
Ano 11 | nº 2477 | 30 maio de 2025
ABRAFRIGO NA MÍDIA
Brasil se torna país livre de febre aftosa sem vacinação
O status foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O status sanitário foi aprovado durante a realização da 92ª assembleia da OMSA, em Paris, na França
O Brasil obteve ontem (29/5) o reconhecimento internacional de país livre de febre aftosa sem vacinação. O status sanitário foi aprovado durante a realização da 92ª assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris, na França, e deve facilitar o acesso a novos mercados compradores de produtos bovinos ou a ampliação de exportações. Segundo comunicado da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o novo status traz também novos desafios e responsabilidades para todos os atores envolvidos, com vistas a manter o rebanho em condições sanitárias adequadas e a fortalecer cada vez mais o papel do país como grande produtor e fornecedor de alimentos de origem animal para o Brasil e o mundo. “É a primeira vez que o Brasil alcança essa condição de excelência em seus controles sanitários, erradicando do seu território o vírus da febre aftosa”, afirmou a entidade.
Valor Econômico/Reuters/Estadão Conteúdo/Uol Economia/Globo Rural/G1 O Globo/Portal DBO/Notícias Agrícolas/TV Cultura/CNN Brasil/Diário do Comércio/Agro em Dia/Atitude Tocantins/MSN/Mundo ao Minuto/Movimento Econômico/Economia em Pauta/Compre Rural/Terra/CNN Brasil/Investing Brasil
NOTÍCIAS
Queda na cotação do boi gordo e “boi China” em São Paulo
A oferta de bovinos continuava grande, com escalas de abate já compostas em parte dos frigoríficos.
O escoamento de carne bovina seguia morno e, em função disso, os frigoríficos evitavam alongar as escalas de abate. A cotação do boi gordo recuou R$2,00/@ e a do “boi China” recuou R$1,00/@. Para a vaca e a novilha, a cotação se manteve estável. As escalas de abate estão, em média, para sete dias. Em Santa Catarina, o avanço da entressafra de capim tem reduzido a disponibilidade de pastagens no estado, e tem contribuído para uma maior oferta de bovinos. Contudo, o mercado se manteve estável, com a oferta suprindo a demanda, mas ainda sem pressionar as cotações. Não houve alteração na cotação em relação à ontem em nenhuma categoria. No Rio Grande do Sul, a oferta de bovinos atendeu às escalas de abate na região, mas o excedente não foi muito grande. Na região Oeste, a cotação do boi gordo se manteve estável, a da vaca recuou R$0,05/kg e a da novilha teve queda de R$0,10/kg. Na região de Pelotas, o preço do boi gordo e da vaca permaneceu estável, e o da novilha teve queda de R$0,05/kg.
Scot Consultoria
Boi/Cepea: Preços em Mato Grosso se aproximam dos de São Paulo
Levantamento do Cepea mostra que os preços do boi gordo em Mato Grosso – estado que detém o maior rebanho do Brasil – têm se aproximado dos de São Paulo
Os diferenciais estão em tendência de queda desde o final de 2022. Em abril/25, o Cepea coletou alguns negócios em Mato Grosso sendo realizados a valores acima dos observados em São Paulo. Ainda assim, na média daquele mês, a diferença entre os preços destes dois estados foi de apenas 9,50 Reais por arroba (com vantagem para o boi paulista), o menor diferencial desde meados de 2017, quando, pesquisadores do Cepea ressaltam, a pecuária tinha outra configuração. Em abril do ano passado, o boi gordo em São Paulo era negociado 22,20 Reais/arroba acima do negociado em Mato Grosso. Já neste mês de maio, dados do Cepea mostram que os preços médios em Mato Grosso estão 12,30 Reais/arroba acima dos de São Paulo – há um ano, o cenário era contrário, com vantagem de 20,10 Reais do boi paulista sobre o mato-grossense.
Cepea
Chegada de gado confinado ao mercado deve manter o boi pressionado em junho, alerta analista da Scot
Segundo Juliana Pila, da Scot Consultoria, oferta elevada e incertezas no mercado reforçam a pressão sobre a arroba
A tradicional queda nos preços da arroba do boi gordo em maio ganhou mais força este ano. Além da maior oferta de animais e do consumo mais fraco na segunda quinzena do mês, o mercado já sente os primeiros efeitos da entrada de gado confinado — e a pressão sobre a arroba do boi deve continuar ao longo de todo o mês de junho. “Já estamos vendo uma movimentação de animais confinados chegando ao mercado, mas o maior número deve vir entre junho e julho”, afirmou a zootecnista Juliana Pila, analista da Scot Consultoria. Segundo ela, a combinação entre oferta elevada e incertezas no mercado, agravadas pelo impacto da gripe aviária nos preços das proteínas, vem puxando os valores para baixo. “Comparando o fechamento de ontem (27/5) em relação ao dia 15, o dianteiro bovino no atacado de São Paulo caiu 8,3%, o frango 9,9%, o suíno 3,2% e a caixa com 30 dúzias de ovos caiu quase 15%. Isso mostra que a carne bovina perdeu competitividade frente à carne de frango”, afirmou Juliana.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar acompanha exterior e cai ante o real após tribunal bloquear tarifas dos EUA
O dólar fechou a quinta-feira em baixa ante o real, acompanhando o recuo quase generalizado da moeda norte-americana no exterior após um tribunal dos Estados Unidos bloquear a maioria das tarifas impostas pelo governo Trump a produtos de outros países.
Embora as questões relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Brasil não tenham definido o rumo do câmbio na sessão, os agentes seguiram atentos às discussões em Brasília. O dólar à vista fechou em baixa de 0,51%, aos R$5,6663. No mês, a divisa acumula baixa de 0,18%. Às 17h22 na B3 o dólar para junho — atualmente o mais líquido — cedia 0,40%, aos R$5,6695. A moeda norte-americana oscilou em baixa ante o real durante praticamente toda a sessão, acompanhando o viés negativo que vinha do exterior. Por trás do movimento estava a decisão de um tribunal de comércio dos EUA, que bloqueou na quarta-feira a maior parte das tarifas de importação do presidente Donald Trump, alegando que ele excedeu sua autoridade ao impor a cobrança. De acordo com o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA, a Constituição do país dá ao Congresso autoridade exclusiva para regular o comércio com outros países. Perto do fechamento do mercado brasileiro, um tribunal federal de apelação dos EUA restabeleceu as tarifas mais abrangentes de Trump. A ordem não forneceu nenhuma opinião ou justificativa, mas instruiu os autores do caso a responderem até 5 de junho e o governo até 9 de junho. Mais cedo, membros do governo Trump haviam minimizado o bloqueio, defendendo que ele não afetaria as negociações comerciais com outros países. Neste cenário nebuloso, o dólar se firmou em queda ante divisas fortes como o iene, o euro e a libra, além de moedas de países emergentes como o real, o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano. Durante o dia, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), alertou que o Congresso pode derrubar o decreto do governo que aumentou o IOF incidente sobre várias operações, acrescentando que os parlamentares estão dispostos a construir uma solução conjunta para a questão com o governo e defendendo medidas fiscais “mais estruturantes”. Em coletiva de imprensa após reunião de líderes da Câmara, Motta disse que a vontade majoritária dos deputados, no momento, é derrubar o decreto do IOF, acrescentando que o “mais prudente” é fornecer ao governo tempo para apresentar alternativas.
Reuters
Ibovespa tem recuo discreto com EUA no radar
No setor de proteínas. a JBS ON avançou 0,69%, endossada por notícia de o Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livre de febre aftosa sem vacinação pela primeira vez, o que pode abrir novos mercados internacionais para a carne brasileira. MARFRIG ON subiu 2,13%, mas MINERVA ON caiu 3,83%. Na véspera, as ações tinham fechado em altas de 2,62%, 2,51% e 3,37%, respectivamente
O Ibovespa fechou com um declínio discreto na quinta-feira, quando o noticiário envolvendo medidas fiscais continuou ocupando as atenções e adicionando incertezas, enquanto, nos Estados Unidos, o governo norte-americano apelou da decisão de um tribunal de comércio do país de suspender tarifas comerciais. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,25%, a 138.533,7 pontos, após marcar 137.993,33 pontos na mínima e 139.108,26 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$17,9 bilhões. De acordo com o especialista em investimentos Josias Bento, sócio da GT Capital, no Brasil, o mercado está desconfiado quanto à capacidade de o governo cumprir as metas fiscais. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou na quinta-feira que o governo apresentará em até dez dias iniciativas fiscais estruturais como possíveis alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) após ser “provocado” pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele ponderou, contudo, que não há solução definida neste momento. Mais cedo na quinta, Motta disse no X que o ambiente no Congresso é pela derrubada do decreto que aumentou alíquotas do IOF, estabelecendo prazo de 10 dias para o Executivo apresentar alternativa que evite “gambiarras tributárias” e seja de caráter “duradouro e consistente”. No cenário externo, o penúltimo pregão da semana abriu com a notícia de que o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA decidiu na véspera que o presidente norte-americano, Donald Trump, extrapolou sua autoridade ao impor tarifas de importação punitivas a praticamente todos os países do mundo e bloqueou as medidas. O governo Trump, porém, solicitou imediatamente a um tribunal de apelações que suspendesse a decisão e permitisse a manutenção do regime tarifário. O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, expressou em entrevista à Fox Business confiança de que a decisão será revertida. Em Nova York, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos EUA, subiu 0,40%, com o receio sobre o desfecho envolvendo a questão tarifária encontrando um contrapeso expressivo no resultado trimestral da Nvidia, que mostrou crescimento de vendas acima do esperado. “Os EUA estão entrando em uma zona de turbulência institucional”, acrescentou Bento, da GT Capital.
Reuters
Taxa de desemprego recua para 6,6% no trimestre encerrado
Taxa de desemprego recua para 6,6% no trimestre encerrado em abril, menor da série histórica para o período. Segundo o IBGE, frente a igual período de 2024, a taxa também caiu, já que foi de 7,9% naquele momento
A taxa de desemprego no país caiu para 6,6% no trimestre encerrado em abril. O resultado ficou acima do observado no trimestre imediatamente anterior, concluído em janeiro (6,5%). A variação é classificada como estabilidade estatística pelo IBGE. No trimestre encerrado em março, a taxa foi de 7%. Frente a igual período de 2024, a taxa de desemprego caiu, já que foi de 7,9% naquele momento. No trimestre encerrado em março, a taxa foi de 7%. A taxa de 6,6% é a menor para um trimestre encerrado em abril de toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quinta-feira (29) os dados referentes ao trimestre que inclui os meses de fevereiro, março e abril. O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas de 23 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo VALOR DATA, que apontava para uma taxa de 6,8% no trimestre encerrado em abril. O intervalo das projeções ia de 6,7% a 7,3%. No trimestre encerrado em abril, o país tinha 7,3 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta aumento de 1% frente ao trimestre anterior, concluído em janeiro (mais 69 mil pessoas); e queda de 11,5% ante igual período de 2024 (menos 941 mil pessoas). A população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) no trimestre encerrado em abril, por sua vez, era de 103,25 milhões de pessoas. Isso representa um avanço de 0,3% em relação ao trimestre concluído em janeiro (mais 288 mil pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2024, subiu 2,4% (2,45 milhões de pessoas). Segundo o analista do IBGE William Kratochwill, o crescimento da ocupação no período está ligado ao início do ano letivo nas escolas, especialmente no setor público, quando há contratação de trabalhadores por contratos de designação temporária. Para Kratochwill, os dados da Pnad Contínua para o trimestre encerrado em abril mostram que o mercado de trabalho continua “forte e resiliente”. “Os dados para o primeiro trimestre já tinham mostrado maior absorção das pessoas ocupadas em vagas temporárias e agora isso se confirma. […] O mercado de trabalho absorvendo temporários mostra que segue ainda forte e resiliente, aumentando a população ocupada e melhorando a qualidade”, disse. Questionado se o efeito do aumento da taxa de juros ainda não se refletia no mercado de trabalho, Kratochwill respondeu que a Pnad não permitia tal relação, mas apontou que a economia segue com efeitos positivos no mercado. O analista do IBGE também disse que a pesquisa não permite afirmar se o país vive ou não situação de pleno emprego, mas reconheceu que o mercado vive momento com as menores taxa de desemprego da série histórica da Pnad Contínua. “[A classificação de] pleno emprego envolve muito mais detalhes. Mas de fato estamos com taxas mais baixas de desemprego da pesquisa, assim como nas taxas de subutilização de mão de obra. Todos esses componentes mostram que a economia está caminhando bem, mantendo o trabalho”, afirmou.
Valor Econômico
Governo central tem superávit primário de R$ 17,8 bi em abril
Governo central tem superávit primário de R$ 17,8 bi em abril, o maior para o mês desde 2022
O governo central registrou superávit primário de R$ 17,782 bilhões em abril, conforme divulgado na quinta-feira pelo Tesouro Nacional. Foi o maior saldo para o mês em termos reais desde abril de 2022, quando na série atualizada pela inflação houve superávit de R$ 33 bilhões. A série tem início em 1997. No acumulado de 12 meses, o governo central teve déficit primário de R$ 5,3 bilhões, o equivalente a 0,02% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados levam em conta Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC) e excluem despesas com a dívida pública. A meta de resultado primário para este ano é de déficit zero, com intervalo de tolerância de 0,25 ponto do PIB, para cima ou para baixo. O intervalo é equivalente a R$ 31 bilhões aproximadamente. Em abril de 2024, as contas ficaram positivas em R$ 11,585 bilhões. Em 2024 como um todo, houve déficit de R$ 11 bilhões (0,09% do PIB). O resultado de abril deste ano foi formado por superávit de R$ 50,664 bilhões do Tesouro e déficits de R$ 32,619 bilhões da Previdência Social e de R$ 263 milhões do BC. No acumulado do ano, por sua vez, o governo central registrou superávit de R$ 72,360 bilhões, fruto de superávit de R$ 170,769 bilhões do Tesouro e déficits de R$ 98,135 bilhões da Previdência e R$ 274 milhões do BC. Ainda em abril, o governo federal investiu R$ 6,904 bilhões, o que representa alta real de 29,8% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado de 2025, por sua vez, os investimentos somaram R$ 16,462 bilhões, alta de 3,3% na comparação com o mesmo intervalo do calendário anterior. O Tesouro mostrou que a receita líquida do governo central registrou alta real de 5,1% em abril, perante um ano antes, somando R$ 212,731 bilhões. Enquanto isso, as despesas totais subiram 2,5% na mesma comparação, alcançando R$ 194,945 bilhões. No acumulado do ano, a receita líquida alcançou R$ 797,497 bilhões (alta real de 3,3%), enquanto as despesas totais somaram R$ 723,476 bilhões (queda de 1,9%). O governo federal recebeu R$ 3,801 bilhões de dividendos de empresas estatais em abril, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional. No mesmo mês de 2024, o pagamento de dividendos pelas estatais somou R$ 550 milhões. Com isso, o governo obteve R$ 11,949 bilhões em dividendos e participações no acumulado deste ano, contra R$ 10,975 bilhões no mesmo período de 2024.
Valor Econômico
Consumo nos Lares Brasileiros cresce 1,25% em abril, aponta ABRAS
AbrasMercado: preços da cesta de 35 produtos de largo consumo sobem 10,83% em 12 meses
O Consumo nos Lares Brasileiros registrou alta de 1,25% em abril, comparado a março, conforme monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Frente ao mesmo mês de 2024, o avanço foi de 2,63%. De janeiro a abril, o indicador acumula alta de 2,52%. Todos os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) e abrangem todos os formatos de supermercados. Segundo Marcio Milan, vice-presidente da ABRAS, “embora o crescimento de 1,25% em abril, influenciado pela sazonalidade da Páscoa, possa parecer modesto, ele ocorreu sobre uma base comparativa elevada, já que, em março, o consumo avançou expressivamente 6,96%. Esse resultado atípico no mês anterior reduziu o espaço para um crescimento mais robusto. Ainda assim, o consumo na semana da Páscoa cresceu 16,5%, evidenciando o impacto positivo da data no consumo das famílias”. Entre os recursos extras que movimentaram a economia e deram suporte ao consumo em abril estão: a liberação escalonada de R$ 12 bilhões via Saque-Aniversário do FGTS; a distribuição de valores do Programa Pé-de-Meia; o repasse de recursos do Bolsa Família, que destinou R$ 13,66 bilhões a 20,48 milhões de famílias; o pagamento do Auxílio-Gás, com transferência de R$ 580,46 milhões para 5,37 milhões de famílias; a continuidade do saque do PIS/Pasep, com previsão de liberação de R$ 30,7 bilhões ao longo de 2025; e a liberação de R$ 2,8 bilhões em Requisições de Pequeno Valor (RPVs) do INSS, realizada pelo Conselho da Justiça Federal (CJF). Adicionalmente, teve início o pagamento da antecipação da primeira parcela do 13o salário para aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS, contemplando cerca de 34,2 milhões de segurados, entre os dias 24 de abril e 8 de maio. Além dos estímulos já mencionados, medidas previstas para este semestre devem continuar impulsionando o consumo das famílias, como o reajuste dos servidores públicos federais, com montante estimado de R$17,9 bilhões pagos em maio, e o pagamento do primeiro lote de restituição do Imposto de Renda, que soma cerca de R$ 11 bilhões para 6,25 milhões de contribuintes. Os preços das proteínas animais apresentaram pequenas oscilações entre os diferentes itens: carne bovina dianteiro (+0,11%) e traseiro (-0,03%); frango congelado (+0,38%); ovos (-1,29%) e pernil (-0,64%).
ABRAS
GOVERNO
Plano Safra 2025/26 deve priorizar seguro rural e equalização de juros, diz secretário do Mapa
A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal (CRA) realizou na quarta-feira (28) uma audiência pública para discutir as diretrizes do Plano Safra 2025/26. O encontro reuniu representantes do Legislativo, setor produtivo e do governo federal com o objetivo de alinhar propostas para um plano mais robusto e adaptado às novas demandas do campo.
Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, destacou que a construção do próximo Plano Safra exige equilíbrio entre os recursos disponíveis e a taxa de subvenção, classificando esse desafio como um “ajuste fino”. Para Campos, o apoio da CRA, da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) é essencial para a elaboração de uma política agrícola eficiente. Durante a audiência, o secretário também ressaltou os esforços do ministro Carlos Fávaro na reformulação do seguro rural. “A necessidade de fortalecer a atividade do produtor rural, diretamente ligada aos riscos climáticos, é cada vez maior”, afirmou Campos, destacando o aumento de eventos climáticos extremos no campo. A nova proposta de seguro deve atender melhor aos produtores e garantir maior segurança em um cenário de instabilidade climática. Além do Mapa, o Sistema OCB apresentou suas propostas para as cooperativas agropecuárias, com foco na gestão de riscos, como o PSR e o Proagro. Já a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou em abril suas recomendações para um Plano Agrícola e Pecuário 25/26 mais eficiente, destacando a necessidade de avanços estruturais. Gilson Bittencourt, do Ministério da Fazenda, também participou do debate e apresentou dados sobre o desempenho do atual Plano Safra. Segundo ele, houve crescimento nas contratações de crédito rural para pequenos e médios produtores, com alta de 5% no Pronaf e 13% no Pronamp. A maior queda foi registrada nas operações com taxas livres. O novo Plano Safra deve ser anunciado no final de junho, e temas como juros equalizados, seguro rural e infraestrutura de armazenagem devem estar no centro das discussões.
MAPA
Brasil abre 10 novos mercados para o agro em meio a embargos ao frango
Negociações foram feitas com seis países e incluem carne bovina, suína e de aves, material genético, pescados e derivados do etanol de milho
Enquanto tenta reverter os mercados fechados para a carne de frango brasileira, devido ao caso de gripe aviária em uma granja comercial, o Brasil concluiu, nesta semana, a abertura de dez novos mercados para a exportação agropecuária. As negociações foram feitas com seis parceiros comerciais: Bahamas, Camarões, Coreia do Sul, Costa Rica, Japão e Peru. Segundo informou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nesta quinta-feira, 29, as autorizações incluem carne bovina, suína e de aves, material genético, óleo de peixe e derivados do etanol de milho. Assim, a partir de agora, o Brasil pode exportar para as Bahamas carne bovina, suína, de aves e derivados. Nos Camarões, foi liberada a exportação de bovinos vivos para reprodução e material genético bovino, o que, segundo o Mapa, fortalece a pecuária local e abre espaço para novos negócios na África. Na Coreia do Sul, as autoridades locais autorizaram a exportação de material genético avícola (ovos férteis e pintos de um dia). Ainda na Ásia, o Japão aprovou a compra de óleo de peixe produzido no Brasil, reconhecendo os padrões sanitários do país. Já na Costa Rica, foram autorizadas as exportações de “grãos secos de destilaria” (DDG e DDGS, na sigla em inglês) – subprodutos do etanol de milho usados na alimentação animal. Enquanto isso, no Peru, foi liberada a importação de filé de tilápia refrigerado ou congelado, o que deve impulsionar a piscicultura brasileira. Com essas aberturas, o agronegócio brasileiro soma 381 novos mercados abertos desde o início de 2023.
Estadão Agro
FRANGOS & SUÍNOS
Valor do suíno vivo caiu nas principais praças quinta-feira (29)
Os preços do suíno vivo nesta quinta-feira (29) acumularam quedas. Segundo análise do Cepea, após um período de estabilidade, os preços do suíno vivo posto na indústria caíram nos últimos dias, na maior parte das regiões acompanhadas pelo órgão.
A pressão vem sobretudo do típico enfraquecimento da demanda em final de mês. Além disso, colaboradores consultados pelo Cepea apontam que o mercado spot de suíno vivo ficou bastante especulativo diante dos desdobramentos envolvendo o caso de gripe aviária no Brasil, o que tem dificultado ainda mais as comercializações. Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 154,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (28), houve queda de 0,37% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,11/kg, baixa de 0,37% no Paraná, custando R$ 8,01/kg, recuo de 0,37% com valor de R$ 7,99/kg, retração de 1,15%, com preço de 7,75/kg, e de 0,24% em São Paulo, fechando em R$ 8,44/kg.
Cepea/Esalq
Suinocultura independente: Final de mês e especulação por caso de gripe aviária derrubam preços do suíno
A quinta-feira (29) foi de queda nos preços do suíno comercializado no mercado independente nas principais praças do Brasil. Além de uma tendência sazonal de final de mês, o mercado especula e pressiona os preços do animal vivo para baixo devido ao caso de gripe aviária em granja de aves comercial em Montenegro (RS).
Em São Paulo, o preço caiu, passando de R$ 8,64/kg vivo para R$ 8,43/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 20.750 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
APCS. No mercado mineiro, o preço ficou estável em R$ 8,20/kg vivo, com acordo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve baixa, passando de R$ 8,27/kg para R$ 8,17/kg. No estado do Paraná, entre os dias 22/05/2025 a 28/05/2025, o indicador do preço do quilo do suíno vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 2,48%, fechando a semana em R$ 7,85/kg.
APCS/ Asemg/ACCS/Lapesui
Suínos/Cepea: Preços do vivo e da carne recuam
Após um período de estabilidade, os preços do suíno vivo posto na indústria caíram nos últimos dias, na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea
Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão vem sobretudo do típico enfraquecimento da demanda em final de mês. Além disso, colaboradores consultados pelo Cepea apontam que o mercado spot de suíno vivo ficou bastante especulativo diante dos desdobramentos envolvendo o caso de gripe aviária no Brasil, o que tem dificultado ainda mais as comercializações. No atacado da carne, os cortes acompanharam o movimento baixista do animal vivo, conforme levantamentos do Centro de Pesquisas.
Cepea
Baixas elevadas para o mercado do frango na quinta-feira (29)
As quedas nas cotações no mercado do frango aceleraram na quinta-feira segundo o Cepea/Esalq (29).
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo caiu 1,72%, custando, em média, R$ 5,70/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 2,08%, custando, em média, R$ 7,05/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, custando R$ 4,72/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,25/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (28), a ave congelada caiu 5,32%, chegando a R$ 8,19/kg, e o frango congelado cedeu 4,29%, fechando em R$ 8,26/kg.
Cepea/Esalq
Fávaro: caso em ave silvestre não muda controle de gripe aviária em plantel comercial
País investiga 9 casos suspeitos de contaminação; MG reforça medidas de prevenção à doença
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que as novas ocorrências de gripe aviária em aves silvestres não alteram a perspectiva de controle e contenção da doença no plantel comercial. “Tivemos 166 casos de gripe aviária em aves silvestres. O Brasil faz parte de rotas migratórias entre o Hemisfério Sul e o Hemisfério Norte e as aves que venham contaminadas ao território brasileiro podem transmitir a gripe aviária a outras aves silvestres”, disse Fávaro a jornalistas, ontem (28), após participar de audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. O Brasil confirmou dois novos focos da influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres nesta, um em Montenegro (RS) e outro em Mateus Leme (MG). As notificações em aves e/ou de subsistência não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Esses novos focos também não são contabilizados como novas ocorrências da doença dentre o período de 28 dias de vazio sanitário necessário para o país retomar o status de livre de gripe aviária no plantel comercial. O ministro afirmou que é necessário o sistema sanitário ser robusto e ágil no recolhimento de possíveis carcaças de animais contaminados para que não se tornem novos pontos de proliferação da gripe aviária. “O sistema brasileiro é muito robusto e por isso o Brasil resistiu por tanto tempo sem gripe aviária no plantel comercial. Não estamos livres da ocorrência de novos focos em granjas comerciais, mas, independentemente disso, o sistema brasileiro vai se reforçando”, observou. O país tem nove suspeitas de gripe aviária com investigação em andamento, conforme atualização feita na manhã desta quinta-feira, 29, no painel de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) esclarece que essas investigações podem indicar gripe aviária (H5N1), Doença de Newcastle (DNC) ou outras enfermidades.
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