Ano 10 | nº 2259 |05 de julho de 2024
NOTÍCIAS
Preços da vaca gorda reagem em São Paulo e Mato Grosso
No mercado paulista, os frigoríficos abriram a quinta-feira (4/7) ofertando R$ 2/@ a mais para os lotes de fêmeas, agora negociadas por R$ 197/@, no prazo, informou a Scot Consultoria
O mercado de São Paulo abriu a quinta-feira (4/7) ofertando R$ 2/@ a mais para a vaca gorda, agora negociada por R$ 197/@, no prazo (valor bruto), informou a Scot Consultoria. Nas praças de Mato Grosso, as cotações das fêmeas também seguem subindo. Pelos dados apurados pela Scot, a cotação do boi gordo paulista ficou estável na quinta-feira, em R$ 220/@, no prazo (valor bruto). O “boi-China” também andou de lado na região, cotado em R$ 225/@, um ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”,
Scot Consultoria
Boi: escalas de abate mais curtas seguem puxando preços
Em São Paulo, a referência média para a arroba do boi ficou em R$ 226,98. Em Goiás, a indicação média foi de R$ 215
O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com negócios acima da referência média, principalmente em São Paulo, onde as escalas de abate estão mais curtas. A expectativa ainda é de alta dos preços no curto prazo, considerando também a movimentação cambial. “Por outro lado, estados como Rondônia, Acre e Pará ainda convivem com escalas de abate confortáveis e quantidade relevante de animais disponibilizados para o abate, especialmente fêmeas, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Preços da arroba do boi: São Paulo: R$ 226,98, Goiás: R$ 215. Minas Gerais: R$ 217,47. Mato Grosso do Sul: R$ 215,18. Mato Grosso: R$ 209,80. O mercado atacadista apresenta preços firmes para a carne bovina. O ambiente de negócios ainda sugere alta das cotações no curto prazo, considerando os efeitos da entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. O quarto traseiro é precificado a R$ 17,50 por quilo. A ponta de agulha é precificada a R$ 12,75 por quilo. O quarto dianteiro é precificado a R$ 13 por quilo. As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 860,110 milhões em junho (20 dias úteis), com média diária de US$ 43,005 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 192,571 mil toneladas, com média diária de 9,628 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.466,50. Em relação a junho de 2023, houve uma queda de 11,7% no valor médio diário da exportação, perda de 0,1% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 11,6% no preço médio.
Agência Safras
Preço do boi gordo sobe e cenário deve animar confinadores
Valores futuros na B3 estão maiores do que os atuais. Baixas cotações do animal magro e do milho podem incentivar confinamento de rebanhos
A diminuição na oferta de animais prontos para o abate, a baixa disponibilidade de pastagem neste período do ano e o dólar valorizado têm sustentado as cotações da arroba neste começo de segundo semestre. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, a alta da arroba, somada ao atual cenário de preços de importantes insumos, como boi magro e milho, podem animar confinadores a produzir um pouco mais do que no ano passado. A intenção em aumentar ou não o número de animais para engorda tem bastante influência também dos preços futuros do boi gordo na B3. Os ajustes indicam valores 6,5% maiores que os atuais para outubro e cerca de 10% acima para novembro e dezembro. Em relação aos insumos para confinamento, o boi magro apresenta tendência de queda desde fevereiro de 2021, perdendo, desde então, 41,1% do seu valor em termos reais, segundo levantamento do Cepea. Para o milho, o indicador do Cepea, baseado na região de Campinas (SP), apresentou preço médio de R$ 57,02 a saca de 60 quilos em junho, recuo de 13,5% sobre o de janeiro, também em termos reais. No mesmo comparativo, o boi gordo (indicador Cepea/B3) se desvalorizou 12,4%, com a média indo para R$ 220,70 a arroba. Na quinta-feira (4/7), no Estado de São Paulo, segundo relatório da Scot Consultoria, a cotação do boi estava em R$ 220 a arroba. De acordo com a Scot, os negócios entre pecuaristas e indústrias frigoríficas estão estáveis, dando sustentação à cotação do boi gordo e às escalas de abate. As maiores altas do dia foram registradas no norte de Minas Gerais e em Três Lagoas (MS): nas duas praças, o preço da arroba subiu R$ 1,62, para R$ 200,80 em ambas. Já a maior queda diária foi no sudeste de Rondônia, onde a cotação da arroba recuou R$ 0,54, para R$ 182,07. Em relação ao mercado externo, a consultoria Agrifatto destaca que os importadores chineses mostraram maior atividade nas compras na última semana, embora sem alterar significativamente os preços ofertados. O dianteiro registrou uma referência de US$ 4.300 a tonelada, 1,18% acima do registrado no início de junho. Entretanto, ainda se nota que o estoque de proteína animal na China está elevado e os importadores demonstram cautela na hora de realizar novas compras.
Globo Rural
Volume exportado de carne bovina in natura registra queda de 9,16% em junho/24 frente ao mês anterior
Preços médios apresentaram queda de 11,06%. Volume total exportado alcançou 195,5 mil toneladas em junho/24
O volume exportado de carne bovina in natura encerrou o mês de junho/24 com 195,5 mil toneladas, conforme apontou a Secretária de Comércio Exterior (Secex) na quinta-feira (04). No mês de junho do ano anterior, o volume exportado alcançou 192,6 mil toneladas em 21 dias úteis. No comparativo mensal, o volume exportado de carne bovina registrou baixa de 9,16% frente ao total embarcado em maio de 2024, que exportou 211,9 mil toneladas. A média diária exportada na quarta semana de junho/24 ficou em 9,6 mil toneladas e registrou um incremento de 4,94%, frente ao volume total exportado em junho/23 que ficou em 9,1 mil toneladas. O avanço na média diária é pelo fato de o número de dias úteis ser menor que o ano anterior, sendo que neste ano foi de 20 dias e no ano passado ficou em 21 dias úteis. O preço médio na quarta semana de junho/24 ficou com US$ 4.466 por tonelada, na qual teve uma queda de 11,06% frente aos dados divulgados em junho de 2023, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 5.054 por tonelada. O valor negociado para o produto na quarta semana de junho/24 ficou em US$ 860,110 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de junho do ano anterior foi de US$ 973.937 milhões. A média diária ficou em US$ 43,005 milhões e registrou uma queda de 11,7%, frente ao observado no mês de junho do ano passado, que ficou em US$ 46,378 milhões.
Notícias Agrícolas
Fêmeas já chegam aos ganchos de Mato Grosso com menor intensidade
Embora ainda alta, a participação da categoria nos abates totais do Estado foi a menor desde dezembro/23, informou a Agrifatto, referindo-se aos resultados de junho/24
O processo de descarte de fêmeas em Mato Grosso continua em ritmo forte, porém, a categoria perdeu espaço no total de abates computados em junho/24, informa a Agrifatto, com base em dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT). No mês passado, foram abatidos 600,75 mil bovinos no Mato Grosso, o que representou queda de 4,27% sobre o volume computado em maio/24 (627,49 mil bovinos), mas 15,57% superior ao observado no mesmo período de 2023 (519,80 mil). “Apesar de registrar uma queda no comparativo mensal, foi o maior volume de bovinos abatidos em um mês de junho na história, superando o recorde de junho de 2023”, destacou a Agrifatto. Com o descarte de fêmeas ainda em pleno vapor, a categoria registrou, em junho/24, participação de 49,71% no total abatido, um avanço de 4,9 pontos percentuais em relação à média histórica para este mês, relata a Agrifatto. Porém, a participação das fêmeas nos abates de MT do mês passado foi a menor desde dezembro/23 e ficou 1,78 ponto percentual abaixo da fatia registrada em junho/23, acrescenta a consultoria. “A partir de agora, devemos ver cada vez menos fêmeas abatidas até o mês de outubro/24, refletindo, em parte, a sazonalidade no abate desta categoria, além da diminuição do rebanho disponível para abate”, observam os analistas da Agrifatto. Não à toa, continua a consultoria, os preços da vaca gorda nas praças de Mato Grosso já tiveram um desempenho melhor que o boi gordo no último mês, caindo apenas 0,93% (sobre as cotações de maio/24), enquanto o animal macho registrou baixa de 2,75%. Os números acumulados de 2024 continuam fortes: registrou-se 3,62 milhões de cabeças abatidas entre janeiro e junho em Mato Grosso, 25,88% acima do registrado no mesmo período de 2023. O abate de fêmeas no período semestral totalizou 1,92 milhões de cabeças (52,99% de participação sobre o total abatido), um avanço de 32,7% sobre o mesmo período de 2023. Por sua vez, o abate de machos atingiu 1,70 milhões de cabeças, 19% a mais que o observado em 2023, informa a Agrifatto.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar recua mais de 1% após governo sinalizar corte de gastos
Moeda americana acumula queda de 3,15% em dois pregões depois de governo falar em corte de despesas
O dólar comercial fechou em queda de mais de 1% pela segunda sessão seguida, na quinta-feira (4), e continuou a devolver a forte apreciação recente, encerrando o dia abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez desde 25 de junho. Com isso, a moeda americana acumulou queda de 3,15% em dois pregões. O movimento foi puxado pelo anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo está comprometido com as metas do arcabouço fiscal e identificou R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que poderão ser cortadas do orçamento do ano que vem. O dólar à vista fechou em queda de 1,46%, a R$ 5,4869, após tocar na mínima intradiária de R$ 5,4663 e na máxima de R$ 5,5073. O real novamente liderou o ranking do desempenho das 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor ante o dólar. O euro comercial, por sua vez, recuou 1,20%, a R$ 5,9329, terminando a sessão abaixo de R$ 6 pela primeira vez nesta semana. A sessão de hoje também foi marcada por um menor volume de negócios diante do feriado de Independência nos Estados Unidos, que deixou fechados os mercados por lá. Neste ambiente, o índice DXY, que mede o dólar ante seis pares globais, operava em queda de 0,26%, a 105,132 pontos, perto do horário de fechamento. Já em relação a emergentes, o dólar caía 0,51% ante o peso mexicano; 0,46% ante o peso chileno; e 0,25% ante o peso colombiano. Com Nova York fora dos negócios, o único direcionador para o câmbio na quinta-feira foi a pauta fiscal. Depois do amplo estresse dos agentes diante da desconfiança com o governo e a aparente perda de autonomia da equipe econômica de Fernando Haddad, o ministro deu um sinal de força ao afirmar que Lula segue comprometido a cumprir os objetivos do arcabouço fiscal “a todo custo” e anunciar R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que poderão ser cortadas do orçamento de 2025. Segundo informou o Valor, a ala econômica do governo avalia que o montante citado por Haddad será suficiente para equilibrar as despesas do ano que vem, mas outras medidas serão necessárias para 2026. De qualquer forma, as sinalizações foram bem recebidas, já que a soma excedeu um contingenciamento mais tímido, conforme relatos anteriores, de algo em torno de R$ 10 bilhões. Para o gerente da mesa de derivativos da Commcor, Cleber Alessie Machado, a correção do real ficou dentro do que ele esperava, dado o grau acentuado da depreciação recente. “A maior parte do mercado entendeu [o nível de] R$ 5,70 como exagerado, e agora parece que devolveu esse excesso porque o governo sinalizou uma predisposição de cortar (os gastos)”, diz ele. “A sinalização de ontem ajudou o mercado a respirar um pouco. (A alta do dólar) Estava sem goleiro”. No entanto, Machado pondera que a sessão de amanhã, que terá o retorno dos negócios em Nova York, deve definir melhor qual será o nível do dólar que o mercado vai buscar diante do cenário doméstico menos estressado. Na sua visão, a dinâmica do câmbio deve seguir refém dos desenvolvimentos da economia americana e as expectativas por cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Mais para frente, serão as eleições americanas que tomarão o centro das mesas de operação, avalia. Para o time de estrategistas do banco espanhol BBVA, uma comunicação consistente do governo e, principalmente, ações apropriadas na direção de uma política fiscal mais austera, determinarão se a recuperação do real terá continuidade.
Valor Econômico
Ibovespa fecha em alta com descompressão do cenário doméstico
Assim, continuou o processo de rotação de portfólios no índice, com empresas cíclicas locais avançando e papéis exportadores corrigindo parte dos ganhos recentes
O Ibovespa avançou na sessão da quinta-feira (4), novamente alinhado com o recuo do dólar e dos juros, após sinalizações fiscalistas dadas pelo governo. Assim, continuou o processo de rotação de portfólios no índice, com empresas cíclicas locais avançando e papéis exportadores corrigindo parte dos ganhos recentes. Foi a quarta sessão consecutiva de ganhos do índice. No fim do dia, o índice subiu 0,40%, aos 126.164 pontos, enquanto o Índice Small Caps teve ganhos de 2,37%. Nas mínimas intradiárias, o Ibovespa tocou os 125.666 pontos, e, nas máximas, os 126.660 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 11,33 bilhões no Ibovespa e R$ 16,30 bilhões na B3. A liquidez da sessão foi limitada por conta de feriado nos EUA. A retirada de prêmios de risco dos ativos locais, após sinalizações de que o governo buscará cumprir o arcabouço fiscal, continuou beneficiando o Ibovespa ontem, em linha com o recuo do dólar e dos juros. “As mudanças na Petrobras não ajudam, mas a dinâmica dos últimos dias parece mais uma rotação para papéis ligados à economia local”, diz um analista. “A rotação deve continuar, porque a narrativa do governo mudou bastante e ainda tem muito prêmio na curva de juros. Ademais, uma leitura de ‘payroll’ [relatório oficial do mercado de trabalho dos EUA] que indique desaceleração da economia americana amanhã pode reforçar o movimento”, afirma outro executivo. Estrategistas do J.P. Morgan liderados por Emy Shayo Cherman afirmam que a maré parece estar mudando para os ativos locais. Depois do forte movimento de aversão a risco das últimas semanas, motivado por ruídos internos, o comprometimento do governo em cortar gastos e a crescente expectativa por cortes de juros nos Estados Unidos podem apoiar dinâmica de recuperação dos ativos locais, Ibovespa inclusive, durante o verão do hemisfério norte. “Não vemos a janela atual como uma situação de compra na baixa, e sim como um acompanhamento da recuperação dos ativos brasileiros, considerando que o mercado está muito leve, barato e ‘subcomprado’ neste momento, com os locais detendo grandes posições de caixa e resgates consideráveis de estrangeiros em todos os meses deste ano”, apontam. Apesar da alta recente da bolsa, os analistas entendem que ainda há muito prêmio de risco na curva de juros, e que um ajuste disso deve contribuir para uma nova pernada de ganhos. Além disso, indicam que os múltiplos seguem descontados e o patamar atual de Preço/Lucro precifica um recuo de 20% nos lucros das empresas, “o que também é excessivo”.
Valor Econômico
Brasil tem superávit comercial de US$6,7 bi em junho e governo melhora projeção para ano
A balança comercial brasileira registrou superávit de 6,711 bilhões de dólares em junho, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na quinta-feira, melhorando também a estimativa oficial para o saldo de 2024
Ao fazer sua revisão trimestral de projeções para o ano, o MDIC estimou que a balança comercial fechará 2024 com um saldo positivo de 79,2 bilhões de dólares, ante previsão anterior de superávit de 73,5 bilhões de dólares. Mesmo com a melhora, o resultado previsto é 19,9% menor que o observado em 2023, quando houve superávit de 98,9 bilhões de dólares. “Seria um saldo comercial menor que o de 2023, mas o segundo maior saldo da história”, afirmou o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão. Pelos cálculos da pasta, o resultado de 2024 será composto de 345,4 bilhões de dólares em exportações, acima dos 332,6 bilhões de dólares estimados em abril, enquanto as importações ficariam em 266,2 bilhões de dólares, contra 259,1 bilhões de dólares projetados há três meses. No acumulado do primeiro semestre, os dados da pasta mostraram que o saldo comercial foi de 42,310 bilhões de dólares, 5,2% menor que o observado no mesmo período de 2023. O desempenho foi resultado de exportações de 167,609 bilhões de dólares e importações de 125,299 bilhões de dólares. Brandão afirmou que os resultados da balança não foram significativamente impactados pelo desastre das chuvas no Rio Grande do Sul, porque o Estado já havia colhido a maior parte da safra quando ocorreram as enchentes, em maio. Usando como exemplo a agropecuária, ele afirmou que o setor observou redução das exportações principalmente pela queda nas cotações da soja, e não pelo desastre no sul do país. O resultado da balança comercial em junho veio acima do esperado pelo mercado. Pesquisa da Reuters com economistas apontava expectativa de saldo positivo de 5,8 bilhões de dólares para o período. O valor das exportações caiu 1,9%, a 29,044 bilhões de dólares, enquanto as importações cresceram 14,4%, a 22,333 bilhões de dólares. No período, houve queda nas exportações da agropecuária, com recuo de 3,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, com receitas menores dos embarques de soja sob impacto de preços internacionais mais baixos. Também foi registrada queda nas exportações da indústria de transformação, com baixa de 6,8%. Por outro lado, houve ganho de 15,3% nos embarques da indústria extrativa, impulsionados pela expansão nos volumes vendidos de petróleo. Do lado das importações, o destaque ficou com as compras de bens de consumo, especialmente automóveis de passageiros, que registraram alta de 432% no mês, atingindo quase 2 bilhões de dólares, o que pode indicar uma antecipação de estoques em meio ao processo de elevação do imposto de importação sobre esses produtos. “Tem demanda para esses veículos híbridos e elétricos… E tem a questão do aumento da tarifa de importação. Como em julho teve aumento, é esperado que os importadores antecipem suas operações para pagar tarifas menores”, disse.
Reuters
Relatório do GT da tributária não inclui carnes na cesta básica com imposto zero
Deputado Claudio Cajado disse que o imposto zero para o alimento poderia elevar alíquota geral em 0,57 ponto percentual
O parecer do grupo de trabalho da Câmara sobre a regulamentação da reforma tributária não incluiu as carnes na alíquota zerada do novo IVA. O relatório do projeto foi apresentado na quinta-feira (4). Grupo da tributária inclui carro elétrico e apostas no ‘Imposto do Pecado’ e tira armas de fogo. Os parlamentares estavam entre duas posições: zerar a alíquota sobre as carnes, o que aumentaria a alíquota padrão sobre os outros produtos em 0,57 ponto percentual (para 27,1%); ou mantê-las com redutor de 60% do IVA (alíquota de 10,6%), o que deixaria a alíquota padrão em 26,5%.
Globo Rural
EMPRESAS
Com rumor de aprovação no Cade, ações de Minerva e Marfrig sobem
Empresas aguardam aval para concluir negociação de ativos que totaliza R$ 7,5 bilhões. As ações subiram porque existe um rumor, que agora deve se cristalizar, de que a operação entre Marfrig e Minerva será aprovada mais cedo ou mais tarde
Rumores de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) está perto de aprovar a venda de 11 plantas da Marfrig para a Minerva animaram os investidores dos frigoríficos e impulsionaram as ações das duas empresas na B3. Nesta quinta-feira (4/7), os papéis ON da Minerva terminaram o pregão em alta de 1,19%, e ações da Marfrig subiram 0,25%. Nos últimos 30 dias, os papéis das duas empresas acumularam alta de 12,07% e 8,36%, respectivamente. “As ações subiram porque existe um rumor, que agora deve se cristalizar, de que a operação entre Marfrig e Minerva será aprovada mais cedo ou mais tarde”, disse uma fonte da indústria. Outro interlocutor afirmou ao Valor que o relatório do órgão antitruste “está pronto”. O acordo entre as empresas totalizou R$ 7,5 bilhões. Nesta semana, o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, informou que o negócio caminha para ser aprovado pelo Cade, mediante algumas exigências. A notícia animou os investidores na bolsa. No Cade, o último registro no processo administrativo — o andamento do caso é público — é uma reunião entre a área técnica e representantes das empresas, que ocorreu em 27 de maio. Reuniões do gênero são praxe. Fontes do órgão consultadas pela reportagem divergem sobre a possibilidade de aprovação estar próxima. Procuradas pela equipe da Globo Rural, Minerva e Marfrig não comentaram. Segundo uma das fontes, caso o parecer da área técnica recomende a aprovação, ele deverá prever restrições, como algumas obrigações de desinvestimento, sobre as quais ainda não há detalhes. Outras fontes, contudo, desconhecem que o caso esteja perto da aprovação. Quando uma operação recebe aval com restrições, ela precisa ser submetida ao tribunal do Conselho, que pode divergir da área técnica. Para além da expectativa com o andamento do processo no Cade, a alta do dólar torna a carne brasileira mais competitiva no mercado externo, o que favorece todas as companhias do segmento na bolsa. Na quinta-feira, as ações de BRF e JBS subiram 0,66% e 0,48% na B3, respectivamente. Em um mês, a valorização foi de 26,87% e 10,23%. “O câmbio desvalorizado ajuda os frigoríficos. E como eles estão bem alavancados, a queda da curva de juros também é uma ajuda muito grande. Esse movimento significa que eles pagarão menos juros de suas dívidas”, disse o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz.
Globo Rural
Better Beef ampliará capacidade de produção a partir de setembro com nova planta
A nova planta em Araçatuba terá capacidade de abater 400 animais/dia. O frigorífico Better Beef, processador de carne bovina com sede em Rancharia (SP), vai ampliar sua capacidade de produção de carne bovina a partir de meados de setembro, quando pretende inaugurar uma nova planta em Araçatuba (SP), informou a empresa à CarneTec
A nova planta terá capacidade inicial para abater 400 animais por dia, um aumento de mais de 40% em relação à atual capacidade de abates de 960 cabeças por dia da empresa. “Esta expansão não apenas nos permitirá atender melhor nossos clientes no Brasil, mas também reforçará nossa capacidade de exportação, levando a qualidade dos nossos produtos a novos mercados ao redor do mundo”, disse o diretor da Better Beef, Marcos Antônio Pompei, em nota. A companhia já exporta seus produtos para mais de 25 destinos, incluindo China, Europa e Oriente Médio. A nova planta em Araçatuba está em fase de restauração e será equipada com tecnologia de ponta para garantir a eficiência operacional e altos padrões de qualidade em todas as etapas do processo de produção, segundo a companhia. A empresa está atualmente contratando funcionários para a nova unidade em Araçatuba. Fundado em 2003, o frigorífico Better Beef possui a unidade de abates em Rancharia, um Centro de Distribuição em Itapevi, além de entrepostos em Barretos e Limeira, todos no interior paulista.
Carnetec
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: preços encerraram a quinta-feira estáveis
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 138,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 11,00/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (3), houve alta de 0,74% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,77/kg, e de 0,28% em São Paulo, com valor de R$ 7,27/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 7,27/kg), Paraná (R$ 7,21/kg) e Rio Grande do Sul (R$ 6,69/kg). Na quinta-feira (4), as principais praças que comercializam suínos na modalidade independente registraram altas nos preços, com as lideranças citando a oferta mais apertada de animais prontos para abate frente a uma demanda aquecida.
Cepea/Esalq
Preços da carne e do suíno vivo começam julho em alta
Valorizações mais intensas foram verificadas nas praças do Sul do país. Cenário altista se deve à menor oferta de animais em peso ideal para abate e à demanda externa aquecida
Os preços do suíno vivo e da carne suína iniciam julho em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. As valorizações mais intensas do vivo no mercado independente nos últimos dias foram verificadas nas praças do Sul do país. Na quarta-feira (3/7), o indicador Cepea/Esalq para o suíno vivo apresentou, no Paraná, o preço médio de R$ 7,21 o quilo, alta de 4,49% desde o início de julho. Já em Santa Catarina, a cotação estava em R$ 6,77 o quilo, elevação acumulada de 3,83% no mesmo período. Produtores locais consultados pelo Cepea afirmam que o cenário altista se deve à menor oferta de animais em peso ideal para abate e à demanda externa aquecida pela proteína brasileira – os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são os três maiores exportadores de produtos de origem suinícola. Além disso, colaboradores do Cepea relatam que alguns frigoríficos mineiros e paulistas estão mais ativos no mercado, intensificando a aquisição de lotes extras de animais. No mercado atacadista, pesquisas do Cepea mostram que o comportamento de preços da carne tem acompanhado o ritmo de alta do vivo, sinalizando uma demanda doméstica aquecida. O pagamento de salários de grande parte da população ocorre ainda nesta semana, elevando o poder de compra do consumidor. Na quarta-feira, no atacado da Grande São Paulo, o indicador do Cepea registrou, para a carcaça suína especial, o preço médio de R$ 10,74 o quilo, alta de 2,68% desde o início do mês.
Globo Rural
Exportações de carne suína encerram junho abaixo de junho/23, mas acima de maio/24
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura, até o final de junho (20 dias úteis), ficaram inferiores a junho de 2023, mas foram maiores que o mês de maio de 2024
A receita obtida, US$ 221,6 milhões, representa 89,36% do total arrecadado em todo o mês de junho de 2023, que foi de US$ 247,9 milhões. No volume embarcado, as 93.879 toneladas representam 96,76% do total registrado em maio do ano passado, quantidade de 97.021 toneladas. Em relação ao mês de maio, o faturamento de US$ 221,6 milhões em junho representa avanço de 5,49% em comparação com US$ 210 milhões arrecadados em maio deste ano. Já o volume embarcado até o final de junho, 93.879 toneladas, é 2,45% superior em relação às 91.629, toneladas exportadas em maio. O faturamento por média diária foi de US$ 11 milhões, quantia 10,6% a menor do que junho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 0,82% observando os US$ 10,9 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 4.693 toneladas, houve queda de 3,2% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se ligeira alta de 0,27%, comparado às 4.681 toneladas da semana passada. Já o preço pago por tonelada foi de US$ 2.360, e ele é 7,6% inferior ao praticado em junho passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa incremento de 0,54% em relação aos US$ 2.347 anteriores.
Agência Safras
Quinta-feira de pequenas alterações no mercado do frango
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,00/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,32%, fechando em R$ 6,20/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou no Paraná, custando R$ 4,31/kg, assim como em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (3), houve queda de 0,57% para o preço da ave congelada, custando R$ 7,03/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,14%, fechando em R$ 7,30/kg.
Cepea/Esalq
Exportação de carne de frango encerra junho sem atingir metas de junho/23 nem maio/24
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura até o final de junho (20 dias úteis), não conseguiram atingir os registros de junho do ano passado, nem de maio deste ano
A receita obtida, US$ 729,2 milhões, representa 87,65% do total arrecadado em todo o mês de junho de 2023, que foi de US$ 831,9. No volume embarcado, as 408.543 toneladas representam 2,5% do total registrado em junho do ano passado, quantidade de 418.979 toneladas. Em relação ao mês de maio, o faturamento de US$ 729,2 em junho representa redução de 3,1% em comparação com US$ 752,6 arrecadados em maio deste ano. Já o volume embarcado contabilizado até o final de junho, 408.543, é 3,8% a menor do que as 424.917 toneladas exportada em maio. O faturamento por média diária foi de US$ 36,4 milhões, quantia 12,3% a menor do que a registrada em junho de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve diminuição de 1,12% quando comparado aos US$ 36,8 vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 20.427 toneladas, houve queda de 2,5% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 2,23% em relação às 20.894 toneladas da semana anterior. Já no preço pago por tonelada, US$ 1.785, ele é 10,1% inferior ao praticado em junho do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa aumento de 1,14% no comparativo ao valor de US$ 1.764 visto na semana passada.
Agência Safras
CARNES
Relatório do GT da tributária não inclui carnes na cesta básica com imposto zero
Deputado Claudio Cajado disse que o imposto zero para o alimento poderia elevar alíquota geral em 0,57 ponto percentual
O parecer do grupo de trabalho da Câmara sobre a regulamentação da reforma tributária não incluiu as carnes na alíquota zerada do novo IVA. O relatório do projeto foi apresentado na quinta-feira (4). Grupo da tributária inclui carro elétrico e apostas no ‘Imposto do Pecado’ e tira armas de fogo. Os parlamentares estavam entre duas posições: zerar a alíquota sobre as carnes, o que aumentaria a alíquota padrão sobre os outros produtos em 0,57 ponto percentual (para 27,1%); ou mantê-las com redutor de 60% do IVA (alíquota de 10,6%), o que deixaria a alíquota padrão em 26,5%.
Globo Rural
ABPA lamenta de não incluir as carnes na lista de produtos da cesta básica nacional
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), assim como toda a cadeia produtora da avicultura e da suinocultura do país, lamenta a decisão inicial do grupo de trabalho da Câmara dos Deputados de não incluir as carnes na lista de produtos da cesta básica nacional – contempladas com alíquota zero após a Reforma Tributária
A eventual manutenção da decisão terá impactos diretos no acesso aos alimentos da população brasileira – em especial, a parcela com menor poder aquisitivo. Tomando por base de cálculo o quilo de cortes de carne de frango no Estado de São Paulo, a estimativa de imediata elevação de preços finais da indústria seria superior a 10%, como consequência direta do repasse da tributação. Vale lembrar que as carnes são alimentos básicos para a população do Brasil. Em média, cada brasileiro consome 46 quilos de carne de frango e 18 quilos de carne suína. Diante disto, as representações dos setores – que geram mais de 4 milhões de empregos diretos e indiretos – esperam que parlamentares sensíveis à manutenção da oferta de alimentos apoiem a revisão da medida.
ABPA
INTERNACIONAL
Descarte de vacas na China ajuda a derrubar preços da carne bovina importada
Prejudicados pela forte queda na cotação do leite, produtores chineses liquidam rebanho de vacas e elevam oferta local, refletindo em desvalorização nos preços da proteína bovina
A China, disparado o maior comprador mundial de carne bovina, tem reduzido cada vez mais os preços da carne bovina importada, elevando a preocupação dos principais exportadores mundiais da commodity, entre eles, o Brasil, líder absoluto no fornecimento da proteína ao mercado chinês. Reportagem publicada nesta semana pelo portal do jornal argentino Clarin (clarin.com) destacou um dos motivos que têm levado ao enfraquecimento das cotações da carne direcionada à China: a queda acentuada do preço do leite produzido localmente e, consequentemente, a decisão dos produtores chineses em liquidar massivamente o rebanho de vacas leiteira. Segundo o Clarin, a carne de vaca despejada em grandes quantidades no mercado da China acaba competindo, em termos de preço, com a maior parte da proteína bovina importada e produzida internamente. Tal como ocorre com o setor suíno na China, no qual se observa um acentuado processo de concentração produtiva, estão sendo criadas unidades de produção de leite cada vez maiores no país asiático, relata a reportagem. Entre 2015 e 2020, os rebanhos leiteiros em propriedades chinesas com mais de 1.000 cabeças aumentaram de 24% para 44%. Até 2025, os estabelecimentos com mais de 1.000 cabeças deverão participar com mais de 56% do rebanho nacional. Nos últimos 12 meses, o preço do quilo vivo das vacas leiteiras que estão sendo liquidadas caiu pela metade; 90% das explorações leiteiras estão a perder dinheiro, ressalta o Clarin. Por sua vez, o preço pago pelo leite ao produtor chinês sofreu queda anual de 22%, saindo de 4,5 yuans para 3,51 yuans por litro. Nas últimas semanas, diz a reportagem do jornal argentino, o preço do quilo da carne bovina no atacado chinês caiu para 8,60 dólares, 14,5% menos que há um ano e 17% abaixo da cotação de janeiro/24, segundo dados do Ministério da Agricultura do país asiático. No varejo, segundo dados de abril/24, o recuo anual foi de 14%. Dados da consultoria Agrifatto, com escritório na capital paulista, indicam uma conjuntura de preços semelhante na China. “O estoque de proteína animal na China está elevado e os importadores demonstram cautela nas compras da carne importada”, relatou a Agrifatto. Segundo a consultoria, a carne bovina no varejo chinês vem se depreciando desde setembro/23, em movimento acompanhado pelo preço pago pelo bovino no país. Em maio/24, diz a Agrifatto, o preço médio da carne bovina no mercado chinês ficou em ¥ 69,46/kg (yuan chinês), 4,30% a menos que o preço observado em abril/24 e o menor patamar desde julho/19. “A redução dos preços da carne bovina no mercado interno chinês reforça a pressão baixista nos preços pagos pela carne bovina importada”, ressaltam os analistas da Agrifatto. “A combinação de grandes estoques, a entrada abundante de carne bovina muito barata vinda do exterior e um elevado abate interno de vacas está determinando um excesso de oferta de carne bovina e uma queda no seu preço”, enfatiza a matéria do jornal argentino. Além disso, continua a reportagem, os consumidores chineses têm demonstrado grande sensibilidade aos preços das proteínas disponíveis, transferindo a procura de carne bovina – de longe a mais cara do mercado – para carnes mais baratas, como carne de suína (cujos preços têm recuado diante de uma oferta recorde), além do frango. Nos primeiros cinco meses deste ano, a China importou 1.238 milhão de toneladas de carne bovina da Argentina, 24% acimam do volume registrado em igual período do ano passado. No entanto, o preço médio por tonelada continuou em torno de US$ 5 mil, 34% abaixo do pico de alta de dois anos atrás, quando se pagava em média US$ 7,6 mil por tonelada pela proteína argentina. No Brasil, a carne bovina (dianteiro) exportada para China rende hoje às indústrias em torno de US$ 4.300/tonelada, informou a Agrifatto.
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