CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1725 DE 04 DE MAIO DE 2022

clipping

Ano 8 | nº 1725 | 04 de maio de 2022

 

ABRAFRIGO NA MÍDIA

STF conclui, nesta quinta-feira, (5) o julgamento da ação da Abrafrigo para anular dívidas do Funrural

Julgamento da ADI 4.395 está empatado em cinco votos a favor dos contribuintes e cinco contrários

Está marcado para o próximo dia 5, quinta-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento da ação da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) que busca anular dívidas do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) de produtores e empresas. O julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.395 está empatado em cinco votos a favor da tese e cinco contrários. O Ministro Dias Toffoli, que pediu vistas em maio de 2020, é o próximo a votar e decidir a questão. No processo, a Abrafrigo pede a inconstitucionalidade do Funrural do empregador rural pessoa física e da subrogação, que é o dever do adquirente, como o frigorífico, reter e recolher tal tributo.

PUBLICADO EM: CARNETEC/AGROLINK/NOTÍCIAS AGRÍCOLAS/AGROEMDIA/CANAL DO BOI/ACSURS/CANAL RURAL/NORTE AGROPECUÁRIO/PORTAL DO AGRONEGÓCIO/RURALCENTRO

NOTÍCIAS

Embargo chinês continua pressionando preços do boi

O mercado do boi deverá apresentar uma melhora consistente apenas entre os meses de junho e julho, quando a oferta aumentar

Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, enquanto em praças de produção e comercialização como do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo os preços da arroba ficaram estáveis, no Mato Grosso e na Região Norte o cenário de pressão é mais intenso. “O embargo provisório pela China sobre algumas unidades frigoríficas brasileiras ainda gera desdobramentos regionais. No Mato Grosso, o viés de queda se intensifica em função desse quadro”, assinalou Iglesias. Sob o prisma da oferta, haverá bom volume de animais de safra ao longo do mês de maio. O mercado deve encontrar espaço para altas mais consistentes entre os meses de junho e julho, quando o volume de oferta tende a reduzir e haverá maior dependência da oferta de animais confinados para a formação das escalas de abate, completou o analista. Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 330 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 292. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 288 já em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 310 por arroba. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 300 para a arroba do boi gordo. o mercado atacadista, o dia foi de preços de estáveis a mais altos para a carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade da alta das cotações no curto prazo, considerando que além da entrada dos salários na economia há também o adicional de demanda durante o dia das mães. No entanto, a preferência de importante parcela da população ainda recai sobre as proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e do ovo propriamente dito. O quarto traseiro do boi ainda foi precificado a R$ 23,80 por quilo. O quarto dianteiro segue precificado a R$ 16,90, por quilo. Ponta de agulha foi cotada a R$ 16,70, por quilo, alta de R$ 0,20.

AGÊNCIA SAFRAS

Cotação do boi gordo segue estável no País

Na terça-feira, 3 de maio, os preços do boi gordo seguirem em estabilidade na maioria das praças brasileiras, segundo informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário

Nas praças do interior de São Paulo, porém, a Scot Consultoria identificou um avanço nos prêmios pagos ao boi gordo destinado à China. Dados apurados pela consultoria apontam aumento diário de R$ 5/@ para arroba do boi-China, agora valendo R$ 330 na praça paulista. Por sua vez, a cotação do boi comum, direcionado sobretudo ao mercado interno, segue firme, cotado em R$ 315/@ em São Paulo (valor bruto e a prazo), de acordo com a Scot. Os preços da vaca e da novilha gorda também seguiram de lado na terça-feira, em R$ 279/@ e R$ 312/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).

SCOT CONSULTORIA

MT: preços da vaca se distanciam dos valores pagos ao boi gordo, aponta Imea

Nos primeiros quatro meses de 2022, as quedas nas cotações das fêmeas foram mais acentuadas, refletindo a maior oferta de matrizes ao abate

Neste ano, no Mato Grosso, os preços da arroba da vaca gorda se distanciaram em relação aos valores pagos pelo boi gordo, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). No primeiro quadrimestre de 2022, a diferença entre os preços do boi e vaca foi de -4,12%, enquanto em igual período de 2021 o indicador ficou na média de 3,73% (diferença de 0,39 ponto percentual). Segundo a equipe de analistas do Imea, a maior proximidade entre os preços das duas categorias, em 2021, esteve relacionada com o ótimo desempenho das exportações de carne bovina frente a uma oferta de animais limitada, principalmente de fêmeas – o que explica a valorização nas cotações da vaca sobre os preços do boi gordo. Nos primeiros quatro meses de 2022, observa o Imea, esse movimento reverteu-se, ou seja, as quedas nas cotações das fêmeas foram mais acentuadas, refletindo a maior oferta de matrizes para o abate. De modo geral, continua o Imea, em abril/22, o preço da arroba reduziu 4,44% para os machos e 3,61% para as fêmeas, em relação aos valores do mês passado, ficando em R$ 293,61 e R$ 282,84, respectivamente.

IMEA

Câmara vota autofiscalização do agronegócio

A Câmara dos Deputados deve aprovar hoje projeto de lei que transfere do Ministério da Agricultura para as próprias empresas parte dos processos de fiscalização sanitária da agroindústria, como frigoríficos e fábricas de alimentos vegetais e animais

A proposta está em fase final de votação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sem mais possibilidades de alterações, e tem caráter terminativa. Deve seguir para discussão no Senado, sem passar pelo plenário. O projeto que institui “programas de autocontrole dos agentes privados regulados pela defesa agropecuária” foi enviado em abril do ano passado pelo governo Jair Bolsonaro e passou por três comissões (de Agricultura, de Finanças e de Constituição). A CCJ aprovou o texto em dezembro e cabia recurso para que fosse votado pelo plenário, mas a oposição não reuniu as assinaturas necessárias. Com a volta das comissões esta semana, a redação final deve ser aprovada hoje. O texto determina que empresas, como frigoríficos e indústrias de processamento animal, criem programas de autofiscalização, contratem profissionais próprios ou terceirizados para acompanhar os processos in loco e depois os submetam, por meio de relatórios, para que os fiscais do Ministério da Agricultura avaliem. As regras sanitárias e de qualidade dos produtos estão todas mantidas, estabelecidas em outras leis, mas o acompanhamento diário sobre sua execução passaria para a empresa. Os fiscais fariam vistorias “surpresa”. Para a oposição ao governo, a mudança é um prejuízo para a sociedade. “O setor privado não pode se autofiscalizar. Com todo respeito, o setor privado busca, em primeiro lugar, o lucro. Fiscalizar em nome da sociedade, em nome da vida e do bem comum é papel do Estado”, disse o deputado e ex-ministro Patrus Ananias (PT-MG). Já os governistas afirmam que a burocracia governamental não acompanhou o crescimento do setor, que hoje está travado por falta de fiscais para liberar plantas produtivas, insumos e procedimentos. “Temos plantas prontas, que a gente poderia estar entregando produto lá para a China, por exemplo, mas não conseguimos porque falta laudo”, disse o deputado Pedro Lupion (PP-PR), relator na CCJ. Para Lupion, o projeto é necessário porque em muitas regiões há insuficiência de fiscais, como o Paraná, onde há profissionais responsáveis por 30 municípios. “Os relatórios, os laudos, toda a documentação, precisará da chancela do poder público. Ninguém está eximindo o poder público de responsabilidade, só estamos buscando acelerar os processos”, afirma o deputado. O diretor de comunicação e relações públicas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Antônio Andrade, diz que o projeto traz avanços, principalmente pela busca de uniformizar os processos administrativos, regras para fiscalização de fronteiras e combate ao agroterrorismo, mas também preocupações. Por outro lado, os deputados modificaram a tabela de multas quando o projeto passou pela Comissão de Agricultura, grupo em que a bancada ruralista é amplamente majoritária. A tabela foi redesenhada, com a multa máxima por irregularidades cometidas pelas grandes empresas reduzida de até R$ 300 mil para até R$ 150 mil. A maior pena para as médias empresas caiu de R$ 300 mil para R$ 50 mil e, para as de pequeno porte, diminuiu de R$ 220 mil para R$ 30 mil. Relator no colegiado, o deputado Domingos Sávio (PL-MG) defende as mudanças. “Hoje, a maior multa que existe é de R$ 15 mil. A escala do governo estava exagerada.” O projeto ainda permite que o estabelecimento que cometer irregularidades não tenha um auto de infração inscrito contra si se corrigir a falha, mas os fiscais representados pela Anffa consideram que o texto ficou muito vago sobre qual tipo de erro poderá ter a punição aliviada desse jeito.  proposta também cria um sistema de recursos administrativos para as empresas recorrerem ao próprio governo. Hoje, cabe apenas um recurso contra os autos de infração, à secretaria regional. Com o projeto, cria-se uma nova instância, em Brasília. Em todos os casos, haverá suspensão dos efeitos da autuação até que o pedido seja julgado. Além disso, no caso de autuações mais graves, em que a penalidade é a suspensão das atividades ou cancelamento do registro da empresa, será criada uma terceira instância julgadora. A princípio, o governo queria que a composição dessa “comissão especial” fosse definida por regulamento, mas a bancada ruralista pôs no texto que serão cinco integrantes: dois do Ministério da Agricultura, um do Ministério da Justiça e dois da iniciativa privada, indicados pelas confederações nacionais da Agropecuária (CNA) e da indústria (CNI). Esse comitê poderá converter as penas mais duras em multas.  A nova forma de fiscalização será obrigatória para todos os produtores e agroindústrias, com exceção dos “agentes da produção primária agropecuária”, em que a adesão será opcional. O prazo de entrada em vigor será escalonado, em até 90 dias após a sanção – o que dependerá, primeiro, de uma aprovação pelos senadores.

Valor Econômico/BEEF POINT

ECONOMIA

Dólar fecha em queda de 2,10%, a R$4,9645 na venda

O dólar caiu mais de 2% na terça-feira, acompanhando movimento internacional de depreciação e indo abaixo da marca psicológica de 5 reais antes da conclusão das reuniões de política monetária dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos

Uma nova oferta de liquidez da autoridade monetária local no mercado de câmbio também ajudou a alimentar as perdas do dólar, segundo operadores. A moeda norte-americana à vista caiu 2,10%, a 4,9645 reais na venda, sua maior depreciação diária desde 30 de dezembro do ano passado (-2,12%). Na B3, às 17:03 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 2,37%, a 5,0085 reais.

REUTERS

Ibovespa tem recuo com mercado em compasso de espera por BCs

O principal índice da bolsa brasileira fechou em baixa marginal na terça-feira, uma vez que os investidores adotaram postura de cautela antes de decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil previstas para esta semana

Petrobras e bancos foram os principais impulsos ao índice, enquanto B3, Vale e WEG fizeram pressão no lado oposto. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,14%, a 106.486,06 pontos, a terceira baixa seguida. O volume da sessão foi de 21,1 bilhões de reais.

REUTERS

Estrangeiro tira R$1,7 bi da B3 dia 29 e abril tem 1º saldo negativo mensal em 2022

Investidores estrangeiros retiraram 1,74 bilhão de reais da bolsa brasileira em 29 de abril, de acordo com saldo do pregão divulgado na terça-feira pela B3, o que elevou a saída de recursos no mês a 7,68 bilhões de reais

O resultado em abril representa o primeiro saldo negativo mensal de 2022, ainda que no acumulado do ano o indicador exiba entrada de 60,68 bilhões de reais. Os dados mensais de entrada e retirada de recursos por estrangeiros em 2021 estão em revisão pela B3, após a operadora da bolsa brasileira ter descoberto um erro de metodologia, divulgado em abril. Na sexta-feira, o Ibovespa cedeu 1,86%, tendo acelerado perdas no final do pregão. Alguns analistas citaram forte fluxo como uma das influências ao movimento do índice na sessão. A entrada de recursos estrangeiros foi vista como um motivo importante para a forte alta que o Ibovespa chegou a acumular em 2022, antes de apagar grande parte dos ganhos no mês passado. O Ibovespa registra avanço de cerca de 2% no ano, após ter disparado até 16% mais cedo em 2022.

REUTERS

Indústria do Brasil perde força em março

A produção industrial do Brasil avançou pelo segundo mês seguido em março, mas terminou o primeiro trimestre com perda de força e sem recuperar as perdas do início do ano, dando novos sinais de dificuldades de retomada em meio ao aperto das condições financeiras e monetárias, além do aumento de custos

A produção teve em março alta de 0,3% em relação ao mês anterior, informou na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), depois de ganho de 0,7% em fevereiro. Os ganhos seguidos, no entanto, não recuperam a perda de 2% registrada em janeiro, e a indústria ficou em março 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, segundo o IBGE. Mas ainda assim, o setor encerra o primeiro trimestre com ganho de 0,3% sobre os três últimos meses de 2021, na primeira alta trimestral depois de um ano inteiro de perdas. “São perdas muitos grandes do setor industrial ao longo dos últimos anos. Ainda há muito espaço a recuperar”, disse o Gerente da Pesquisa, André Macedo. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial registrou queda de 2,1%. O ambiente de inflação e juros altos traz dificuldades para a indústria brasileira, que a partir do final de fevereiro ainda passou a enfrentar os desafios apresentados pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que afetou os preços de energia e petróleo, elevando os custos. Analistas avaliam que o setor não deve apresentar uma recuperação consistente nos próximos meses, com o conflito na Ucrânia postergando a esperada normalização das cadeias de oferta. “Questões complicadoras na oferta, que é algo mais global, afetado pelo mercado internacional, e na demanda doméstica” são exemplos de fatores que ainda dificultam a retomada da indústria, de acordo com Macedo. “Além disso, a inflação vem diminuindo a renda disponível e os juros sobem e encarecem o crédito. Também o mercado de trabalho, que apresenta alguma melhora, ainda mostra índices como uma massa de rendimentos que não avança”, completou. Em março, a maior influência positiva partiu da alta de 6,9% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, no segundo mês de expansão, embora não recupere o recuo de janeiro. Também contribuíram de forma positiva outros produtos químicos (7,8%), bebidas (6,4%) e máquinas e equipamentos (4,9%), entre outros. Já entre os desempenhos negativos, o destaque foi a contração de 1,7% na fabricação de produtos alimentícios, interrompendo quatro meses consecutivos de alta. Entre as grandes categorias econômicas, tiveram alta bens de capital (8%), bens de consumo duráveis (2,5%) e bens intermediários (0,6%), enquanto bens de consumo semi e não-duráveis apresentaram queda de 3,3%.

REUTERS

EMPRESAS

Resultado operacional da Marfrig bateu recorde no 1º trimestre

Efeito de investimento na BRF fez lucro cair, mas Ebitda cresceu 60,9%, para R$ 2,7 bilhões

Com o cenário ainda favorável aos negócios na América do Norte e uma expressiva melhora de desempenho na América do Sul, a Marfrig encerrou o primeiro trimestre do ano com fortes aumentos em seus resultados operacionais. O lucro líquido consolidado da companhia caiu 61,1% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 109 milhões, mas por causa de um reflexo sem efeito caixa, de R$ 795 milhões, da marcação a mercado do investimento feito na consolidação da participação de 33,27% na BRF no follow on da dona da Sadia, em janeiro. “Foi o melhor primeiro trimestre da Marfrig”, resumiu Tang David, CFO da companhia. A receita líquida total cresceu 29,6%, para R$ 22,3 bilhões, enquanto o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) aumentou 60,9%, para R$ 2,7 bilhões. A margem Ebitda consolidada subiu 239 pontos-base na comparação entre os trimestres, para 12,3%, e mesmo com os investimentos realizados a relação entre dívida líquida e Ebitda (alavancagem) em real caiu de 1,76 vez, no primeiro trimestre de 2021, para 1,36 agora — em dólar, a queda foi de 1,69 vez para 1,53 vez. América do Norte Na América do Norte, onde a Marfrig controla a americana National Beef, foi mais um trimestre de avanços, que já garantiram resultados recorde no ano passado. Com a demanda ainda aquecida nos EUA, apesar da escalada dos índices inflacionários, de janeiro a março a receita líquida norte-americana registrou alta de 35,4%, para R$ 15,9 bilhões. Ao consumo firme soma-se a oferta ainda ampla de gado, combinação que permitiu um incremento de 56,4% no Ebitda obtido na região, que atingiu R$ 2,4 bilhões — a margem Ebitda subiu 297 pontos, a 15%. Mas foi na América do Sul que os resultados apareceram como há tempos não se via. A receita líquida na região chegou a R$ 6,5 bilhões, 41,2% mais que de janeiro a março de 2021, ao passo que o Ebitda cresceu 94,9%, para R$ 411 milhões. Também houve melhora na margem Ebitda, de 4,6% para 6,4%, e a Marfrig acredita que o pior na região, sobretudo no Brasil, ficou para trás. “No Brasil como um todo, os abates cresceram 9,2% no primeiro trimestre, mas no nosso caso o aumento foi de 20%. Somados o Brasil, a Argentina e o Uruguai, os abates cresceram 6%, e os da Marfrig foram 19% maiores”, disse Miguel Gularte, CEO da operação América do Sul da companhia. Mas o executivo reconheceu que o efeito China fez toda a diferença para os resultados, uma vez que o país é o destino de cerca de 70% das exportações brasileiras de carne bovina — o percentual supera 80% no caso da América do Sul, onde a companhia conta com 13 plantas habilitadas por Pequim.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Suíno vivo com altas na terça-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 133,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,70 o quilo/R$ 10,00 o quilo

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (2), o preço ficou estável somente em Santa Catarina, valendo R$ 5,77/kg. Houve aumento de 1,91% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,92/kg, avanço de 1,07% no Rio Grande do Sul, custando R$ 5,69/kg, valorização de 0,51% no Paraná, atingindo R$ 5,97/kg, e de 0,29% em São Paulo, fechando em R$ 7,03/kg.

Cepea/Esalq

Altas pontuais para o mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado subiu 1,62%, chegando a R$ 7,55/kg, enquanto o frango na granja ficou estável, valendo R$ 6,50/kg

No caso do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,07/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,70/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (2) tanto a ave congelada quanto a resfriada subiram 0,38%, custando ambas R$ 7,98/kg.

Cepea/Esalq

INTERNACIONAL

Exportações de carne bovina da Austrália em abril/22 atingem pior patamar em 11 anos

Os embarques somaram 61.705 toneladas no mês passado, 26% abaixo da média de cinco anos para o mês, de 83.745 toneladas, informa o portal australiano Beef Central

As exportações de carne bovina da Austrália somaram apenas 61.705 toneladas em abril/22, o pior desempenho em 11 anos e 26% abaixo da média de cinco anos para o mês, de 83.745 toneladas, informa a reportagem do portal australiano Beef Central. Historicamente, abril é um mês ruim para as exportações australianas, devido ao excesso de feriados no país, o que reduz a produção de carne nas unidades de abate. Porém, em abril passado, o desempenho ficou muito abaixo das expectativas. Segundo a Beef Central, essa retração nas exportações é resultado da combinação de três fatores negativos: problemas de clima úmido nas áreas de pecuária, aumento de doenças relacionadas ao vírus da Covid-19 entre os funcionários dos frigoríficos e, por fim, a falta geral de mão de obra disponível nas plantas processadoras. No acumulado de janeiro a abril, as exportações de carne bovina australiana alcançaram 239.000 toneladas, uma queda de 12,5% em relação ao volume obtido no mesmo período do ano passado. Todos os principais países clientes da Austrália no setor de carne bovina foram impactados pelo fluxo lento de negociação do mês passado. Maior comprador mundial de carne bovina australiana (em volume e receita), o Japão importou 13.867 toneladas em abril/22, uma queda de 4.600 toneladas ou 25% sobre o resultado de abril do ano passado. No acumulado dos quatro meses deste ano, o volume de vendas ao Japão atingiu 60.3890 toneladas, com retração de 13% em relação ao mesmo período do ano passado, informa.

Beef Central.

Lei climática deve fazer rebanho irlandês desabar

A Irlanda do Norte vai precisar de perder mais de um milhão de ovelhas e gado bovino para alcançar as novas metas de emissões climáticas, de acordo com um documento revelado pelo The Guardian

A aprovação da primeira lei climática do país obrigará à redução em larga escala de animais. A análise da KPMG, feita pelos representantes da indústria agrícola, estima que é necessário perder mais de 500.000 bovinos e cerca de 700.000 ovelhas para que a Irlanda do Norte cumpra as novas metas climáticas. Um outro estudo levado a cabo pelos conselheiros climáticos do governo do Reino Unido sugerem que o número de frangos também terá de ser reduzido em cinco milhões até 2035. A indústria agroalimentar do país e grupos agrícolas associados há muito levantam preocupações sobre o impacto esperado da nova legislação. A indústria de carne da Irlanda do Norte é fortemente orientada para a exportação e abastece principalmente a Grã-Bretanha, mas também exporta para a China e a América do Norte, descreve o The Guardian. Chris Stark, chefe-executivo do CCC, disse ao The Guardian que uma mudança para a agricultura arável provavelmente será necessária se os níveis de produção de alimentos permanecerem os mesmos na Irlanda do Norte. “Uma condição nos nossos modelos de projeção futura é conseguirmos produzir a mesma quantidade de alimentos per capita em 2050”, afirma. “Mas é muito difícil cumprir esse objetivo a não ser que vejamos uma mudança na prática agrícola, e especialmente na relação entre a criação de gado e a agricultura arável”, acrescenta ainda.

Diário de Notícias (Portugal)

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