Ano 11 | nº 2560 | 25 de setembro de 2025
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo estável em São Paulo
O ritmo de negócios do mercado estava moroso e frio. Algumas indústrias, com escalas satisfatórias, permaneciam fora das compras e aguardavam como seria o mercado nos próximos dias.
O ritmo de negócios do mercado estava moroso e frio. Algumas indústrias, com escalas satisfatórias, permaneciam fora das compras e aguardavam como seria o mercado nos próximos dias. A oferta de bois de cocho ajudou na composição de escalas, o que permitiu especulação por parte de algumas indústrias – salienta-se que existiam ofertas de compra abaixo da referência. Nesse sentido, o preço de todas as categorias ficou estável.
As escalas de abate estavam, em média, para nove dias. No Espírito Santo, a oferta de bovinos diminuiu, mas, por outro lado, a venda de carne estava patinando. Sendo assim, o preço de todas as categorias permaneceu estável. As escalas de abate atendiam, em média, a sete dias.
No Norte e região de Cuiabá em Mato Grosso, a oferta de bovinos ficou mais escassa nos últimos dias, entretanto, o escoamento de carne ficou pior. Além disso, uma parte das indústrias também seguia fora das negociações, acompanhando o mercado dia após dia. Nesse sentido, a cotação de todas as categorias, em ambas as regiões, permaneceu estável na comparação diária. As escalas de abate para o Norte estavam, em média, para onze dias. As escalas de abate em Cuiabá atendiam, em média, a 14 dias.
Scot Consultoria
Preços da arroba do boi gordo mantém trajetória de baixa
Mercado ainda conta com pressão baixista em determinadas regiões, como Mato Grosso e Tocantins, diz analista
O mercado físico do boi gordo ainda conta com pressão baixista em determinadas regiões do país. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, esse movimento tem se mostrado mais contundente em Mato Grosso e no Tocantins.
Segundo ele, vale destacar que as escalas de abate estão posicionadas entre oito e nove dias úteis na média nacional, em um ambiente ainda pautado por boa incidência de animais de parceria (contratos a termo), além da utilização de confinamentos próprios. “A exportação segue como grande variável de suporte neste momento, com números bastante positivos em 2025”, disse. Média da arroba do boi: São Paulo: R$ 304,42 — ontem: R$ 305,67. Goiás: R$ 287,14 — R$ 288,75. Minas Gerais: R$ 287,65 — R$ 287,94. Mato Grosso do Sul: R$ 321,16 — R$ 321,05. Mato Grosso: R$ 294,32 — R$ 295,00. O mercado atacadista voltou a se deparar com queda em suas cotações no decorrer da terça-feira. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir pela continuidade deste movimento no curto prazo, considerando a lenta reposição entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo. “A carne de frango ainda é mais competitiva na comparação com as proteínas concorrentes, em especial se comparado a carne bovina”, pontua. O quarto traseiro foi precificado a R$ 23,35 por quilo, queda de R$ 0,15; o dianteiro ainda é cotado a R$ 17,50 por quilo; e a ponta de agulha foi indicada a R$ 16,40 por quilo, queda de R$ 0,10.
Safras News
Exportações brasileiras de gado vivo sobem 16,5% até agosto
Marrocos surpreende e amplia compras de gado vivo brasileiro em mais de 400% no mês, enquanto tradicionais compradores reduziram as aquisições
As exportações brasileiras de animal vivo (gado em pé) avançaram 16,5% no acumulado dos primeiros oito meses de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Levantamento da Scot Consultoria mostra que, entre janeiro e agosto deste ano, o Brasil enviou ao exterior 624,1 mil animais, ante 561,3 mil no ano passado. Em agosto, entretanto, os embarques foram de 83,1 mil cabeças. A quantidade é 33,7% menor na comparação com o mesmo mês de 2024 e em relação a junho, quando o país embarcou 87,4 mil cabeças. O recuo das exportações em agosto é resultado da menor demanda dos países compradores. No período, as compras diminuíram na maioria dos destinos: a Turquia importou 4,4% a menos na comparação anual, o Egito -79,4%, o Iraque -59,6%, o Líbano -41,2% e a Jordânia -47,6%. A grande exceção foi o Marrocos, que surpreendeu com um salto de 414,8% nas aquisições em comparação ao mesmo período do ano passado. Além disso, países que não haviam comprado em agosto de 2024 — Arábia Saudita, Guiana e Equador — realizaram importações neste ano.
Estadão/Agro
ECONOMIA
Dólar tem alta ante o real após euforia da véspera com Trump
Após o forte recuo da véspera, quando comentários do presidente dos EUA, Donald Trump, reduziram o temor de novas medidas contra a economia brasileira, o dólar teve forte alta ante o real na quarta-feira, com investidores recompondo posições na moeda norte-americana.
O avanço firme do dólar no exterior também dava suporte à cotação no Brasil, que retornou para acima dos R$5,30. O dólar à vista fechou em alta de 0,93%, aos R$5,3277. No ano, porém, a divisa acumula baixa de 13,78%. Às 17h03 na B3 o dólar para outubro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,87%, aos R$5,3320. Na terça-feira o dólar cedeu mais de 1% após Trump elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acenar com uma reunião na próxima semana, reduzindo o medo no mercado de que os EUA possam adotar novas medidas econômicas contra o Brasil. Como o dólar encerrou na faixa de R$5,27 na véspera, a divisa estava em um nível que atraiu compras no início da sessão desta quarta-feira. Segundo operador ouvido pela Reuters, alguns participantes do mercado optaram por recompor posições compradas (no sentido de alta do dólar) para esperar os desdobramentos práticos da aproximação diplomática entre Trump e Lula. Além disso, a moeda norte-americana sustentou ganhos firmes ante quase todas as demais divisas desde cedo, ainda refletindo comentários cautelosos do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre o ciclo de corte de juros, feitos na tarde de terça-feira. Neste cenário, o dólar à vista subiu até o pico intradia de R$5,3313 (+1,00%) às 15h52. “O dólar avança em movimento de correção após a forte queda da véspera, refletindo a cautela dos investidores diante da expectativa de uma possível reunião entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos”, pontuou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário escrito. “O cenário é ainda incerto e não existe consenso de como serão as negociações para a questão tarifária entre EUA e Brasil, ao menos no curto prazo”, acrescentou. Pela manhã, em operação de rolagem sem efeitos maiores para as cotações, o Banco Central vendeu US$2 bilhões em dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra). À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$545 milhões em setembro até o dia 19.
Reuters
Ibovespa fecha quase estável com Petrobras freando realização de lucros após máximas
O Ibovespa fechou quase estável na quarta-feira, com o desempenho robusto das ações da Petrobras, endossadas pela alta dos preços do petróleo no exterior, contrabalançando movimentos de realização de lucros na bolsa paulista em meio a novas máximas históricas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,03%, a 146.382,08 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 146.067,12 pontos na mínima e 146.585,26 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava R$15,8 bilhões antes dos ajustes finais. Na véspera, o Ibovespa fechou em 146.424,94 pontos, tendo alcançado 147.178,47 pontos no melhor momento, novos topos históricos.
Reuters
BC vende US$2 bilhões em dois leilões de linha para rolagem do vencimento de outubro
O Banco Central vendeu na quarta-feira um total de US$2 bilhões em dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) simultâneos para rolagem do vencimento de outubro.
No leilão de linha A, o BC vendeu US$1 bilhão com taxa de corte de 5,242000%. Foi aceita uma proposta. A data de venda de dólares pelo BC será 2 de outubro, enquanto a recompra ocorrerá em 3 de fevereiro de 2026. No leilão de linha B, o BC vendeu US$1 bilhão com taxa de corte de 5,112000%. Foram aceitas duas propostas. A data de venda de dólares pelo BC será 2 de outubro, enquanto a recompra ocorrerá em 3 de março de 2026.
Reuters
Confiança do consumidor no Brasil sobe em setembro e vai a nível mais alto desde dezembro, diz FGV
A confiança dos consumidores brasileiros melhorou em setembro com a recuperação das expectativas e chegou ao nível mais alto desde o final do ano passado, mostraram dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados na quarta-feira.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês avanço de 1,3 ponto e foi a 87,5 pontos, patamar mais forte desde dezembro de 2024. “A alta da confiança foi concentrada na melhora das expectativas, principalmente, pelo indicador de situação econômica futura, que subiu em todas as faixas de renda”, explicou Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE. Em setembro, o Índice de Situação Atual (ISA) teve queda de 2,5 pontos após duas altas consecutivas, atingindo 82,0 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 3,7 pontos, para 91,8 pontos. “A manutenção de um forte mercado de trabalho e o recente alívio da inflação parece ter deixado os consumidores menos pessimistas para o futuro, mas os altos níveis de endividamento e inadimplência das famílias seguem como um limitador da melhora mais robusta da confiança”, completou Gouveia. Segundo os últimos dados disponíveis do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% nos três meses até julho, marcando mais uma vez o menor nível da série. Por outro lado, pesa na economia a política monetária restritiva, com a taxa básica Selic em 15%.
Reuters
Valor bruto da produção agropecuária ultrapassa R$ 1,4 trilhão
Resultado é 11,3% maior em relação à safra de 2024. Soja segue tendo a maior participação, respondendo com R$ 322,1 bilhões; amendoim teve maior crescimento entre as lavouras
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VPB), com base em agosto de 2025, alcançou R$ 1,406 trilhão, de acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério da Agricultura. O valor é 11,3% maior em relação à safra de 2024. Para as lavouras, o ministério indicou aumento de 10,8% no VPB, que deve fechar o ano em R$ 928,07 bilhões, acima dos R$ 837,52 bilhões do ano anterior. Entre os produtos, destaque para amendoim, com alta de 43%, café (47,2%), soja (8,8%), milho (11,7%), mamona (38%) e algodão (8,4%). Já as variações negativas mais significativas foram registradas na cultura da batata-inglesa (-61,1%), laranja (-17,9%), feijão (-15,9%), arroz (-10,2%), banana (-3,5%) e cana-de-açúcar (-1,3%). Em relação à atividade pecuária, a Pasta indica aumento de 12,3% no VPB, passando de R$ 425,77 bilhões no ano passado para R$ 478,08 bilhões estimados para este ano. O ranking com os cinco primeiros produtos que obtiveram crescente desempenho, comparado à safra de 2024, ficou dessa forma: bovinos (20,5%), frango (4,7%), leite (5,2%), suínos (9,6%) e ovos (14,1%). Quanto aos valores da produção, a soja segue tendo a maior participação, respondendo com R$ 322,1 bilhões, seguida do milho com R$ 164 bilhões, cana-de-açúcar com R$ 117,9 bilhões, café com R$ 115,2 bilhões e algodão com R$ 36,6 bilhões. Esses cinco produtos somados representaram 53,8% do total do VPB apurado. Na pecuária, a bovinocultura responde por R$ 204,1 bilhões, a avicultura por R$ 111 bilhões e o leite por R$ 71,5 bilhões, sendo que a bovinocultura representou 14,5% do total do VPB. Com relação à dinâmica regional, o Estado de Mato Grosso representa 15,7% do total do VPB, com R$ 221,3 bilhões, seguido de Minas Gerais com 12% e R$ 168,3 bilhões, São Paulo com 11,3% e R$ 159 bilhões, e Paraná com 11,2% e R$ 157,4 bilhões. Uma análise sobre os produtos mostra que, em Mato Grosso, a soja, o milho, o algodão e os bovinos representam 93% do total do VPB estadual, de R$ 221,3 bilhões. Já em Minas Gerais, o café, a soja e o leite têm destaque, com participação de 57% de R$ 168,3 bilhões. Em São Paulo, a cana-de-açúcar, o café e a laranja puxam 63,6% do total de R$ 159 bilhões. Finalmente, no Paraná, milho, soja e frango representam 63,5% do total de R$ 157,4 bilhões.
Valor Econômico
GOVERNO
Crédito para recuperar áreas degradadas chega neste mês aos bancos
Repasses de leilão do Ecoinvest priorizarão as alavancagens maiores. Dos quase R$ 13,7 bilhões que serão mobilizados pelos agentes financeiros na iniciativa privada, a expectativa é captar R$ 8,2 bilhões no mercado externo
O governo federal vai iniciar ainda neste mês o repasse de parte dos R$ 16,5 bilhões demandados no segundo leilão da linha Ecoinvest, realizado para financiar a recuperação de áreas degradadas, para as dez instituições financeiras contempladas no certame. Com a contrapartida dos agentes, o total investido na linha até 2027 para conversão de áreas degradadas será de R$ 30,1 bilhões. As propostas apresentadas sinalizam a restauração produtiva de cerca de 1,4 milhão de hectares — área equivalente a nove vezes o tamanho da cidade de São Paulo — e pode chegar a 3 milhões de hectares, pois a relação entre o montante investido e a área recuperada depende de fatores como o tipo de atividade, as técnicas de resiliência hídrica empregadas e o custo final ao tomador. As instituições contempladas no leilão foram Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), BTG Pactual, Itaú, Caixa, Bradesco, Safra, Rabobank, Santander e Votorantim. Dos quase R$ 13,7 bilhões que serão mobilizados pelos agentes financeiros na iniciativa privada, para fazer frente ao recurso público aplicado no programa, a expectativa é captar R$ 8,2 bilhões no mercado externo e R$ 5,4 bilhões no mercado interno, de acordo com o Tesouro Nacional.
Cerca de R$ 24,4 bilhões serão executados por meio de operações diretas com os tomadores finais e aproximadamente R$ 5,9 bilhões serão investidos por meio de novos fundos de investimento dedicados ao programa Ecoinvest. Entre as instituições que indicaram alocação via fundos estão Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, BNDES e Caixa. O repasse dos recursos públicos às instituições financeiras será feito por ordem decrescente de alavancagem das propostas homologadas, informou o Tesouro Nacional. Caberá a cada banco elaborar a estratégia de desembolso de acordo com a carteira de projetos. Após a homologação das propostas, as instituições financeiras receberão 25% do valor total do empréstimo com os recursos públicos. Quando comprovarem a mobilização de 25% do capital privado, de acordo com a alavancagem, e desembolsarem esse montante, poderão solicitar mais 50% dos recursos do Ecoinvest. O prazo para a comprovação da aplicação é de 12 meses a partir do recebimento da primeira parcela. “Com a comprovação de capital privado e desembolso ao projeto destes 50%, poderá solicitar a liberação dos 25% restantes, completando assim 100% do valor da linha do Ecoinvest. Todo este fluxo tem o prazo total de 24 meses desde o recebimento do primeiro desembolso”, explicou o Tesouro Nacional. A maior parte dos recursos do Ecoinvest será aplicada no Cerrado, cerca de R$ 17,2 bilhões e 57% dos valores totais. Aparecem na sequência a Mata Atlântica, com R$ 4 bilhões (13%), a Amazônia, com R$ 3,5 bilhões (12%), a Caatinga, com R$ 3 bilhões (10%), o Pampa, com R$ 1,2 bilhão (4%), e o Pantanal, com R$ 1,1 bilhão (4%). O BNDES vai liderar as operações no Cerrado, com quase R$ 4 bilhões, seguido de BTG, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil. Entre as propostas apresentadas para o bioma, a principal destinação dos valores (40%) será para conversão das áreas degradadas para produção de culturas perenes, como fruticultura, café e cana-de-açúcar. Na sequência aparecem as lavouras anuais, como grãos, ou pecuária, de forma isolada. A distribuição é semelhante à alocação geral no Brasil. Ao considerar os cinco biomas, 33% dos recursos serão aplicados em culturas perenes, 29% em abordagens integradas de produção, 27% em lavouras anuais ou pecuária e 11% em florestas ou restauração de vegetação nativa.
O Banco do Brasil vai liderar as aplicações nos demais biomas. Na Amazônia, serão permitidos financiamentos apenas para projetos de sistemas integrados (integração lavoura-pecuária-floresta e sistemas agroflorestais), recuperação e consolidação de pastagens e restauração natural ou enriquecida com espécies nativas. De acordo com o Tesouro Nacional, não há previsão de realização de novos leilões do Ecoinvest para recuperação de terras degradadas. O primeiro leilão, em 2023, foi voltado a projetos sustentáveis de forma geral. O próximo leilão será voltado à atração de equity para projeto de inovação. Também está previsto um quarto leilão, voltado à bioeconomia na Amazônia
Globo Rural
EMPRESAS
MBRF aprova recompra de 25 milhões de ações
O prazo para realização das aquisições se encerra em 24 de março de 2027. O fato relevante consta em nome da Marfrig por ainda ser a razão social da empresa
A MBRF, empresa que nasceu da fusão entre Marfrig e BRF, aprovou na quarta-feira (24/9) um plano de recompra de 25 milhões de ações ordinárias, correspondentes a 1,74% do total de ações de emissão da companhia e 3,23% das ações em circulação, conforme comunicado divulgado ao mercado. O fato relevante consta em nome da Marfrig por ainda ser a razão social da empresa. O prazo para realização das aquisições se encerra em 24 de março de 2027, ou seja, 18 meses contados a partir do lançamento do plano. “O Conselho de Administração entende que a aquisição de ações não acarretará qualquer prejuízo ao cumprimento das obrigações assumidas pela companhia, tampouco comprometerá o pagamento de dividendos obrigatórios, em virtude da situação de liquidez e geração de caixa da companhia”, disse o comunicado assinado pelo novo vice-presidente de finanças e relações com investidores, Jose Ignacio Scoseria Rey. As negociações de ações da MBRF estrearam ontem (23/9) na B3 com forte queda e hoje, por volta das 11h30 os papéis operavam em leve alta de 0,46%.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Com consumo retraído, as cotações dos suínos seguem pressionadas na reta final do mês
O mercado de suínos segue pressionado em setembro, com preços em queda diante da oferta e do consumo enfraquecido. Mesmo após um início de mês já marcado por vendas tímidas, a última semana não trouxe reação e manteve a demanda abaixo do esperado.
A Scot Consultoria informou em seu informe semanal que os preços no mercado de suínos não engrenaram em setembro. As vendas, que já estavam apáticas na primeira quinzena do mês, permaneceram abaixo do esperado na última semana. As ofertas suprem com folga a procura.
No comparativo diário, as referências para os suínos registraram movimentações negativas se comparado aos dados da última terça-feira (23). Em Minas Gerais, a cotação do suíno permaneceu estável em R$ 8,43/kg. Já no Paraná, a referência recuou 0,34% e está cotada em R$ 8,68/kg, enquanto no Rio Grande do Sul está precificado em R$ 8,50/kg e teve queda de 0,12% Em São Paulo, o preço do suíno teve uma leve queda de 0,11% e está sendo negociado em R$ 9,06/kg. Já em Santa Catarina, a cotação do animal está em torno R$ 8,39/kg com desvalorização de 0,24%. No mercado atacadista de São Paulo, a Scot Consultoria apontou que a carcaça especial apresentou baixa de 0,78% e está cotada, em média, em R$12,70 por quilo. Nas granjas, o suíno CIF segue estável e negociado, em média, em R$170,00 por arroba. Ainda de acordo com a Scot Consultoria, as exportações ao mercado externo devem seguir amparando os preços no curto prazo, mas as vendas no mercado doméstico devem voltar a ganhar impulso somente na virada de mês.
Scot Consultoria
Oferta de frangos prontos para o abate retorna aos níveis de março/abril passado 24 setembro
Produção Praticamente estável desde a 2ª quinzena de junho passado, a oferta aparente de frangos prontos para o abate na 1ª quinzena de setembro corrente retornou, com diferença mínima, aos níveis registrados entre a 2ª quinzena de março e a 1ª quinzena de abril, correspondendo a cerca de 19 milhões de cabeças diárias.
Em relação ao mesmo período do ano passado o aumento foi pouco superior a meio por cento. A grande diferença é observada nos preços alcançados pelo frango abatido na 1ª quinzena de setembro – R$7,32/kg na média do período. Essa cotação ficou mais de 13% aquém da média de R$8,44/kg alcançada no mês de março. Ou quase 16% abaixo do valor registrado em abril, cerca de R$8,70/kg – nominalmente, recorde histórico no setor. Os maus resultados econômicos de setembro parecem ter ficado restritos à quinzena inicial do mês, pois nos seis primeiros dias de negócios da atual quinzena a média registrada subiu significativamente, com o fechamento de ontem (23) alcançando – pela primeira vez desde o início de junho passado – a marca dos R$8,00/kg. Três semanas atrás a cotação do frango abatido mal passava dos R$7,00/kg. Este desempenho resulta de pelos menos dois fatores. De um lado, o esgotamento dos estoques formados a partir dos embargos às exportações de carne de frango; de outro, a retomada dos embarques após o reconhecimento de que o País se encontra livre do vírus da IAAP. O atual comportamento do mercado pode estar sendo determinado por um terceiro fator: a redução na produção. Mas isso só será conhecido quando forem divulgados os resultados do alojamento interno de pintos de corte do mês de agosto passado.
Avesite
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