CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2568 DE 07 DE OUTUBRO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2568 | 07 de outubro de 2025

 

NOTÍCIAS

Estabilidade no mercado do boi gordo nas praças paulistas

O cenário apresentou redução nas ofertas, que antes eram abundantes, embora alguns frigoríficos ainda contassem com boa disponibilidade de bovinos de confinamento.

O cenário apresentou redução nas ofertas, que antes eram abundantes, embora alguns frigoríficos ainda contassem com boa disponibilidade de bovinos de confinamento. No entanto, o primeiro dia da semana foi de poucos negócios, com a indústria frigorífica aguardando o desenrolar das movimentações do mercado. Sendo assim, as cotações de todas as categorias permaneceram estáveis. As escalas de abate atenderam, em média, a dez dias. No Rio de Janeiro, as ofertas de bovinos diminuíram, mas as chuvas, que vinham ocorrendo em bom ritmo no início do mês anterior, perderam força, e as pastagens, antes em fase de rebrota, começaram a regredir. Dessa forma, após a alta do boi gordo registrada na semana passada, os preços permaneceram estáveis na segunda-feira. No atacado de carne com osso, mesmo antes da chegada do quinto dia útil, o primeiro fim de semana do mês já impulsionou a demanda, com maior giro nas vendas do varejo e consequentes pedidos de reposição de estoques, e com isso, o setor viu margem para ajustes positivos na cotação das carcaças. Dessa maneira, a cotação da carcaça casada do boi capão subiu 2,0%, ou R$0,40/kg, enquanto a do boi inteiro aumentou 2,6%, ou R$0,50/kg. Entre as fêmeas, a carcaça casada da vaca teve alta de 1,9%, ou R$0,35/kg na cotação, e a da novilha valorizou 1,8%, ou R$0,35/kg. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio subiu 1,3%, ou R$0,10/kg. Já a cotação do suíno especial não mudou no comparativo semanal.

Scot Consultoria

Arroba do boi gordo caiu até 6,5% em setembro, mas deve reagir em outubro

Mesmo com escalas de abate confortáveis, último bimestre do ano sinaliza alta nos preços, enquanto exportações devem seguir aquecidas. O mercado brasileiro de boi gordo foi pautado por um cenário de pressão baixista às cotações ao longo do mês de setembro.

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a incidência de animais de parceria ofereceu uma previsibilidade para a formação das escalas de abate por parte dos grandes frigoríficos, que estão fechadas entre 8 e 9 dias úteis no Brasil. Segundo ele, em meio à maior demanda esperada para o último bimestre do ano, é possível que haja uma recuperação nos preços da arroba em todo o país, embora de maneira comedida. O coordenador da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, concorda que há condições para patamares de preços de estáveis a mais altos ao longo do mês de outubro. “Mesmo com as escalas de abate relativamente confortáveis, a oferta não deve sofrer um panorama de mudança muito robusto, mas penso que a demanda interna pode vir a ser mais firme. A oferta de gado de pastagem tende a pesar um pouco mais, já que há retomada de chuva e, consequentemente, rebrota de capim, o que influencia o mercado, assim como o câmbio ajudando a sustentar margens para a indústria nas exportações “, detalha. Variação de preços do boi gordo: Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 30 de setembro: São Paulo (Capital): R$ 300, queda de 4,76% frente aos R$ 315 do final de agosto; Goiás (Goiânia): R$ 290, baixa de 6,45% em comparação aos R$ 310 registrados no fim do mês retrasado; Minas Gerais (Uberaba): R$ 290, recuo de 4,92% ante aos R$ 305 registrados no fechamento de agosto; Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, alta de 1,59% em relação aos R$ 315 praticados no encerramento do mês retrasado; Mato Grosso (Cuiabá): R$ 295, retração de 6,35% frente ao preço do final de agosto, de R$ 315; Rondônia (Vilhena): R$ 273, declínio de 4,21% frente aos R$ 285 praticados no fechamento do mês retrasado. Iglesias comenta que o mercado atacadista registrou fraqueza ao longo de setembro, impactado por um lento escoamento e por uma forte concorrência em termos de demanda com a carne de frango. Assim, o quarto do traseiro do boi até avançou um pouco de preço e foi cotado a R$ 23 o quilo, alta de 0,44% frente aos R$ 22,90 praticado no final de agosto. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 17 o quilo, recuo de 6,85% frente ao valor registrado no fechamento do mês retrasado, de R$ 18,25 o quilo. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,654 bilhão em setembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 82,713 milhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A quantidade total exportada pelo país chegou a 294,706 mil toneladas, com média diária de 14,735 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.613,20. Em relação a setembro de 2024, houve alta de 52,9% no valor médio diário da exportação. Além disso, ganho de 23,6% na quantidade média diária exportada e avanço de 24,4% no preço médio.

Scot Consultoria

Exportações de carne bovina in natura batem recorde histórico em setembro/25. alta de 25% no volume

O Brasil movimentou 314,6 mil toneladas de carne bovina in natura no mês, superando em 25,04% o volume exportado em setembro de 2024.

Os embarques de carne bovina in natura bateram o recorde da série histórica até a quinta semana de setembro/25, em que foram exportadas 314,6 mil toneladas. No mesmo período do ano anterior, o volume exportado alcançou 251,6 mil toneladas, o que significa um avanço de 25,04% no comparativo anual. Já no comparativo mensal, o ganho foi de 17,17% frente ao mês de agosto/25, que embarcou 268,5 mil toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. Com relação à média diária exportada, ela ficou em 14,3 mil toneladas, avanço de 25,1% frente a média diária do ano anterior, com 11,9 mil toneladas. Dois fatores podem ter contribuído para esse aumento dos embarques, sendo que o primeiro deles está relacionado ao feriado prolongado na China, a semana dourada que é realizada do dia 01 a 07 de outubro. Para esse período a China antecipa as suas compras e deixa o mercado abastecido, pois durante o recesso não realiza compras. O segundo fator é que a China reduziu as compras de carne bovina dos Estados Unidos e ampliou os embarques do Brasil e da Austrália. De acordo com as informações da Reuters, os embarques dos EUA para a China, que giravam em torno de US$ 120 milhões por mês, colapsaram depois que Pequim deixou expirar as licenças de centenas de frigoríficos norte-americanos, em março, em meio à escalada da guerra tarifária iniciada por Trump. O faturamento para a carne bovina na quinta semana de setembro/25 ficou em US$ 1,767 bilhão, superando a receita total de setembro do ano anterior com US$ 1,135 bilhão. A média diária do faturamento ficou em US$ 80,3milhões e registrou um ganho de 55,6%, frente ao observado no mês de setembro do ano passado, que ficou em US$ 54 milhões. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram próximos de US$ 5.617 por tonelada e isso representa um ganho anual de 24,4%. Os preços pagos pela tonelada da carne bovina tiveram um leve ganho de 0,30% frente ao mês anterior, em que o valor médio estava ao redor de US$ 5.600 por tonelada.

SECEX/MDIC

ECONOMIA

Dólar cai ante o real em dia de telefonema entre Lula e Trump

O dólar fechou a segunda-feira em queda ante o real, ainda que contida, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em mais um passo para reduzir as tensões comerciais entre os dois países.

O movimento no Brasil esteve na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana se manteve em alta ante boa parte das demais divisas. O dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,46%, aos R$5,3102. No ano, a divisa acumula baixa de 14,06%. Às 17h02, na B3 o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,62%, aos R$5,3445. Em evento em São Paulo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reiterou as mensagens mais recentes da instituição, afirmando que o BC seguirá em busca da meta de 3% de inflação e que a Selic permanecerá em 15% por um período prolongado. Já Lula conversou por cerca de 30 minutos com Trump no primeiro telefonema entre os dois presidentes e, conforme o Palácio do Planalto, eles concordaram em se encontrar pessoalmente em breve. De acordo com uma fonte a par da conversa, a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria sido o estopim para a imposição de tarifa de 50% dos EUA sobre exportações brasileiras, não foi citada, assim como a possibilidade de regulamentação das “big techs”. “A conversa de Lula e Trump ajudou na valorização do real. Houve um desmonte de posições (compradas em dólar) — pouca coisa, mas houve”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$2,990 bilhões em setembro, acima de expectativas de economistas consultados pela Reuters de superávit de US$2,650 bilhões. Neste cenário, o dólar à vista atingiu a cotação mínima de R$5,3082 (-0,49%) às 16h19, já após o noticiário sobre Galípolo, Trump e a balança comercial. No exterior, porém, o dólar tinha alta ante o iene e o euro no fim da tarde, além de manter ganhos ante boa parte das demais divisas. Às 17h04, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – estava praticamente estável, em queda de 0,01%, a 98,107.

Reuters

Ibovespa recua com realização de lucros, mas Vale e Embraer atenuam perda

O Ibovespa fechou com um declínio relativamente modesto na segunda-feira, com a performance robusta de nomes como Vale e Embraer atenuando pressão negativa de movimentos de realização de lucros que têm marcado os primeiros pregões de outubro.Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,41%, a 143.608,08 pontos, tendo marcado 143.375,67 pontos na mínima e 144.531,61 pontos na máxima. O volume financeiro somou apenas R$16,67 bilhões. Após renovar máximas em setembro, quando ampliou a alta em 2025 para cerca de 22%, o Ibovespa tem mostrado correção negativa em outubro, com um declínio de 1,8% acumulado até o momento. De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa segue em um movimento de realização de lucros que tem como suporte principal os 141.300 pontos, patamar que mantém o índice em tendência de alta no curto prazo. Do lado da alta, acrescentaram no relatório Diário do Grafista, a primeira resistência está em 146.000 antes da máxima deixada em 147.578 pontos. Caso consiga superá-la, o movimento de subida retomará em direção aos 150.000 e 165.000 pontos.

“Em nossa visão, adiamos e ficamos descolados do momento internacional que é de buscar novas máximas. Agora, temos menos ações em tendência de alta e o cenário de alta seletiva…fica mais evidente neste momento.” Em Wall Street, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram recordes de fechamento, com negociações de ações de empresas relacionadas à inteligência artificial impulsionando o otimismo de investidores, mesmo com a paralisação do governo dos Estados Unidos se estendendo pelo sexto dia. No radar do dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente norte-americano, Donald Trump, concordaram na segunda-feira em se encontrarem pessoalmente em breve, depois de um primeiro telefonema entre ambos, na manhã. O governo brasileiro afirmou que a conversa teve um “tom amistoso”, o que foi endossado por Trump, que disse que teve uma conversa “muito boa” com Lula. Mas não houve nenhuma novidade de fato sobre as relações entre os dois países e sobre o tarifaço norte-americano contra o Brasil.

Reuters

Boletim Focus: previsões para inflação e dólar deste ano caem novamente

O relatório do Banco Central apresenta as expectativas do mercado para os principais indicadores econômicos do Brasil

A previsão dos economistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) voltou a recuar na leitura da segunda-feira (6), assim como na semana passada, como mostrou o Boletim Focus. Antes disso, as projeções vinham oscilando entre quedas e manutenções. Vale lembrar que, há pouco tempo, a previsão caiu por 14 semanas seguidas. As previsões para o dólar também voltaram a cair, enquanto as projeções para os juros ficaram no mesmo patamar. A expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 saiu de 4,81% para 4,80%, assim como na semana passada. Ainda assim, a previsão da inflação ainda está fora da meta. A inflação perseguida pelo Banco Central é de 3% para 2025, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, o limite tolerado é de 4,5% ao ano. A projeção para 2026, por sua vez, se manteve em 4,28% após cair por duas vezes seguidas. Já a previsão para 2027 se manteve em 3,90%, como nas semanas anteriores. A expectativa para os juros de referência, a Selic, ficou em 15%, assim como nas últimas semanas. A estimativa para os juros no fim de 2026 também ficou em 12,25% como na semana passada. Por fim, a previsão para a Selic no fim de 2027 também ficou em 10,50%, assim como nas semanas anteriores. A expectativa para o crescimento da economia medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 ficou mantida em 2,16%, assim como nas últimas leituras. Para 2026, a previsão para o PIB ficou em 1,80% também como na semana anterior. Menu Brasil e Política Já para 2027 a se manteve em 1,90%, também em movimento igual ao da última leitura. A previsão para o dólar em 2025 caiu de R$ 5,48 para R$ 5,45 em movimento igual ao da semana passada. A projeção de 2026 caiu de R$ 5,58 para R$ 5,53 também como na semana anterior. Por fim, previsão de 2027 ficou em R$ 5,56, após cair na semana passada.

Valor Econômico

Brasil tem superávit comercial acima do esperado em setembro e governo eleva projeção do saldo anual

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$2,990 bilhões em setembro, uma queda de 41,1% sobre o saldo apurado no mesmo mês do ano passado, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços na segunda-feira.

O saldo, que sofreu o impacto da importação de uma plataforma de petróleo, veio acima de expectativas de economistas consultados pela Reuters, que previam superávit de US$2,650 bilhões para o mês. As exportações brasileiras somaram US$30,531 bilhões no mês passado, uma alta de 7,2% em relação a setembro de 2024 e valor recorde para setembro, a despeito de uma queda de 20,3% das vendas para os EUA, em meio à cobrança de tarifas mais elevadas. As importações, por outro lado, cresceram 17,7% no mesmo período, totalizando US$27,541 bilhões, maior valor para todos os meses da série do MDIC. O dado incluiu a importação, no valor de US$2,4 bilhões, da plataforma de petróleo P-78 pela Petrobras. O MDIC revisou suas projeções para a balança comercial neste ano, aumentando sua previsão de saldo para um superávit de US$60,9 bilhões em 2025, o que representaria uma queda de 17,9% em relação ao superávit de US$74,2 bilhões de 2024. Em julho, o MDIC previa superávit de US$50,4 bilhões para este ano. A projeção de exportações para o ano foi elevada para US$344,9 bilhões (de US$341,9 bilhões estimados antes) e a estimativa para as importações foi reduzida para US$284 bilhões (de US$291,5 bilhões). Nos primeiros nove meses do ano, o saldo comercial foi de US$45,478 bilhões, uma queda de 22,5% em relação ao observado no mesmo período de 2024. No período, as exportações somaram US$257,792 bilhões (+1,1%), e as importações, US$212,314 bilhões (+8,2%).

Reuters 

Exportações brasileiras aos EUA caem 20,3% em setembro, 2º mês de tarifaço de Trump

As exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 2,58 bilhões em setembro –o segundo mês desde que a sobretaxa de 50% entrou em vigor. O montante representa uma queda de 20,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No mês passado, o Brasil registrou um déficit comercial de US$ 1,77 bilhão com os EUA. Isso significa que o país importou mais produtos americanos do que exportou a esse parceiro. As importações somaram US$ 4,35 bilhões em setembro –um aumento de 14,3%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) nesta segunda-feira (6). A queda das exportações em setembro foi observada tanto em produtos afetados pela sobretaxa de 50% quanto em itens que acabaram poupados por Trump. Na lista daqueles que foram sobretaxados e tiveram redução nas vendas, constam carne bovina (-58%), açúcar e melaço (-77%), armas e munições (-92%), tabaco (-95,7%) e café torrado (-29%). Já ferro-gusa (-41%), celulose (-27,3%) e minério de ferro (100%, não houve nenhum embarque) estão entre os produtos que entraram na lista de exceção e registraram queda. Para o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, a tendência é que as exportações do Brasil aos EUA continuem caindo nos próximos meses. “É uma barreira tarifária muito grande, não só para o Brasil. A própria seção 232, em que são colocadas tarifas para grande parte das importações dos Estados Unidos, do mundo, todos os produtos de aço, autopeças”, afirmou. “Tem alguns produtos que, mesmo não tarifados, estão caindo. Isso muito provavelmente está relacionado à atividade econômica.” “Mantendo esse cenário, é esperado que continue a queda de exportação para esse destino, até porque a gente vinha em um nível bastante alto. Era recorde no ano passado. Agora observamos dois meses seguidos com essa redução”, acrescentou. No acumulado do ano, em relação ao intervalo de janeiro a setembro de 2024, as exportações para os Estados Unidos caíram 0,6%, somando US$ 29,21 bilhões. As importações, por sua vez, totalizaram US$ 34,32 bilhões, um crescimento de 11,8%. No período, o saldo para os EUA foi um déficit de US$ 5,1 bilhões. A Secretaria de Comércio Exterior do Mdic também revisou suas projeções para a balança comercial do ano, aumentando a previsão de saldo para um superávit de US$ 60,9 bilhões em 2025. Em julho, a previsão para este ano era de superávit de US$ 50,4 bilhões.

Se a nova estimativa se confirmar, haverá uma queda de 17,9% em relação ao superávit de US$ 74,2 bilhões de 2024. A projeção para exportações do ano subiu para US$ 344,9 bilhões (contra US$ 341,9 bilhões em julho) e a estimativa para importações caiu para US$ 284 bilhões (ante US$ 291,5 bilhões).

Folha de SP

INTERNACIONAL

Exportações de carne bovina do Uruguai ficarão acima de US$ 2 bilhões em 2025, um recorde histórico

No acumulado de janeiro a setembro de 2025, embarques cresceram 34% sobre o mesmo período de 2024, alcançando US$ 1,973 bilhão

As exportações de carne bovina do Uruguai alcançaram US$ 1,973 bilhão no acumulado de janeiro a setembro de 2025, um crescimento de 34% sobre o mesmo período de 2024, informa o portal uruguaio El Observador, com base em informações da agência estatal Uruguay XXI.

Em 2024, os embarques totais de carne bovina do Uruguai totalizaram US$ 2,026 bilhões. Portanto, se o atual ritmo for mantido, esse número provavelmente será superado até outubro, resultando em um novo recorde anual do setor, antecipa o El Observador. Em setembro, os preços do boi gordo uruguaio e da carne bovina exportada tiveram o melhor setembro da história. A pecuária entra no último trimestre do ano com novos marcos: o valor do animal gordo fechou setembro em US$ 5,50/kg, em média, e a tonelada da carne bovina exportada bateu US$ 5.100/tonelada”, destaca o portal (na média semanal de outubro/25, esse valor chegou em US$ 5.822/tonelada). Em comparação com setembro de 2025, a carne bovina assumiu a primeira colocação no ranking dos principais produtos de exportação do Uruguai, seguida pela soja e celulose. Em receita, os embarques dos três produtos no mês passado atingiram US$ 230 milhões, US$ 200 milhões e US$ 195 milhões, respectivamente.

O ranking de 2024 fechou com a celulose em primeiro lugar, com US$ 2,545 bilhões de arrecadação com as exportações, a carne bovina em segundo (US$ 2,026 bilhões) e soja em terceiro (US$ 1,119 bilhão). Isoladamente, em setembro/25, as exportações de carne bovina do Uruguai cresceram 42% (na comparação com igual mês de 2024), enquanto as vendas da soja subiram 22% e os embarques de celulose diminuíram 26%. Analisando o impacto de cada item na receita total mensal de exportação do país vizinho, a carne bovina representa 18%, a soja 16% e a celulose 16% (juntos, os três produtos responderam 50% do balanço total exportado).

El Observador

Austrália segue exportando muita carne bovina e prevê bater o recorde de 1,5 milhão de toneladas em 2025

Os embarques de setembro foram quase 25.000 t ou 22% a mais que em setembro do ano passado, informou o portal Beef Central

As exportações de carne bovina da Austrália estão bem próximas de volumes recordes para o ano civil de 2025, impulsionadas pela alta demanda dos Estados Unidos, informou o Beef Central. Além disso, os exportadores australianos elevaram as vendas para países que normalmente tem forte participação da carne bovina norte-americana, como China, Japão e Coreia do Sul. A queda de participação dos EUA no comércio mundial, bem como a maior necessidade de proteína importada, reflete a queda drástica de seu rebanho bovino local, prejudicado por uma longa estiagem, o que forçou a liquidação do plantel – acelerado pela disparada dos preços da nutrição e pelo avanço da demanda doméstica de carne bovina.

Segundo o portal, as exportações totais de carne bovina e de vitela da Austrália atingiram 139.012 toneladas em setembro/25, um aumento de 2,5% em relação aos embarques de agosto, mas ainda abaixo do recorde histórico estabelecido em julho/25, quando o comércio ultrapassou 150.000 toneladas. Os embarques de setembro foram quase 25.000 t ou 22% a mais que em setembro do ano passado, acrescentou. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, as exportações totais de carne bovina da Austrália atingiram 1,127 milhão de toneladas, um aumento de 160.000 t ou 16,5% em relação aos mesmos nove meses do ano passado.

Em sua atualização semestral de projeções da indústria pecuária de setembro, a Meat & Livestock Australia (MLA) previu que as exportações de carne bovina do ano civil de 2025 atingirão algo próximo de 1,5 milhão de toneladas, o que significaria um novo recorde histórico. “O recorde anual de 1,34 milhão de toneladas estabelecido no ano passado será inevitavelmente quebrado este ano – a menos que ocorra alguma catástrofe de grande porte, como ciclones ou surtos de doenças”, ressaltou o portal. Além disso, a previsão é de que o abate de bovinos na Austrália aumente 8,6% neste ano, para 9,02 milhões de cabeças, impulsionado pela oferta robusta de gado e pela maior capacidade de processamento das indústrias.

Beef Central/ Meat & Livestock Australia (MLA)

FRANGOS & SUÍNOS

Brasil e Cingapura firmam acordo para ampliar cooperação no comércio de proteína animal

Intenção é facilitar negociação de carnes de frango, suína e produtos processados. Segundo a ABPA, país asiático é o nono maior destino da carne de frango brasileira

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação de Comerciantes de Carne de Cingapura (MTAS, na sigla em inglês) formalizaram na segunda-feira (6/10) um memorando de entendimento que estabelece uma parceria estratégica entre Brasil e Cingapura no setor de proteína animal. O acordo prevê a cooperação entre as duas entidades em temas técnicos, regulatórios e comerciais. A intenção é facilitar o comércio de carnes de frango, suína e produtos processados, além de promover melhorias na segurança alimentar e na qualidade dos produtos. Entre as ações contempladas estão o intercâmbio de informações, apoio a iniciativas de promoção comercial e articulação com autoridades regulatórias, como a Agência de Alimentos de Cingapura (SFA, na sigla em inglês) e o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil. Com vigência inicial de 12 meses e renovação automática, o memorando estabelece a manutenção de um diálogo contínuo entre as partes, com o objetivo de identificar oportunidades de cooperação e desenvolver projetos conjuntos de longo prazo. A cerimônia de assinatura foi durante a Anuga 2025, uma das maiores feiras internacionais de alimentos e bebidas, realizada em Colônia, na Alemanha. Segundo dados da ABPA, Cingapura é atualmente o nono maior destino da carne de frango brasileira. Entre janeiro e agosto deste ano, foram exportadas 101,4 mil toneladas, com receita de US$ 185 milhões. No mesmo período, o país asiático foi o sexto maior importador de carne suína do Brasil, com 54,7 mil toneladas e receita de US$ 155,3 milhões.

Globo Rural

Brasil exportou mais de 134 mil toneladas de carne suína e faturou US$ 346 milhões em setembro

Setor encerra setembro com crescimento nas vendas e consolida o Brasil entre os principais exportadores globais de carne suína

O volume exportado de carne suína in natura chegou em 134,07 mil toneladas até a quinta semana de setembro/25, segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. No ano passado, o volume exportado alcançou 107,6 mil toneladas em 21 dias úteis de setembro/24.

A média diária exportada até a quinta semana de setembro/25 ficou em 6,09 mil toneladas e registrou uma alta de 24,5% frente a média diária embarcada em setembro do ano passado, que ficou em 5,1 mil toneladas. A receita obtida com as exportações de carne suína até a quinta semana de setembro/25 ficou em US$ 346,1 milhões, sendo que o faturamento de setembro do ano anterior, que foi de US$ 269 milhões. A média diária do faturamento até a quinta semana de setembro ficou em US$ 15,7 milhões e teve um avanço de 28,6% frente a média diária do ano anterior, que ficou em US$ 12.8, milhões. Já o preço pago por tonelada ficou em US$ 2.581 e teve um avanço de 3,3% frente ao observado em setembro do ano passado, que estava sendo negociado em US$ 2.499 por tonelada.

SECEX/MDIC 

Com a retomada da União Europeia, exportações de carne de frango avançam em setembro/25

Após a reabertura do mercado europeu, os embarques brasileiros de carne de frango registraram forte avanço, impulsionando o desempenho das exportações do setor.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic informou que o volume exportado de carne de aves in natura ficou em 459,8 mil toneladas até a quinta semana de setembro/25. No ano passado, o volume exportado alcançou 451,3 mil toneladas em 21 dias úteis em 2024, o que significa um avanço de 1,77% frente ao volume exportado atualmente. Já no comparativo mensal, o avanço foi de 22,76% frente ao mês de agosto, que embarcou 373,6 mil toneladas.

O desempenho positivo reflete a combinação de dois fatores: a valorização do produto brasileiro no cenário internacional e a reabertura de mercados estratégicos, como o europeu, que reconhece o padrão sanitário e a qualidade da proteína nacional. Além da União Europeia, outros destinos importantes, como Japão e Arábia Saudita, mantiveram um ritmo firme de compras. A média diária até a quinta semana de setembro/25 ficou em 20.901,1 mil toneladas, sendo que isso representa um avanço de 1,9% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 21,4 mil toneladas. O preço pago pelo produto até a quinta semana de setembro ficou em US$ 1.767 por tonelada, queda de 7,9% se comparado com os valores praticados em setembro do ano anterior, de US$ 1.918 por tonelada. No faturamento, a receita obtida até a quinta semana de setembro ficou em US$ 812,8 milhões, enquanto em setembro do ano anterior o valor ficou em US$ 866 milhões. Já a média diária do faturamento ficou em US$ 36,9 milhões e teve um recuo de 6,1% frente a média diária observada em setembro do ano anterior, que ficou em US$ 41,2 milhões.

SECEX/MDIC

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