
Ano 7 | nº 1643 | 04 de janeiro de 2022
NOTÍCIAS
Procura por boiadas na praça paulista
Em São Paulo, a procura por boiadas esteve firme e, passadas as festividades de fim de ano, os negócios tomaram força. Os compradores ativos abriram o dia (3/1) ofertando R$3,00/@ a mais para o boi e novilha gordos frente à última quinta-feira (30/12)
No Sudeste-MT, mesmo cenário de procura aquecida resultou em ajuste positivo para todas as categorias de bovinos para abate. No comparativo diário, a cotação do boi e da novilha subiu R$3,00/@ e da vaca R$2,00/@. Com volume de vendas abaixo do esperado para o final de ano, no comparativo semanal, as cotações das carcaças casadas caíram. Assim, a carcaça de bovinos castrados ficou cotada em R$20,69/kg e a de bovinos inteiros em R$19,06/kg, queda de 1,5% e 0,5%, respectivamente, nos últimos sete dias.
SCOT CONSULTORIA
Mercado de reposição valorizado
No comparativo de 2021 com 2020, a cotação dos machos anelorados valorizaram, em média, 17,5% e a das fêmeas 18,5%. O destaque vai para os bezerros machos e fêmeas, apresentando maior valorização frente aos animais erados.
SCOT CONSULTORIA
Exportação de carne bovina in natura cresce 56,47% em Dezembro em relação a novembro
No comparativo anual, o volume exportado registrou uma queda de 10,95%
O volume exportado de carne bovina in natura chegou a 126,9 mil toneladas em dezembro. O total embarcado teve um incremento de 56,47% no comparativo mensal com novembro quando se exportou 81,1 mil toneladas. Já no comparativo anual, o volume exportado registrou uma queda de 10,95%. Em dezembro do ano passado a movimentação atingiu 142,5 mil toneladas. A Secretária Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, informou que a média diária exportada de carne bovina fresca, refrigerada e congelada ficou em 5,5 mil toneladas um recuo de 14,82% frente à média exportada no mês de dezembro do ano passado, que ficou em 6,4 mil toneladas. Os preços médios ficaram em US$ 4.824 por tonelada, alta de 7,05% em relação a dezembro de 2020, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 4.506 por tonelada. O valor da exportação ficou em US$ 612,2 milhões, contra US$ 642,2 milhões no ano passado. A média diária de receita ficou em US$ 26,6 milhões, queda de 8,81%, frente dezembro do ano passado, com US$ 29,1 milhões.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Dólar volta a R$ 5,66 com exterior e temores locais
Incertezas quanto à dinâmica fiscal brasileira e também a cautela diante do cenário eleitoral contribuíram para fazer do real a divisa de pior desempenho do dia
O primeiro pregão de 2022 foi de pressão compradora para a moeda americana. De olho no viés trazido do exterior e também em preocupações domésticas, o dólar subiu 1,57%, negociado a R$ 5,6622. Se no exterior o movimento mais amplo foi de fortalecimento do dólar e alta dos juros dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), já na expectativa por uma agenda carregada de indicadores e eventos que podem influenciar a política monetária americana, por aqui o temor com a dinâmica fiscal brasileira e também com o cenário eleitoral contribuiu para fazer do real a divisa de pior desempenho do dia. “Tivemos hoje um noticiário ruim para o cenário fiscal, o [líder do governo, deputado] Ricardo Barros (PP-PR) falando de mudar o teto de gastos”, nota o Estrategista-chefe do Mizuho no Brasil, Luciano Rostagno, se referindo à entrevista dada ao Valor pelo parlamentar. “Acho que isso alimenta uma preocupação com a sustentabilidade da dívida pública. Além disso, pode estar ocorrendo algum ajuste após o último pregão do ano passado, em que vimos o real se fortalecendo mais de 2%.” Na avaliação de Rostagno, outro ponto que tem suscitado cautela é a série de artigos, no jornal “Folha de S.Paulo”, com economistas expondo as ideias que os principais candidatos devem levar à disputa presidencial este ano. Lá fora, o rendimento da T-note de dez anos voltou a operar perto da marca de 1,6% à medida em que investidores se preparam para agendas importantes ao longo da semana, como a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, na quarta-feira, e dos dados do mercado de trabalho de dezembro, na sexta-feira. “Acreditamos que a tendência de dólar forte deve permanecer intacta em 2022”, afirmam estrategistas do Brown Brothers Harriman. “A performance da economia americana deve superar a de pares este ano, o que dará mais confiança ao Fed para normalizar sua política monetária.
VALOR ECONÔMICO
Ibovespa recua mesmo com alta de blue chips e exterior favorável
A alta nos juros futuros volta a derrubar ações de construtoras, de tecnologia e do varejo e, por outro lado, dá força aos papéis do setor financeiro
O Ibovespa iniciou 2022 na mesma toada que marcou o ano passado: em queda e pressionado, especialmente por empresas mais ligadas à economia doméstica. A alta nos juros futuros volta a derrubar ações de construtoras, de tecnologia e do varejo e, por outro lado, dá força aos papéis do setor financeiro. O Ibovespa recuou mesmo com alta de blue chips e exterior favorável. O principal índice da bolsa brasileira iniciou 2022 em queda, na contramão das bolsas dos Estados Unidos. O recuo ocorreu sob influência de ações ligadas ao consumo interno, mais sensíveis à taxa de juros e à inflação, como construção e varejo, e apesar dos ganhos dos papéis de maior peso no índice, incluindo Petrobras, Vale e grandes bancos. De acordo com dados preliminares, o Ibovespa caiu 0,78%, a 104.006,06 pontos na segunda-feira. O volume financeiro foi de 22,4 bilhões de reais.
REUTERS
Focus: Mercado reduz estimativa de crescimento do PIB em 2022
O primeiro boletim Focus de 2022 divulgado ontem chegou com projeções pessimistas para a economia brasileira. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é 4,50% em 2021, inferior aos 4,51% projetados na pesquisa da semana passada. Os analistas do mercado financeiro também revisaram para baixo o prognóstico para o PIB de 2022, de 0,42% para 0,36%
A projeção para a inflação em 2021 passou de 10,02% para 10,01%. Apesar do recuo, se mantém acima do centro da meta, de 3,75%. O teto e o piso são 5,25% e 2,25%, respectivamente. Os marcos da meta inflacionária são definidos pelo próprio Governo Federal, tendo como objetivo garantir alguma previsibilidade para os agentes econômicos no País. Para 2022, a expectativa foi mantida novamente em 5,03%. Para 2023, a projeção passou de 3,40% para 3,41%%. A expectativa para a Selic, taxa básica de juros da economia, se manteve em 11,50% no final de 2022 e em 8% no fim de 2023. Por outro lado, o câmbio segue em alta. A estimativa para o dólar se manteve em R$ R$ 5,60 em 2022 e em R$ 5,40 em 2023.
REUTERS
Balança comercial brasileira tem superávit de US$61 bi em 2021
A balança comercial brasileira encerrou 2021 com superávit de 61,008 bilhões de dólares, informou o Ministério da Economia na segunda-feira
Em dezembro, o saldo comercial ficou positivo em 3,948 bilhões de dólares, melhor do que as projeções de mercado. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo negativo de 1,2 bilhão de dólares para o período. O dado acumulado do ano, por sua vez, foi mais baixo do que o projetado pelo Ministério da Economia. A expectativa mais recente da pasta, divulgada em outubro, apontava superávit comercial de 70,9 bilhões de dólares em 2021. Ainda assim, o número é 21,1% melhor do que o observado em 2020, quando o saldo ficou em 50,393 bilhões de dólares. A balança de 2021 é resultado de 280,394 bilhões de dólares em exportações, 34% acima de 2020, e 219,386 bilhões de dólares em importações, que cresceram 38,2% em comparação com o ano anterior. Para 2022, o Ministério da Economia espera saldo comercial positivo de 79,4 bilhões de dólares.
REUTERS
EMPRESAS
Ações de JBS e Marfrig recuam após Biden prometer aumentar concorrência no mercado de carnes americano
Movimento do Presidente dos EUA faz parte de um esforço mais amplo para mostrar que o governo está tentando combater a inflação
Ações de frigoríficos passaram a recuar no Ibovespa depois do anúncio de que o Presidente dos EUA, Joe Biden, iria participar, na tarde de hoje, de uma reunião virtual com fazendeiros e pecuaristas independentes para discutir iniciativas para reduzir os preços dos alimentos. O Presidente dos EUA quer criar algum mecanismo que aumente a concorrência na indústria da carne como parte de um esforço mais amplo para mostrar que o governo está tentando combater a inflação. Com isso, às 16h20 de ontem, JBS ON e Marfrig ON, que possuem grande parte de suas operações no mercado americano, recuavam 3,58% e 2,67%, respectivamente, enquanto Minerva ON perdia 1,04%. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,49%, aos 104.313 pontos. BRF ON, por sua vez, liderava os ganhos da sessão, com avanço de 2,80%. A companhia poderá levantar R$ 6 bilhões com um follow-on, buscando solucionar a estrutura de capital que tanto incomoda os investidores e analistas – e trava o valor da companhia.
VALOR ECONÔMICO
MEIO AMBIENTE
Desmatamento da Amazônia cria nova ameaça ao Brasil
EUA, França e Reino Unido tentam tratar mudanças climáticas no Conselho de Segurança da ONU
O desmatamento em 2021 na Amazônia, recorde dos últimos dez anos, e o enfraquecimento de agências como o ICMBio e o Ibama no governo de Jair Bolsonaro submetem o Brasil a um novo risco de ser alvo de medidas que afetem seu comércio exterior. Isso por causa da construção em fóruns internacionais da ideia de que o País falha em sua responsabilidade de proteger o meio ambiente. Analistas civis e militares ouvidos pelo Estadão reconhecem a tendência que pode atingir em cheio o Brasil: a chamada securitização das mudanças climáticas quer o deslocamento do tema dos fóruns ambientais e econômicos para aqueles que tratam da segurança e defesa das populações e da manutenção da paz entre as nações. A retórica, que no passado consolidou a guerra ao terror, pode levar à criação de um eixo do mal ambiental. Em breve, ela poderia ser usada contra grupos ou países apontados como responsáveis pelos danos causados por eventos extremos, como secas, inundações e ciclones, que afetem as grandes potências. As mudanças climáticas vão ocupar na primeira metade do século um papel central na diplomacia mundial. E o Brasil, com a Amazônia e o pré-sal, está no olho do furacão. Exemplo de como a securitização do meio ambiente aumenta ano a ano é o documento Nato 2030 – United for a New Era, publicado pela Otan em 2020. O coronel do Exército e especialista em geopolítica Paulo Roberto da Silva Gomes Filho contou nele 19 vezes a expressão “mudança climática”. “Ela é apresentada como um dos ‘desafios definidores’ dos tempos atuais, representando sérias implicações à segurança e aos interesses econômicos dos 30 países que integram a aliança”. Nos Estados Unidos, a gestão Joe Biden classificou as mudanças climáticas como questão de segurança nacional, levando o país a apoiar a sua securitização no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). A proposta de que o clima passasse a ser tratado no órgão contou com o apoio do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. Um projeto de resolução apresentado pela Irlanda e pelo Níger foi debatido. Ele previa a designação de um relator especial sobre o tema e a produção de relatórios. A resolução abriria espaço para que, no futuro, o combate às mudanças climáticas pudesse servir de base a sanções e até para ações militares baseadas no princípio de responsabilidade de proteger, o chamado R2P, que fundamentou a intervenção na Líbia, em 2011. Mas, em 13 de dezembro, a resolução foi rejeitada em razão do veto da Rússia – houve ainda o voto contrário da Índia e a abstenção da China e 12 manifestações favoráveis, entre as quais a dos EUA, Reino Unido e França. Nos debates, o Secretário de Estado americano, Antony Blinken, enfatizou que o apoio à resolução não significava abandono da cooperação internacional. “Devemos parar de debater se o caso das mudanças climáticas é ou não um tema para o Conselho de Segurança. Em vez disso, devemos perguntar como o conselho pode usar seus poderes exclusivos para enfrentar os impactos negativos do clima sobre a paz e a segurança.” A discussão na ONU pode afetar o Brasil. Já em 2019, o blog do Exército publicou artigo do coronel Raul Kleber de Souza Boeno no qual alertava que “uma eventual securitização da questão climática teria implicações para a soberania brasileira, com significativas consequências para suas Forças Armadas”. Foi atrás de como isso pode acontecer que o pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP Gustavo Macedo produziu cenários em que o conceito de responsabilidade de proteger seria usado contra o Brasil. Dentre eles, estão os crimes contra povos indígenas e o meio ambiente.
O ESTADO DE SÃO PAULO
FRANGOS & SUÍNOS
Carne suína fecha exportação de dezembro em ritmo lento, mas melhor do que novembro
A lentidão é devida ao número de dias úteis no mês em relação às médias diárias; avanço das vendas em relação a novembro pode ser pela elevação das compras do Vietnã e Filipinas
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura encerraram dezembro com ritmo mais lento em relação a dezembro do ano passado. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o desempenho dos embarques de carne suína terminou fraco em dezembro de 2020. “Foi fraco, olhando pela média diária e pela quantidade de dias úteis. É difícil saber quanto a China comprou, porque o país já estava vindo de dois meses menos presentes no mercado. Mas precisamos esperar os dados consolidados do Ministério, já que, se comparado ao resultado de novembro, dezembro foi um pouco melhor, pode ser que países como Vietnã e Filipinas tenham aumentado as compras, por exemplo”. A receita no mês de dezembro, US$ 179 milhões, superou em 2,6% o montante obtido em todo dezembro de 2020, que foi de US$ 174,4 milhões. No volume embarcado, as 80.028 toneladas, ele é 10,7% maior que o total exportado em dezembro do ano passado, com 72.248 toneladas. A receita de exportações de carne suína de dezembro, US$ 179 milhões, foi 13% maior que o mês anterior, quando foram registrados US$ 158,4 milhões. No volume, as 80.028 toneladas embarcadas em dezembro são 5,0% superiores as 76.180 toneladas em novembro de 2021. A receita por média diária foi de US$ 7.784 milhões valor 1,85% menor do que dezembro de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 3,8%. Em volume por média diária, foram 3.479 toneladas, avanço de 4,53% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparado ao resultado da semana anterior, recuo de 3,1%. No preço pago por tonelada, US$ 2.237 até o final de dezembro, é 7,36% inferior ao praticado em dezembro passado.
AGÊNCIA SAFRAS
Suínos: preços cedem ou ficam estáveis na segunda-feira
Segundo o Cepea/Esalq, com o poder de compra da maior parte da população fragilizado, a demanda doméstica esteve fraca, o que resultou em queda nos preços da carne e do animal vivo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve queda de 2,73%/2,54%, chegando em R$ 107,00/R$ 115,00, enquanto a carcaça especial baixou 1,11%/1,05%, custando R$ 8,90 o quilo/R$ 9,40 o quilo. Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (30), houve queda de 0,37% no Paraná, atingindo R$ 5,44/kg, e de 0,31% em São Paulo, alcançando R$ 6,48/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais, valendo R$ 6,68/kg, R$ 5,71/kg no Rio Grande do Sul, e R$ 5,48/kg em Santa Catarina.
Cepea/Esalq
Receita da exportação de frango em dezembro supera em 34% a de dezembro 2020
Possíveis novas oportunidades para o Brasil em relação a casos de gripe aviária na Europa e Ásia devem aparecer em fevereiro ou março
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura até o final de dezembro atingiram US$ 663,9 milhões, o que representa aumento de 34,2% em relação ao obtido em todo dezembro de 2020, com US$ 494,6 milhões. No volume embarcado, as 383.517 toneladas, ele é 9,3% maior que o total exportado em dezembro do ano passado, com 350.857 toneladas. A receita de exportações de é 21,3% maior que o mês anterior, quando foram registrados US$ 547,2 milhões. No volume, as 383.517 toneladas embarcadas em dezembro são 20,23% maiores que as 305.910 registradas em novembro de 2021. A receita por média diária US$ 28.865, foi 28,37% maior do que dezembro do ano passado. Em comparação à semana anterior, houve recuo de 4,7%. Em volume por média diária, foram 16.674 toneladas, avanço de 4,56% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Quando comparado ao resultado da semana anterior, retração de 4,6%. No preço pago por tonelada, US$ 1.731 neste mês de dezembro, ele é 22,78% maior ao praticado em dezembro passado.
AGÊNCIA SAFRAS
Frango: segunda-feira com leve queda nas cotações
De acordo com análise Cepea/Esalq, apesar do enfraquecimento da procura e da consequente retração do preço a partir de outubro, em 2021 (até o dia 28 de dezembro), o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,14/kg, sendo 26% acima da verificada no mesmo período de 2020 e um recorde.
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,80%, valendo R$ 6,20/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, valendo R$ 4,35/kg, enquanto São Paulo e Paraná ficaram sem referência de preço na segunda-feira. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (30), a ave congelada ficou cedeu 0,61%, chegando a R$ 6,51/kg, enquanto a resfriada caiu 0,46%, fechando em R$ 6,53/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Argentina prorroga suspensão de embarques de sete cortes de carne
Restrições valerão até dezembro de 2023
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina comunicou ontem (3/1) a decisão de estender até 2023 a suspensão das exportações de sete cortes de carne bovina. O país interrompeu os embarques do setor em maio do ano passado e, ao longo do ano, flexibilizou vendas aos poucos. Com a medida, o governo argentino concretiza a decisão de que os cortes preferidos do consumidor local continuarão restritos ao mercado interno até 31 de dezembro de 2023. Estão totalmente liberadas, por sua vez, as exportações de bovinos das categorias D, E e touros, bem como de ossos com carne resultante da desossa. O Plano Pecuária 2022-2023, com medidas anunciadas em dezembro passado, contempla um novo regime para a exportação de vacas das categorias de D a F. A abertura destina-se a mercados emergentes e ao cumprimento dos compromissos internacionais, como a Cota Hilton, 481 e Chile. As medidas anunciadas anteriormente integram estratégia mais ampla, que busca alavancar negócios no segmento. O governo também quer aumentar o peso médio dos animais abatidos e melhorar os índices de desmame. Além disso, o programa tentará estimular investimentos em genética e saúde animal. Para isso, está prevista a criação de linhas de crédito com taxas subsidiadas. Um conselho consultivo, o “Observatório da Pecuária”, foi estabelecido para fornecer orientações para aumentar a produtividade e propor ajustes à cadeia.
VALOR ECONÔMICO
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