SRBIPA). O lote exportado incluía mais de 350 bovinos machos da raça Nelore, com idades entre 13 e 24 meses, transportados em 22 caminhões para um frigorífico com Serviço de Inspeção Federal (SIF) para o município de Água Azul do Norte, no Pará. Após o nascimento, cada animal recebeu dois brincos de identificação: um amarelo, para leitura visual, e outro azul eletrônico, que permite monitoramento por radiofrequência. Durante 90 dias, o rebanho foi alimentado com silagem, capim e ração, seguindo manejo sustentável em pasto rotacionado intensivo. Esse processo garante rastreabilidade completa e fortalece a qualidade e a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva da carne. A iniciativa garante o controle sanitário do rebanho desde o nascimento até o abate. O primeiro lote de carne produzido com o sistema registrou ganho médio de 592 kg por animal, totalizando 7.212,48 arrobas. “O sistema de rastreabilidade é pioneiro no Brasil e qualifica a carne para mercados internacionais, oferecendo garantias sanitárias de produção e de origem do produto, permitindo o acompanhamento até chegar ao frigorífico e fortalecendo a confiança do consumidor”, destacou o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo. Para o zootecnista e gestor de propriedade rural Adriano Silva, a rastreabilidade agrega valor à produção. “Com o número de identificação de cada animal, é possível acompanhar o ganho de peso individualmente, tornando a produção e a gestão da propriedade mais precisas. Isso impacta diretamente a qualidade do produto, abre acesso a diferentes mercados e contribui para o desenvolvimento da pecuária no Pará”, afirma. A partir de janeiro de 2027, todo o rebanho estadual deverá estar identificado individualmente. Os brincos de identificação são fornecidos gratuitamente pelo governo do Pará a produtores com até 100 animais, que podem procurar a Adepará em seu município para adquirir os itens e realizar a identificação individual.

Canal Rural 

Ciclo de alta: futuros do boi gordo se aproximam de R$ 330 na B3

O mercado pecuário brasileiro segue em trajetória de alta, com os preços futuros do boi gordo se aproximando da marca de R$ 330 por arroba. Na última semana, o contrato futuro de janeiro de 2026 encerrou cotado a R$ 330 por arroba na B3, com valorização de 1,06% em relação à semana anterior. Outros vencimentos também registraram alta: outubro (+1,49%), novembro (+1,47%) e dezembro (+1,21%). 

Já o mercado físico, no entanto, fechou a semana a R$ 307,95 por arroba – avanço semanal de 0,70%. O movimento de alta, conforme a Markestrat Group, indica um ciclo de valorização sustentado pela escassez de oferta e pela valorização genética dos animais de cria. Segundo levantamento da consultoria, os preços da reposição já superam em 36% a média do ano, refletindo a demanda dos produtores pela recomposição de seus rebanhos. O preço do bezerro no mercado físico registrou avanço de 1,32% na semana, chegando a R$ 2.946,12. “A valorização do bezerro é sustentada pela boa demanda de reposição e pela perspectiva de continuidade da firmeza nos preços do boi gordo”, sinalizam os especialistas. A consultoria destaca que, mesmo com um ambiente de custos elevados, a pecuária brasileira mostra potencial de valorização gradual nos próximos meses.

O Estado de São Paulo

Exportações brasileiras de gado vivo em setembro/25 “colam” no recorde mensal histórico

No acumulado dos primeiros nove meses de 2025, o Brasil embarcou 788,41 mil “bovinos em pé”, uma quantidade recorde para o período

As exportações brasileiras de gado vivo totalizaram 137,17 mil cabeças em setembro/25, o segundo maior volume mensal da história, ficando um pouco atrás do resultado recorde, alcançado em dezembro/24 (137,75 mil cabeças), informou a Agrifatto. Em receita, os embarques de “animal em pé” geraram US$ 147,93 milhões, resultando em uma média por animal negociado de US$ 76,32/@, acrescenta a consultoria. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o Brasil exportou 788,41 mil bovinos vivos, uma quantidade recorde para o período e aumento de 16,08% sobre o volume computado em igual período de 2024. Segundo os dados da Agrifatto, entre os Estados exportadores, o Pará se mantém como principal origem dos embarques de gado vivo, respondendo por 59,59% do total, seguido por Rio Grande do Sul, com 22,38% de participação. Os destinos também seguiram concentrados, com Turquia, Iraque, Marrocos e Egito absorvendo juntos 77,17% do volume exportado em setembro/25, informa a Agrifatto. Caso essa tendência se mantenha até dezembro, diz a consultoria, 2025 deverá se consolidar como o ano de maior exportação de “gado em pé” da história do país, reforçando a posição do Brasil como um dos poucos países a atuar de forma consistente nesse nicho de mercado. Segundo a Agrifatto, o impacto do comércio de animais vivos sobre os preços domésticos do boi gordo e dos animais de reposição é pequeno, pois o total de gado exportado em 2024 representou apenas 3,15% do total abatido naquele ano. “Mesmo que atinjamos 1,5 milhões de bovinos enviados em 2025, isso corresponderia a apenas 3,59% do total estimado que será abatido no Brasil em 2025 (41,71 milhões de cabeças)”, comparam os analistas da consultoria.

Portal DBO

ECONOMIA

Dólar acompanha o exterior e fecha em leve baixa ante o real

O dólar fechou a quarta-feira em leve baixa ante o real, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, em uma sessão em que os investidores se mantiveram cautelosos em relação aos atritos comerciais entre EUA e China, mas demonstraram apetite por ativos de maior risco, como ações.

O dólar à vista fechou com leve baixa de 0,16%, aos R$5,4622. No ano, a divisa acumula queda de 11,60%. Às 17h19, na B3 o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,31%, aos R$5,4805. A moeda norte-americana engatou perdas ante o real logo no início do dia, acompanhando a tendência de baixa vinda do exterior, onde comentários “dovish” (brandos) do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, feitos na véspera, continuaram reverberando nos negócios. Na visão do mercado, Powell reforçou perspectiva de corte de juros pelo Fed nos próximos meses, o que pesa sobre as cotações do dólar. A moeda norte-americana também era penalizada pelo embate entre EUA e China, ainda que o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, tenha afirmado na quarta-feira que o país não quer intensificar o conflito comercial com os chineses. Assim, o dólar cedia ante alguns de seus pares fortes, como o iene, o euro e a libra, e sustentava perdas ante pares do real, como a rupia indiana, o rand sul-africano e o peso mexicano. “O dólar recuou na quarta-feira acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana e a recuperação dos preços do petróleo, em um ambiente de maior apetite por risco”, disse à tarde Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário escrito. Segundo ele, o real se beneficiou do movimento externo “ainda amparado pelo alto diferencial de juros, com a Selic mantida em 15%, o que continua favorecendo o carry trade”. Em operações de carry trade, investidores tomam empréstimos no exterior, onde os juros são menores, e aplicam no Brasil, onde o retorno é maior. À tarde, o BC informou que o Brasil acumulou fluxo de cambial total positivo de US$501 milhões em outubro até o dia 10.

Reuters

Ibovespa avança com bom humor externo

A bolsa brasileira fechou em alta na quarta-feira, na esteira do bom humor nos mercados acionários externos com resultados fortes de bancos norte-americanos. No campo doméstico, o avanço dos papéis da Vale e de varejistas impulsionaram os ganhos do índice.

O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subiu 0,65%, a 142.603,66 pontos, após marcar 141.153,91 na mínima e 142.905,10 na máxima do dia. O volume financeiro no pregão da quarta-feira somava R$22,8 bilhões antes dos ajustes finais, em dia de vencimento do contrato futuro do Ibovespa e de opções sobre o índice. Após os ajustes, o volume saltou para R$45,6 bilhões. O bom humor externo que se refletiu no mercado local se deu após a divulgação de resultados fortes do Bank of America e do Morgan Stanley, que superaram as estimativas de Wall Street, além dos ganhos sólidos de fabricantes de chips após a ASML divulgar resultado trimestral. Em Nova York, o índice S&P fechou em alta de 0,41%. Segundo o especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain, Leonardo Santana, o otimismo no mercado acionário também se dá pela expectativa de queda de juros nos Estados Unidos, que “tem trazido bastante capital estrangeiro para o Brasil, favorecendo nossa bolsa”. Na véspera, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, deixou em aberto a possibilidade de cortes na taxa de juros ao afirmar que o mercado de trabalho dos EUA permanece em uma situação de baixo nível de contratações e poucas demissões. Ao mesmo tempo, na quarta-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que planeja apresentar três ou quatro candidatos para liderar o Federal Reserve ao presidente Donald Trump para que ele os entreviste depois do Dia de Ação de Graças. O comentário foi feito em um evento da CNBC realizado paralelamente às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington. Perguntado se um dos critérios para suceder o chair do Fed é o desejo de reduzir a taxa de juros, Bessent disse: “Um dos critérios é ter uma mente aberta.” No campo doméstico, dados mostrando que as vendas no varejo brasileiro avançaram 0,2% em agosto na comparação com o mês anterior e subiram 0,4% sobre um ano antes, deram gás para os papéis de empresas varejistas.

Reuters

Lula diz que EUA e Brasil terão conversa de negociação na quinta-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na quarta-feira que Brasil e Estados Unidos terão uma conversa de negociação na quinta-feira.

Lula afirmou, em discurso durante cerimônia do Dia do Professor no Rio de Janeiro, que na conversa por telefone que teve recentemente com o presidente dos EUA, Donald Trump, “não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, referindo-se à fala do líder norte-americano durante discurso na Assembleia-Geral da ONU, quando Trump disse que teve uma química excelente com o brasileiro durante breve encontro entre ambos nos bastidores do evento. “Amanhã (quinta) nós vamos ter a conversa de negociação (entre Brasil e EUA)”, afirmou Lula em seu discurso, sem entrar em detalhes. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou aos EUA esta semana para se reunir com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que foi designado por Trump para representar os EUA nas negociações com o Brasil. Vieira e Rubio conversaram por telefone na semana passada, quando acertaram uma reunião presencial em Washington para tratar das tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Uma fonte com conhecimento do assunto confirmou à Reuters, sob condição de anonimato, que o encontro entre Vieira e Rubio está marcado para quinta-feira. O chanceler estava nesta quarta em reuniões com técnicos do governo brasileiro em Washington para se preparar para o encontro, acrescentou a fonte. Trump anunciou recentemente uma tarifa de 50% sobre a exportação de vários produtos brasileiros aos EUA, citando entre os motivos o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado a mais de 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Trump classificou o processo contra Bolsonaro como “caça às bruxas”. Ao comentar a conversa telefônica que teve com Trump, Lula disse que não foi mencionado o processo contra Bolsonaro, apenas questões da pauta econômica entre os dois países.

Reuters

Economistas reduzem projeções para déficit primário e dívida bruta em 2025 e 2026, mostra Prisma

Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda reduziram suas projeções para o déficit primário do governo central este ano e no próximo e ajustaram para baixo as estimativas para a dívida bruta como proporção do PIB, mostrou o relatório Prisma divulgado na quarta-feira.

A mediana das expectativas para o déficit primário em 2025 recuou a R$67,568 bilhões em outubro, de R$69,990 bilhões no mês anterior. O ajuste refletiu uma previsão maior de receitas líquidas — R$2,327 trilhões, de R$2,325 trilhões — e de despesas totais — R$2,399 trilhões, de R$2,396 trilhões. Para 2026, a projeção para o déficit primário foi a R$80,489 bilhões, de R$81,826 bilhões em setembro, com a estimativa para a receita líquida no período aumentando para R$2,509 trilhões, de R$2,499 trilhões, enquanto as despesas ficaram estáveis em R$2,589 trilhões. O governo tem como meta alcançar déficit zero em 2025 e um superávit de 0,25% do PIB no próximo ano, mas há despesas que não são consideradas para efeitos da meta, que conta ainda com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual. O Prisma mostrou ainda uma redução da projeção para a dívida bruta como proporção do PIB este ano a 79,60%, de 79,74% estimada em setembro. Para 2026, a estimativa caiu para 83,69%, de 83,80%.

Reuters 

FMI vê dívida bruta brasileira de 91,4% do PIB neste ano e de 98,1% do PIB em 2030

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a dívida pública bruta do Brasil vai subir de 87,3% do PIB em 2024 para 91,4% do PIB neste ano, alcançando 98,1% do PIB daqui a cinco anos. É um número bem acima da média projetada pelo FMI para a média dos emergentes neste ano, de 73,9% do PIB, segundo números do Monitor Fiscal, divulgado na quarta-feira.

Nas novas previsões do Fundo, o endividamento bruto brasileiro terá uma trajetória um pouco melhor do que a projetada em abril. Há seis meses, o FMI esperava um indicador de 92% do PIB neste ano e a estabilização em 99,4% do PIB em 2030. No relatório que veio a público nesta segunda-feira, além de reduzir a estimativa de 2025 para 91,4% do PIB, a previsão para o fim da década recuou para a casa de 98% do PIB, número que deverá ser atingido em 2028 – nos dois anos seguintes, o percentual ficará praticamente estável, em 98,2% do PIB em 2029 e 98,1% do PIB em 2030.

Valor Econômico

MEIO AMBIENTE

Desmatamento para abrir pasto cresceu mais que produção de carne em quatro anos

A área total desmatada no país relacionada à abertura de pastagens subiu 36% entre 2020 e 2023. A maior parte do desmatamento relacionado à criação de gado está na Amazônia

O desmatamento relacionado à abertura de áreas de pastagens no Brasil cresceu mais do que a produção de carne do país, o que indica uma “intensificação” do desmatamento para a produção de carne. De acordo com dados levantados pela plataforma Trase, em 2020, foram desmatados 893 hectares para a criação de 1 mil cabeças de gado. Já em 2023, essa relação subiu para 1.300 hectares para a criação de 1 mil cabeças de gado. Segundo a trase.earth, houve um aumento de 50% na intensidade do desmatamento para a produção de carne em menos de dez anos. A área total desmatada no país relacionada à abertura de pastagens subiu 36% entre 2020 e 2023, passando de 5,5 milhões de hectares para 7,5 milhões de hectares. No mesmo período, a produção brasileira de carne cresceu 15%. A maior parte do desmatamento relacionado à criação de gado está na Amazônia, em especial em um grupo de 61 municípios, que responderam por metade da área desmatada para pastos em 2023. Somente quatro municípios — Altamira (PA), Porto Velho (RO), São Félix do Xingu (PA) e Lábrea (AM) — responderam por 12% da área desmatada no Brasil em 2023 para dar lugar a pastos.

Valor Econômico

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