CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2387 DE 17 DE JANEIRO DE 2025

clipping

Ano 11 | nº 2387|17 de janeiro de 2025

 

NOTÍCIAS

“Boi-China” sobe para R$ 330/@, com ágio de R$ 5/@ sobre gado sem padrão para exportação

Alta na cotação dos lotes de animais paulistas abatidos com menos de 30 meses – exigência para alcançar o mercado chinês – foi apurada pela Scot Consultoria

Na quinta-feira (16/1), foram os lotes de “boi-China” que subiram de preço em São Paulo, conforme apurou a Scot Consultoria, que ao longo desta semana também havia detectado elevação na cotação do animal terminado “comum” na praça paulista. Agora, o animal com padrão-exportação (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) vale R$ 330/@ em São Paulo, um acréscimo de R$ 3/@ sobre o preço de quarta-feira (15/1), de acordo com a Scot.

Com isso, o ágio do “boi-China” paulista sobre o gado acabado “comum” gira em R$ 5/@, relata a consultoria. Os preços das fêmeas terminadas, porém, assim como o boi “comum”, andaram de lado nesta quinta-feira – a vaca segue cotada em R$ 297/@, enquanto a novilha é negociada por R$ 317/@, diz a Scot.

Scot Consultoria

Preço do ‘boi China’ aumenta em São Paulo com maior demanda

Oferta de animais de pasto ainda não se elevou nas praças pecuárias. Confinadores diminuem a programação de entregas a partir deste mês

O aumento da demanda por gado com características para produção de carne que será exportada ao mercado chinês, conhecido como “boi China”, elevou os preços dessa categoria de animais em São Paulo. O valor do boi gordo convencional permaneceu estável. Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), o preço do boi China aumentou R$ 3 por arroba nesta quinta-feira (16/1), na variação diária, para R$ 330 por arroba, conforme dados da Scot Consultoria. O animal está sendo comercializado com ágio de R$ 5 por arroba. A arroba do boi gordo está apregoada em R$ 325, a da vaca em R$ 297 e a da novilha em R$ 317. “Sem mudanças no escoamento de carne bovina e na disponibilidade de boiadas destinadas ao mercado interno, não houve incentivos para ofertas de preços mais atrativos, mantendo os preços do boi comum, da vaca e da novilha estáveis”, afirmou a consultoria em nota. Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacaram em nota que a oferta de animais de pasto ainda não se elevou. “A ocorrência de lagartas nas pastagens em muitas regiões do país e também chuvas irregulares limitam a disponibilidade de forragens, ao mesmo tempo em que confinadores diminuem a programação de entregas a partir deste mês”. Sob esses fundamentos, a arroba tem tido reajustes em várias praças acompanhadas pelo Cepea.

Globo Rural

Boi/Cepea: Demanda firme sustenta preços neste início de 2025

Os preços da carne bovina seguem sustentados pela firme demanda, conforme apontam levantamentos do Cepea

Em resposta, frigoríficos têm ido às compras e reajustado os valores da arroba para atender à procura do atacado – que vem escoando todo o volume que chega da indústria – e também da exportação – que começa o ano com bons números, também segundo pesquisas do Cepea. No campo, o Centro de Pesquisas indica que a oferta de animais de pasto ainda não se elevou. A ocorrência de lagartas nas pastagens em muitas regiões do País e também chuvas irregulares limitam a disponibilidade de forragens, ao mesmo tempo em que confinadores diminuem a programação de entregas a partir deste mês. Sob esses fundamentos, a arroba tem tido reajustes em várias praças acompanhadas pelo Cepea.

Cepea

Em menos de 15 dias de 2025, Brasil já preencheu 85% da cota de exportação de carne bovina para os EUA

Trata-se do preenchimento mais rápido da história para essa cota, o que reforça o sentimento de um mercado de consumo bastante aquecido nos EUA, informou a Agrifatto

 “Ou seja, em menos três semanas do ano, a cota já deve ser completamente preenchida”, antecipa a consultoria. Trata-se do preenchimento mais rápido da história para essa cota, o que reforça o sentimento de um mercado de consumo bastante aquecido nos EUA, em conjunto com uma oferta interna de carne bovina que continua em vias de redução, acrescenta a Agrifatto. “Não à toa, o preço do boi gordo nos EUA variou 4,4% no último mês e atingiu os US$ 105/@”, informa a consultoria. E m 2024, o Brasil exportou carne bovina in natura para 135 países, e os EUA foram o segundo maior comprador da proteína brasileira, com a aquisição de 189,24 mil toneladas – ficaram atrás somente da China, adquiriu 1,32 milhão de toneladas no ano passado. Preço do boi gordo nos países com relevância no comércio da carne;. UA – US$ 105,0/@. União Europeia – US$ 85,7/@. Nova Zelândia – US$ 66,3/@. Uruguai – US$ 62,3/@. Colômbia – US$ 61,8/@. Austrália –US$ 60,5/@. Argentina – US$ 60,2/@. Chile – US$ 56,1/@. Brasil (praça SP) – US$ 53,9/@. Paraguai – US$ 52,5/@.

Portal DBO

ECONOMIA

Após oscilar abaixo de R$6,00, dólar se recupera com realização de lucros

Após oscilar abaixo dos 6,00 reais durante a manhã, o dólar se recuperou e fechou a quinta-feira em alta, acima dos 6,05 reais, em sessão marcada pela realização de lucros generalizada nos mercados brasileiros

O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, aos 6,0551 reais. Em janeiro, porém, a moeda ainda acumula baixa de 2,01%. Às 17h03 na B3 o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — subia 0,65%, aos 6,0725 reais. No início da sessão a divisa dos EUA chegou a oscilar em baixa, acompanhando o leve recuo das cotações visto também no exterior, onde investidores ponderavam a divulgação de dados econômicos antes da posse do presidente eleito Donald Trump, na próxima segunda-feira. “O dia começou com o dólar em queda, chegando a bater abaixo de 6,00 reais, na mínima, mas neste momento surgiu a pressão de importadores, puxando as cotações (para cima)”, comentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital. Na prática, como em sessões anteriores, importadores e outros agentes aproveitaram as cotações mais baixas para comprar dólares, impulsionando as cotações, em meio à percepção de que o cenário fiscal brasileiro ainda não dá margem para um dólar abaixo dos 6,00 reais. Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram ainda que parte dos investidores aproveitou a quinta-feira para realizar os lucros recentes no câmbio, vendendo reais, em movimento que esteve em sintonia com a realização na bolsa de ações — onde o Ibovespa caía mais de 1% — e no mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros).

Reuters

Ibovespa fecha em queda com realização de lucros

O Ibovespa fechou em queda na quinta-feira, refletindo ajustes após três sessões positivas, com o avanço nas taxas dos DIs pressionando ações de setores cíclicos e o recuo do petróleo enfraquecendo Petrobras, enquanto Azul e Gol foram destaques positivos após anúncio de potencial fusão entre as companhias.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,12%, a 121.277,35 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 120.796,4 pontos na mínima e 122.659,7 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava 27,8 bilhões de reais antes dos ajustes finais.  Até a véspera, o Ibovespa acumulava uma alta de mais de 3% na semana, sendo que apenas na véspera fechou com elevação de 2,8%.

Reuters

Presidente sanciona Projeto de Lei que regulamenta reforma tributária sobre consumo

Texto simplifica a cobrança de tributos, corrige distorções e oficializa a isenção total de impostos para itens da cesta básica nacional

O Projeto de Lei Complementar nº 68, de 2024, sobre a reforma da tributação sobre consumo, foi sancionado nesta quinta-feira (16), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em solenidade no Planalto do Planalto. O PL elimina a cumulatividade tributária, simplifica regras, dá previsibilidade à arrecadação e zera o imposto de itens da cesta básica. BS E CBC – A nova legislação promove, gradualmente, a substituição de PIS, COFINS, IOF-Seguros, IPI, ICMS e ISS por dois impostos. O IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços, de competência compartilhada entre estados, municípios e o Distrito Federal) e a CBS (Contribuição Sobre Bens e Serviços, de competência da União). O Projeto de Lei trata também do IS, o Imposto Seletivo. NÃO-CUMULATIVIDADE – O IBS e a CBS são marcados pelo princípio da não cumulatividade. As operações anteriores geram créditos a serem abatidos nas posteriores. Os tributos levam em consideração o princípio da neutralidade, pelo qual deve-se evitar distorções às decisões de consumo e organização da atividade econômica.  CESTA BÁSICA – A regulamentação determina a isenção total de impostos para alimentos considerados essenciais da cesta básica nacional, casos de arroz, feijão, carnes, farinha de mandioca, farinha de trigo, açúcar, macarrão e pão comum, mandioca, inhame, batata-doce e coco, café e óleo de babaçu, manteiga, margarina, leite fluido, leite em pó e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica, além de óleo de babaçu, grãos de milho e de aveia e diversos tipos de queijo.

REDUÇÃO DE ALÍQUOTAS – O projeto de lei complementar também traz regimes diferenciados, com redução de alíquotas do IBS e da CBS, a profissionais intelectuais; serviços de saúde e educação; produtos de higiene pessoal utilizados por pessoas de baixa renda; serviços e operações ligados à segurança nacional, segurança da informação e da segurança cibernética; produtos agropecuários aquícolas, florestais e extrativistas; produções nacionais artísticas, culturais, entre outros. SPLIT PAYMENT – Essa inovação refere-se a um pagamento dividido, no qual o valor pago pelo comprador é dividido entre credores tributários (referente ao valor dos tributos) e o vendedor (que recebe o valor líquido). O lojista não precisará recolher manualmente o imposto. CASHBACK – Já o cashback diz respeito à devolução de impostos recolhidos às famílias de baixa renda, cadastradas no CadÚnico, a partir de alguns requisitos. A finalidade é diminuir o efeito regressivo da tributação. SELETIVO – Outra mudança aprovada é a incidência do Imposto Seletivo, que sobretaxa produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, casos, por exemplo, de bebidas açucaradas. Já os medicamentos voltam à lista de itens que pagam menos impostos. ZONA FRANCA – Nos termos do que determina a Constituição, o PLP também assegura a manutenção do regime favorecido à Zona Franca de Manaus, além de prever tratamento diferenciado às Áreas de Livre Comércio. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA – No que diz respeito à administração tributária, há previsão de que o Poder Executivo da União e o Comitê Gestor do IBS, respectivamente, editarão o regulamento da CBS e do IBS. As disposições comuns serão aprovadas por ato conjunto do Comitê Gestor do IBS e do Poder Executivo, devendo constar dos regulamentos dos tributos. Tanto o Poder Executivo da União quanto o Comitê Gestor do IBS devem atuar com vistas a harmonizar as normas, interpretações e obrigações relacionadas a esses tributos, além de realizar uma avaliação quinquenal da eficiência, eficácia e efetividade dos regimes estabelecidos pelo regulamento da reforma tributária.

Agência GOV

Fazenda projeta alíquota em torno de 28% com reforma tributária, diz secretário

O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou na quinta-feira que estimativas da pasta apontam que a alíquota padrão da nova tributação sobre consumo ficará em torno de 28%.

De acordo com o secretário, a alíquota deve ficar apenas um pouco acima do que era a do texto aprovado na Câmara dos Deputados antes de ir para o Senado. Quando o texto da reforma foi entregue ao Congresso, em abril do ano passado, a alíquota média era estimada em 26,5%. Porém, depois de alterações aprovadas pela Câmara, as projeções subiram para 27,97%.

Reuters

Mercado vê déficit fiscal menor em 2025 e melhora projeção para dívida, mostra Prisma

Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram a previsão para o resultado primário do governo em 2025 e revisaram para baixo a projeção para a dívida pública bruta como proporção do PIB neste ano, mostrou na quinta-feira o relatório Prisma Fiscal de janeiro

Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de 84,286 bilhões de reais em 2025, ante visão anterior de déficit de 87,265 bilhões de reais. O documento também passou a apresentar as previsões do mercado para 2026, apontando para um déficit de 79,308 bilhões de reais, ante 78,779 bilhões de reais em dados coletados no mês passado. Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas esperam que ela fique em 81,20% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo do patamar projetado em dezembro, 82,00%. Em 2026, a previsão é de que a dívida chegue a 84,70% do PIB, ante projeção anterior de 85,53%. Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública. O governo anunciou medidas de contenção de gastos no fim do ano passado, mas o pacote não foi bem digerido pelo mercado sob avaliação de que as iniciativas não serão suficientes para sanear as contas públicas e equilibrar a dívida. Para a arrecadação federal, a expectativa mediana no Prisma subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de 2,844 trilhões de reais em 2025, contra 2,830 trilhões de reais estimados no mês anterior. Em 2026, a arrecadação federal é vista em 3,009 trilhões de reais, contra 2,993 trilhões de reais projetados em dezembro. Os economistas consultados no Prisma ainda subiram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano para 2,384 trilhões de reais, de 2,378 trilhões de reais anteriormente. Para 2026, a estimativa subiu a 2,546 trilhões de reais, de 2,527 trilhões de reais em dezembro.

Reuters

EMPRESAS

Indústria suína brasileira avança lentamente em bem-estar animal, diz relatório

ONG Sinergia avalia compromissos das 16 maiores empresas do setor. Empresas avaliadas respondem por cerca de 70% da produção de carne suína do Brasil

A 3ª edição do relatório anual “Porcos em Foco: Monitor da Indústria Suína Brasileira”, divulgado pela ONG Sinergia Animal, aponta que as políticas de bem-estar animal da indústria brasileira de carne suína avançam lentamente. A publicação, obtida com exclusividade pela reportagem, analisou os compromissos assumidos publicamente pelas 16 maiores agroindústrias, frigoríficos e processadoras do setor nacional em relação às práticas como o uso de gaiolas de gestação, procedimentos dolorosos, e utilização indevida de antimicrobianos, que causam sofrimento e riscos aos animais. Juntas, as empresas respondem por cerca de 70% da produção. Entre os principais avanços, o relatório destaca a Frimesa como a que apresentou mais políticas de bem-estar animal neste ano, subindo da categoria F para C no ranking após se comprometer a banir procedimentos dolorosos em leitões — corte e desbaste de dentes, corte de orelhas e castração cirúrgica. A BRF, a Pamplona e a JBS seguem liderando o ranking com 15 pontos cada, mantendo-se na categoria B. Já a Aurora retrocedeu dois pontos e caiu da categoria D para a E. Na contramão de seus concorrentes, a empresa ainda não sinalizou a intenção de banir corte de orelhas (mossagem) e nem de adotar o sistema “cobre e solta” para novas unidades, ambas práticas já adotadas pela BRF e JBS.

Relatório afirma que a suinocultura brasileira ainda está atrasada em relação a padrões internacionais. Procurada pela reportagem, a Cooperativa Central Aurora Alimentos informou que tem trabalhado na melhoria do atual processo de identificação animal, com o compromisso de finalizar a transição da prática da mossagem até 2028 – período necessário para implementação gradual do novo método e adequação de todos os cooperados –, dois anos antes do prazo estabelecido pela Instrução Normativa 113/2020, que estabelece prazos para a adequação das práticas de manejo na suinocultura nacional, que é 2030. Com isso, os animais passarão a ser identificados por meio de brincos. A empresa informa ainda que, dentro do seu programa de bem-estar animal, implantando há mais de uma década, um dos principais compromissos assumidos foi o sistema de gestação coletiva para matrizes suínas, ainda no ano de 2016 e de forma voluntária, no qual a cooperativa já atingiu 85% das propriedades com alojamento de matrizes suínas em baias coletivas. A finalização desse processo ocorrerá em 2026, antecipando em quase duas décadas o prazo legal da Normativa, que é em 2045. “Esse é um tema prioritário e uma melhoria essencial para o conforto e o bem-estar dos plantéis de fêmeas, em fase de gestação e de parto”, informou em nota. Na avaliação de Cristina Diniz, diretora da Sinergia Animal Brasil, o relatório demonstra que a suinocultura brasileira ainda está atrasada em relação a padrões internacionais. Países como Reino Unido e Noruega, por exemplo, já proibiram completamente o uso de gaiolas de gestação. “Esperamos que os resultados desta edição inspirem o Brasil a implementar mudanças estruturais que alinhem o setor aos padrões internacionais de bem-estar animal e à demanda crescente por responsabilidade ética e sustentabilidade”, diz. Quanto ao uso de gaiolas de gestação, nenhuma empresa se comprometeu a banir totalmente o uso de gaiolas de gestação e a adotar o “cobre e solta” em sua cadeia produtiva. O relatório aponta que essa é considerada uma das piores práticas da produção industrial de animais. Em substituição, especialistas recomendam a adoção do sistema “cobre e solta”, em que a fêmea é mantida em gaiolas por no máximo sete dias para a inseminação e transferida para o alojamento coletivo após a confirmação da prenhez. De acordo com o relatório, apenas quatro empresas se comprometeram a banir o uso contínuo das gaiolas em suas unidades e a adotar o sistema “cobre e solta” somente nas novas unidades. Foram elas a Pamplona, BRF e JBS e Alibem.

Quanto aos procedimentos dolorosos, nove empresas se comprometeram a banir a castração cirúrgica. Foram elas Pamplona, BRF, JBS, Alibem, Frimesa, Pif Paf, Master,Marfrig e Aurora. A opção para este procedimento, comumente realizado sem anestesia, é a imunocastração por meio de uma vacina injetável. Destas, oito assumiram o compromisso de banir o corte de dentes: Pamplona, BRF, JBS, Alibem, Frimesa, Pif Paf, Master, Marfrig. Essa prática é proibida no Brasil, podendo ser realizada em caráter de exceção, em caso de lesão de lesão grave nas mamas das porcas durante a amamentação. Também oito empresas pretendem banir o corte de orelha (mossagem): Pamplona, BRF, JBS, Frimesa, Pif Paf, Master, Marfrig e Aurora. O corte de orelha é remoção de parte da orelha para a identificação dos animais e pode ser substituído pelo uso de brincos. O relatório mostra ainda que nenhuma empresa se comprometeu a banir o corte de cauda e o uso indevido de antibióticos. Embora os avanços sejam lentos, desde o início do monitoramento do Porcos em Foco, em 2022, a Sinergia nota gradual evolução nos compromissos apresentados.

Globo Rural

INTERNACIONAL

Brasil espera demanda adicional após embargos a carnes da Alemanha

Primeiro caso alemão de febre aftosa, em quase 40 anos, deve desencadear aumento de buscas principalmente por suínos brasileiros. ABPA espera conquistar mercados que deixarão de ser atendidos pela Alemanha

A confirmação de casos de febre aftosa em búfalos na Alemanha, na última semana, gerou uma onda de embargos às carnes bovina, suína e ovina produzidas no país europeu. Para a indústria brasileira, parte dessa demanda que deixará de ser atendida pelos exportadores alemães tem potencial para ser direcionada ao Brasil, sobretudo no caso da carne suína. Entre os países que anunciaram embargos a carnes da Alemanha estão Reino Unido, México e Coreia do Sul. Mesmo depois que a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) considerar o foco da doença encerrado, a retomada integral de importações pode demorar até dois anos, a depender do país, estima a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). “Não celebramos desgraça alheia, mas é inevitável que esse cenário possa abrir um espaço para aumento de demanda externa para a carne suína do Brasil”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin, ao Valor. Na avaliação do dirigente, não necessariamente toda a demanda adicional será direcionada aos exportadores brasileiros, pois os compradores também podem buscar outros fornecedores, mas o Brasil é um caminho natural para aqueles países que já se abastecem da carne suína nacional, como a Coreia do Sul e o México. Segundo Santin, o Vietnã também suspendeu as compras de carne suína da Alemanha — que está entre os 10 maiores exportadores mundiais do produto — e há informações de que Singapura irá pelo mesmo caminho. “O Chile, também é cliente do Brasil, é bem provável que anuncie embargo, pelo rigor do sistema sanitário deles que conhecemos”. O Reino Unido, que tradicionalmente é o maior comprador de carne suína da Alemanha, absorvendo cerca de 30% do que é produzido pelo país europeu, não importa hoje o produto brasileiro. O argumento dos britânicos para não importar a carne suína do Brasil era que o país não tem status de livre de aftosa sem vacinação reconhecido pela OMSA e utiliza o aditivo ractopamina na produção. Mas com o Brexit, o Reino Unido está avançando em seus regulamentos próprios, e as negociações com o Brasil ganharam tração, segundo Santin. “Agora, com a situação da Alemanha, é provável que tenha até influência positiva nas negociações de habilitação de frigoríficos do Brasil para embarque ao Reino Unido”, afirmou. Fernando Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, afirmou que o Japão é outro país que poderia embargar a Alemanha e recorrer ao Brasil. Ele também acredita que as travas à Alemanha poderiam gerar aumento da demanda por carne bovina do Brasil. Em uma visão menos otimista, o diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, disse que os países que suspenderam a carne bovina da Alemanha podem buscar o produto no Canadá ou Austrália, o que deixaria menos espaço para avanços na venda do Brasil. Em meio à onda de embargos pelo foco de aftosa, o ministro da Agricultura da Alemanha, Cem Özdemir, vai usar um fórum de agricultura e alimentos que começou ontem no país para conversar com outros ministros sobre possíveis acordos de exportação, conforme comunicado do Ministério da Agricultura alemão. O surto de febre aftosa foi localizado no Estado de Brandemburgo, levou à morte de três búfalos e ao abate sanitário dos demais da propriedade rural. Foi o primeiro caso no país desde 1988. Além dos protocolos alemães que foram acionados, a Comissão Europeia adotou medidas de emergência no bloco para conter a transmissão. A aftosa é altamente contagiosa para bovinos, ovinos, caprinos e suínos.

Valor Econômico

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: preço da carcaça especial em São Paulo subiu  2,65% na quinta-feira

O mercado de suínos na quinta-feira (16) mostrou cotações estáveis para o animal vivo, e isolada alta para o preço da carcaça especial em São Paulo.

 Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 151,00, enquanto a carcaça especial subiu 2,65%, fechando em R$ 11,60/kg, em média. Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (15), os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,96/kg), Paraná (R$ 7,59/kg, Rio Grande do Sul (R$ 7,94/kg), Santa Catarina (R$ 7,65/kg), e São Paulo (R$ 7,93/kg). A quinta-feira (16) foi de estabilidade nas principais bolsas comercializadoras de suínos no mercado independente. Entre as lideranças, há a explicação de que o setor chegou a um equilíbrio, após ter havido queda desde dezembro do ano passado.

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: mercado aponta mais uma semana de estabilidade nas principais praças

A quinta-feira (16) foi de estabilidade nas principais bolsas comercializadoras de suínos no mercado independente

Em São Paulo, o preço ficou estável em R$ 8,11/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos. Ao todo, durante a Bolsa, foram negociados 19.100 animais. As informações são da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). O mercado de suínos vivos em São Paulo, está deprimido nos preços em relação aos demais estados. Esse fato é provocado pela grande disputa do abatido entre os Frigoríficos dentro e fora do estado. O mercado do vivo está procurado e em contrapartida com pouca oferta. Isso por si só, justificaria uma alta nos preços do suíno vivo em SP. Nos últimos 40 dias o preço caiu de R$ 185,00 para R$ 150,00/@, uma queda de 18,92%, em um período tradicionalmente consumidor. O peso médio dos animais abatidos no estado está sendo realizado em 113/kg, nos últimos sessenta dias.  No mercado mineiro o preço ficou estável em R$ 8,00/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal não mudou, valendo R$ 7,80/kg vivo.

APCS/Asemg/ ACCS

Suíno/Cepea: Queda do vivo e alta dos insumos reduzem poder de compra do suinocultor

Levantamentos do Cepea mostram que o poder de compra de suinocultores paulistas vem diminuindo frente aos principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja).

Isso porque, enquanto os preços do suíno vivo apresentam fortes quedas neste início de 2025, os do milho e do farelo de soja registram altas. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão do vivo está atrelada às vendas lentas e à oferta elevada de animais para abate, cenário que vem sendo observado desde dezembro do ano passado.

Cepea

Preços estáveis na quinta-feira (16) para o mercado do frango

De acordo com dados do Cepea, as cotações da carne de frango avançam a primeira quinzena de janeiro firmes, ao contrário do que geralmente ocorre nesta época do ano

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto o frango no atacado subiu 2,06%, custando, em média, R$ 7,93/kg. Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,67/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq,Vivo, referentes à quarta-feira (15)), a ave congelada teve queda de 0,47%, chegando a R$ 8,49/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,24%, fechando em R$ 8,43/kg.

Cepea/Esalq

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