Ano 9 | nº 2115 |29 de novembro de 2023
NOTÍCIAS
Cotações da arroba estáveis em São Paulo
As escalas de abate estão longas, em função disso as cotações ficaram estáveis na comparação feita dia a dia.
A cotação do “boi comum” está em R$237,00/@, a da vaca em R$215,00/@ e a da novilha em R$228,00/@, preços brutos e a prazo. O “boi China” está sendo negociado em R$245,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$8,00/@. Em Alagoas, as cotações estão estáveis na comparação diária. A arroba do boi comum está negociada por R$245,00, a da vaca por R$235,00 e a da novilha por R$237,00, preços brutos e a prazo. Na região do Triângulo Mineiro, com maior dificuldade para compra de rebanhos, a cotação do boi subiu R$5,00/@ na comparação feita dia a dia. O boi gordo está sendo negociado em R$235,00/@, a vaca em R$210,00/@ e a novilha em R$215,00/@, preços brutos e a prazo. O “boi China” está negociado em R$235,00/@, preço bruto e a prazo. Sem ágio. Na região Sul de Tocantins, as cotações estão estáveis na comparação diária, exceto o “boi China”, cuja cotação caiu. O boi gordo está apregoado em R$217,00/@, a vaca em R$202,00/@ e a novilha em R$205,00/@, preços brutos e a prazo. A cotação do “boi China” caiu R$5,00/@, e está sendo negociado em R$225,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$8,00/@.
Scot Consultoria
Preços do boi gordo com algumas leves altas no atacado e no varejo
A semana atual tem sido marcada por negociações acima da média no mercado físico do boi gordo, impulsionadas por uma demanda aquecida
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias destacou que as condições climáticas no Centro-Norte do país afetam as pastagens, o que pode retardar a entrada de animais terminados em regime extensivo no mercado. Em São Paulo, as negociações registraram alguns valores acima da média na terça-feira, com animais destinados ao mercado doméstico sendo negociados até R$ 245/@ a prazo, predominantemente na faixa de R$ 240/@ a prazo. Minas Gerais observou uma acomodação dos preços na terça-feira. No triângulo mineiro, a indicação de negócios está entre R$ 235/240/@ a prazo. Em Goiás, o padrão de negócios se repetiu estável ao longo da semana, com indicação de negócios no sudoeste do estado variando entre R$ 230/240/@ a prazo. No Mato Grosso do Sul, as negociações registraram alguns valores acima da média na terça-feira, com indicação de negócios em Campo Grande chegando a até R$ 230/@ a prazo. No Mato Grosso, os preços se acomodaram estáveis ao longo do dia. Na região de Cuiabá, a indicação de negócios é de R$ 210/@ a prazo, enquanto em Vila Rica é de R$ 206/@ a prazo. O mercado atacadista apresentou alta nos preços ao longo da semana. A demanda destaca movimentos mais expressivos nos cortes de maior valor agregado, geralmente associados ao traseiro bovino. No atacado, o quarto traseiro teve um aumento de R$ 0,50, sendo precificado a R$ 18,60 por quilo. O quarto dianteiro permaneceu estável no patamar de R$ 12,90 por quilo, enquanto a ponta de agulha se mantém também estável em R$ 13,00 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
Ministério mantém expectativa de habilitação “ampliada” de frigoríficos para a China
Na próxima sexta-feira, técnicos chineses chegarão ao Brasil para visitar 18 plantas. Serão visitadas 15 plantas que ainda não são habilitadas para o mercado chinês, sendo quatro de aves e 11 de carne bovina
O Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, afirmou na terça-feira (28/11) que há expectativa de que a China faça uma habilitação “ampliada” de frigoríficos brasileiros para exportar carnes para lá. Na próxima sexta-feira (01/12), técnicos asiáticos chegarão ao Brasil para visitar 18 plantas, mas há possibilidade de que um lote maior de unidades seja autorizado para iniciar as vendas de proteína animal para a China. Serão visitadas 15 plantas que ainda não são habilitadas para o mercado chinês, sendo quatro de aves e 11 de carne bovina. A China não informou claramente se as autorizações serão feitas individualmente ou por lote, destacou Perosa. Também não há qualquer garantia de que essas unidades terão habilitação concedida. “Eles não dizem claramente como será postura, se será uma habilitação planta a planta ou por lote, se encontrarem boas condições e execução de trabalho nos 15 que serão visitados, se habilitarão um lote adicional. Não dizem o tamanho do lote adicional”, afirmou Perosa em entrevista coletiva nesta terça-feira. A expectativa, no entanto, é que haja habilitação de várias plantas. “Acreditamos que é adicional daqueles que eles vão visitar, mas não temos condição de dizer quantos. Fica a expectativa de que seja feita habilitação de lote adicional”, completou. “A China disse que não decidiu se visita será para habilitação planta a planta ou por amostragem. A depender do resultado das avaliações feitas in loco, poderá habilitar todo lote já avaliado pela China”, indicou. A comitiva da China também vai inspecionar outras três unidades que já exportam para lá para reconfirmar as condições das indústrias que acessam seu mercado. A auditoria por amostragem servirá para validar a continuidade das habilitações. Perosa explicou que 79 plantas estão incluídas no software de comunicação do Brasil com a China à espera de habilitações, o Single Window. A lista com 20 unidades, enviada recentemente pelo Ministério da Agricultura à Administração-Geral de Alfândegas chinesa (GACC, na sigla em inglês) já foi desconsiderada, disse o secretário, pois os asiáticos já estão em avaliações avançadas de mais de 50 frigoríficos brasileiros. “A decisão da liberação de plantas para exportação é do governo chinês. Nós reunimos as condicionantes no Brasil e informamos o governo chinês que esse rol de plantas está disponível para validação deles”, destacou Perosa. “Nós intuímos que, a partir do momento que essas plantas estão avaliadas pelo Ministério da Agricultura, não terão problemas. E nasce a expectativa de habilitação de mais plantas além dessas que estão sendo visitadas”.
GLOBO RURAL
ECONOMIA
Dólar cai no Brasil em meio a queda dos Treasuries
Após quatro sessões em que ficou praticamente estável ante o real, o dólar à vista fechou a terça-feira em baixa no Brasil, acompanhando o recuo firme da moeda norte-americana no exterior, após um novo dia de queda das taxas de juros dos títulos dos EUA e na esteira de novos dados econômicos
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8730 reais na venda, em baixa de 0,54%. Em novembro, a moeda acumula queda de 3,32%. Na B3, às 17:13 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,47%, a 4,8725 reais. A divulgação de novos números sobre a economia norte-americana por volta das 12h pesou sobre os rendimentos dos Treasuries e sobre o dólar lá fora, que se firmou em baixa ante praticamente todas as demais divisas. “Com o recuo dos rendimentos dos Treasuries e enquanto investidores aguardam novos indicadores e pronunciamentos de membros das principais autoridades monetárias, o dólar continua sem força para voltar a se valorizar globalmente”, afirmou durante a tarde Diego Costa, head de câmbio para Norte e Nordeste da B&T Câmbio, em comentário enviado a clientes. Durante a tarde, comentários de uma autoridade do banco central dos EUA reforçaram o viés de baixa para o dólar. O diretor do Fed Christopher Waller sinalizou a possibilidade de a instituição reduzir sua taxa básica nos próximos meses, caso a inflação continue a cair. Ele também disse estar “cada vez mais confiante” de que o nível atual da taxa é adequado para reduzir a inflação à meta de 2%. No Brasil, o fato de a taxa básica Selic estar em um ciclo de cortes — o que reduz a atratividade do Brasil ao capital internacional — e a expectativa por fluxo de saída de dólares no fim de ano, como ocorre tradicionalmente, são dois fatores que têm justificado alguma resistência técnica a baixas.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta com melhora na percepção de risco externo
Índice acompanhou nova rodada de descompressão dos ativos de risco globais após falas de dirigente do Fed
O Ibovespa voltou a subir na terça-feira, acompanhando nova pernada de descompressão dos ativos de risco globais, após falas do dirigente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Christopher Waller, serem interpretadas por investidores como “dovish”, ou favoráveis ao afrouxamento monetário. Localmente, investidores analisaram a leitura do IPCA-15 de novembro. No fim do dia, o índice subiu 0,64%, aos 126.538 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 125.388 pontos, e, nas máximas, os 126.916 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h15) foi de R$ 17,11 bilhões no Ibovespa e R$ 21,84 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,10%, aos 4.554 pontos, o Dow Jones fechou em alta de 0,24%, aos 35.416 pontos, e o Nasdaq teve ganhos de 0,29%, aos 14.281 pontos.
VALOR ECONÔMICO
Governo informa abertura de 190.366 vagas de trabalho em outubro, acima do esperado
O Brasil abriu 190.366 vagas formais de trabalho em outubro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência. A Agropecuária foi o único setor que registrou saldo negativo, com fechamento de 1.656 postos de trabalho
O resultado do mês passado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de criação líquida de 123.400 empregos, embora tenha representado queda frente ao saldo positivo de 205.106 de setembro — dado revisado ante 211.764 informados anteriormente. No mês passado, o país registrou 1,941 milhão de admissões e 1,751 milhão de desligamentos no mercado de trabalho formal. De janeiro a outubro, o Brasil acumula saldo positivo de 1,785 milhão de empregos formais, bem abaixo do superávit de 2,340 milhões, visto no mesmo período do ano passado, segundo a série com ajustes. Em outubro, houve saldo positivo de vagas em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas no mês. O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, com 109.939 postos criados, seguido de comércio (49.647), indústria (20.954) e construção civil (11.480). A Agropecuária foi o único setor que registrou saldo negativo, com fechamento de 1.656 postos de trabalho, decorrente da desmobilização do café (-2.850), do cultivo de alho (-1.677), cultivo de batata-inglesa (-1.233) e de cebola (-1.138), informou o Ministério. Vinte e seis das 27 Unidades Federativas registraram saldos positivos, com São Paulo na liderança com 69.442 postos criados. Na ponta oposta, Roraima teve o menor saldo, com fechamento de 115 vagas de trabalho formais. No mês passado, o salário médio real de admissão caiu marginalmente para 2.029,33 reais, ante 2.034,51 reais em setembro, mostrou a série sem ajustes.
REUTERS
Governo central tem superávit primário de R$18,3 bi em outubro, acima do esperado
O governo central registrou superávit primário de 18,277 bilhões de reais em outubro, ante um saldo positivo de 30,592 bilhões de reais no mesmo mês do ano passado, informou o Tesouro Nacional na terça-feira
O resultado do governo central, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio no mês passado melhor que o saldo positivo de 15,6 bilhões de reais projetado por analistas em pesquisa da Reuters. Em outubro, as despesas totais do governo cresceram 10,1% acima da inflação na comparação com mesmo mês de 2022, ritmo bem mais forte do que a alta de 0,6% observada na receita líquida, que desconta as transferências a Estados e municípios. As receitas do governo foram impactadas negativamente pela arrecadação proveniente da exploração de recursos naturais, que caiu 3,3 bilhões de reais em relação ao mesmo mês do ano passado. Do lado das despesas, houve um aumento de 2,3 bilhões de reais em gastos com benefícios previdenciários, além de uma alta de 6,3 bilhões de reais em despesas relacionadas ao programa Bolsa Família. No acumulado dos primeiros dez meses do ano, as contas federais registraram déficit de 75,090 bilhões de reais, ante um superávit de 64,414 bilhões de reais no mesmo período de 2022. Em 12 meses até setembro, o saldo fiscal ficou negativo em 85,3 bilhões de reais. Em dados corrigidos pela inflação, o déficit corresponde a 0,83% do PIB.
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Confiança da indústria do Brasil volta a subir em novembro, mostra FGV
A confiança da indústria voltou a melhorar em novembro depois de quatro meses de perdas diante da percepção de melhora da situação atual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,9 ponto em novembro na comparação com o mês anterior, chegando a 92,7 pontos, de acordo com os dados da FGV. “O resultado reflete uma percepção de melhora da situação atual, influenciada pela melhora gradual da demanda e pelo movimento de escoamento de estoques que, apesar disso, permanecem distantes de uma situação de normalidade”, explicou Stéfano Pacini, economista da FGV IBRE. “Ainda é cedo para avaliar se a alta de novembro será o início de uma nova tendência ou uma acomodação após uma sequência de quedas”, completou. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, avançou 2,4 pontos e foi a 93,3 pontos, segundo a FGV. O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, teve alta de 1,3 ponto, para 92,1 pontos, primeira alta desde junho passado. “No plano macroeconômico, as taxas de juros e o endividamento começam a ceder, mas continuam em patamares elevados, sendo difícil atribuir a esses movimentos algum impacto na percepção de demanda pelas empresas do setor””, disse Pacini. O Banco Central iniciou um ciclo de corte de juros que tirou a taxa básica Selic do pico de 13,75% para o nível atual de 12,25%, nível que ainda restringe a atividade.
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Alimentos pesam e alta do IPCA-15 acelera em novembro, mas taxa em 12 meses perde força
Os preços de alimentos pesaram e o IPCA-15 acelerou a alta em novembro, mas ainda assim a taxa em 12 meses foi abaixo de 5%, num momento de redução da taxa básica de juros pelo Banco Central
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir 0,33% em novembro depois de alta de 0,21% em outubro, informou na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A leitura mensal do indicador considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,30%. Apesar da aceleração mensal, o IPCA-15 passou a acumular nos 12 meses até novembro avanço de 4,84%, contra 5,05% no mês anterior e projeção de analistas de 4,80%. Esse resultado deixa o índice perto do teto da meta para a inflação este ano, cujo centro é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. A percepção em geral é de que a inflação no Brasil está controlada, corroborando o ciclo do corte de juros adotado pelo Banco Central. “Em termos de política monetária, o resultado de hoje pode ser considerado positivo se analisado sob a perspectiva da busca pela retomada da estabilidade de preços, objetivo atual do Banco Central”, destacou Carla Argenta, economista da CM Capital. “As medidas subjacentes e de núcleo permanecem corroborando essa dinâmica positiva da inflação no país. Não altera, portanto, as nossas perspectivas para a condução da política monetária, que é de manutenção do ritmo de cortes de juros de 50 pontos base nas próximas reuniões”, avaliou João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital. O IBGE apontou que em novembro a maior variação e o maior impacto vieram do grupo de Alimentação e bebidas, que tem forte peso no bolso do consumidor, com alta de 0,82%. A alimentação no domicílio subiu 1,06% em novembro, após cinco quedas consecutivas, diante do aumento dos preços de cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Também se destacaram os avanços dos preços dos grupos Despesas pessoais, de 0,52%, e de Transportes, de 0,18%. Enquanto as despesas pessoais foram pressionadas pelas altas de 2,04% do pacote turístico, de 1,27% da hospedagem e de 0,63% do serviço bancário, o resultado de transporte foi impactado pelo aumento de 19,03% da passagem aérea — maior impacto individual no índice do mês. Por outro lado, os custos dos combustíveis caíram 2,11%, com quedas no etanol (-2,49%), na gasolina (-2,25%) e no gás veicular (-0,57%). O óleo diesel subiu 1,12%.
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EMPRESAS
Minerva projeta que América do Sul tenha 50% da exportação de carne bovina em 5 anos
A Minerva, maior exportadora sul-americana de carne bovina, projeta que a América do Sul elevará sua participação nos embarques globais do produto para 50% do total exportado no mundo em cinco anos, alta de dez pontos percentuais em relação à participação atual, estimou na terça-feira o CEO da companhia, Fernando Queiroz
A empresa, que há alguns meses anunciou aquisição de ativos da concorrente Marfrig na América do Sul, consolidando sua participação na região, aposta na competitividade da criação de bois a pasto, predominante nos países sul-americanos, além da oferta de mão de obra com menores custos em relação a países como os Estados Unidos. “O setor cada vez mais vai para áreas mais competitivas, é muito mais barato na América do Sul, um grande diferencial, além da questão da natureza”, disse Queiroz, durante a abertura do Minerva Day, voltado para investidores. “Cinquenta por cento da trading mundial vai estar nas nossas mãos dentro de cinco anos”, acrescentou ele. A companhia detém hoje cerca de 20% das exportações da América do Sul e projeta aumentar sua fatia para cerca de um terço em cinco anos, com o impulso das aquisições de ativos da Marfrig. Em agosto, a Minerva anunciou acordo de 7,5 bilhões de reais para comprar determinadas unidades de abate de bovinos e ovinos da gigante do setor Marfrig no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. O acordo deve fortalecer a Minerva na América do Sul, ampliando a capacidade de abate em cerca de 44%, para mais de 42 mil cabeças/dia, informou a empresa anteriormente. Executivos da empresa esperam ver o negócio aprovado ainda no primeiro semestre de 2024. Depois disso, a companhia vai focar na consolidação dos ativos adquiridos, disse Queiroz, ao ser questionado se a empresa poderia avaliar novas aquisições. “Estimamos pelo menos dois a três anos extraindo sinergias, desalavancando a empresa, voltando a pagar dividendos”, comentou. A companhia realizou 20 aquisições nos últimos 15 anos, buscando ser um player relevante nas principais plataformas de produção de carne bovina, como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, disse o executivo.
“Temos a melhor plataforma mundial para mitigar riscos, com os EUA caindo a produção…”, disse o CEO, lembrando que os norte-americanos estão em ciclo de baixa oferta do ciclo pecuário, após um forte movimento de abate de fêmeas, o que eleva custos na América do Norte. Queiroz ainda destacou que as aquisições realizadas pela Minerva ao longo dos anos mostraram a capacidade da companhia de extrair sinergias dos negócios, o que deve acontecer com os ativos adquiridos da Marfrig. Executivos da Minerva acreditam que os preços de exportação de carne bovina para a China, maior importadora, deverão melhorar no próximo ano, após sofrerem quedas expressivas em 2023 em relação a 2022. Essa melhora está associada, entre outros fatores, a uma inversão do ciclo pecuário na China, o que resultará em uma menor oferta no país asiático, onde o consumo se mantém firme junto à população mais jovem. Questionado se os preços da carne suína em baixa no mercado chinês poderiam interferir nas cotações de cortes bovinos, representantes da Minerva disseram que esta relação não existe no país asiático, como acontece em outros mercados.
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MEIO AMBIENTE
Plataforma brasileira pode ajudar na implementação de lei antidesmatamento europeia
Ferramenta AgroBrasil+Sustentável foi apresentada aos europeus. Roberto Perosa salientou que o bloco europeu não mudará a legislação, mas que terá dificuldades na implementação das regras
A plataforma AgroBrasil+ Sustentável, ferramenta on-line para integrar bases de dados públicos sobre a produção agropecuária brasileira em desenvolvimento pelo governo, poderá ajudar na implementação da lei antidesmatamento da União Europeia, de acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa. Ele salientou que o bloco europeu não mudará a legislação, mas que terá dificuldades na implementação das regras, que passam a valer no início de 2025. “A União Europeia não mudará sua legislação, mas tem dificuldades sobre como será implementado. Levamos nossa sugestão de implementação e foi muito bem recebida”, disse me coletiva na terça-feira (28/11). Ele ressaltou que não há negociação para a prorrogação da entrada em vigor da lei. A ferramenta AgroBrasil+Sustentável foi apresentada aos europeus pela secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo da Pasta, Renata Miranda, na semana passada. “Eles nos consultaram se o modelo poderia ser usado por outros blocos econômicos. Nossa plataforma poderá ser expandida para outros países”, disse Perosa. A plataforma deverá ficar pronta até o fim de 2024. “Pode ser que, além de ajudar na implementação da lei europeia, possamos fazer um exemplo para o mundo e garantir que regras nacionais sejam respeitadas. A plataforma segue as regras brasileiras”, explicou.
GLOBO RURAL
CARNES
Japão abre mercado para extratos e carnes enlatadas bovina e suína do Brasil
O anúncio foi feito na terça-feira, 28, pelo Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa
O governo federal comemora a abertura de seis novos mercados para o agronegócio brasileiro, sendo dois mercados para Colômbia e quatro para o Japão. Com a Colômbia, foram abertos mercados para farinha e óleo de peixe destinados à alimentação animal provenientes do Brasil. A certificação fitossanitária foi encaminhada ontem, dia 27, ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) pelo Instituto Agropecuário Colombiano (ICA). O país andino é o terceiro maior mercado para farinha de origem animal exportada pelo Brasil. De acordo com o Departamento Administrativo Nacional de Estatística da Colômbia (DANE), em 2023, estima-se que 67% dos lares colombianos tenham ao menos um animal de estimação. O Brasil é o principal exportador de farinha e óleo de peixe para a Colômbia, atingindo 60% do segmento pet food no país. Estima-se que, neste ano, os gastos com alimentos, brinquedos e roupas para animais de estimação na Colômbia cheguem a US$ 5 bilhões. Já para o Japão, as aberturas são referentes às carnes enlatadas bovina e suína e de extratos de carne bovina e suína. Este mercado estava suspenso pelos japoneses há oito anos. Com as habitações, a expectativa é da plena retomada gradativa das exportações já em 2024. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Ao todo, desde o início de 2023, os produtos agropecuários brasileiros, com uma pauta diversificada das exportações, já conquistaram a abertura de 71 mercados nas Américas, Ásia, África, Oceania e Europa.
MAPA
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: cotações na maioria estáveis, com leves altas para o vivo em SP e no PR
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 128,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 10,10/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (27), houve tímida alta de 0,15% no Paraná, chegando a R$ 6,47/kg, e de 0,30% em São Paulo, alcançando R$ 6,73/kg. Os preços não mudaram em Minas Gerais (R$ 6,97/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,29/kg), e em Santa Catarina (R$ 6,29/kg).
Cepea/Esalq
Justiça mexicana trava exportações de carne suína brasileira
Decisão atende a um pedido da associação dos criadores de suínos do México, que contesta o processo de abertura do mercado pelos órgãos sanitários dos dois países. Governo brasileiro afirma que cargas de carne suína brasileira com valor aproximado de US$ 60 milhões estão em navios em alto-mar, impedidos de atracar nos portos mexicanos
A justiça mexicana suspendeu as exportações brasileiras de carne suína para lá por meio de uma liminar concedida na semana passada. A decisão atende a um pedido da associação dos criadores de suínos do México, que contesta o processo de abertura do mercado pelos órgãos sanitários dos dois países, que durou mais de 20 anos e foi concluído em fevereiro deste ano. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, embarcou na terça-feira (28/11) para o México para tentar solucionar a questão. Segundo ele, cargas de carne suína brasileira com valor aproximado de US$ 60 milhões estão em navios em alto-mar, impedidos de atracar nos portos mexicanos. O Senasica, órgão mexicano responsável pela sanidade e qualidade de produtos agroalimentares, já apresentou recurso contra a liminar. A decisão é na primeira instância da justiça do México. “Temos a expectativa de o tribunal competente cassar a liminar e as exportações possam ser retomadas”, afirmou em coletiva na terça-feira (28/11). Segundo Perosa, o Brasil foi surpreendido com a ação judicial dos criadores de suínos do México. O processo mira o órgão de controle sanitário mexicano, o Senisca. A entidade alega que, apesar do longo processo de aceite entre as autoridades técnicas dos dois países, a documentação para liberação do comércio e para abertura do mercado não tem um “certificado” de que há acordo.
GLOBO RURAL
Frango sustentou preços na terça-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 7,20/kg
Na cotação do animal vivo, no Paraná o preço não mudou, custando R$ 4,57/kg, da mesma maneira que em Santa Catarina, valendo R$ 4,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (27), a ave congelada teve queda de 0,27%, atingindo R$ 7,39/kg, enquanto o frango resfriado ficou estável em R$ 7,50/kg.
Cepea/Esalq
França tem surto de gripe aviária em fazenda de perus
Governo eleva alerta para a doença; Europa enfrenta casos em outros países
A França detectou um surto do vírus da gripe aviária em uma fazenda de perus no noroeste do país, informou o Ministério da Agricultura francês na terça-feira (28), enquanto uma onda sazonal de infecções se espalha pela Europa. O surto na região da Bretanha, o primeiro caso em uma granja da França nesta estação, ocorreu próximo ao local onde foi encontrada uma ave selvagem infectada, informou o ministério. Vários casos entre aves selvagens foram registrados nos últimos dias, disse o ministério, acrescentando que o governo elevou o nível de alerta nacional para a gripe aviária de insignificante para moderado. Os rebanhos de aves domésticas em áreas particularmente expostas ao contato com aves selvagens agora serão confinados em ambientes fechados, informou o ministério. A gripe aviária tem levado ao abate de centenas de milhões de aves nos últimos anos. Ela geralmente atinge a Europa durante o outono e o inverno e foi detectada recentemente em fazendas de países como Alemanha, Holanda, Itália, Croácia e Hungria. Para combater a doença, que tem interrompido o fornecimento de carne e ovos de aves e feito com que os preços disparassem em algumas partes do mundo nos últimos anos, a França lançou uma campanha de vacinação contra a gripe aviária no início de outubro. O programa francês está sendo inicialmente limitado aos patos, que são os mais vulneráveis ao vírus. Os patos foram responsáveis por apenas 8% da produção total de aves da França em 2022.
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