
Ano 11 | nº 2408 |17 de fevereiro de 2025
ABRAFRIGO NA MÍDIA
Abrafrigo: China compra menos, mas exportações totais de carne bovina em janeiro crescem 5% no volume e 11% na receita
A importações de carne bovina pela China diminuíram em janeiro, mas, mesmo assim, as exportações totais do produto cresceram 5% no volume e 11% na receita, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), com base nos dados compilados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic)
Em janeiro de 2024 a China, nosso maior cliente, comprou 97.056 toneladas, com receita de US$ 427,4 milhões e em janeiro de 2025 as aquisições caíram para 91.185 toneladas, com receita de US$ 448,9 milhões. Com isso, a participação relativa das vendas para a China caiu de 41,3% em 2024 para 37% em 2025, em volume, e de 46% para 43,4% em receitas. A diversificação de clientes da carne bovina brasileira que vem ocorrendo nos últimos anos levou a exportação total (somadas carnes in natura e carnes processadas) para 246.762 toneladas que proporcionaram uma receita de US 1,035 bilhão em 2025, contra a movimentação de 234.146 toneladas e receita de US$ 930,1 milhões de janeiro de 2024. O preço médio pago pela carne brasileira também subiu em janeiro. Em 2024, ele foi de US$3.955 e em 2025 alcançou a US$ 4.196 por tonelada. Os Estados Unidos continuam ampliando suas aquisições de carne bovina brasileira e ocuparam o segundo lugar entre os maiores importadores. Em janeiro de 2024 foram 49.723 toneladas com receita de US$ 147,2 milhões e participação de 15,8% na movimentação total. Em janeiro de 2025 a movimentação foi a 58.997 toneladas (+ 23,9%) e a receita US$ 146,4 milhões (-0,6%). A participação subiu a 23,9% do total exportado pelo Brasil. Também se destacaram em janeiro a Argélia, com importações de que passaram 1.115 toneladas em janeiro de 2024 para 8.058 toneladas em janeiro de 2025 e a Itália, que comprou 1.186 toneladas em 2024 e aumentou as aquisições para 4.876 toneladas em 2025. A Rússia e a Líbia, também ampliaram fortemente suas importações. O terceiro maior importador foi o Chile que elevou suas compras de 5.587 toneladas no ano passado para 8.146 toneladas neste ano (+ 45,8%), com a receita aumentando de US$ 25,2 milhões para US$ 45,2 milhões (+78,9%). No total, 75 países aumentaram suas aquisições em janeiro enquanto outros 53 reduziram as importações.
Publicado em: Valor Econômico/Estadão Conteúdo/Uol Notícias/Portal DBO/Globo Rural/Notícias Agrícolas/Agro em Dia/Canal Rural/Minuto MT/Portos e Navios/Norte Agropecuário/Portal do Agronegócio/Agrolink/Página Rural
NOTÍCIAS
Boi gordo de SP perde R$ 5/@ na 1ª quinzena do mês e fecha o período em R$ 320/@
A pressão de baixa exercida pelos frigoríficos brasileiros sobre os preços do boi gordo voltou a se intensificar nos últimos dias da semana passada nas principais regiões brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário
Em São Paulo, estado de referência para as demais praças pecuárias do País, o boi gordo “comum” fechou a primeira quinzena de fevereiro valendo R$ 320/@, o que significou baixa de R$ 5/@ sobre o preço observado no início deste mês, informa o engenheiro agrônomo Pedro Gonçalves, analista da Scot Consultoria. “A boa oferta de boiadas, sobretudo fêmeas, além do escoamento de carne bovina mais lento, tem permitido que as indústrias trabalhem com escalas de abate confortáveis”, afirma Gonçalves, acrescentando que, entre os frigoríficos de São Paulo, as programações atuais atendem, em média, sete dias. Na sexta-feira (14/2), o boi “comum” subiu mais R$ 2/@ no mercado paulista, chegando ao patamar de R$ 320/@, no prazo, preço bruto. Para as fêmeas, diz a Scot, os valores não mudaram no último dia da semana, e seguem valendo R$ 290/@ (vaca gorda) e R$ 310/@ (novilha gorda) em SP. O “boi-China”, também base paulista, é negociado por R$ 325/@ – portanto, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal gordo “comum” (todos os preços são brutos e com prazo). Na avaliação do analista da Scot, o clima extremamente seco a partir da sua segunda metade do ano passado impactou o sistema produtivo de cria, causando o atraso da estação de monta, o que explica, em parte, a maior oferta de fêmeas neste momento. Segundo Gonçalves, a participação de fêmeas nos abates totais de bovinos em janeiro/25 superou o volume registrado em janeiro/24 e, nesta parcial de fevereiro, tal movimento se repete. Até o momento (13/2), diz o analista, a participação de fêmeas abatidas está em 43,6%, acima da fatia de 43,4% observada em igual período do ano passado (no fechamento de fevereiro/24, a participação atingiu 42,9%, na média do mês). “O início acelerado do abate de fêmeas trouxe uma frouxidão maior para o mercado do boi gordo, mesmo com a exportação retomando a bons patamares neste mês de fevereiro”, observa Gonçalves.
Scot Consultoria
Arroba do boi gordo teve queda de até 4,5% na semana
Indústrias conseguiram posicionar suas escalas de abate de forma confortável; por outro lado, exportações seguem em alta
O mercado físico do boi gordo apresentou queda generalizada de preços para a arroba ao longo da semana. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, o avanço da oferta de fêmeas entre os meses de janeiro e fevereiro foi o grande elemento baixista para justificar a pressão de queda. “As indústrias conseguiram posicionar confortavelmente suas escalas de abate, e a expectativa é que sejam testados patamares mais baixos de preço no curtíssimo prazo”, enfatizou. As exportações, por sua vez, estão em bom nível e são uma importante variável de suporte. “O mercado doméstico já começa a apresentar fragilidades durante a segunda quinzena de fevereiro, contando com queda das cotações, em especial em alguns cortes de maior valor agregado, como a alcatra, o contrafilé e a picanha”, ressaltou Iglesias. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 14 de fevereiro em comparação com o dia 7: São Paulo (capital): R$ 315, baixa de 4,45% (R$ 330). Goiás (Goiânia): R$ 300, queda de 1,64% (R$ 305). Minas Gerais (Uberaba): R$ 305, retração de 3,17% (R$ 315). Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 310, diminuição de 1,59% (R$ 315). Mato Grosso (Cuiabá): R$ 320, redução de 1,54% (R$ 325). Rondônia (Vilhena): R$ 280, desvalorização de 0,71% (R$ 282). O ambiente de negócios no atacado ainda sugere pelo recuo das cotações no curto prazo, de acordo com Iglesias. A análise considera o arrefecimento da demanda ao longo da segunda quinzena do mês. “Percebe-se que o movimento foi mais acentuado em determinados cortes, a exemplo da picanha, alcatra e do contrafilé. Este movimento se encaixa perfeitamente no perfil de consumo delimitado para o primeiro bimestre, com a preferência da população recaindo sobre proteínas mais acessíveis”, ressaltou. O quarto do dianteiro do boi foi cotado a R$ 17,00 o quilo, queda de 4,49% frente ao valor praticado no fechamento da semana passada, de R$ 17,80 o quilo. Já o quarto do traseiro do boi foi vendido por R$ 25,00 o quilo, alta de 2,04% frente aos R$ 24,50 por quilo registrados na semana anterior.
Agência Safras
Com boa oferta do campo e demanda pela carne contida, frigoríficos elevam as escalas de abate
A média nacional das programações avançou em um dia útil nesta sexta-feira (14/2), fixando-se em 9 dias úteis, em relação ao fechamento da sexta-feira anterior (7/2)
Com a maior oferta de boiadas por parte dos pecuaristas e um consumo doméstico de carne bovina mais comedido, os frigoríficos brasileiros aproveitam para alongar as programações de abate ao longo desta semana, informa a Agrifatto. A média nacional das escalas avançou em um dia útil nesta sexta-feira (14/2), fixando-se em 9 dias úteis, em relação ao fechamento da sexta-feira anterior (7/2), segundo a consultoria. São Paulo/Paraná – Ambos os Estados se destacaram ao avançar dois dias úteis em suas programações de abate, encerrando a semana com escalas de 10 e 8 dias úteis, respectivamente, na comparação com a sexta-feira anterior. Mato Grosso do Sul – Registrou um acréscimo semanal de um dia útil em suas escalas de abate, alcançando a média de 9 dias nesta sexta-feira (14/2). Pará/Tocantins – Os dois Estados reduziram as escalas de abate em um dia útil, mas ainda operam com períodos longos, de 8 e 9 dias úteis, respectivamente. RO/MT/GO/MG – As escalas permaneceram estáveis ao longo desta semana, na comparação com o fechamento do dia 7/2, girando em torno de 10, 7, 8 e 10 dias úteis, respectivamente.
Portal DBO
Estatística da pecuária (Região Sul de Goiás)
A semana foi marcada por queda nas cotações de todas as categorias de bovinos. Reflexo de um maior volume na oferta de boiadas. As escalas atendem, em média, oito dias
Com isso, na comparação semanal, a cotação do boi gordo teve queda de 1,0% ou R$3,00/@, cotado em R$295,50/@. Para a cotação da vaca, o recuo foi de 1,9% ou R$5,50/@, sendo negociada em R$278,00/@ e a da novilha caiu 2,0% ou R$6,0o/@, sendo comercializada em R$287,50/@. Preços a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). Em São Paulo, o diferencial de base do boi gordo é de R$21,50/@ ou menos 7,2%, comercializado em R$317,00/@ nas praças paulistas, considerando o preço a prazo e livre de impostos.
Scot Consultoria
Preço do boi gordo fecha semana em queda
Vendas de carnes estão lentas no mercado doméstico. Houve aumento na disponibilidade de animais para abate, principalmente fêmeas
O mercado físico do boi gordo encerrou a semana com queda nos preços da arroba, em meio ao aumento na disponibilidade de animais para abate, principalmente fêmeas, e vendas de carnes consideradas lentas entre os consumidores domésticos. Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), o preço do boi gordo caiu R$ 2 por arroba na sexta-feira (14/2), para R$ 320 por arroba, segundo dados da Scot Consultoria. As fêmeas ficaram com cotações estáveis, com a vaca negociada a R$ 290 por arroba e a novilha em R$ 310 por arroba. “A boa oferta de boiadas e o escoamento de carne bovina mais lento, têm permitido que as indústrias frigoríficas trabalhem com escalas de abate confortáveis, em média, de sete dias”, disse a consultoria em nota. Das 32 “praças” pecuárias avaliadas pela Scot, houve queda em 13, no comparativo diário. Pedro Gonçalves, analista da Scot, ressaltou em relatório que o aumento na oferta de fêmeas para abate que o mercado registra agora, além da sazonalidade, tem relação com as condições climáticas do ano passado. “O clima extremamente seco a partir da sua segunda metade do ano passado impactou o sistema produtivo de cria, causando o atraso da estação de monta, refletindo nas ofertas para agora”, afirmou o especialista. Isso significa que uma quantidade menor de vacas ficou prenha no período reprodutivo conhecido como estação de monta e, então, mais fêmeas estão sendo enviadas para abate. No acumulado de fevereiro até quinta-feira (13/2), a participação de fêmeas abatidas está em 43,6%, versus 43,4% no mesmo período do ano passado, segundo a Scot. “O início acelerado do abate de fêmeas trouxe uma ‘frouxidão’ maior para o mercado, mesmo com a exportação (de carne bovina) retomando a bons patamares em fevereiro”, acrescentou Gonçalves.
Globo Rural
Vilão da inflação em 2024, preço da carne bovina começa recuar
Arroba do boi e cortes registram queda no país; analistas veem ganho de produtividade. Preço da carne bovina começa a ceder
Um dos vilões da inflação em 2024, o preço da carne bovina começa a dar sinais de queda para o consumidor doméstico, em um movimento que deve se estender por todo o primeiro semestre. Ganho de produtividade e abate de fêmeas explicam a tendência num ano com expectativa de virada no ciclo pecuário para menor oferta de gado. Além disso, a abertura de novos mercados para a carne brasileira pode contribuir com o equilíbrio dos preços internos. O valor da arroba do boi, que chegou a superar os R$ 350 em novembro passado no Estado de São Paulo, caiu para R$ 320 e os preços de cortes bovinos já recuam. No atacado da grande São Paulo, o quilo da picanha baixou 8,28% em 30 dias (até a quinta-feira, 13), segundo a Scot Consultoria. A alcatra com maminha caiu 4,26% e o contrafilé baixou 3,97%. Para o head de Agro, Alimentos e Bebidas da XP, Leonardo Alencar, o aumento do descarte de fêmeas sem prenhez nesta época do ano também deve fazer com que a oferta de carne cresça e os preços permaneçam mais controlados por todo o primeiro semestre de 2025. “A dúvida é como ficarão as métricas de produção e abate no ano, como um todo. A expectativa é que caia o abate, mas suba o peso médio dos animais”, disse o especialista da XP. Maurício Palma Nogueira, diretor-executivo da consultoria Athenagro, diverge sobre a expectativa de restrição de oferta de animais para abate neste ano e também aponta ganhos de produtividade. “O rebanho está ficando mais jovem, estamos agregando produtividade e girando mais rápido. Isso faz com que possamos colocar uma quantidade maior de fêmeas no mercado sem comprometer o rebanho”, afirmou. Ele destacou que esta será a primeira virada de ciclo pecuário após a entrada da carne brasileira no mercado chinês, o que deve gerar reflexos diferentes dos observados até então. “Ao que tudo indica, a pecuária parece estar pronta para responder em maior velocidade, o que pode limitar maiores altas nos preços aos consumidores”, disse o especialista. “A resposta em produção de carne para os próximos meses tende a ser mais rápida quando comparada a outros períodos de inversão no ciclo de preços”, acrescentou. Assim, Nogueira vê espaço para oscilações na cotação da arroba ao criador e no preço da carne bovina na ponta, mas em ritmo menor que em 2024. Segundo ele, há expectativas de algum reajuste após o período de chuvas, mas com previsão de estabilidade ao fim deste ano.
Globo Rural
ECONOMIA
Dólar cai para abaixo de R$5,70 com exterior e queda da aprovação de Lula
O dólar fechou a sexta-feira com queda superior a 1% ante o real, voltando a ficar abaixo dos R$5,70, em sintonia com o recuo firme da moeda norte-americana no exterior após o governo Trump adiar a cobrança de tarifas recíprocas de importação e depois de dados mostrarem retração do varejo dos EUA em janeiro
A divulgação na reta final dos negócios de uma pesquisa Datafolha mostrando queda na avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva contribuiu para o dólar renovar mínimas, conforme três profissionais ouvidos pela Reuters. O dólar à vista fechou em queda de 1,22%, aos R$5,6974 — a menor cotação de fechamento desde 7 de novembro de 2024, quando encerrou em R$5,6759. A divisa acumulou queda semanal de 1,65%, marcando a sétima semana consecutiva de perdas para a moeda norte-americana no Brasil. No ano a baixa acumulada é de 7,79%. Às 17h10 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido — cedia 1,19%, aos R$5,7080. “Com o discurso um pouco mais leve de Trump e a compreensão de que a guerra comercial seria prejudicial, o mercado avalia que talvez este cenário (de tarifas mais altas) não ocorra tão rapidamente”, Fabrício Voigt, economista da Aware Investments. O recuo do dólar se intensificou após o Departamento do Comércio dos EUA informar que as vendas no varejo caíram 0,9% em janeiro, depois de um aumento revisado para cima de 0,7% em dezembro. Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo, que são em sua maioria mercadorias e não são ajustadas pela inflação, cairiam apenas 0,1%. A pressão de baixa para o dólar no Brasil se intensificou ainda mais na última hora de negócios, após o Datafolha informar que a aprovação do governo Lula caiu 11 pontos percentuais em dois meses e atingiu 24% em fevereiro, enquanto a reprovação subiu para 41%. Às 16h56, já após a divulgação do Datafolha, o dólar à vista marcou a mínima de R$5,6946 (-1,27%), para depois encerrar perto disso. Três profissionais ouvidos pela Reuters ponderaram que o dólar caiu ainda mais com a avaliação, de parte do mercado, de que a queda da aprovação do petista significa menos chances de reeleição em 2026. Lula é visto por muitos como um presidente incapaz de promover os ajustes fiscais necessários no governo. Um profissional defendeu, no entanto, que ainda é muito cedo para imaginar uma derrota de Lula na próxima eleição.
Reuters
Ibovespa avança forte e fecha na máxima do ano, acima de 128 mil pontos
O Ibovespa fechou em forte alta nesta sexta-feira, acima dos 128 mil pontos, em sessão marcada pelo avanço expressivo das blue chips Petrobras e Itaú Unibanco, enquanto Caixa Seguridade figurou entre poucas quedas do dia
As ações brasileiras encontraram suporte no alívio das taxas dos contratos de DI, em dia marcado pela queda de mais de 1% do dólar ante o real e declínio nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,66%, a 128.173,91 pontos, maior patamar de fechamento desde 11 de dezembro do ano passado, assegurando um ganho de 2,85% no acumulado da semana, de acordo com dados preliminares. Na mínima do dia, marcou 124.849,48 pontos. Na máxima 128.481,66 pontos. O volume financeiro na bolsa nesta sexta-feira somava R$22,9 bilhões antes dos ajustes finais.
Reuters
Desemprego atinge menores patamares históricos em 14 das 27 unidades da federação em 2024, diz IBGE
Na média brasileira, o desemprego foi de 6,6% em 2024, o menor registro de toda a série histórica da PNAD Contínua Trimestral, iniciada em 2012
A queda do desemprego em 2024 se deu de forma espalhada pelo país. Catorze das 27 unidades da federação registraram, no ano passado, a menor taxa da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média brasileira, o desemprego foi de 6,6% em 2024 – o menor de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012 –, como foi divulgado na semana passada. A menor taxa da série até então havia sido em 2014 (7%). Em 2024, as maiores taxas de desemprego no país foram registradas em Bahia, Pernambuco (ambos com 10,8%), Distrito Federal (9,6%) e Rio de Janeiro (9,3%). Por outro lado, as menores taxas ficaram com Mato Grosso (2,6%), Santa Catarina (2,9%) e Rondônia (3,3%). No Estado de São Paulo, o desemprego ficou em 6,2% em 2024, ante 7,5% em 2023. São Paulo foi uma das 14 unidades da federação com o menor nível de desemprego da série histórica da pesquisa. As unidades da federação com a menor desemprego já registrado foram: Acre (6,4%), Amazonas (8,4%), Amapá (8,3%), Tocantins (5,5%), Maranhão (7,1%), Ceará (7,0%), Rio Grande do Norte (8,5%), Alagoas (7,6%), Minas Gerais (5,0%), Espírito Santo (3,9%), Santa Catarina (2,9%), Mato Grosso do Sul (3,9%) e Mato Grosso (2,6%). A renda média do trabalhador chegou a R$ 5.043 no Distrito Federal em 2024, 56,4% acima dos R$ 3.225 da média brasileira. O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior rendimento do trabalhador no país. E mais uma vez o Maranhão registrou a menor renda, com R$ 2.049. A renda média no Distrito Federal é 146,1% maior que a do Maranhão. No topo do ranking, depois do Distrito Federal, estão São Paulo (R$ 3.907) e Paraná (R$ 3.758). Por outro lado, depois do Maranhão, Ceará (R$ 2.071) e Bahia (R$ 2.165) aparecem com os menores rendimentos dos trabalhadores. A parcela de trabalhadores que estavam no mercado informal no país em 2024 variava entre 26,4% em Santa Catarina e 58,1% no Pará. Na média brasileira, a taxa de informalidade foi de 39% da população ocupada. Os Estados das regiões Norte e Nordeste lideram o ranking de informalidade entre as unidades da federação e apresentam taxas acima da média brasileira. Mais da metade dos trabalhadores atua no mercado informal em sete dos Estados brasileiros, também todos nessas duas regiões. Depois do Pará, as maiores taxas de informalidade estão em Piauí, (56,6%); Maranhão (55,3%); e Ceará (54,9%). No piso do ranking, entre as menores taxas de informalidade, estão também Distrito Federal (29,6%); São Paulo (31,1%) e Paraná (31,9%). Catorze das 27 unidades da federação registraram recuo na taxa de desemprego no quarto trimestre de 2024, ante o terceiro trimestre. Coordenadora das pesquisas por amostras de domicílio, Adriana Beringuy afirmou que apenas três das unidades tiveram queda significativa do desemprego nesta base de comparação e de maneira geral o cenário foi de estabilidade na taxa, como ocorreu na média brasileira. A taxa de desemprego no país caiu de 6,4% no terceiro trimestre de 2024 para 6,2% no quarto trimestre. A variação, no entanto, é classificada como estabilidade estatística, por estar dentro da margem de erro da pesquisa, que é feita a partir de amostras da população. A maior queda de desemprego entre as três unidades da federação citadas por Beringuy ocorreu no Paraná, onde a taxa caiu de 4% no terceiro trimestre para 3,3% no quarto trimestre, uma diferença de 0,8 ponto percentual. Os demais recuos foram em Minas Gerais (de 5% para 4,3%, respectivamente) e no Rio Grande do Sul (de 5,1% para 4,5%). “Em geral, [as unidades da federação] reproduziram no quarto trimestre a estabilidade observada na média nacional. Apenas três unidades da federação tiveram queda significativa do indicador”, disse.
Valor Econômico
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: sexta-feira (14) de cotações em alta tanto para o vivo quanto para a carcaça
De acordo com análise divulgada pelo Cepea, as cotações do suíno vivo e da carne estão em tendência de alta em fevereiro em todas as praças acompanhadas pelo Cepea
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem das aquecidas demandas interna e internacional. Conforme dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve aumento de 2,42%, com preço médio de R$ 169,00, enquanto a carcaça especial subiu 2,19%, fechando em R$ 14,00/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (13), o preço ficou estável no Rio Grande do Sul (R$ 8,19/kg) e em São Paulo (R$ 8,50/kg). Houve alta de 0,11% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,97/kg, avanço de 0,24% no Paraná, atingindo R$ 8,46/kg, e de 1,22% em Santa Catarina, fechando em R$ 8,27/kg.
Cepea/Esalq
Suínos/Cepea: lenta liquidez em janeiro já era esperada pelo setor
As vendas no mercado suinícola nacional estiveram abaixo do esperado em dezembro e, em janeiro, esse cenário persistiu. Vale lembrar, no entanto, que, a lenta liquidez em janeiro já era esperada pelo setor, tendo em vista as despesas extras da população nesse período e as férias escolares, que enfraquecem o poder de compra do consumidor
De acordo com os dados da Secretaria de Comercio Exterior (Secex), em janeiro, o Brasil exportou 104,6 mil toneladas de carne suína, volume 3% abaixo do observado em dezembro/24, mas 6,3% a mais que em janeiro/24. Apesar desse leve recuo mensal, o volume embarcado é recorde para um mês de janeiro, considerando-se a série histórica da Secex, iniciada em 1997. O preço do suíno vivo registrou queda acentuada em janeiro, cenário que resultou em diminuição no poder de compra frente ao milho e ao farelo. Trata-se do segundo mês consecutivo de retração no poder de compra. Os preços da carne suína caíram no mercado atacadista da Grande São Paulo em janeiro. Quanto às principais carnes substitutas, os valores da carcaça casada bovina registraram leve baixa, enquanto os do frango tiveram alta. Nesse cenário, a competitividade da proteína suinícola aumentou em janeiro em relação a essas carnes.
Cepea
Mercado do frango fechou a sexta-feira (14) com cotações estáveis
De acordo com dados do Cepea, o mercado de carne de frango está mais aquecido nesta primeira quinzena de fevereiro em São Paulo
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,40/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,50%, custando, em média, R$ 8,03/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, com valor de R$ 4,65/kg, assim como em Santa Catarina, com preço de R$ 4,61/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (13), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando, respectivamente, R$ 8,41/kg e R$8,40/kg.
Cepea/Esalq
Frango/Cepea: Mercado se aquece em SP. no RS, clima quente limita negócios
O mercado de carne de frango está mais aquecido nesta primeira quinzena de fevereiro em São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, além da maior procura típica neste período – por conta do recebimento dos salários por parte da população –, a oferta está controlada, cenário que eleva os valores da proteína avícola negociada no atacado da Grande São Paulo
Já em Porto Alegre (RS), levantamento do Cepea mostra que a forte onda de calor que atinge o estado nesta semana tem limitado a comercialização no atacado, à medida que muitos consumidores têm evitado se locomover por conta das altas temperaturas. Inclusive, a volta às aulas da rede estadual do Rio Grande do Sul foi adiada devido ao forte calor. Nesse contexto, agentes consultados pelo Cepea indicam que, embora muitos vendedores tenham tentado manter a tabela de preços, em certos momentos, foi necessário conceder descontos, em decorrência da dificuldade de comercialização no atacado de Porto Alegre.
Cepea
Avicultores começam se preocupar com aumento do milho
Custos de produção podem aumentar, enquanto demanda interna está fraca. Custo do milho preocupa avicultura
Os avicultores brasileiros estão preocupados atentos a evolução dos custos de nutrição animal durante o primeiro semestre, alerta o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias. O ponto de consideração é a evolução das cotações do milho em algumas regiões do país, a exemplo do Sul, Sudeste e do Nordeste, que ainda convivem com preços acentuados. “Manter números discretos de alojamento é fundamental”, pontuou o analista. O mercado atacadista de frango apresentou na semana passada um ambiente de negócios que ainda sugere por menor espaço para reajustes, considerando o arrefecimento da demanda durante a segunda quinzena do mês. “O perfil de consumo traçado para o primeiro trimestre ainda é uma variável importante a ser considerada, avaliando a preferência de boa parte da população por proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, ovos e embutidos”, explicou. “As exportações, por fim, seguem em alto nível, com perspectiva de um novo recorde de embarques para a atual temporada”, concluiu Iglesias. Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 10,40 para R$ 11, o quilo da coxa de R$ 7,80 para R$ 8 e o quilo da asa caiu de R$ 13,20 para R$ 12,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 10,60 para R$ 11,25, o quilo da coxa de R$ 8 para R$ 8,25 e o quilo da asa desvalorizou de R$ 13,40 para R$ 12,75. Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou mudanças nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve avanço de R$ 10,50 de R$ 11,10, o quilo da coxa de R$ 7,90 para R$ 8,10 e o quilo da asa teve perda de R$ 13,30 para R$ 12,60. Na distribuição, o preço do peito teve ganhos de R$ 10,70 para R$ 11,35, o quilo da coxa de R$ 8,10 para R$ 8,35 e o quilo da asa foi de R$ 13,50 para R$ 12,85. O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,50 e, em São Paulo, em R$ 5,60. Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,50. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4. Em Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 5,45, em Goiás em R$ 5,45 e, no Distrito Federal, em R$ 5,50. Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 7,75, no Ceará em R$ 7,70 e, no Pará, em R$ 8,35.
Globo Rural
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