CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1721 DE 28 DE ABRIL DE 2022

clipping

Ano 8 | nº 1721 | 28 de abril de 2022

 

NOTÍCIAS

Preços da arroba seguem estáveis

Segundo dados apurados na quarta-feira (27 de abril) pela Scot Consultoria, o macho gordo continua valendo R$ 315/@ no Estado de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha terminadas são negociadas, respectivamente, por R$ 279/@ e R$ 312/@ (preços brutos e a prazo)

O valor de compra do bovino com padrão para exportação, também continua o mesmo dos últimos dias, em torno de R$ 325/@ nas praças do interior paulista, acrescenta a Scot. A faixa Centro-Norte do País, que se estende pelo Sudeste, Centro-Oeste e por algumas regiões do Norte/Nordeste, já se encontra em período de intensa estiagem. Daqui para frente, muitos pecuaristas tendem a evitar o risco da perda de peso do animal – diante da piora de qualidade das pastagens –, optando, assim, pela venda de seus lotes, o que pode reforçar a pressão baixista da arroba no curtíssimo prazo. “A oferta de boiadas deve seguir aparentemente elevada no curto prazo, sobretudo nos dez primeiros dias de maio”, acreditam os analistas da IHS. No mercado atacadista, os preços dos cortes bovinos continuam firmes.

SCOT CONSULTORIA/IHS

Consumidor quer carne sem desmatamento, mostra pesquisa

Empresa Reclame Aqui ouviu quase 10 mil pessoas no levantamento

Uma pesquisa feita pelo Reclame Aqui revela que 73,41% dos consumidores brasileiros deixariam de comprar se o estabelecimento não garantir que a carne que vende é livre de desmate na Amazônia. A pesquisa foi realizada no site da empresa ao longo de três dias e recebeu 9,8 mil respostas. Para 79,68% dos consumidores que responderam, quem vende a carne para o consumidor tem a responsabilidade de verificar a procedência da carne. A pesquisa também mostra que os consumidores podem deixar de comprar a carne de uma empresa associada a desmatamento ou violações ambientais, mas que eles ainda não estão dispostos a ir atrás dessa informação. No levantamento, 57,9% dos participantes disseram ser importante para suas decisões de compra saber se a carne causou desmate, mas 56,1% não se interessam em se informar sobre a política de responsabilidade ambiental do varejista para decidir se compram ou não a carne. Além disso, 59,24% dos consumidores admitiram que ainda não deixaram de comprar carne de fabricantes associados a desmate ou violação de leis ambientais. Segundo o levantamento, consumidores entendem que o esforço de conseguir a informação sobre a origem da carne é responsabilidade do varejo. “É uma informação importante para o consumidor não comprar produto de origem de desmate, mas ele entende que o esforço de conseguir a informação é responsabilidade do varejo, e não dele. O que deveria ser garantido é que não chegasse ao ponto de venda o produto que não tivesse controle de origem”, disse Patricia Cansi, Diretora de Operações do Reclame Aqui, em debate virtual. A empresa participou ontem de lançamento do Radar Verde, indicador que vai comparar os esforços de frigoríficos e varejistas para desvencilhar suas cadeias do desmatamento na Amazônia. Mas as informações parecem ainda não estar chegando aos consumidores. De acordo com a pesquisa, 88,2% dos participantes não se recordavam de nenhuma marca que estivesse associada a alguma denúncia de desmatamento ou violação de leis ambientais. Dos 12% que afirmaram ter alguma lembrança, 63,4% disseram ter se informado sobre o caso pela imprensa. A grande maioria dos consumidores disse que confiaria em informações apresentadas no ponto de venda, como selos oficiais ou não. Segundo a pesquisa, 99,59% confiariam em um selo do governo que garantisse o desmatamento zero do produto e 98,66% confiariam na certificação de desmate zero atestada por organizações independentes. Além disso, 92,07% dos consumidores disseram que teriam segurança em comprar carne se o fabricante apresentasse compromisso de desmate zero, e 84,25% teriam segurança no compromisso de varejistas.

VALOR ECONÔMICO

Febre Aftosa: primeira etapa da campanha de vacinação de 2022 começa na próxima semana

A expectativa é imunizar cerca de 107 milhões de animais em todo o país

No dia 1º de maio, inicia a primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2022. Nesta fase, deverão ser vacinados bovinos e bubalinos de todas as idades, para a maioria dos estados, conforme o calendário nacional de vacinação. A exceção fica apenas para 11 unidades da Federação – Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. Para essa etapa, a expectativa é imunizar cerca de 107 milhões de animais em todo território brasileiro. As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Além de vacinar o rebanho, o produtor deve também declarar ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração de vacinação deve ser realizada de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados. Em abril, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou uma inversão da estratégia de vacinação para os estados que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE-PNEFA), com exceção do Espírito Santo, onde a vacinação já é invertida. Desta forma, para 10 estados e o Distrito Federal (BA, ES, GO, MG, MT, MS, RJ, SE, SP e TO) a 1ª etapa a ser realizada em maio será destinada aos bovinos e bubalinos até 24 meses, enquanto a 2ª etapa, em novembro, para todo o rebanho. A medida adotada visa equacionar a demanda de vacinas contra febre aftosa com o cronograma previsto de produção da indústria. Os estados que compõem o Bloco IV do PE-PNEFA totalizam aproximadamente 61,3 milhões de bovinos e bubalinos de zero a 24 meses que deverão ser imunizados no mês de maio de 2022.

MAPA

Boi gordo: frigoríficos exportadores voltam a pagar preços mais altos

Já no mercado atacadista, os preços continuam estáveis, mas com possibilidade de aumento devido ao Dia das Mães

O mercado físico de boi registrou preços mistos nesta quarta-feira (27). Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, houve negócios realizados acima da referência média em determinadas regiões do país, como em São Paulo. Os frigoríficos exportadores voltaram a pagar preços mais altos. Por outro lado, o cenário de pressão baixista vem se consolidando na região Norte e em Mato Grosso, com os frigoríficos locais conseguindo uma frente confortável em suas escalas de abate. “O mercado se aproxima do auge da safra de boi gordo, período em que tradicionalmente é marcado o ponto de mínima dos preços no ano. Para a entressafra haverá espaço para reação mais consistente dos preços, considerando uma oferta mais restrita no período, somado a possibilidade da desvalorização cambial que melhoraria a conta das exportações”, disse Iglesias. Na capital paulista, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 327 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 292. Em Cuiabá (MT), a arroba do boi ficou indicada em R$ 291. Já em Uberaba (MG), preços a R$ 310 por arroba. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 300 para a arroba do boi gordo. No mercado atacadista, o dia foi de preços estáveis para a carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere uma alta dos preços no decorrer da primeira quinzena de maio, período que conta com maior apelo ao consumo. Somado a isso precisa ser mencionado que a reposição entre atacado e varejo costuma ser mais positiva durante o Dia das Mães. Logicamente o padrão de consumo ainda aponta para a demanda direcionada sobre proteínas mais acessíveis, a exemplo do frango e dos ovos. O quarto traseiro do boi foi precificado a R$ 23,50 por quilo. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 16,60 por quilo. A ponta de agulha teve preço de R$ 15,70 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

ECONOMIA

IPCA-15 tem maior alta para abril em quase 30 anos sob peso de combustíveis

Os preços dos combustíveis seguiram em forte alta em abril e levaram o IPCA-15 a registrar o maior avanço para o mês em quase 30 anos, ultrapassando os 12% no acumulado de 12 meses

Os resultados ficaram abaixo do esperado, mas somam-se à disparada recente do dólar ante o real para formar o pano de fundo para a reunião de maio do Banco Central, em que a autoridade monetária irá reavaliar seus esforços para controlar o aumento de preços no Brasil. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação brasileira, teve em abril alta de 1,73%, contra 0,95% em março, mas apesar da forte aceleração ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de uma taxa de 1,85%. O dado divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o mais elevado para um mês de abril desde 1995 (1,95%), e também representa a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%). O resultado levou o avanço acumulado do IPCA-15 a 12,03% nos 12 meses até abril, de 10,79% em março e contra projeção de 12,16%. Isso representa quase 2,5 vezes o teto da meta oficial para a inflação este ano, que é de 3,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. Depois de o Banco Central ter chegado a prever que o pico da inflação aconteceria em abril, com uma taxa de 11% em 12 meses que já ficou para trás, o cenário para os preços pode levar o BC a repensar a estratégia já sinalizada de encerrar seu ciclo de aperto monetário em maio. Em abril, os custos de Transportes aceleraram com força a 3,43%, de 0,68% em março. Isso se deu principalmente pelo aumento de 7,51% no preço da gasolina, reflexo do reajuste no preço médio nas refinarias que fez do combustível o maior impacto individual no IPCA-15 do mês. Também subiram os preços do óleo diesel (13,11%), do etanol (6,60%) e do gás veicular (2,28%), destacou o IBGE. A segunda maior alta entre os grupos foi de Alimentação e bebidas, de 2,25%. Os preços dos itens consumidos no domicílio avançaram 3%, pressionados principalmente por tomate (26,17%) e leite longa vida (12,21%). Por sua vez, a alta de 8,09% do gás de botijão exerceu o maior impacto em Habitação, cujos custos avançaram 1,73%. O BC elevou os juros a 11,75% e indicou que encerraria o aperto monetário com nova elevação de 1 ponto percentual da Selic no início de maio.

Reuters

Dólar fecha em queda de 0,45%, a R$ 4,9675

Após passar praticamente metade da sessão em alta, o dólar comercial inverteu o sinal e firmou queda, encerrando o dia abaixo dos R$ 5

A mudança de rumo veio com a melhora do clima no exterior e, segundo analistas, também foi impulsionada por fortes fluxos de capital no início da tarde. Assim, o dólar comercial fechou o dia sendo negociado a R$ 4,9675, em queda de 0,45% no mercado à vista. Na mínima, chegou a R$ 4,9280. Por volta das 17h, o dólar futuro para maio caía 0,95%, para R$ 4,9595. No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis divisas fortes no exterior, operava em alta de 0,66%, aos 102,97 pontos.

Reuters

Ibovespa interrompe série de baixas

O principal índice da bolsa brasileira voltou a subir após sete sessões na quarta-feira, diante do salto de ações ligadas a commodities metálicas e sessão marginalmente positiva em Nova York

Um dado de inflação no Brasil em patamares elevados, também influenciou. Vale disparou antes de balanço e após alta do minério de ferro, que ainda impulsionou siderúrgicas. A Hapvida foi a principal influência negativa ao índice, em meio a expectativas pela divulgação dos resultados do primeiro trimestre. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,88%, a 109.165,81 pontos, após maior sequência de quedas desde 2016. O volume financeiro foi de 24,7 bilhões de reais.

Reuters

Confiança da indústria no Brasil tem 1ª alta em 9 meses em abril, mostra FGV

A confiança da indústria no Brasil subiu em abril pela primeira vez desde julho do ano passado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira, sinal que pode indicar normalização das atividades no setor

Os dados da FGV mostraram que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve no mês alta de 2,4 pontos, para 97,4 pontos, interrompendo sequência de 8 perdas mensais consecutivas. “Influenciada pela redução dos problemas com o fornecimento de insumos e pelas passagens do surto da variante da Ômicron e do momento de maior pessimismo com os potenciais impactos da Guerra Rússia-Ucrânia, a alta da confiança industrial em abril pode ser interpretada como um movimento no sentido da normalização das atividades no setor”, disse em nota Aloisio Campelo Jr., economista da FGV Ibre. “Os indicadores relacionados ao momento presente caminham para níveis de neutralidade e as expectativas tornaram-se menos pessimistas, com destaque para as avaliações favoráveis em relação à demanda externa”, acrescentou. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, subiu 1,4 ponto em abril, para 98,4 pontos, segundo a FGV. O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, indicador da percepção sobre os próximos meses, avançou 3,2 pontos, para leitura de 96,0. Ambos os índices subiram pela primeira vez em nove meses. Dados divulgados pelo IBGE no início deste mês mostraram que a indústria brasileira voltou a crescer em fevereiro, subindo 0,7% sobre janeiro, embora ainda estivesse abaixo do patamar pré-pandemia.

Reuters

EMPRESAS

Frigol aposta em novos mercados e exportação à China para elevar resultados em 2022

O Frigol, quarto maior grupo de carne bovina do país, está mais perto de acessar novos mercados para a companhia, como Estados Unidos e Malásia, o que daria impulso adicional para exportações já bastante aquecidas pela demanda chinesa, disse à Reuters o CEO da companhia, Eduardo Miron

O frigorífico, que obtém a maior parte de sua receita com exportações, iniciou o ano com expectativa de fechar 2022 com avanço de 33% no faturamento, para 4 bilhões de reais, e a confirmação de novos mercados poderia garantir um ganho extra nas projeções após um histórico primeiro trimestre. “Tivemos um primeiro trimestre com desempenho recorde para a empresa”, afirmou o executivo sem detalhar em números. A companhia já exporta para 60 países espalhados pela América do Sul, Europa, Oriente Médio, Ásia e África, e há menos de um mês recebeu habilitação do Irã, que poderá importar até 500 toneladas de carne do Frigol por mês. Mas a grande expectativa está na aprovação dos Estados Unidos, para onde o frigorífico vê potencial de exportar 2 mil toneladas mensais. “Por uma questão de situação econômica e inflação, onde os EUA precisam de uma carne mais barata de outros países para atender a demanda, é onde o Brasil entra como um importante fornecedor. Achamos que será uma resposta rápida para nossa habilitação”, disse o CEO. O processo para que a empresa seja aprovada pelos americanos está nas fases finais, aguardando visita técnica do Ministério da Agricultura à planta localizada em Lençóis Paulista (SP). Atualmente, os Estados Unidos estão em plena ascensão de compras da carne bovina brasileira e figuram na segunda colocação entre os principais importadores, atrás apenas da China. Somente no primeiro trimestre, as aquisições norte-americanas da proteína do Brasil tiveram uma disparada de 395% ante igual período do ano passado, para 69.799 toneladas, conforme dados da associação de frigoríficos Abrafrigo. Miron destacou que o frigorífico já fez sua parte nos demais mercados em negociação. Para a Malásia, o processo de habilitação está em fase final, aguardando apenas uma missão das autoridades do país que, segundo o Frigol, é esperada para meados de junho. Para a Indonésia e Cingapura, as tratativas de competência da companhia também estão todas realizadas, esperando resposta das autoridades dos respectivos países. Outro fator que o CEO julga importante para a conquista de novos mercados é a certificação internacional de segurança alimentar BRCGS Food, reconhecida pela Global Food Safety Iniative (GFSI), recebida pela companhia no início deste ano. Apesar dos esforços para diversificar os compradores, a China continua sendo um importante player para a exportação, avaliou Miron. Ele disse que, até o momento, não há preocupação sobre impactos da pandemia da Covid sobre a demanda chinesa, “porque eles precisam muito” da proteína bovina –diferentemente da procura por suínos, que está em queda. O novo CFO do Frigol, Eduardo Masson, acrescentou que um desafio relevante para os exportadores tem sido o alto custo com frete, agravado pela guerra entre Ucrânia e Rússia. “Mas a questão do frete é global, nos afeta como afeta todos os concorrentes, os exportadores de uma maneira geral”, disse ele.

REUTERS

MEIO AMBIENTE

Indicador vai comparar esforços da cadeia da carne para evitar desmatamento na Amazônia

Novo Radar Verde conta com financiamento do governo da Noruega

Um novo indicador vai comparar os esforços de frigoríficos e redes varejistas que atuam na Amazônia para desvincular a criação de gado do desmatamento no bioma. A iniciativa, batizada de Radar Verde, será conduzida pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e pelo Instituto O Mundo Que Queremos, e pretende manter os consumidores informados sobre as ações da inciativa privada. O índice será calculado anualmente com base em questionários enviados a todos os frigoríficos com inspeção sanitária federal (SIF) ou estadual (SIE) e a varejistas da Amazônia Legal. Neste primeiro ano, serão convocados a responder o questionário cerca de 113 empresas donas das plantas frigoríficas que atuam na região e os 70 maiores supermercados, de acordo com lista da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). “O índice visa diferenciar as empresas mais avançadas em transparência e governança. Vamos destacar as melhores práticas e ajudar consumidores, investidores e reguladores a diferenciar as empresas”, afirmou Alexandre Mansur, Diretor do Instituto O Mundo Que Queremos, em apresentação virtual de lançamento da iniciativa. O Radar Verde é mais uma iniciativa que tenta coibir a derrubada de florestas para dar lugar a pasto. Há 13 anos, o Ministério Público Federal (MPF) deu início ao Carne Legal, que levou diversos frigoríficos a assinarem Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) comprometendo-se a não comprar gado de áreas desmatadas. Segundo Ritaumaria Pereira, Diretora Executiva do Imazon, 56% da capacidade frigorífica instalada na Amazônia está sob o TAC da Carne, o que leva os abatedouros que não assinaram o compromisso a uma “concorrência desleal” com os que assinaram. Ela lembrou que pesquisas mostram que, desde 2009, os fornecedores diretos na região reduziram seu desmate em até 85%, mas ainda assim o desmatamento continuou crescendo a partir de 2012, em parte por causa da invisibilidade dos fornecedores indiretos. No Radar Verde, as empresas terão que responder as questões e apresentar evidências de suas ações com relação a fornecedores diretos e indiretos de gado. Serão questionados, por exemplo, o percentual de compras aderentes às políticas sustentáveis de compra e o resultado das auditorias. Serão avaliadas tanto a existência de políticas para evitar o desmate na cadeia de fornecimento quanto a execução destas políticas. A nota final de cada companhia será composta pela avaliação da existência de políticas, com peso de 20%, e pelo desempenho da efetivação dos compromissos, com peso de 80%. A nota das empresas vai variar de 0 a 100. Notas abaixo de 30 serão consideradas “muito baixas”, de 30 a 49 serão “baixas”, de 50 a 69 serão “intermediárias”, de 70 a 89 serão “altas”, e acima de 90, “muito altas”. O resultado do Radar Verde deste ano será divulgado no segundo semestre. A iniciativa é financiada pelo governo da Noruega e pelo Instituto Clima e Sociedade (ICS), e também contou com parceria do Reclame Aqui e do portal “O Eco”.

VALOR ECONÔMICO

Brasil foi o país que mais perdeu florestas primárias em 2021

Foram 1,5 milhão de hectares de florestas tropicais primárias perdidas, 40% de toda a perda de florestas primárias no planeta em 2021

O Brasil liderou, em 2021, o ranking mundial de perda de florestas primárias, caracterizadas por ter uma vegetação sem interferência humana, conservada desde os seus primórdios. Ao todo, o país perdeu 1,5 milhão de hectares de florestas tropicais primárias no ano passado, o que corresponde a 40% de toda a cobertura florestal perdida no planeta em 2021. Os dados foram divulgados hoje pelo Global Forest Watch (GFW), plataforma de monitoramento de florestas a partir de análises geoespaciais desenvolvidas pela Universidade de Maryland. “A perda de floresta primária no Brasil é especialmente preocupante, pois novas evidências revelam que a floresta amazônica está perdendo resiliência, estando mais perto de um ponto de inflexão do que se pensava anteriormente”, afirmou, em nota, a diretora de Florestas, Agricultura e Uso do Solo do WRI Brasil, Fabíola Zerbini. Segundo a análise dos dados obtidos pelo GFW, as perdas não relacionadas ao fogo – que no Brasil são mais frequentemente associadas à expansão agrícola – aumentaram 9% entre 2020 e 2021 concentrando-se em regiões ao longo de estradas existentes, como a BR-319. Essas características, segundo o WRI, indicam que essas áreas tenham provavelmente sido convertidas em pastagens. Ao todo, o GFW identificou a perda de 3,75 milhões de hectares de florestas tropicais primárias no mundo. Para além do Brasil, o órgão chamou a atenção a perda de florestas em países como Bolívia e República Democrática do Congo, que registraram aumento com relação a 2020. Já a Indonésia registrou redução das taxas de perda florestal pelo quinto ano consecutivo, indicando que políticas públicas do governo da Indonésia e comprometimentos do setor privado no país.

GLOBO RURAL

FRANGOS & SUÍNOS

Rússia libera compra de farinha de origem animal de dez frigoríficos do Brasil

Cinco das unidades pertencem à JBS

A Rússia ampliou neste mês a lista de compras de produtos de frigoríficos brasileiros. No último dia 25, o Serviço Federal da Vigilância Veterinária e Fitossanitária russo autorizou dez unidades exportadoras do Brasil a embarcarem para seu mercado também farinha de origem animal, utilizada em rações animais. Da relação total, cinco são plantas da JBS (das unidades Seara Alimentos e JBS Aves) e duas da Alibem. Unidades de Barra Mansa, Frigorífico Floresta e Irmãos Gonçalves completam a lista. No último dia 14, a Rússia já havia habilitado uma unidade da Seara, localizada no Paraná, a exportar ao país carnes e subprodutos de aves, além de farinhas.

VALOR ECONÔMICO

Suínos: preços em curva de alta

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 133,00, enquanto a carcaça especial aumentou 5,43%/4,17%, custando R$ 9,70 o quilo/R$ 10,00 o quilo

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (26), o preço ficou estável somente em Minas Gerais, valendo R$ 6,67/kg. Houve aumento de 5,45% no Paraná, chegando em R$ 5,92/kg, avanço de 3,58% em São Paulo, atingindo R$ 6,95/kg, valorização de 2,86% em Santa Catarina, alcançando R$ 5,76/kg, e de 0,5¨% no Rio Grande do Sul, fechando em R$ 5,59/kg.

Cepea/Esalq

ABPA: Ação no Canadá projeta US$ 25 milhões em negócios para exportadores de aves e de suínos

ABPA e Apex Brasil lideram ação em novo mercado para a carne suína do Brasil

Terminou bem-sucedida a ação liderada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) na SIAL Canadá, feira de alimentos realizada em Montreal. Quatro agroindústrias associadas participaram da ação – BRF, Copacol, Pamplona e Seara – que gerou US$ 1,9 milhão em negócios apenas nos três dias de evento. A partir das negociações realizadas na feira, espera-se que sejam consolidados US$ 25 milhões em exportações nos próximos 12 meses. Além de encontros de negócios, o evento focou no reforço à imagem do setor produtivo junto ao mercado canadense, tradicional importador da carne de frango do Brasil que, neste ano, abriu suas portas para o setor exportador de suínos. Neste sentido, além da distribuição de materiais promocionais das marcas setoriais Brazilian Chicken e Brazilian Pork, e da realização de encontros com stakeholders locais, a ABPA promoveu um seminário com importadores e autoridades canadenses. O evento, feito em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, o Consulado-geral do Brasil em Montreal, e a Apex Brasil, abordou a renovação da parceria bilateral para complementação da produção local de carne de aves, e o reforço da posição brasileira como fornecedor de carne suína de alta qualidade.

ABPA

ABCS estabelece parceria estratégica com varejo nacional para escoar a oferta de carne suína no país

A SNCS 2022 estará presente em 27 bandeiras de varejo, alcançando consumidores de norte a sul do Brasil em sua décima edição

Na décima edição dessa parceria consolidada no varejo brasileiro como uma grande criadora de oportunidades e ampliadora de vendas, a Semana Nacional da Carne Suína (SNCS) ocorrerá no período de 1 a 17 de junho em 27 bandeiras das maiores e melhores redes de varejo do país. A SNCS estará presente em 22 estados brasileiros, de norte a sul, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) vai impulsionar as vendas e o consumo de carne suína, auxiliando a escoar o excedente da produção, e contribuindo para desafogar os produtores que enfrentam uma das maiores crises da história do setor. Para estar à altura deste desafio, a SNCS cresceu e deu boas vindas a 2 novos grupos de varejo e 5 novas bandeiras, ao todo este ano, os grupos de varejo participantes representam 28% do faturamento do varejo nacional. Além de ampliar sua presença, estando nas principais capitais do país, nos maiores polos de consumo e em diferentes tipos de redes, desde o varejo de economia, ao premium. Com o tema “Sabor de Ofertas? Suíno na Certa!”, a campanha traz promoções, leveza, informação, diversidade de cortes populares e acessíveis, saudabilidade e muito sabor nos mais diversos formatos, on e off-line, para impactar os consumidores. O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, explica a estratégia: “Levamos a SNCS de 2022 para 4 entre as 5 maiores redes de supermercado e hipermercado do país, não apenas em tamanho, mas em faturamento. Alcançamos a maior capilaridade de públicos até então, através do varejo estaremos nas capitais e também no interior, atendendo a todos os públicos, desde o A até o D. Uma ação estratégica em resposta ao momento que os suinocultores enfrentam”, conclui. Quer apoiar essa iniciativa, os produtores de suínos e a suinocultura brasileira? Conheça as redes participantes! O Pão de Açúcar, Mercado Extra, Compre Bem, Oba Hortifruti, Carrefour, Hortifruti, Natural da Terra, Big, Big Bompreço, Super Bompreço, nacional, Dia Supermercados, Prezunic, Super Nosso, Apoio Mineiro e a Companhia Sul Americana de Distribuição acreditam no potencial da carne suína e estão engajados no propósito de comunicar os atributos da carne suína e impulsionar sua venda no período de 1 a 17 de junho!

ABCS

No atacado paulista, frango cede 1,7%

A quarta-feira (27) foi de preços estáveis para o mercado do frango, com exceção da ave no atacado paulista, que sofreu queda

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave no atacado cedeu 1,69%, chegando a R$ 7,57/kg, enquanto o frango na granja ficou estável, valendo R$ 6,50/kg. No caso do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço, enquanto Santa Catarina ficou estável em R$ 4,07/kg, assim como no Paraná, custando R$ 5,64/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (26), tanto a ave congelada quanto a resfriada ficaram estáveis, ambas custando R$ 8,09/kg.

Cepea/Esalq

INTERNACIONAL

Frigorífico dos EUA nega manipulação de preços

Os preços de carne bovina nos Estados Unidos estão subindo por causa de “forças de mercado” como forte demanda, inflação recorde e escassez de mão de obra decorrente da pandemia de covid-19, disse o CEO da Tyson Foods, Donnie King.

Foi em depoimento preparado para uma audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Representantes, marcada a quarta-feira (27). “A Tyson não define os preços do gado que compra ou da cerveja que nossos clientes compram”, afirmou. Ele atribuiu os aumentos de preços à “economia básica”, que afirma que quando a demanda é alta e a oferta é baixa, os preços vão subir, “e foi exatamente isso que aconteceu”. Ele observou que desde março de 2020, o custo do milho subiu 127% e o da soja, 90%, e ambos são usados em ração animal, que representa 65% do custo do frango e cerca de 30% do custo da carne bovina. Além disso, os custos de transporte estão subindo, já que as taxas de contêineres internacionais aumentaram 68% em relação ao ano anterior e os custos de diesel subiram 104%. Além de King, os CEOs das processadoras de carne Cargill, JBS e National Beef Packing concordaram em depor em audiência no Congresso norte-americano para discutir os mercados de gado e os aumentos de preços para os consumidores. O governo do presidente Joe Biden vem criticando fortemente a indústria de carnes dos EUA, alegando que o setor é controlado por um pequeno número de empresas e que a falta de concorrência prejudica consumidores, produtores e a economia.

Broadcast

China comprará 40.000 toneladas de carne suína para reservas estatais em 29 de abril

A China comprará 40.000 toneladas de carne suína local para suas reservas estaduais em 29 de abril, de acordo com um aviso divulgado pelo centro de gerenciamento de reservas na quarta-feira, em sua sexta rodada de estocagem até agora este ano. O país está comprando carne suína para sustentar os preços no maior produtor mundial da carne.

REUTERS

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