Ano 11 | nº 2559 | 24 de setembro de 2025
ABRAFRIGO NA MÍDIA
Exportações de carne bovina acumulam alta de 19% até agosto
China foi a grande responsável pelo crescimento; Estados Unidos ainda estão na segunda posição entre os principais compradores
O patamar de preços da tonelada exportada levou a receita a alcançar US$ 10,84 bilhões, avanço de 34% no período. A China foi a grande responsável pelo crescimento das exportações, mantendo a primeira posição entre os maiores compradores. Os embarques para o país asiático subiram 19% de janeiro a agosto, para 948.446 toneladas. A receita com as vendas aos chineses aumentou 41,2%, para US$ 4,97 bilhões. Os Estados Unidos ainda aparecem na segunda posição entre os principais compradores de carne bovina do ano, com 557.168 toneladas (+66,5%) e receita de US$ 1,605 bilhão (+73,2%). Entretanto, desde de 6 de agosto, passou a vigorar uma sobretaxa americana contra produtos brasileiros que levou a tarifa da carne para 76,4%, praticamente inviabilizando o fechamento de negócios. “As vendas de carne bovina in natura e industrializada para os Estados Unidos recuaram 46% em agosto de 2025, frente ao mesmo mês do ano anterior, como resultado das tarifas adicionais aplicadas a produtos brasileiros por parte do governo norteamericano”, disse a Abrafrigo em nota. Apesar disso, a entidade ressaltou que o desempenho de exportações de carne bovina do Brasil, como um todo, teve o segundo melhor resultado do ano em agosto, com a faturamento de US$ 1,669 bilhão (+49%) e embarque de 359.418 toneladas (+19%).
Publicado em: Valor Econômico/Globo Rural/Notícias Agrícolas/Canal Rural/Portal DBO/Times Brasil
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo: cotação estável em São Paulo
Com as escalas confortáveis e o escoamento lento da carne, grande parte das indústrias não comprou, o que manteve as cotações estáveis.
Segundo levantamento realizado pela Scot Consultoria, o boi gordo “comum” segue valendo R$ 305/@, enquanto o “boi-China” é negociado com ágio de R$ 3/@, a R$ 308/@. Por sua vez, na mesma região, a vaca e a novilha gordas são vendidas por R$ 280/@ e R$ 295/@, respectivamente. Com as escalas confortáveis e o escoamento lento da carne, grande parte das indústrias não comprou, o que manteve as cotações estáveis. Pará – Na região de Marabá, a cotação do boi gordo caiu R$2,00/@. Na região de Redenção, as cotações não mudaram. Nas regiões, a cotação da arroba do “boi China” caiu R$2,00. Na região de Paragominas, as cotações permaneceram estáveis. A cotação do “boi China” caiu R$3,00/@. Região Noroeste do Paraná – O mercado abriu com queda de R$1,00/@ para os machos e de R$2,00/@ para a novilha. A cotação da vaca não mudou. Exportação de carne bovina in natura – Até a terceira semana de setembro, o volume exportado foi de 209,6 mil toneladas, com uma média diária de 13,9 mil toneladas, aumento de 16,6% frente ao embarcado por dia no mesmo período de 2024. A cotação média da tonelada ficou em US$5,6 mil, alta de 24,6% na comparação feita ano a ano.
Scot Consultoria
Indústria busca baixar preços em Mato Grosso e se acomoda em São Paulo, Goiás e Minas
O mercado físico do boi gordo abriu a semana contando com algumas tentativas de compra em patamares mais baixos, a exemplo do que tem ocorrido nos últimos dias.
De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, esse movimento se mostra mais efetivo em Mato Grosso. “Em estados como São Paulo, Goiás e Minas Gerais o mercado conta com maiores sintomas de acomodação”, declara. Segundo ele, o momento é de acompanhar com proximidade o comportamento das escalas de abate de boi. “O encurtamento delas em um momento de aquecimento da demanda será fator relevante para uma eventual retomada do movimento de alta, situação que a B3 já sinaliza nos últimos dias, enquanto as exportações seguem contundentes”, disse. Preços médios do boi gordo; São Paulo: R$ 305,67 — na sexta: R$ 304,33. Goiás: R$ 288,75 — R$ 287,14. Minas Gerais: R$ 287,94 — R$ 287,65. Mato Grosso do Sul: R$ 321,05 — R$ 320,48. Mato Grosso: R$ 295,00 — R$ 297,91. O mercado atacadista se depara com acomodação em seus preços no início da semana. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por uma semana fraca em termos de consumo, o que sinaliza para novas retrações dos preços da carne bovina no atacado. “A competitividade do frango frente às proteínas concorrentes segue no radar, em especial na comparação com a carne bovina”, ressalta. O quarto traseiro segue no patamar de R$ 23,50 por quilo; o dianteiro ainda é cotado a R$ 17,50 por quilo; e a ponta de agulha se mantém precificada a R$ 16,50, por quilo.
Safras News
Mercado de reposição apresenta alta mais consistente em setembro e bezerro alcança maior valorização desde 2022
Reposição segue firme mostrando que a demanda por animais jovens continua resiliente mesmo diante da arroba mais pressionada.
O mercado de reposição manteve-se aquecido ao longo de setembro, com valorização na maioria das categorias acompanhadas, em movimento contrário ao boi gordo, que seguiu pressionado ao longo deste mês. Essa discrepância reforça o cenário de margens ajustadas no ciclo pecuário, já que o custo da reposição avança enquanto o boi terminado perde tração. Segundo o levantamento da Scot Consultoria, o mercado de reposição no estado de São Paulo apresentou maior dinamismo nas vendas, tanto nos leilões quanto nas negociações particulares, em comparação com a semana anterior. “Como reflexo, das oito categorias de bovinos anelorados monitorados pela consultoria, sete registraram preços mais elevados ante a segunda semana do mês”, informou em seu boletim semanal. De acordo com o Consultor da Aliá Investimentos, João Bosco Bittencourt Júnior, os preços para a reposição estão vivendo o melhor cenário desde 2022, em que a relação de troca de está próxima de 2.16 e 2.28 ao longo dos últimos meses e vem trazendo um ágio para quem revende essa cria/recria em torno de 38%.
Notícias Agrícolas
Preço de bezerros sobe em Mato Grosso
Preços dos bezerros sobem devido à menor oferta
A menor oferta de bezerros em Mato Grosso tem elevado os preços e beneficiado o sistema de cria no estado, segundo análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgada Na segunda-feira (22). De acordo com os dados, “o preço do bezerro de 12 meses deflacionado, média de janeiro a setembro de 2025, foi de R$ 12,88/kg para machos e R$ 9,92/kg para fêmeas, aumento de 42,19% e 43,24%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2024”. O aumento nos preços está relacionado ao maior descarte de fêmeas registrado nos anos anteriores, que resultou em menor disponibilidade de animais jovens. Segundo o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), na parcial de maio de 2025, o rebanho de bezerros machos de 0 a 12 meses foi de 4,90 milhões de cabeças, enquanto o de fêmeas somou 4,20 milhões, representando redução de 3,29% e 5,39%, respectivamente, em relação a 2024. A valorização do preço dos bezerros tende a estimular o sistema de cria no estado, incentivando a retenção de fêmeas e reduzindo o volume de abates de matrizes. Segundo o Imea, “o cenário atual favorece a produção de animais jovens, mantendo o rebanho mais estruturado para os próximos ciclos”.
Agrolink
Frigoríficos de MT operam com escalas de abate confortáveis, de 12,56 dias, em média
O aumento da oferta de animais sustentou o alongamento das programações, que pode se consolidar como a média mais longa já registrada na série histórica, diz o Imea
Na parcial de set/25 (até 19/09), as escalas de abate dos frigoríficos de Mato Grosso ficaram em média em 12,56 dias, representando um alongamento de 35,01% em relação ao mesmo período de agosto/25, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
“Esse movimento reflete a maior oferta de animais terminados na segunda quinzena de ago/25, que já havia provocado um primeiro alongamento das escalas de abate e se manteve na primeira metade de setembro/25”, dizem os técnicos do Imea. al cenário, continuam os especialistas, esteve atrelado ao avanço dos abates de agosto/25, com destaque para a categoria de confinamento, que registrou alta de 29,29% no comparativo com julho/25, seguido pelos animais oriundos do semiconfinamento (avanço de 5,38% no mesmo período de comparação1). Por sua vez, os abates de bovinos criados a pasto apresentaram retração de 9,23% em relação ao mês anterior. “O aumento da oferta de animas sustentou o alongamento das escalas em setembro/25, que pode se consolidar como a média mais longa já registrada na série histórica”, ressaltam os técnicos do Imea.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar cai mais de 1% após fala de Trump reduzir temor de novas medidas contra o Brasil
O dólar encerrou a terça-feira em queda firme ante o real, novamente abaixo dos R$5,30, após o presidente dos EUA, Donald Trump, dizer que se reunirá na próxima semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, elogiando o brasileiro.
O dólar à vista fechou em baixa de 1,11%, aos R$5,2787, na menor cotação de encerramento desde 6 de junho do ano passado, quando atingiu R$5,2493. No ano a divisa acumula baixa de 14,57%. Às 17h03, na B3 o dólar para outubro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 1,09%, aos R$5,2870. A participação de Lula na assembleia da ONU era bastante esperada pelos agentes do mercado, que nos últimos dias demonstraram temor de que Trump pudesse adotar mais medidas econômicas contra o Brasil. Em julho, Trump definiu uma tarifa de 50% para uma série de produtos brasileiros, citando como uma das justificativas o julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Na segunda-feira, os EUA anunciaram sanções a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal. Em seu discurso na ONU no fim da manhã, Lula disse que a soberania brasileira é inegociável e criticou medidas unilaterais impostas ao país, além dos ataques ao Poder Judiciário brasileiro. Sem citar diretamente os EUA ou Trump, Lula também afirmou que a imposição de sanções arbitrárias está se tornando constante e que os ideais que inspiraram a criação da ONU estão ameaçados. Trump falou logo depois de Lula e citou o Brasil no fim do discurso. O norte-americano disse que passou por Lula após o brasileiro discursar, acrescentando que ambos se abraçaram e falaram rapidamente. “Tivemos uma boa conversa e concordamos em nos reunir na semana que vem”, disse Trump. “Ele pareceu ser uma pessoa muito boa.” Os comentários de Trump trouxeram alívio ao mercado e fizeram o dólar renovar mínimas ante o real, em meio à percepção de que o aceno do norte-americano ao brasileiro reduz as chances de novas medidas contra o Brasil. “Não interessava o resultado do julgamento de Bolsonaro em si, mas sim o que vinha depois disso. E ao que parece, a partir de agora as negociações com os EUA começam a ser mais sobre economia”, comentou durante a tarde Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, sobre os efeitos positivos da fala de Trump no câmbio. Às 14h23 — já após os discursos de Lula e Trump — o dólar à vista atingiu a menor cotação do pregão, de R$5,2775 (-1,13%). O recuo firme da moeda norte-americana no Brasil ocorreu apesar de, no exterior, o dólar apresentar movimentos mais contidos e sinais mistos ante as demais divisas. Às 17h10, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,11%, a 97,223.
Reuters
Ibovespa renova recordes puxado por Petrobras, bancos e fala de Trump sobre Lula
O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, superando os 147 mil pontos pela primeira vez, em movimento puxado principalmente pelas ações da Petrobras e de bancos, com destaque para Itaú e Banco do Brasil, enquanto, nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou que quer conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,91%, para 146.424,94 pontos, tendo alcançado 147.178,47 pontos no melhor momento, novos topos históricos. No pior momento, registrou 145.106,58 pontos. O volume financeiro somou R$20,5 bilhões. De acordo com o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli Siqueira, está havendo uma antecipação de recursos da renda fixa para a renda variável, com investidores mirando a trajetória das taxas de juros nos EUA, principalmente, mas também no Brasil.
“E como o mercado de renda variável encolheu demais, os vendedores diminuíram, acaba prevalecendo a lei da demanda e oferta, o que explica essas oscilações”, acrescentou.
No mercado, as expectativas são de que o Federal Reserve deve promover ainda dois cortes nos juros neste ano, enquanto, para a taxa Selic, as previsões apontam começo de redução em 2026. “A bolsa sempre antecipa”, afirmou Tulli. Nesta terça-feira, nos primeiros comentários públicos desde que o banco central dos EUA cortou os juros na semana passada, o chair do Fed, Jerome Powell, citou no começo da tarde que há perigo tanto em cortar a taxa muito rápido e arriscar um novo aumento da inflação, quanto em reduzir os juros muito lentamente e possivelmente causar um aumento desnecessário do desemprego. A bolsa paulista também ganhou um empurrão nesta terça de declarações amigáveis de Trump sobre Lula durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, que acontece em Nova York, com o republicano citando uma possível reunião na próxima semana.O Ibovespa, que já vinha mostrando desempenho positivo, renovou máxima intradia logo após a fala de Trump, ganhando ainda mais fôlego à tarde, quando ultrapassou os 147 mil pontos pela primeira vez, em paralelo ao discurso de Powell. Wall Street, que vem também de máximas, fechou com sinal negativo.
Reuters
BC diz que avaliou impacto acumulado do choque de juros e agora entrou em “novo estágio” com Selic inalterada
O Banco Central afirmou que, após avaliar os efeitos acumulados do choque de juros, entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê taxa Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação, mostrou nesta terça-feira a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
“Após uma firme elevação de juros, o Comitê optou por interromper o ciclo e avaliar os impactos acumulados”, disse a autarquia no documento, em referência à reunião do Copom de julho. “Agora, na medida em que o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”, destacou. Na semana passada, o BC decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano pela segunda vez seguida, em decisão unânime de sua diretoria, e destacou que o ambiente incerto demanda cautela e que seguirá avaliando se manter os juros nesse patamar por período bastante prolongado será suficiente para levar a inflação à meta.
Na ocasião, a autarquia retirou a menção feita em julho de que “antecipa uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros” para examinar os efeitos do ajuste já feito anteriormente. Agora, apesar de afirmar que já passou dessa etapa e pregar a manutenção da Selic em 15% por período prolongado, o Copom voltou a dizer que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”.
Reuters
Arrecadação federal no ano supera 2024, apesar da queda em agosto
A Análise da Arrecadação das Receitas Federais registra que a arrecadação federal em agosto foi de R$ 208,7 bilhões, redução de 1,5% em relação a agosto de 2024. No acumulado do ano até agosto, a arrecadação está em R$ 1,888 trilhão, 3,73% acima do mesmo período no ano passado.
“Importante observar que se trata do melhor desempenho arrecadatório desde 2000 para o período acumulado”, enfatiza o documento publicado nesta terça-feira (23) pela Secretaria Especial da Receita Federal do Ministério da Fazenda. Na análise, a Receita Federal aponta entre as razões para a queda da arrecadação, as mudanças legislativas na cobrança do Imposto de Renda Retido na Fonte Juros sobre Capital Próprio (IRRF-Capital) e ainda os gastos tributários (isenções) relativos à calamidade provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul em abril e maio do ano passado.“Sem considerar os pagamentos atípicos, haveria um crescimento real de 4,99% na arrecadação do período acumulado e de 0,23% na arrecadação do mês de agosto”, explica a Receita Federal. O mês de agosto ainda registrou perdas de 8,27% na tributação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), e perdas de 3,7% na tributação da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).
Agência Brasil
Arrecadação federal tem primeira queda do ano e Receita cita impacto da desaceleração econômica
A arrecadação do governo federal teve queda real de 1,50% em agosto sobre o mesmo mês do ano anterior, somando R$208,791 bilhões, na primeira retração registrada neste ano, informou a Receita Federal na terça-feira, apontando efeito negativo gerado pela desaceleração da economia e por uma mudança no calendário do fisco.
O resfriamento da receita tributária diante de uma atividade menos dinâmica ocorre em meio ao aperto monetário implementado pelo Banco Central, que reforçou nesta terça-feira que pretende manter por período bastante prolongado a taxa Selic em 15% ao ano, maior nível em duas décadas. Os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, caíram 1,53% em agosto em termos reais frente a um ano antes, a R$201,997 bilhões. A receita administrada por outros órgãos, que tem peso grande de royalties de petróleo, caiu 0,61%, a R$6,794 bilhões. Segundo a Receita, o desempenho negativo de agosto foi influenciado pelo comportamento de indicadores macroeconômicos, com menor arrecadação de Imposto de Renda, Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), Pis/Cofins, Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Reuters
INTERNACIONAL
Argentina zera imposto de exportação sobre carnes e frango
Após anunciar a eliminação das retenciones (impostos sobre exportações) sobre grãos e oleaginosas, o governo argentino também reduziu a zero os impostos retidos na fonte sobre carne bovina e de aves.
O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, anunciou isso na plataforma de mídia social X, assim como fez pela manhã sobre os grãos. De agora até 31 de outubro, não haverá mais retenções na fonte para produtos agroindustriais. “O governo nacional decidiu que também haverá zero impostos retidos na fonte sobre a exportação de aves e carne bovina até 31 de outubro de 2025. Este é o único governo que, diante da adversidade, responde reduzindo os impostos”, disse Adorni. A expectativa oficial é que o setor agrícola acelere as vendas externas, o que se traduzirá em uma maior entrada de dólares no Banco Central, que está sob pressão há semanas devido à falta de reservas. Em julho, o presidente argentino Javier Milei já havia reduzido o imposto sobre as exportações de carne bovina e de frango de 6,75% para 5%.
Globo Rural
MEIO AMBIENTE
UE vai adiar lei antidesmatamento mais uma vez
Comissária do meio ambiente disse que medida se deve a questões técnicas. Lei antidesmatamento da União Europeia entraria em vigor no dia 30 de dezembro
A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), defendeu um novo adiamento da implementação da lei antidesmatamento, a EUDR. O órgão argumenta que o sistema de tecnologia da informação (TI) que processará os documentos de due diligence das commodities importadas não estará pronto a tempo para receber o volume de informações esperado no prazo previsto para o início da aplicação da lei, em 30 de dezembro. A comissária do Meio Ambiente da UE, Jessika Roswall, pediu a postergação, por mais um ano, da aplicação da lei em carta enviada a Antonio Decaro, presidente da Comissão do Ambiente, do Clima e da Segurança Alimentar do Parlamento Europeu. O documento foi divulgado pelo site “Euractiv” e a informação foi depois confirmada por Roswall a jornalistas. A EUDR proíbe a entrada no bloco europeu de seis commodities (soja,carne bovina, madeira, café, cacau e borracha) e seus derivados oriundos de áreas desmatadas após 2020, e prevê que os importadores comprovem o atendimento à regra através de documentos de due diligence de suas cadeias. A lei foi aprovada em 2023 e previa inicialmente que as obrigações deveriam começar a ser cumpridas em 30 de dezembro de 2024. No ano passado, importadores e exportadores pressionaram pelo adiamento, argumentando que não havia sistemas de controle à disposição para verificar a origem dos produtos, o que de fato levou ao adiamento da aplicação da lei por um ano.
Agora, a comissária argumenta que houve uma reavaliação sobre a quantidade de dados que o sistema de TI terá que processar, e que a estrutura atual deve levar a uma lentidão em “níveis inaceitáveis” e a “disrupções”, impedindo que as empresas cumpram com a EUDR. Alguns setores dos países fornecedores já vinham se preparando para atender os requisitos da UE, como os produtores de café do Brasil. Em nota, o Conselho Nacional do Café (CNC) disse que “o Brasil está altamente preparado para atender todas as exigências do mercado consumidor”. “O setor cafeeiro brasileiro continuará atuando para melhor informar às cooperativas, associações e produtores sobre os próximos passos relacionados à legislação”, afirmou. Já a indústria brasileira de carne bovina ainda está “em processo” para atender as regras, confidenciou ao Valor uma fonte do segmento, na condição de anonimato. Para essa fonte, o novo adiamento é positivo porque dá mais tempo ao setor para se ajustar. Para agentes que acompanham a lei, o novo adiamento é fruto da pressão americana. “É uma coincidência incrível que logo após a Comissão Europeia assinar um acordo comercial com os EUA e a Indonésia, ela se mova para adiar a EUDR de novo”, criticou Isabel Fernandez, consultora sênior da ONG Mighty Earth, em nota. A Earthsigth ressaltou que o Partido Popular Europeu (PPE) “já afirmou que vai usar essa oportunidade para tentar enfraquecer a lei”. “Essa proposta premia quem ficou parado, e pune empresas que investiram tempo e dinheiro em se preparar para a lei”, disse Sam Lawson, diretor da ONG, em nota.
Valor Econômico
FRANGOS & SUÍNOS
Pela média diária, exportações de carne de frango já alcançam 3º melhor resultado dos últimos 12 meses
Completados 15 dos 22 dias úteis de setembro corrente, as exportações de carne de frango in natura mantêm-se acima das 20 mil toneladas diárias, alcançando volume – 22.218 toneladas/dia – que supera em 24,8% e em 3,3% o que foi exportado, respectivamente, em agosto passado e em setembro de 2024.
O melhor, porém, é que a média atual corresponde ao terceiro melhor resultado dos últimos 12 meses, ficando aquém, apenas, do que foi registrado em novembro de 2024 e em março de 2025. Ou seja: encontra-se acima dos números de abril (quando ainda não havia ocorrido o episódio de IAAP na avicultura comercial), indicando que as exportações estão próximas da recuperação plena. O que ainda não deu sinais de recuperação é o preço alcançado até aqui. Na média das três primeiras semanas de setembro ficou ligeiramente aquém de US$1.765,00/tonelada, valor 8% inferior ao registrado em setembro de 2025. Vale notar, a propósito, que o preço de um ano atrás – US$1.918,74/tonelada – correspondeu ao segundo maior valor alcançado em 2024, resultando do embargo que tirou a carne de frango brasileira do mercado internacional devido à ocorrência de caso da Doença de Newcastle (Anta Gorda, RS, maio/24). Mas tal desempenho não se repetiu em 2025, indicando que, por ocasião do embargo mais recente, o mercado internacional se encontrava plenamente abastecido. Mantida nos últimos sete dias úteis de setembro corrente a média diária exportada na semana passada, o volume mensal ficará em torno das 470 mil toneladas, superando em 4% e 25% o que foi exportado, respectivamente, há um ano (perto de 451,4 mil toneladas em setembro/24) e há um mês (quase 374 mil toneladas em agosto último).
Avisite
UE retoma embarque frango brasileiro e abre caminho para embarques acima de 400 mil t/mês; China deve ser próxima
O anúncio foi recebido com otimismo pelo setor, que enxerga na decisão a confirmação da confiança internacional na sanidade da produção brasileira.
A União Europeia autorizou a retomada das importações de carne de frango do Brasil, encerrando um período de cinco meses de restrição em função de um caso isolado de influenza aviária. O anúncio foi recebido com otimismo pelo setor, que enxerga na decisão a confirmação da confiança internacional na sanidade da produção brasileira. De acordo com a analista de mercado da Scot Consultoria, Juliana Pila, o anúncio é bastante positivo para o setor, já que a retomada das exportações para o bloco tende a reduzir os impactos sofridos nos últimos meses e contribuir para a recuperação dos volumes embarcados. De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, antes do embargo a União Europeia respondia por cerca de 5% dos embarques nacionais de carne de frango. “É um cliente importante e a reabertura sinaliza um caminho de normalização. Ainda resta a China, que representa 10% das exportações, e deve se posicionar nesta semana”, afirmou. As exportações foram diretamente afetadas em maio, junho e julho, mas, segundo a analista da Scot Consultoria, já em agosto foi possível observar sinais de recuperação nos embarques.
Iglesias pontua que o embargo europeu se estendeu além do esperado, o que impactou a performance brasileira no comércio exterior. “Agora, com a normalização dos dois mercados — União Europeia e China —, o Brasil volta a ter condições de embarcar mais de 400 mil toneladas por mês. Além disso, nossos preços continuam muito competitivos frente a outros fornecedores internacionais”, destacou. Além disso, o mercado está bem animado com as visitas sanitárias pela China e indica que o retorno da potência asiática deve ser em breve. Isso vai fortalecer a posição do Brasil no comércio internacional. “O reconhecimento da contenção do foco reforça a credibilidade da produção brasileira e evidencia a qualidade da nossa carne de frango no mercado global”, afirmou Pila. O presidente-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, ressalta que a retomada do mercado europeu representa mais uma vitória para o setor brasileiro. “Trata-se de um destino estratégico, que embora não compre grandes volumes como Ásia e Oriente Médio, agrega muito valor, especialmente pela importação de cortes nobres como o filé de peito”, explicou. Segundo ele, a decisão fortalece a imagem do Brasil como fornecedor seguro e confiável. No mercado interno, o analista destaca que sinais de recuperação nas cotações já vinham acontecendo, sustentados principalmente pela competitividade do frango em relação às demais proteínas animais. “O consumo doméstico foi o fator que contribuiu para a sustentação nos preços nos últimos meses, compensando parcialmente as dificuldades externas”, completou. Para o último trimestre do ano, a expectativa é positiva: com a reabertura dos embarques e a manutenção da demanda doméstica aquecida, tanto a carne de frango quanto o frango vivo devem registrar desempenho favorável. Entre janeiro e maio de 2025, antes da suspensão, as exportações brasileiras de carne de frango para a União Europeia alcançaram 125,3 mil toneladas — um crescimento de 20,8% frente ao mesmo período de 2024. Em receita, o resultado foi de US$ 386,3 milhões, alta de 38%.
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