CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1642 DE 03 DE JANEIRO DE 2022

clipping

Ano 8 | nº 1642 | 03 de Janeiro de 2022

 

NOTÍCIAS

Boi gordo: negócios de até R$340,00/@ para o “boi China” em São Paulo

Mercado calmo nas praças paulistas, com as escalas de abate da maior parte dos frigoríficos completas para a primeira semana de janeiro. Com isso, as referências de preços ficaram estáveis na comparação feita dia a dia

No Sul de Goiás, as escalas de abate mais curtas resultaram em ajustes para todas as categorias de bovinos destinados ao abate. Na comparação feita dia a dia, a cotação do boi e da vaca gordos subiu R$2,00/@ e da novilha gorda R$1,00/@. Na região Sul do Tocantins, os preços do boi e vaca gordos subiram R$1,00/@. A cotação da novilha gorda permaneceu estável na comparação feita dia a dia.

SCOT CONSULTORIA

Carne bovina: volume de exportações deve recuar 10,5% em 2021, mas receita será recorde

Quantidade embarcada pelo Brasil deve alcançar 1,54 milhão de toneladas, enquanto o faturamento totalizará US$ 7,89 bilhões, prevê a consultoria Agrifatto

As exportações brasileiras de carne bovina devem recuar 10,5% em 2021, em relação ao volume embarcado em 2020, para 1,54 milhão de toneladas, prevê a Agrifatto (São Paulo, SP) em análise divulgada em 29 de dezembro. “A queda anual de desempenho é justificada principalmente pela ausência de compras chinesas no período de 4 de setembro a 15 de dezembro”, dizem os analistas da consultoria. No entanto, em termos de receita, os embarques de carne bovina devem registrar o montante de US$ 7,89 bilhões, o maior valor da história, estima a Agrifatto. Tal resultado, continua a consultoria, é atribuído à valorização anual de 16,13% no preço médio da proteína bovina, que fechará o ano acima dos US$ 5.000/t pela primeira vez desde 2011. “O fato é que as exportações brasileiras de carne bovina terão um bom resultado em 2021, mas poderia ter sido bem melhor”, observam os analistas. Até setembro/21, o total exportado pelo Brasil era de 1,27 milhão de toneladas, volume 1,48% superior ao mesmo período de 2020. “Ninguém duvidava quando se apontava que o ano seria de recorde para as exportações de carne bovina, até que dois casos atípicos de EEB (doença conhecida como “mal da vaca louca”) fizeram com que alguns dos nossos principais importadores fechassem as portas para a proteína bovina brasileira”, relembra a Agrifatto.

PORTAL DBO

Bradesco ainda tenta apagar incêndio provocado por postagem contra carne

Sindicatos rurais, associações e pecuaristas cancelam contas no banco

A postagem em uma rede social do Bradesco, na semana passada, do vídeo em que influenciadoras incentivam a redução do consumo de carne continua gerando duras críticas do setor pecuário brasileiro, mesmo após o banco ter tirado a peça do ar em menos de quatro horas e divulgado uma carta aberta em que se desculpa e diz que “ações administrativas internas severas” foram adotadas, como já informou o Valor. “Nos últimos dias lamentavelmente vimos uma posição descabida de influenciadores digitais em relação ao consumo de carne de origem animal, associada à nossa marca. Importante dizer que tal posição não representa a visão desta casa em relação ao consumo de proteína animal. Pelo contrário. O Bradesco acredita e promove direta e indiretamente a pecuária brasileira e por conseguinte amplifica o consumo de carne de origem animal”, escreveu a instituição. Ainda assim, há casos de sindicatos rurais, empresas do ramo, associações e produtores que cancelaram suas contas no Bradesco, enquanto pecuaristas já divulgaram na internet que vão promover na próxima segunda-feira churrascos em frente a agências do banco em algumas cidades do interior do país. “O Bradesco respeita a decisão de todos e há décadas é o maior banco privado do agronegócio. Foram a Pecplan e a Fundação Bradesco, com o apoio de seus técnicos, que implantaram e capacitaram milhares de agropecuaristas a fazer inseminação artificial, ajudando a agropecuária a chegar ao atual e reconhecido nível de excelência mundial”, lembrou a instituição em nota enviada ao Valor. A reportagem apurou que a equipe técnica do banco tem se desdobrado para conversar com dezenas de lideranças do agronegócio desde a divulgação do vídeo, no dia 23. O Presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior, ligou para a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para salientar que a publicação foi um erro operacional, fruto de uma falha no processo de aprovação das mídias, mas que a posição do banco de apoiar a pecuária nacional não mudou. O Bradesco ampliou em 40% a carteira de agronegócio em 2021 e fechou o ano com R$ 42 bilhões. A meta para 2022 é alcançar R$ 50 bilhões. Uma fonte afirmou que o evento está “incomodando demais” a instituição.

VALOR ECONÔMICO

Consumo de carne recua na pandemia

Segundo pesquisadores da Embrapa, nível é o menor em 25 anos. Dados da Conab apontam que o consumo per capital de carne bovina ficará em 26,5 quilos por habitante em 2021; em 2006, houve um pico de 42,8 quilos

O consumo de carne bovina entre os brasileiros caiu significativamente desde o início da pandemia e chegou a 26,5 quilos por habitante em 2021. Trata-se do menor volume em 25 anos e, em relação a 2006, quando houve um pico de 42,8 quilos por habitante, o recuo é de quase 40%. Os dados, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram destacados e usados como referência por pesquisadores do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne), da Embrapa Gado de Corte. O pesquisador Guilherme Malafaia e seus colegas Sérgio de Medeiros e Fernando Teixeira Dias, que assinam o boletim “Perspectivas para a pecuária de corte em 2022”, publicado pela Embrapa, dizem que o nível de consumo é o menor em 25 anos. A queda se nota desde o ano passado, quando o consumo médio da proteína foi de 29,3 quilos por habitante. O cenário resulta do encarecimento dos cortes e do menor poder de compra das pessoas, devido ao avanço da inflação e do desemprego. Para o CiCarne, o cenário deverá mudar “em um futuro próximo”. “Esperamos um crescimento constante à medida que a renda e as preferências alimentares se expandam. A tendência de percepção de mais saúde [ao consumir a proteína] também será forte na carne bovina”, afirmam os pesquisadores. É esperado reaquecimento de economias globais para 2022 com o avanço da vacinação, mas a inflação e o desemprego devem continuar pressionando o consumo de carne bovina no país – e o mercado interno absorve 75% da produção. Apesar de o brasileiro ter trocado o bife pelo frango, os preços da carne de boi não cederam. Uma causa é o ciclo da pecuária, quando há menos animais disponíveis para abate. No terceiro trimestre deste ano, por exemplo, os abates recuaram 10,7%, ante igual período de 2020, para 6,94 milhões de cabeças, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, houve queda em relação a 2019. Segundo o CiCarne, este ano foi marcado por realidade similar à de 2020, com falta de animais para abastecer o mercado doméstico. A escassez de chuvas nos principais polos produtores também afetou a engorda. Assim, o patamar de preços da arroba do boi gordo se manteve acima de R$ 300 no primeiro semestre. O momento é de transição de ciclo e o preço do bezerro continua acima do valor médio nominal de 2020. Isso levará à retenção de fêmeas para aumentar a produção. “Como o atual ciclo pecuário se iniciou em 2019, os custos de reposição devem começar a baixar somente em 2023, apesar do aumento da oferta destes animais em 2022”, dizem os analistas do CiCarne. Sobre as exportações, a expectativa é de avanço em 2022, acredita a Embrapa. A Ásia continuará como o principal consumidor da carne bovina brasileira, com a China à frente.

VALOR ECONÔMICO

ECONOMIA

Dólar fecha a R$ 5,576 e sobe 7,46% no ano

O dólar comercial despencou 2,06% no dia 30 e terminou o último pregão do ano cotado a R$ 5,576

Nos últimos 12 meses, porém, a moeda norte-americana acumulou ganhos de 7,46% ante ao real, no quinto ano consecutivo de valorização. O maior valor atingido pela moeda neste ano foi em 9 de março, quando foi cotada a R$ 5,797; o menor, em 24 de junho, quando fechou a R$ 4,905. A divisa só ficou abaixo dos R$ 5 em sete sessões neste ano, entre os dias 22 e 30 de junho. A queda foi a mais acentuada desde 24 de agosto (-2,25%), o que investidores atribuíram a dados fiscais melhores do que o esperado e à sanção do projeto de lei de modernização da regulação cambial, em meio ainda a volumes reduzidos de negociação.

REUTERS

Ibovespa sobe no último pregão de 2021, mas tem queda dura no ano

O Ibovespa encerrou o último pregão de 2021 em alta, mas amargou desempenho decepcionante no acumulado dos 12 meses. Cercado de otimismo no início do ano, o índice voou no primeiro semestre e chegou a ultrapassar os 130 mil pontos, mas devolveu tudo e um pouco mais, concluindo o ciclo com queda de 11,93%

No pregão de 30 de dezembro, a variante ômicron seguiu como pano de fundo, preocupando os mercados globais, mas o bom resultado primário do Governo Central local e dados positivos de geração de emprego nos EUA impulsionavam os ativos de risco antes do feriado de fim de ano. Após ajustes, o Ibovespa fechou em alta de 0,69%, aos 104.822 pontos. O volume negociado durante a sessão foi de R$ 18,9 bilhões, com um terço do giro ocorrendo na última hora de negócios. Lá fora, os mercados seguiam acompanhando o noticiário sobre a variante ômicron. Embora o salto dos casos assuste, isso não tem impedido as bolsas americanas e europeias de renovarem recordes históricos. Em termos locais, a OMS fez um alerta ao Brasil em relação a uma possível nova disparada da covid-19. Em São Paulo, hospitais privados novamente começam a ver alta de casos. Por aqui, agentes digeriram ainda o resultado do setor público consolidado, que fechou novembro com superávit primário de R$ 15,034 bilhões, conforme divulgou o Banco Central (BC) na quinta-feira. É o quarto resultado positivo consecutivo e o melhor para o mês desde 2013, quando havia ficado em R$ 29,8 bilhões, conforme o Chefe-Adjunto do departamento de estatísticas da autoridade monetária, Renato Baldini. Um ano antes, o resultado havia sido deficitário, em R$ 18,140 bilhões. Com o superávit mais robusto, temos uma perspectiva de melhora em relação à taxa de juros, o que tende causar uma diminuição no spread bancário e estimular o consumo.

VALOR ECONÔMICO

IGP-M sobe mais que o esperado em dezembro e tem alta de 17,8% em 2021

Após um avanço de 0,87% em dezembro que surpreendeu os analistas, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou 2021 com uma alta de 17,78%, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV)

A perspectiva para o acumulado em 12 meses nas próximas leituras, porém, é de desaceleração. O resultado do índice conhecido informalmente como “inflação do aluguel” em 2021 foi o segundo maior desde 2002 (25,31%), atrás apenas da alta observada no ano passado. Em dezembro de 2020, o índice havia subido 0,96%, acumulando 23,14% em 12 meses. Em relação a novembro de 2021, que teve apenas leve variação de 0,02%, o IGP-M de dezembro acelerou, um movimento que já era esperado, mas que veio acima da mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data, de 0,69%. Segundo André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da fundação, a maior contribuição para o resultado do IGP-M de dezembro partiu do índice ao produtor. Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,95% em dezembro, após queda de 0,29% em novembro. Neste mês, a categoria foi influenciada pela aceleração dos preços de bovinos (11,69%), reflexo da demanda doméstica de fim de ano e da retomada das exportações à China, e pela alta de preços de safras afetadas por geadas e seca, como café (12,52%) e cana-de-açúcar (2,83%). Esses últimos itens, aponta Braz, também ajudam a explicar a elevação de 20,57% acumulada pelo IPA em 2021. Os preços da cana-de-açúcar avançaram 57,13% no ano, enquanto o do café subiu 152,35% no período. Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,84% em dezembro, vindo de 0,93% no mês anterior. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas há 4 dias Brasil de variação. Com os 10% restantes no IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,30% em dezembro, ante 0,71% em novembro. Em 2021, o índice alcançou seu ápice em maio, quando acumulou 37% em 12 meses, lembra Braz. “De lá para cá, ele já desacelerou quase 20 pontos percentuais. Isso mostra uma desaceleração em curso bem forte e que deve continuar pelos próximos seis meses, com maior fôlego no primeiro trimestre”, diz. O que acontece, segundo Braz, é que o IGP-M é muito sensível a desvalorizações cambiais, mas movimentos agudos nesse sentido não estão no radar, ao menos não no início de 2022.

VALOR ECONÔMICO

Bolsonaro sanciona projeto que prorroga desoneração da folha por mais dois anos

A medida, que perderia a validade no primeiro dia de 2022, é destinada aos 17 setores que mais empregam no país

Em edição do Diário Oficial da União da sexta-feira (30), o Presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento até o fim de 2023. A medida é destinada aos 17 setores que mais empregam no país, com cerca de seis milhões de empregos. Sem a sanção do presidente, a redução nos encargos cobrados sobre os salários de empregados, que acabaria no próximo dia 31, perderia a validade neste sábado (01), primeiro dia de 2022. Em sua live da quinta-feira (30), Bolsonaro anunciou que havia sancionado a desoneração, e que o ato seria publicado no Diário Oficial do último dia de 2021. A sanção do projeto ficou travada porque a equipe econômica cobrou a exigência de compensação com aumento de outros impostos pela redução da tributação para as empresas desses setores. Essa compensação está prevista no artigo 14º da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O impasse ocorreu porque o orçamento de 2022 foi aprovado sem levar em conta o impacto da desoneração da folha, que já tinha sido aprovada pelo Congresso. Entre as compensações avaliadas pelo Receita Federal estão a prorrogação até 2023 da alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido dos Bancos (CSLL). O projeto de extensão da desoneração é de autoria do deputado Efraim Filho (DEM-PB) e enfrentou vários percalços até ser aprovado pelo Congresso. A medida teve uma tramitação difícil na Câmara e ficou meses parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por resistência da área econômica. Os setores empresariais, beneficiados com a medida, porém, fizeram uma forte articulação política no Congresso para aprovar a projeto. Os 17 setores beneficiados são calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação (TI), tecnologia de comunicação (TIC), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas. Juntos, eles empregam 6 milhões de pessoas, segundo cálculos das associações patronais.

CNN Business

FRANGOS & SUÍNOS

Suinocultura independente: Semana com estabilidade nas principais praças

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 23/12/2021 a 29/12/2021), o Indicador do Preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta 0,92%, fechando a semana em R$ 5,90. “No comparativo mensal das médias semanais, o preço do kg/vivo do suíno no Paraná apresentou queda de 14,95% em relação à semana do dia 01/12/2021”.

Na quinta-feira, 30 de dezembro, de acordo com a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), a negociação encerrou a semana por R$ 6,20/kg. “As granjas abaixaram os seus pesos como tem ocorrido historicamente, mas há uma acomodação de mercado devido às especulações naturais como os estoques de carnes pós festas de final de ano”, informou Alvimar Jalles, consultor de mercado da entidade. De acordo com a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, a semana também foi marcada pela estabilidade no estado gaúcho. A pesquisa semanal apontou negociação encerrou a semana acertada em R$ 5,57 o quilo. A pesquisa semanal apontou estabilidade no preço pago pelo quilo do suíno vivo no RS. O número de animais da pesquisa foi de 26.800, com peso médio de 117 quilos. Esta semana tivemos 3 informantes que compraram milho, ficando a saca de 60 quilos em R$ 91,67. O preço da tonelada de farelo de soja está em R$ 2.531,57 e a casquinha de soja em R$ 1.400,00 ambos no pagamento à vista, preço da indústria (FOB)”, disse a associação. Em São Paulo, a última negociação da Associação Paulista de Criadores de Suínos, apresentou preço entre R$ 6,40 a R$ 6,66/kg. Na semana passada, houve aumento no preço do animal abatido e aquecimento no mercado consumidor, que pegou de surpresa aqueles que não haviam feito estoques.

AGROLINK

Frango/Cepea: Com demandas interna e externa aquecidas, preço da carne bate recorde em 2021

Impulsionados pelas aquecidas demandas externa e, principalmente, interna, os preços da carne de frango atingiram recordes reais em 2021

Diante do menor poder de compra de grande parte da população brasileira, a proteína de origem avícola ganhou destaque no cenário nacional de carnes, o que resultou na disparada de preços. Nos primeiros meses do ano, os valores da carne de frango estiveram, como de costume, enfraquecidos. No entanto, a partir de maio, a procura interna aumentou, influenciada pelo fato de o preço desta proteína avícola ser mais barata frente aos das concorrentes e pela flexibilização das medidas restritivas impostas em muitas cidades para conter o avanço da pandemia de covid-19. Esse cenário, aliado ao bom desempenho das exportações brasileiras da carne, resultou em um movimento de alta nos preços, que persistiu por cinco meses consecutivos – de maio a setembro. Assim, em setembro, o frango inteiro resfriado foi negociado no atacado da Grande São Paulo na média de R$ 8,41/kg, recorde real da série história do Cepea, iniciada em 2004 (os valores mensais foram deflacionados pelo IPCA de novembro/21). E, apesar do enfraquecimento da procura e da consequente retração do preço a partir de outubro, devido à resistência do consumidor final em pagar valores elevados pela carne de frango, em 2021 (até o dia 28 de dezembro), o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,14/kg, sendo 26% acima da verificada no mesmo período de 2020 e um recorde.

CEPEA

INTERNACIONAL

França abate 600 mil aves por gripe aviária

Vários países europeus estão lutando contra uma cepa de gripe altamente contagiosa, o H5N1

A França abateu de 600 mil a 650 mil frangos, patos e outras aves no mês passado, em uma corrida para conter o vírus da gripe aviária que ameaça se tornar o quarto grande surto no país desde 2015. O Ministério da Agricultura relatou aglomerados de vírus em 26 fazendas industriais, principalmente no Sudoeste – lar da lucrativa indústria francesa de patê de foie gras -, bem como 15 casos em aves selvagens e três em currais. Vários países europeus estão lutando contra uma cepa de gripe altamente contagiosa, o H5N1, apenas um ano depois que um vírus semelhante dizimou rebanhos. Bélgica e Grã-Bretanha anunciaram surtos, enquanto veterinários tchecos disseram na quarta-feira que 80.000 aves seriam sacrificadas em uma única fazenda onde mais de 100 mil animais morreram com o vírus desde a semana passada. Na França, o governo ordenou aos fazendeiros em novembro que mantivessem as aves dentro de casa em uma tentativa de impedir a propagação do vírus por aves migratórias, embora o primeiro caso tenha sido detectado no final daquele mês, em um local no Norte. O primeiro caso a atingir o Sudoeste, onde a maioria dos surtos agora está localizada, ocorreu em 16 de dezembro, disse o ministério. No inverno passado, mais de 500 fazendas sofreram infecções em massa que levaram ao abate de cerca de 3,5 milhões de aves, principalmente patos, levando o governo a gastar milhões de euros em indenização. Os avicultores já haviam sido atingidos por surtos massivos de gripe aviária nos invernos de 2015/16 e 2016/17.

AGROLINK

Carne bovina: EUA irão reduzir a produção em 2022, mas exportações continuarão fortes, prevê Rabobank

Em 2022, a produção de carne bovina dos Estados Unidos deverá sofrer recuo de 2,5%, na comparação com 2021

Porém, as exportações norte-americanas de proteína vermelha continuarão fortes, com um crescimento entre 2% a 4% no próximo ano. As estimativas fazem parte do novo relatório sobre setor pecuário divulgado em 29/11 pelo Rabobank. Como grande produtor, consumidor, exportador e importador de carne bovina, os Estados Unidos exercem forte influência no mercado global de carne bovina, relata o banco. Com isso, a projeção de queda na produção norte-americana resultará em maior aperto na oferta global da proteína no próximo ano, além de ocasionar algumas mudanças nos fluxos comerciais do produto, acrescentam os analistas. Segundo o banco, após atingir o pico em 2019, o rebanho bovino norte-americano seguiu em ritmo lento de queda ao longo de 2020 e ganhou maior intensidade de 2021, impulsionado por problemas na economia e também pela estiagem nas áreas de produção. No acumulado deste ano, os abates de vacas de cortes e de leite cresceram 10% e 2%, respectivamente, nos EUA – na média, registraram elevação de 6%. Porém, mesmo com a queda na produção, os embarques de carne bovina dos EUA irão crescer em 2022, puxados pelas demandas dos tradicionais compradores do produto norte-americano (Japão, Coreia do Sul, México e Canadá) e também pelo crescimento dos negócios envolvendo importadores da China, destaca o banco. Em março de 2021, os volumes para a China ultrapassaram 19.000 toneladas, o que colocou o país asiático como o terceiro maior cliente mundial dos exportadores norte-americanos. Desde então, as vendas ao mercado chinês continuaram subindo, atingindo 29.000 toneladas exportadas em setembro. “A oferta limitada da Austrália e interrupções no fornecimento da Argentina e do Brasil, além da crescente demanda por carne bovina de alta qualidade na China, têm sustentado esse crescimento das exportações dos Estados Unidos”, justifica o banco. “Esperamos que os volumes para a China continuem em ritmo de alta em 2022, alimentando o crescimento geral das exportações norte-americanas”, ressalta o Rabobank. O crescimento da demanda doméstica e a contração esperada na produção de carne bovina podem resultar em aumento das importações norte-americanas de carne bovina.

No entanto, lembra o banco, a Austrália e a Nova Zelândia, dois tradicionais fornecedores de carne bovina magra aos EUA, sofrem atualmente com problemas de oferta de animais para abate. Na Austrália, o processo de reconstrução do rebanho segue lento e a redução do abate de vacas no país ajuda a limitar o volume de exportações. Nos primeiros nove meses de 2021, os embarques de carne bovina australiana ao mercado norte-americano caíram 44%, em relação ao mesmo período do ano passado. Por sua vez, a Nova Zelândia vem priorizando as vendas ao mercado da China, o que fez os embarques os EUA recuarem 5% no período de janeiro a setembro deste ano. Em seu relatório, o Rabobank destaca ainda o avanço das compras norte-americanas de carne bovina do Brasil, que cresceram 61% nos primeiros nove meses deste ano, para 108.896 toneladas.

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