Ano 11 | nº 2563 | 30 de setembro de 2025
NOTÍCIAS
Cotação estável no mercado do boi gordo em São Paulo
O mercado abriu a segunda-feira com poucos negócios. Algumas indústrias ainda estavam decidindo como seriam as ofertas de compra com base nas vendas do fim de semana, enquanto outras estavam fora do mercado.
Com isso, apurou a Scot, nada mudou em relação ao quadro de preços observado na sexta-feira (29/9). Ou seja, em São Paulo, o boi gordo “comum” está cotado em R$ 305/@, enquanto “boi-China” é negociado em R$ 308/@. Se na semana passada alguns compradores, que tinham escala mais confortáveis testaram o mercado com ofertas abaixo da referência, hoje voltaram atrás e ofertaram dentro das referências. Nesse sentido, os agentes econômicos podem ter encontrado um piso para o preço, pelo menos por agora. Sendo assim, a cotação estava estável para todas as categorias. As escalas de abate atendiam, em média, a nove dias. Na Bahia, o mercado abriu em ritmo lento no estado. A maior parte das indústrias ainda não abriu ofertas de compra. Na região Sul, os frigoríficos que estavam no mercado abriram pagando menos pela novilha, que caiu R$2,00/@. Na região Oeste, sem mudança nos preços. No mercado atacadista da carne com osso, sem sinais de melhora até o recebimento dos salários nas próximas duas semanas, o setor seguia marcado por vendas fracas e poucos pedidos de reposição. Em um reflexo desse cenário, a cotação de todas as carcaças casadas caiu na semana. A carcaça do boi capão caiu 0,7%, ou R$0,15/kg. A do boi inteiro caiu 1,3%, ou R$0,25/kg. Entre as fêmeas, a cotação da carcaça caiu 1,3%, ou R$0,25/kg. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio não mudou. Em contrapartida, a cotação do atacado do suíno especial caiu 3,1%, ou R$0,40/kg.
Scot Consultoria
Arroba do boi deve continuar em queda e atacado tende a reagir
Escalas de abate confortáveis seguem pressionando as cotações, mas ritmo de exportações atenua baixas significativas
O mercado brasileiro de boi gordo registrou uma semana de preços mais baixos para a arroba em grande parte das praças de comercialização. De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, os frigoríficos, em especial os de maior porte, ainda desfrutam de conforto em suas escalas de abate (fechadas entre oito e nove dias úteis na média nacional). “A entrada de oferta de animais de parceria (via contratos a termo) no mercado segue ativa, fator que ajuda a entender esse movimento”, justifica. Iglesias acrescenta que as exportações ainda são o principal ponto de suporte, com embarques bastante representativos em 2025. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 25 de setembro: São Paulo (Capital): R$ 300, queda de 1,64% frente aos R$ 305 da semana passada. Goiás (Goiânia): R$ 285, baixa de 1,72% frente aos R$ 290 registrados no final da última semana. Minas Gerais (Uberaba): R$ 285, recuo de 1,72% frente aos R$ 290 indicados no período anterior. Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 325, alta de 0,62% frente aos R$ 323 praticados na semana passada. Mato Grosso (Cuiabá): R$ 295, retração de 1,67% frente ao preço registrado anteriormente, de R$ 300. Rondônia (Vilhena): R$ 280, declínio de 1,75% frente aos R$ 285 praticados na semana anterior. Iglesias comenta que o mercado atacadista registrou uma semana de baixa nas cotações, em meio à reposição mais lenta entre o atacado e o varejo. Ele ressalta que, para a primeira quinzena de setembro, é aguardada uma melhora nos preços, considerando a entrada dos salários na economia.
“Vale destacar que a carne de frango ainda dispõe de maior competitividade frente às proteínas concorrentes, em especial se comparado à carne bovina”, comenta. O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 23,35 o quilo, baixa de 3,11% frente aos R$ 24,10 praticado na última semana. Já o quarto dianteiro foi vendido por R$ 17,50 o quilo, recuo de 2,78% frente ao valor registrado no fechamento da semana anterior, de R$ 18,00 o quilo. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,179 bilhão em setembro (15 dias úteis), com média diária de US$ 78,633 milhões, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A quantidade total exportada pelo país chegou a 209,645 mil toneladas, com média diária de 13,976 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.626,20. Em relação a setembro de 2024, houve alta de 45,4% no valor médio diário da exportação, ganho de 16,6% na quantidade média diária exportada e avanço de 24,6% no preço médio.
Safras News
294,7 mil toneladas em setembro: Brasil já bate recorde de exportações de carne bovina IN NATURA. receita está 50% acima do ano anterior
Os embarques de carne bovina in natura já bateram o recorde da série histórica até a quarta semana de setembro/25, em que foram exportadas 294,7 mil toneladas. O volume total exportado neste mês será divulgado no dia 6 de outubro pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, ou seja, o total enviado deve ultrapassar as 300 mil toneladas.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o volume registrado nas exportações de carne bovina ficou dentro das expectativas, com a China mantendo posição de destaque entre os principais compradores. No ano passado, o volume exportado de carne bovina em setembro alcançou 251,6 mil toneladas e a movimentação deste ano já representa um avanço de 17,13%, frente ao embarcado até a quarta semana de setembro. No comparativo mensal, o volume exportado em setembro teve um aumento de 9,76%, frente ao total enviado em agosto/25 que exportou 268,5 mil toneladas. Com relação à média diária exportada, ela ficou próxima de 14,7 mil toneladas, avanço de 23% frente a do ano anterior, que ficou em 11,9 mil toneladas. O faturamento ficou em US$ 1,654 bilhão, acima da receita de setembro do ano anterior que foi de US$ 1,135 bilhão. A média diária do faturamento na quarta semana de setembro ficou em US$ 82,7 milhões, ganho de 52,9%, frente ao observado no mês de setembro do ano passado, que ficou em US$ 54 milhões. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 5.613 por tonelada até a quarta semana de setembro/25, ganho anual de 24,4%, quando se compara com os valores observados em setembro de 2024, em que estavam em US$ 4.514 por tonelada. Iglesias reforça que é necessário observar de perto o comportamento do país asiático, uma vez que segue em curso a investigação de salvaguardas. “Tivemos três meses seguidos de compras expressivas, o que pode indicar a adoção de algum tipo de cota de importação em novembro, não apenas para a carne bovina brasileira. Por isso, é importante acompanhar com atenção esses sinais vindos da China”, avaliou. Em agosto deste ano, o Ministério do Comércio da China (MOFCOM) informou a prorrogação da investigação de salvaguarda sobre as importações de carne bovina estrangeira. A apuração foi estendida por mais três meses, com novo prazo final previsto para o final de novembro deste ano. Outro fator importante que ajuda a entender esse volume é que a China comemora a partir de dia 01 de outubro, a Semana Dourada que é considerado o feriado prolongado mais importante do calendário chinês. Ou seja, eles precisam abastecer seus estoques para o consumo doméstico. O analista também destacou o avanço da importância diversificação dos destinos da proteína nacional, que contribuíram também para esse cenário de recorde no volume exportado Estamos embarcando bons volumes para México, União Europeia e Oriente Médio.
SECEX/MDCIC/Agência Safras
Brasil segue no topo das importações chinesas de carne bovina, com 47,4% de participação
Entre janeiro e agosto de 2025, as importações chinesas da proteína brasileira cresceram 7% em relação ao mesmo período de 2024, informou a Agrifatto elevando a participação do Brasil para 47,41% do total importado pelo país
Entre janeiro e agosto de 2025, a China importou 1,85 milhão de toneladas de carne bovina, queda de quase 4% (-76,49 mil toneladas) frente ao resultado obtido no mesmo período do ano passado, informou a Agrifatto, com base em dados do governo de Pequim. Entre os principais fornecedores, o Brasil segue na liderança, com participação de 47,41% no total comprado pelos chineses nos primeiros oito meses deste ano, o que representou um avanço de 4,90 pontos percentuais sobre o quadro registrado em igual intervalo de 2024. Em volume, disse a Agrifatto, os embarques brasileiros de carne bovina avançaram 7,10% (+57,97 mil t) de janeiro a agosto de 2025, sobre igual período do ano passado. Em contrapartida, considerando a mesma base de comparação, os embarques da Argentina, segunda principal origem para os importadores chineses de carne bovina, recuaram 24,36% (-95,17 mil t). Com isso, a participação da carne argentina no ranking dos países fornecedores para o mercado da China caiu 4,31 pontos percentuais no período, para 16,01%. “Com a preparação para o Ano Novo Chinês, que tradicionalmente impulsiona o consumo de proteína animal, espera-se que a China intensifique suas compras nos próximos meses”, disse a consultoria.
AGRIFATTO
ECONOMIA
Dólar cai ante o real sob influência do exterior
O dólar voltou a ceder ante o real na segunda-feira, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana no exterior, em meio ao receio de que possa haver uma paralisação parcial do governo norte-americano, caso o Congresso dos EUA não chegue a um acordo sobre o orçamento até terça-feira.
O dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,35%, aos R$5,3197. No ano, a divisa acumula queda de 13,91%. Às 17h04, na B3, o dólar para outubro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 0,58%, aos R$5,3240. O dólar engatou perdas ante o real já no início da sessão, acompanhando o sinal negativo vindo do exterior, onde a moeda norte-americana cedia em meio ao risco de paralisação do governo dos EUA. Ainda que o financiamento esteja prestes a expirar, nesta terça-feira, os republicanos e democratas no Congresso dos EUA não dão sinais de que concordarão com uma solução temporária para os gastos. Entre os eventos do dia, destaque para comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante o evento Itaú Macro Day, em São Paulo. Galípolo descartou mudanças na abordagem atual da instituição em relação às reservas cambiais e ao estoque de swaps, reforçando que o câmbio no Brasil é flutuante e que a instituição atua para corrigir disfuncionalidades. “Não há nenhum objetivo ou preocupação no sentido de recomposição de reservas ou mudanças em swaps”, disse Galípolo, acrescentando que o BC tem reservas robustas para responder a qualquer disfuncionalidade no mercado de câmbio. Questionado sobre o déficit atual da conta corrente brasileira, Galípolo afirmou que o resultado demonstra que a demanda interna segue elevada. No mesmo evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não está fazendo ajuste fiscal vendendo patrimônio, acrescentando que continuará a perseguir as metas fiscais estabelecidas, tanto para 2025 quanto para 2026. “A meta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) … está sendo perseguida com todo o esforço”, afirmou Haddad sobre o objetivo de 2025. “Para 2026 vai ser igual”, acrescentou. No exterior, no fim da tarde o dólar seguia em baixa. Às 17h11 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,20%, a 97,952.
Reuters
Ibovespa renova recorde intradiário, mas perde ímpeto no fechamento
De um lado, a perda mais intensa das ações da Petrobras e a virada para cima dos juros futuros pesaram sobre o índice, assim com a diminuição dos ganhos em Nova York
Em linha com o dia mais favorável para mercados emergentes, o Ibovespa avançou na segunda-feira. Logo após a abertura dos negócios, o índice chegou a renovar seu recorde intradiário, ao tocar os 147.558 pontos, mas perdeu força no decorrer do pregão. De um lado, a perda mais intensa das ações da Petrobras e a virada para cima dos juros futuros pesaram sobre o índice, assim com a diminuição dos ganhos nas bolsas em Nova York. De outro, o avanço de blue chips de bancos e da garantiu suporte para o índice manter a alta firme até o término do pregão. No fim do dia, o Ibovespa encerrou com ganho de 0,61%, aos 146.337 pontos, distante da mínima de 145.447 pontos. Com isso, a principal referência acionária local ficou a poucos pontos de renovar a máxima histórica de fechamento nominal, que é de 146.492 pontos. O desempenho do EWZ (principal fundo de índice de ações brasileiras negociado em NY) ficou em linha com o do EEM (principal fundo de índice de mercados emergentes) na sessão de ontem, ao subir 0,85% e 0,90%, respectivamente. Entre as blue chips, bancos foram destaque de alta: BTG Pactual (+1,69%); Bradesco PN (+1,02%); Itaú PN (+0,57%); Santander (+0,38%) e (+0,05%). Segundo analistas, a perspectiva de encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump nesta semana, juntamente com a entrada de investidores estrangeiros, pode ter ajudado os papéis do setor bancário a subirem em bloco. Já blue chips de commodities encerraram mistas: as ON da Petrobras cederam 1,89%, enquanto as PN da petroleira recuaram 1,36%; as ON da subiram 0,33%. As ações da Petrobras foram afetadas pelas perdas de quase 3% nos preços de petróleo no mercado futuro. O movimento negativo em torno dos papéis da petroleira foi amplificado ainda pelo corte do preço-alvo dos recibos de ações da empresa negociados em NY (ADRs), feito por analistas do Citi, de US$ 12,50 para US$ 12, reiterando a recomendação neutra. Já revisões para cima ajudaram os papéis da Vale a subirem, na contramão da queda dos preços do minério de ferro em Dalian, na China. Os analistas do Bank of America (BofA) elevaram o preço-alvo das ações da companhia, de R$ 68 para R$ 69, reiterando a recomendação de compra. O volume financeiro do Ibovespa na sessão de hoje foi reduzido e chegou a R$ 13,7 bilhões, alcançando R$ 17,9 bilhões na B3.
Valor Econômico
Brasil cria 147 mil empregos formais em agosto; resultado vem menor que o esperado
O Brasil gerou 147 mil vagas de trabalho formal em agosto, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados na segunda-feira (29) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O número representa uma queda na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando houve 239 mil postos criados.
O resultado em agosto é fruto de 2,2 milhões de contratações e de 2 milhões de desligamentos. O número veio abaixo da expectativa de economistas consultados pela Bloomberg, que previam criação de quase 182 mil vagas. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo é de 1,4 milhão de empregos formais criados, também uma redução na comparação com o período entre setembro de 2023 e agosto do ano passado. O setor com maior número absoluto de novas vagas foi o de serviços, com 81 mil postos formais. Neste, os destaques são para administração pública e de informação, com 39 mil e 12 mil, respectivamente. O segundo setor com maior saldo foi de comércio, com 32 mil novos postos formais. Dentre os setores, a agropecuária foi o único que registrou saldo negativo, com menos 2.665 postos formais de trabalho. Segundo o MTE, a queda maior foi para o cultivo de café, que registrou uma redução de 10 mil nos empregos com carteira assinada, motivada pelo fim da safra. Por estado, as maiores altas foram na Paraiba, onde houve aumento de 1,61% no total de empregos formais, seguido pelo Rio Grande do Norte, com 0,98%, e Pernambuco, com 0,82%. Este último também teve o terceiro maior saldo de novos postos, de 12 mil, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. O estado com menor saldo foi o Rio Grande do Sul, onde houve uma queda de 0,06%, com uma redução de 1.648 no total de postos criados. O ministro Luiz Marinho, de Trabalho e Emprego, afirma que há um pequeno impacto decorrente das tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump, mas que o principal motivo por trás da desaceleração é a alta dos juros. “Há alguma influência da tarifa, que pode impactar um pouco no Rio Grande do Sul. [Mas] o maior impacto é dos juros. A tarifa impacta em alguns setores específicos, especialmente que trabalham com exclusividade para produtos para o comércio americano. O juro interfere no conjunto da economia, não nos setores específicos. Ele pega pesado no ritmo do crescimento.”
Folha de São Paulo
Agropecuária registra saldo negativo de empregos em agosto
Produção de café puxou o resultado no mês passado, informam os dados do Caged, do Ministério do Trabalho. A produção de café teve o pior desempenho em agosto, com 10,331 mil empregos a menos
A agropecuária brasileira demitiu mais do que contratou em agosto. É o que mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor perdeu 2,665 mil vagas com carteira assinada, resultado de 96,454 mil admissões e 99,919 mil dispensas no mês. Foi a única atividade econômica com resultado negativo no mês passado. O levantamento do Caged inclui agricultura, pecuária, produção florestal e pesca e aquicultura. As lavouras permanentes puxaram o resultado negativo da agropecuária, com a perda de 7,999 mil vagas formais (18,656 mil admissões e 26,655 mil demissões). A produção de café teve o pior desempenho, com 10,331 mil empregos a menos (3,761 mil contratados e 14,072 mil dispensados). “Agropecuária teve queda, motivada, principalmente, pelo final da safra de café. Aí, tem a sazonalidade”, ressaltou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em entrevista coletiva. De outro lado, as produções de cacau (36), uva (1,085 mil), laranja (1,147 mil) e de outras frutas (371) tiverem desempenho positivo, com mais contratações do que demissões no mês de agosto. Nas lavouras temporárias, houve a geração de 4,997 mil vagas formais, com 27,668 mil admissões e 22,671 mil demissões. O cultivo de cana de açúcar (2,931 mil) puxou o resultado positivo, seguido outras lavouras temporárias (2,508 mil), cultivo de cereais (337), e cultivo de algodão e outras fibras (181). O cultivo de soja ficou negativo em 934 vagas e o de outras oleaginosas, em 38.
A pecuária gerou 1,340 mil empregos com carteira assinada, resultado de 23,597 mil contratações e 22,257 mil dispensas. A criação de aves puxou o desempenho, com a geração de 648 vagas, seguida pela bovinocultura, com 574 e suinocultura, com 115 vagas. A horticultura e floricultura foi outro segmento com resultado positivo dentro da agropecuária. Gerou 196 empregos em agosto. Produção de sementes e mudas (-1,648 mil), pesca e aquicultura (-74) e produção florestal (-586) registraram perda de empregos no mês de agosto.
No total, o Caged registrou a geração de 147,358 mil vagas formais de trabalho em agosto, com 2,239 milhões de admissões e 2,092 milhões de demissões. O desempenho foi liderado pelo setor de serviços, com 81,002 mil contratações a mais do que dispensas, seguido por comércio, com 32,612 mil, indústria, com 19,098 mil, e construção, com 17,328 mil empregos.
Globo Rural
INTERNACIONAL
Exportações argentinas de carne bovina atingem maior volume do ano em agosto
Foram embarcadas 85 mil toneladas equivalentes de carcaça, quase igualando os picos de 2024; preços internacionais subiram 39% em relação ao ano passado.
As exportações argentinas de carne bovina registraram em agosto o melhor desempenho de 2025 até agora. Segundo as informações do site Valor Di Carne, foram embarcadas 85 mil toneladas equivalentes de carcaça (TEC), volume mensal mais alto do ano e muito próximo dos picos de agosto e setembro de 2024, quando o país exportou 86 mil e 89 mil TEC, respectivamente. O avanço foi sustentado por preços internacionais mais firmes e pela valorização cambial, além de um alívio tributário. Desde a mínima de março, de apenas 52 mil TEC, os embarques vêm crescendo de forma constante até alcançarem o patamar de agosto. Apesar do bom resultado, as projeções indicam que 2025 deverá encerrar abaixo do recorde de 930 mil TECs exportados em 2024, já que seria necessário manter volumes próximos de 100 mil TECs por mês até dezembro, algo considerado improvável. O aumento em relação a julho (5.100 t adicionais) foi puxado principalmente pela China (+3.500 t), seguida pela União Europeia (+1.600 t), Estados Unidos (+600 t) e Chile (+500 t). Houve estabilidade nos embarques para Israel e quedas para Rússia e México (200 t cada). Na comparação com agosto do ano passado, houve ganhos de vendas para a UE (+1.400 t), Israel (+500 t) e Brasil (+100 t), mas reduções para México (-1.000 t), Chile (-400 t) e Rússia (-300 t). Os preços médios se mantiveram firmes em agosto. Frente a julho, houve valorização de 3% nos embarques para a China, estabilidade em Israel e quedas entre 2% e 15% nos demais destinos, com média ponderada de -1%. Na comparação anual, os resultados são expressivos: China +60%, UE +20%, Israel +39%, Chile +30% e EUA +45%, o que representa um aumento médio de 39%. O valor alcançado em agosto ficou apenas 7% abaixo do pico histórico de abril de 2022. Entre janeiro e agosto deste ano, a Argentina exportou 536 mil TECs, volume 12% menor que o registrado no mesmo período de 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, foram embarcados 858 mil TECs, repetindo o resultado do mês anterior, mas 2% abaixo do verificado um ano antes. Apesar do desempenho positivo em agosto, o setor reconhece que 2025 não deverá superar o recorde histórico do ano passado, conforme reportou o site argentino.
Valor Di Carne
Após medidas de Trump, EUA perdem mercado de carne bovina na China para Austrália
Os embarques australianos ao mercado chinês saltaram de um histórico recente de US$ 140 milhões/mês para US$ 221 milhões em julho/25 e US$ 226 milhões em agosto/25, compara a Reuters
A carne bovina australiana substituiu o fornecimento dos Estados Unidos para a China desde que o presidente Donald Trump retornou à Casa Branca, relata reportagem da agência Reuters. Segundo a agência de notícias, os embarques da proteína dos EUA para a China, no valor de cerca de US$ 120 milhões por mês, despencaram depois que Pequim permitiu, em março/25, que as licenças expirassem em centenas de frigoríficos norte-americanos, desencadeando uma guerra tarifária retaliatória por parte do governo Trump. Nos últimos anos, diz a Reuters, as exportações de carne bovina dos EUA perderam força, refletindo o período de seca prolongada no país, que reduziu o rebanho bovino e, consequentemente, a produção local, elevando os preços locais da proteína para níveis recordes. No entanto, diz a agência, a queda no comércio com a China foi muito mais repentina e extrema: o valor da carne bovina dos EUA enviada à China caiu para apenas US$ 8,1 milhões em julho/25 e US$ 9,5 milhões em agosto/25, segundo dados do comércio chinês, em comparação com US$ 118 milhões e US$ 125 milhões nos mesmos meses do ano anterior. Por sua vez, os embarques de carne bovina da Austrália para a China saltaram de um histórico recente de US$ 140 milhões/mês para US$ 221 milhões em julho/25 e US$ 226 milhões em agosto/25, informou a Reuters. O Brasil, maior fornecedor de carne bovina da China, também intensificou as exportações ao país asiático nos últimos meses, mas a Austrália foi a mais beneficiada, pois sua carne bovina alimentada com grãos é a mais próxima dos produtos norte-americanos. “É bom para a Austrália”, disse à Reuters Matt Dalgleish, analista de carnes e pecuária da Australian Consulting. “Está sustentando preços realmente altos para o gado”, acrescentou. Os embarques de carne bovina dos EUA para a China aumentaram em 2020 e 2021 depois que Trump, em seu primeiro mandato, fechou um acordo comercial com Pequim, relembrou a Reuters. “A China desempenha um papel útil para os processadores de carne bovina dos EUA, pagando preços premium por cortes como o chuck roll, que são menos populares nos Estados Unidos”, diz a reportagem. A produção de carne bovina da Austrália atingiu níveis históricos e sua carne está muito mais barata – tanto que a Austrália não só está exportando mais para a China, como também quantidades recordes para os Estados Unidos. “Os EUA não estão realmente em posição de serem competitivos”, afirma Dalgleish, à Reuters.
Reuters
FRANGOs & SUÍNOS
Receita e volume das exportações de carne suína já superam setembro do ano passado
Volume movimentado chegou a 127,3 mil toneladas até a quarta semana de setembro, com aumento da média diária e elevação nos preços.
O volume exportado de carne suína in natura chegou em 127,3 mil toneladas até a quarta semana de setembro/25, informou a Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Mdic. No ano passado, o volume exportado alcançou 107,6 mil toneladas em 21 dias úteis de setembro/24.
A média diária até a quarta semana de setembro/25 ficou em 6,3 mil toneladas, alta de 24,2% frente a média diária embarcada em setembro do ano passado, que ficou em 5,1 mil toneladas. A receita obtida ficou em US$ 328,5 milhões, sendo que o faturamento de setembro do ano anterior, foi de US$ 269 milhões. A média diária do faturamento até a quarta semana de setembro ficou em US$ 16,4 milhões e teve um avanço de 28,2% frente a média diária do ano anterior, que ficou em US$ 12,8 milhões. Já o preço pago por tonelada até a quarta semana de setembro/25 ficou em US$ 2.580 por tonelada, avanço de 3,3% frente ao observado em setembro do ano passado, que estava sendo negociado em US$ 2.499 por tonelada.
SECEX/MDIC
Exportações de carne de frango somam 440,5 mil toneladas até a quarta semana de setembro/25. receita recua frente a 2024
Média diária exportada teve um avanço de 2,5% até a quarta semana de setembro
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, o volume exportado de carne de aves in natura ficou em 440,5 mil toneladas até a quarta semana de setembro/25. No ano passado, o volume exportado alcançou 451,3 mil toneladas em 21 dias úteis em 2024. A média diária até a quarta semana de setembro/25 ficou em 22 mil toneladas, sendo que isso representa um avanço de 2,5% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 21,4 mil toneladas. O preço pago pelo produto ficou em US$ 1.764 por tonelada, e isso representa uma queda de 8% se comparado com os valores praticados em setembro do ano anterior, que estavam em US$ 1.918 por tonelada. No faturamento, a receita obtida até a quarta semana de setembro ficou em US$ 777,2 milhões, enquanto em setembro do ano anterior o valor ficou em US$ 866 milhões. Já a média diária do faturamento ficou em US$ 38,8 milhões e teve um recuo de 5,8% frente a média diária observada em setembro do ano anterior, que ficou em US$ 41,2 milhões.
SECEX/MDIC
imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br
POWERED BY NORBERTO STAVISKI EDITORA LTDA
041 996978868