Ano 10 | nº 2219 |09 de maio de 2024
NOTÍCIAS
Cotações estáveis da arroba bovina em São Paulo
Com o tempo mais seco e sem grandes chuvas, as pastagens vêm perdendo força, levando os pecuaristas a fazerem negócios para ajustarem a taxa de lotação, aumentando a oferta de boiadas. Vale ressaltar, que com o início do mês, pagamento de salários e a comemoração do Dia das Mães, o consumo de carne bovina deverá melhorar, sustentando o mercado. Sendo assim, o quadro foi de estabilidade na quarta-feira
O boi está cotado em R$232,00/@, a vaca em R$205,00/@ e a novilha em R$220,00/@, preços brutos e a prazo. A arroba do “boi China” está em R$235,00, preço bruto e a prazo. Ágio de R$3,00/@. Em Santa Catarina, a cotação do boi gordo caiu R$2,00/@ e a da vaca caiu R$3,00/@. Dessa forma, a arroba do boi gordo está apregoada em R$238,00 e a da vaca está em R$217,00, preços brutos e a prazo. Para a novilha, o preço ficou estável na comparação diária, cuja cotação está em R$230,00/@, preço bruto e a prazo. Por ser vizinho do Rio Grande do Sul, com fronteira direta, é importante observar o desenrolar do mercado no estado nos próximos dias. Não há referência de “boi China” na região. Na região do Triângulo – MG, alta de R$2,00/@ para a vaca gorda. Para as demais categorias, a cotação está estável. Dessa forma, o boi gordo está cotado em R$210,00/@, a vaca gorda em R$187,00/@ e a novilha em R$205,00/@, preços brutos e a prazo. A arroba do “boi China” está em R$220,00, preço bruto e a prazo. Ágio de R$10,00/@.
Scot Consultoria
Cotações da arroba do boi gordo caem pelo país
O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar queda nos preços nesta quarta-feira, ainda como consequência do avanço da oferta
O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar queda nos preços na quarta-feira, ainda como consequência do avanço da oferta em um período marcado pela falta de chuvas no Centro-Oeste e no Sudeste brasileiro. Soma-se a isso o cenário de altas temperaturas, que amplia o desgaste das pastagens e reduz a capacidade de retenção. “Desta forma, chegamos ao momento em que, diante de um grande volume de oferta, as escalas começam a avançar e os preços da arroba do boi gordo começam a ceder”, disse o analista da consultoria Safras & Mercado. Cotações: Em São Paulo, capital: R$ 229 por arroba do boi gordo. Em Goiânia, Goiás: R$ 216 por arroba do boi gordo. Em Uberaba (MG): R$ 225 por arroba do boi gordo. Em Dourados (MS): R$ 221 por arroba do boi gordo. Em Cuiabá: R$ 213 por arroba do boi gordo. O O mercado atacadista se depara com preços mais altos, confirmando a tendência prevista para o período. A demanda é aquecida ao longo da primeira quinzena do mês, considerando que, além da entrada dos salários na economia, há também o adicional de consumo relacionado ao Dia das Mães, data comemorativa que representa o segundo melhor ponto de consumo em todo o ano, disse Iglesias. O quarto traseiro foi precificado a R$ 17,50 por quilo, uma alta de R$ 0,20. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 13,90 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,00 por quilo, alta de R$ 0,20.
Agência Safras
Volume exportado de carne bovina alcança 208 mil toneladas em abril
Média diária exportada registrou um avanço de 89% em abril. Preços médios 5,10%
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o volume exportado de carne bovina in natura alcançou 208 mil toneladas até a quinta semana de abril/24. No ano anterior, o volume embarcado tinha alcançado 110,1 mil toneladas em 18 dias úteis. Já a média diária exportada até a quinta semana de abril/24 ficou em 9,4 mil toneladas e registrou um incremento de 89,00%, frente ao volume total exportado em abril/23 que ficou em 6,1 mil toneladas. O preço médio na quinta semana de abril/24 ficou com US$ 4.531 mil por tonelada, na qual teve uma queda de 5,10% frente aos dados divulgados em abril de 2023, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 4.773 mil por tonelada. O valor negociado para o produto até a quinta semana de abril/24 ficou em US$ 942,7 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de abril do ano anterior foi de US$ 525,6 milhões. A média diária ficou em US$ 42,8 milhões e registrou um avanço de 79,40%, frente ao observado no mês de abril do ano passado, que ficou em US$ 29,201 milhões.
Agência Safras
Milho cai em MT e eleva a relação de troca com boi gordo para melhor nível desde 2019
O indicador boi/milho ficou em 5,47 sc/@ em abril/24, valor 17,11% superior em relação à média dos últimos cinco anos para o período, informa o Imea
A maior desvalorização do milho em Mato Grosso em relação ao comportamento dos preços locais do boi gordo aumentou o poder de compra do pecuarista do Estado, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Com isso, a relação de troca entre a arroba do boi gordo e o milho atingiu o maior patamar desde 2019, destaca o instituto. Dessa maneira, o indicador boi/milho ficou em 5,47 sc/@ em abril/24, valor 17,11% superior em relação à média dos últimos cinco anos para o período. Em Mato Grosso, o boi gordo ficou cotado a R$ 210,66/@ em abril/24, ao passo que o milho disponível para compra no Estado foi precificado a R$ 38,52/sc no mesmo período (ambos indicadores Imea). “Essa alta na relação de troca é importante, principalmente, para os pecuaristas que realizam engorda intensiva, uma vez que o cereal é um dos principais componentes energéticos usados na dieta animal”, ressalta o Imea. No entanto, continua o instituto, com o possível aumento nos abates nas próximas semanas, a arroba do boi gordo tende a ser pressionada, podendo interferir no indicador.
IMEA
ECONOMIA
Dólar avança com possíveis ajustes e investidor à espera do Copom
Sessão é marcada por cautela antes da definição dos juros brasileiros
O dólar à vista exibiu alta moderada na sessão da quarta-feira (8), com os investidores à espera da decisão de política monetária no Brasil, e depois de a moeda americana ter perdido espaço frente ao real nos primeiros pregões do mês. Operadores mencionam, ainda, uma possível correção desse movimento, também com alguma cautela antes da definição dos juros brasileiros. No fim dos negócios à vista, o dólar comercial registrou alta de 0,47%, a R$ 5,0908. Já o euro comercial exibiu valorização de 0,36%, a R$ 5,4701. Perto das 17h05, o dólar futuro para junho avançava 0,26%, a R$ 5,0995. A sessão de ontem teve início com o dólar forte, batendo o patamar de R$ 5,10. Ao longo da manhã, no entanto, a moeda americana perdeu ímpeto, em linha com o movimento externo. De todo modo, o real seguiu entre as divisas mais penalizadas na sessão. Operadores mencionaram o fato de o real ter mostrado melhor desempenho nas últimas sessões para haver uma correção na sessão de hoje. Além disso, profissionais do mercado de câmbio também disseram enxergar alguma cautela antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O economista Matheus Pizzani, da CM Capital, disse esperar por um corte de 0,5 ponto percentual na Selic, como indicado pelo Banco Central na última reunião. “Mas o comunicado deve ser mais conservador, em linha com a forma como o BC vem atuando”, afirmou. “Há quem enxergue um corte de 0,25 ponto porque o cenário externo está mais adverso, mas o próprio BC vinha reforçando que não há relação mecânica entre as taxas lá fora e as taxas aqui.” Para o economista da CM Capital, a seara fiscal até serviu de catalisador para uma piora no câmbio, que foi mais afetado pelo cenário externo, mas a questão não demonstra exercer pressão adicional sobre o real. Em “videocast” mensal, o chefe de pesquisa da Julius Baer Brasil, Samuel Pessôa, disse que a valorização recente do real foi, em maior parte, resposta a uma menor tensão em relação à evolução da dívida pública. “Nossa avaliação sempre foi de que o jogo do presidente Lula até 2026 seria esse, de estica, tensiona, distensiona. Ele vai testando os limites do que pode fazer de política fiscal sem gerar grandes desorganizações no mercado porque sabe que grandes desorganizações vão contra ele”, afirmou Pessôa. “Esse foi um dos motivos pelos quais não resolvemos alterar a projeção de câmbio para o fim do ano”, complementa o economista, ao dizer que espera que o dólar encerre o ano perto de R$ 5,00. “Quando avaliamos as condições só de comércio internacional de muito longo prazo, dos últimos 23 anos, dada as atuais condições que observamos na produtividade do trabalho no Brasil nos termos de troca, o câmbio deveria ser R$ 4,00”, ainda segundo o economista do Julius Baer Brasil. “Achamos que ainda tem uma descompressão do câmbio.”
Valor Econômico
Ibovespa sobe antes do Copom e com temporada de balanços no radar
Sessão é marcada pela baixa liquidez em meio à cautela dos investidores
O Ibovespa registrou leve alta na sessão da quarta-feira (8), liderado por ganhos da Petrobras e enquanto investidores analisam e precificam balanços trimestrais de uma série de componentes do índice. Mas a liquidez do dia foi limitada, conforme o mercado seguia aguardando a decisão de política de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). No fim do dia, o índice subiu 0,21%, aos 129.481 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 16,74 bilhões no Ibovespa e R$ 21 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 fechou estável, aos 5.187 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,44%, aos 39.056 pontos e Nasdaq recuou 0,18%, aos 16.302 pontos. “Os mercados locais ficaram em compasso de espera nos últimos dias por conta da decisão de juros local, e o impacto nos preços vai depender não só da magnitude do corte, mas da comunicação do Comitê”, diz um gestor. Apesar disso, continua o executivo, a bolsa teve alguma melhora nos últimos dias porque o investidor estrangeiro parece ter diminuído o ritmo de vendas. “A Petrobras, por exemplo, ficou “leve” desde que tirou o fantasma dos dividendos do caminho, e tem recebido fluxo”, diz. Petrobras ON e PN subiram 1,06% e 1,53% na sessão, respectivamente. No dia, também houve grande amplitude entre as maiores altas e quedas, enquanto investidores analisam a temporada de balanços do primeiro trimestre do ano. “As reações aos balanços têm sido fortes, para cima ou para baixo, como ocorre nos Estados Unidos. Mas, em linhas gerais, enxergo a temporada como mais positiva do que negativa até o momento”, completa o gestor.
Valor Econômico
BC desacelera corte de juros e reduz Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,5% ao ano
Na reunião de março, o comunicado do BC alertava para a elevação da incerteza e consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária. Decisão não foi unânime; votaram para cortar 0,25 p.p Campos Netto, Carolina Barros, Guillen, Damaso e Brito Gomes
Depois de um ciclo de seis cortes seguidos de 0,5 ponto percentual, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu reduzir o ritmo de reduções da taxa básica (Selic) e cortou os juros em 0,25 p.p para 10,5% ano na quarta-feira. A decisão veio dentro do que a maior parte do mercado estava esperando. Pesquisa feita pelo Valor com 118 instituições financeiras mostrou que 78 esperavam um corte de 0,25 ponto percentual na Selic e outras 40 projetaram redução de 0,5 ponto. Na reunião de março, quando cortou os juros em 0,50 ponto, para 10,75% ao ano, o BC havia sinalizado que “em se confirmando o cenário esperado”, os membros do comitê “unanimemente” anteviam redução de mesma magnitude “na próxima reunião”. Já naquela ocasião, o comunicado do BC alertava para a elevação da incerteza e consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária. Desde então, a incerteza no cenário externo se elevou com a mudança de perspectiva sobre as taxas de juros nos Estados Unidos, projetadas para continuarem altas por mais tempo. No Brasil, houve o impacto no mercado da alteração da meta fiscal de 2025 pelo governo, que passou de um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para déficit zero. A meta de 2026 também mudou, de superávit de 1% do PIB para 0,25%. A ata do Copom será divulgada na próxima terça-feira às 8h. O Copom se reúne novamente em 18 e 19 de junho. Copom: Projeções de inflação no cenário de referência se situam em 3,8% em 2024 e em 3,3% em 2025. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central informou em seu comunicado que as projeções de inflação em seu cenário de referência se situam em 3,8% em 2024 e em 3,3% em 2025, o que representa um leve aumento em relação às projeções do Copom de março. Na reunião passada, o Copom projetava o IPCA em 3,5% em 2024 e em 3,2% em 2025. As projeções contemplam uma inflação de preços administrados de 4,8% em 2024 e de 4,0% em 2025.
Valor Econômico
Balança comercial brasileira tem superávit de US$9,041 bi em abril, diz Mdic
A balança comercial brasileira registrou superávit de 9,041 bilhões de dólares em abril, segundo dados do governo divulgados na quarta-feira, com um volume maior exportado compensando preços mais baixos dos produtos vendidos
O saldo do mês foi 13,7% mais forte do que os 8 bilhões de dólares de superávit registrados em abril de 2023, mostraram dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O valor das exportações subiu 14,1% no período, a 30,920 bilhões de dólares, enquanto as importações cresceram 14,3%, a 21,879 bilhões de dólares. No mês, houve alta de 48,6% no valor das exportações da indústria extrativa, puxado pelas vendas de petróleo, e de 16,6% na indústria de transformação, que registrou ganho nas vendas de combustíveis, açúcar, carne e celulose. O valor dos embarques da agropecuária, por sua vez, teve queda de 7,9%, com recuo na venda de soja. No período, o valor médio dos produtos vendidos pelo Brasil caiu 6,8% na comparação frente a abril de 2023. No entanto, o volume vendido registrou alta de 22,5%. Os dados da pasta mostraram ainda que o saldo comercial acumulado nos quatro primeiros meses do ano foi de 27,736 bilhões de dólares, 17,7% maior que o observado no mesmo período de 2023. O desempenho foi resultado de exportações de 108,849 bilhões de dólares e importações de 81,114 bilhões de dólares.
Reuters
Brasil tem fluxo cambial positivo de US$1,994 bi em abril, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 1,994 bilhão de dólares em abril, em movimento puxado pela via comercial, informou nesta quarta-feira o Banco Central. Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado.
Reuters
Vendas no varejo do Brasil têm estabilidade em março, em resultado melhor que o esperado
O setor de varejo no Brasil encerrou o primeiro trimestre com estabilidade das vendas em março em relação ao mês anterior, em resultado que contrariou as expectativas de leve retração depois de dois meses de altas
O dado informado na quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,1% no mês, e mantém o setor no maior patamar da série histórica. Após avanços de 2,7% em janeiro e 1,0% em fevereiro na comparação mensal, o primeiro trimestre apresentou aumento de 2,5% das vendas em relação aos três meses anteriores, ganhando ritmo frente à queda de 0,2% no quarto trimestre de 2023. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve aumento de 5,7%, contra projeção de alta de 5,05% nessa base de comparação. “Em janeiro e fevereiro houve maior compra de bens de valor agregado por conta da melhora do ambiente econômico. [A estabilidade em março] é uma manutenção do consumo e não mostra uma mudança de rumo ou trajetória. Foi uma acomodação em um trimestre bastante positivo”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. O varejo tende a apresentar resultado positivo neste ano, favorecido por um mercado de trabalho aquecido, aumento da massa salarial, inflação controlada e redução dos juros, o que beneficia principalmente atividades ligadas ao crédito. A tendência é o consumo das famílias fique mais diversificado entre os diferentes segmentos do varejo, em especial aqueles dependentes do crédito”, disse Rafael Perez, economista da Suno Research. Em março, entre as oito atividades pesquisadas, sete apresentaram resultado negativo. A maior queda foi em Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, de 8,7%, em resultado influenciado pela valorização do dólar. “É algo muito influente nesse setor por conta das importações. Sempre que o dólar sobe em relação ao real, naturalmente há um aumento de preços que acaba afugentando a demanda neste grupo”, disse Santos. A segunda maior queda no mês foi registrada pelo setor de Móveis e eletrodomésticos, cujas vendas recuaram 2,4%. Já as vendas de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentaram recuo de 0,3%. “O setor de super e hipermercados, mais importante da pesquisa, tem operado perto da estabilidade este ano. A melhora macro, como renda, emprego e crédito acabam direcionando o consumo para bens de maior valor”, disse Santos. A única atividade a apresentar aumento das vendas foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, de 1,4%. De acordo com o IBGE, essa foi a terceira atividade com mais peso na pesquisa de março, e seu crescimento explica a estabilidade no resultado geral. No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas recuou 0,3% em março sobre fevereiro. As vendas de veículos caíram 1,4%, enquanto as de materiais de construção recuaram 0,4%. Santos enfatizou ainda que o impacto econômico das inundações no Rio Grande do Sul provocadas pelas fortes chuvas deve aparecer mais à frente e que o IBGE faz a coleta dos dados de forma eletrônica.
Reuters
GOVERNO
Crédito rural chega a R$ 347,2 bilhões em dez meses, aponta Ministério da Agricultura
Valor representa um aumento de 15% se comparado ao mesmo período da safra passada. Recurso corresponde a 80% do montante que foi programado para a atual safra
O volume de crédito rural do Plano Safra 2023/24 desembolsado chegou a R$ 347,2 bilhões no período de dez meses, entre julho de 2023 até abril deste ano. O valor representa um aumento de 15% se comparado ao mesmo período da safra passada, segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na quarta-feira (8/5). O recurso corresponde a 80% do montante que foi programado para a atual safra e que é direcionado a pequenos, médios e grandes produtores. Com os 20% que ainda faltam, o valor total é de R$ 435,8 bilhões. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 191 bilhões, enquanto as contratações das linhas de investimentos foram de R$ 83 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 45 bilhões e, as de industrialização, R$ 27 bilhões. No total, foram realizados mais de 1,8 milhão de contratos no período de nove meses do ano agrícola, dos quais cerca de 1,37 por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e 164,27 mil no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). De acordo com o Mapa, os demais produtores formalizaram 292,5 mil contratos, equivalente a R$ 253,5 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras. Na agropecuária empresarial (médios e grandes produtores rurais), a aplicação do crédito rural atingiu R$ 297,5 bilhões de julho a abril, alta de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor significa 82% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões. Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores para financiar toda a cadeia foram, respectivamente, de R$ 50 bilhões no Pronaf e de R$ 44 bilhões no Pronamp. Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) teve contratações da ordem de R$ 7 bilhões, incremento de 53% em relação a igual período na safra anterior. E os financiamentos para o Pronamp alcançaram R$ 4,3 bilhões, alta de 107%. “Em relação às fontes de recursos, a participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 11,4 bilhões, significando um aumento de 193% em relação a igual período da safra anterior”, informou o governo. É importante destacar, ainda, a contribuição das fontes não controladas para o funding: a Letra de Crédito do Agronegócio LCA Livre), que respondeu a 49% do total das aplicações da agricultura empresarial, nos 10 meses da safra atual, se situando em R$ 147 bilhões, observou um aumento de 88% em relação a igual período da safra passada, quando essa fonte representou 31% (R$ 77,9 bilhões) do total das aplicações da agricultura empresarial.
Globo Rural
EMPRESAS
Minerva fechou primeiro trimestre com prejuízo de R$ 186,2 milhões
Companhia sentiu impacto negativo do nível de despesas financeiras e da variação cambial, que pesaram mais do que o aumento nos abates e na receita. Fernando Galletti de Queiroz, CEO da Minerva: conjuntura continua favorável para o mercado de carne bovina
A Minerva, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, registrou prejuízo líquido de R$ 186,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, pressionada pelas despesas e impacto cambial, conforme balanço divulgado hoje. No mesmo período de 2023, a companhia havia obtido um lucro de R$ 114 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 628,9 milhões no trimestre, aumento de 18,2% comparado ao desempenho de um ano antes. A receita líquida cresceu 12,6% no intervalo, para R$ 7,187 bilhões. Na mesma linha, o volume de abates da empresa aumentou 23,2%, para 1,03 milhão de cabeças no primeiro trimestre. Apesar do desempenho positivo na geração de caixa operacional, o Ebitda, na receita e nos abates, a Minerva informou em relatório que o resultado financeiro líquido do primeiro trimestre foi negativo em R$ 626,7 milhões, refletindo despesas financeiras, “consequência do aumento de nossa dívida bruta e do impacto, não caixa, da variação cambial no trimestre”. As despesas financeiras saltaram 142,3% entre o primeiro trimestre do ano passado e o intervalo de janeiro a março de 2024, com efeito negativo de R$ 712,5 milhões sobre o balanço. “Vale destacar que, em linha com a sua política de gerenciamento de riscos a companhia mantem protegido, no mínimo, 40% de seu endividamento de longo prazo em moeda estrangeira”, disse a empresa. No ano passado, quando fechou um acordo com a Marfrig para a compra de 16 plantas espalhadas pelo Brasil e América Latina, a expectativa da Minerva era de que estas unidades já estivessem sob sua gestão neste primeiro semestre. Entretanto, os desdobramentos do processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) indicam que a operação tem chances de ser aprovada somente no fim de 2024, o que faz com que a Minerva deixa de atuar com as unidades quando o ciclo do gado ainda está favorável para a indústria no Brasil, com ampla oferta. Na ponta positiva do resultado trimestral, as exportações geraram receita bruta de R$ 4,5 bilhões um crescimento de 5% na comparação anual. A performance do mercado externo na operação Brasil representou 51,5% da receita bruta e 53,6% do volume desta origem. Mesmo com o prejuízo no trimestre, o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, disse em relatório que a conjuntura continua favorável para o mercado de carne bovina, em função de um desiquilíbrio global entre a oferta e a demanda. “[É] um dos grandes vetores da nossa indústria”, afirmou.
Globo Rural
Com capacidade de abate de 120 animais/dia, frigorífico em Miranorte (TO) é autorizado para iniciar atividades
O frigorífico é o oitavo com registro no Serviço de Inspeção Estadual (SIE), informa a Adapec
A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), acompanhou na manhã da quarta-feira, 8, o abate experimental de bovinos, em um novo abatedouro frigorífico, no município de Miranorte, na região central do Tocantins, que é cadastrado ao Serviço de Inspeção Estadual (SIE). A agência aprovou o sistema de abate do empreendimento que possui capacidade de abate de 120 bovinos e bubalinos/dia. O gerente de inspeção animal da Adapec, Antônio José de Souza Caminha, pontuou que a agência acompanhou e orientou todo o processo de montagem do empreendimento, observando as normas sanitárias para habilitação no SIE. Os empresários, Silvio Roberto Pereira Ramos Júnior e Kelly Moreira da Silva disseram que a Adapec foi uma grande parceira no projeto do frigorífico e apontou que pretende em breve expandir os negócios. “Estamos fazendo este investimento porque acreditamos no Estado e vamos buscar agora nos qualificar para adquirirmos o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), porque queremos comercializar nossos produtos para todo o país”, disse Silvio Roberto. Para o funcionamento do frigorífico, a Adapec manterá na indústria, um inspetor (médico veterinário) em todos os dias de abates, bem como atuará em todas as fases da inspeção desde os procedimentos de recebimento dos animais, abate, câmara fria e transporte para entrega. Com o registro no SIE a empresa está autorizada a comercializar a carne bovina em todo o estado do Tocantins.
Governo do TO
MEIO AMBIENTE
Desmatamento na Amazônia cai quase 22% em um ano, mostra governo
Devastação do Pantanal caiu 9,2% no período analisado, mas aumentou 27% no Cerrado. Desmatamento na Amazônia Legal somou pouco mais de 9 mil km² entre agosto de 2022 e julho de 2023
O desmatamento na Amazônia Legal somou pouco mais de 9 mil km² entre agosto de 2022 e julho de 2023, o que representa uma queda de 21,8% em relação ao período imediatamente anterior, informou nesta quarta-feira (8/5) o Ministério do Meio Ambiente. Os dados são do Prodes, sistema mais completo de monitoramento via satélite utilizado pelo governo. De acordo com o mesmo sistema, a devastação do Pantanal também registrou queda no período analisado, de 9,2%, com 723 km². Por características próprias, o Pantanal é um bioma tecnicamente mais difícil de ser monitorado, segundo informou Claudio Almeida, coordenador do programa Biomas BR, ligado ao Inpe. Ele disse que o sistema Prodes passou a medir também o desmatamento nas vegetações não florestais da Amazônia, que compreendem quase 280 mil km² na região. “É uma área muito significativa, quase duas vezes maior que o Pantanal”, explicou Almeida. Nessas regiões, também houve queda no desmatamento, de 19%. O Deter, outro sistema usado pelo governo, consegue fazer monitoramentos em bases mensais, embora menos detalhados. Os dados mais recentes mostraram uma queda de 55% do desmatamento na Amazônia entre agosto de 2023 e abril de 2024, com 2,686 mil km² de área devastada. Já no Cerrado, que vem enfrentando maiores dificuldades de preservação, o Deter apontou um crescimento de 27% no desmatamento entre agosto e abril, com destruição de quase 5 mil km². Os dados anuais do Deter sobre o bioma já haviam sido divulgados em dezembro, e mostraram crescimento de 3% em relação a 2022.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Cotações em alta no mercado de suínos
De acordo com a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 125,00, enquanto a carcaça especial subiu 0,99%, fechando em R$ 10,20/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (7), o preço ficou estável somente no Rio Grande do Sul (R$ 5,85/kg), e houve queda apenas em São Paulo, na ordem de 0,15%, com valor de R$ 6,56/kg. Foi registrado aumento de 1,33% em Minas Gerais, alcançando R$ 6,87/kg, incremento de 1,50% no Paraná, custando R$ 6,08/kg, e de 1,89% em Santa Catarina, fechando em R$ 5,93/kg.
Cepea/Esalq
Exportação de carne suína em abril supera com folga os resultados de março
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), as exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada, até o final de abril (22 dias úteis), superaram com folga o registro de embarques e faturamento de março
A receita obtida com as exportações de carne suína até o final do mês, US$ 222,7 milhões, representa 94,58% do total arrecadado em todo o mês de abril de 2023, que foi de US$ 235,5 milhões. No volume embarcado, as 96.822 toneladas são 4,15% maiores que o total registrado em abril do ano passado, com 92.955 toneladas. Em relação ao mês de março, o faturamento de US$ 222,7 milhões em abril representa aumento de 24,32% em comparação com US$ 179, 1 milhões arrecadados em março deste ano. Já o volume embarcado contabilizado até o final de abril, 96.822 toneladas é 22,82% superior em relação às 78.827 toneladas exportadas em março. A receita por média diária foi de US$ 10,1 milhões quantia 5,4% menor do que a de abril de 2023. No comparativo com a semana anterior, houve elevação de 1,89% observando os US$ 9,9 milhões vistos na semana passada. Nas toneladas por média diária, foram 4.401 toneladas, houve incremento de 4,2% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado ao resultado da semana anterior, alta de 1,44%, comparado às 4.338 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.300 toneladas, ele é 9,2% inferior ao praticado em abril passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa alta de 0,44% em relação aos US$ 2.290,390 anteriores.
Agência Safras
Brasil abre mercado para exportar suínos vivos a cinco países
Essa é a segunda grande abertura comercial para produtos agrícolas brasileiros para a União Econômica Eurasiática em menos de 10 meses. Brasil poderá exportar os animais para Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão
Cinco países integrantes da União Econômica Eurasiática (UEEA) abriram seus mercados para a exportação de suínos vivos do Brasil. A partir de agora, os animais poderão ser enviados para Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão. Em nota, o Ministério da Agricultura afirmou que essa é a segunda grande abertura comercial para produtos agrícolas brasileiros para o bloco em menos de 10 meses. Em setembro de 2023, foram autorizadas as exportações de bovinos vivos para os membros da UEEA. A Pasta informou que, em 2023, o Brasil exportou pouco mais de US$ 1,2 bilhão em produtos do agronegócio para a UEEA, com destaque para soja em grãos, carne bovina, café verde e açúcar bruto. Esse é a 39ª abertura de mercado, em 24 países, neste ano.
Globo Rural
Estabilidade no mercado do frango na quarta-feira
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 4,80/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,46%, fechando em R$ 6,50/kg, em média
Na cotação do animal vivo, o valor não mudou em Santa Catarina, com preço de R$ 4,40/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,44/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à terça-feira (7), a ave congelada ficou estável em R$ 7,14/kg, da mesma forma que o frango resfriado, fechando em R$ 7,27/kg.
Cepea/Esalq
Volume e receita da exportação de carne de frango em abril superam março/24 e abril/23
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), as exportações de carne de aves até o final de abril (22 dias úteis), tiveram crescimento tanto em relação a abril de 2023 quanto a março de 2024
A receita obtida, US$ 817 milhões, representa alta de 5,9% sobre o todo arrecadado mês de abril de 2023, com US$ 771 milhões. No volume embarcado, as 453.012 toneladas são 11,06% maiores que o total registrado em abril do ano passado, com 407.886 toneladas. Em relação ao mês de março, o faturamento de US$ 817 milhões em abril representa incremento de 18,63% em comparação com US$ 688,6 milhões arrecadados em março deste ano. No volume embarcado contabilizado até o final de abril, ele é 15,77% superior do que as 391.278 toneladas exportadas em março. A receita por média diária foi de US$ 37,1 milhões, valor 6,0% maior do que o registrado em abril de 2023. Na relação com a semana anterior, houve queda de 2,32% quando comparado aos US$ 38.023,4074 vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 20.591 toneladas, houve crescimento de 11,1% no comparativo com o mesmo mês de 2023. Quando comparado a semana anterior, retração de 2,31% em relação às 21.078 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.803, ele é 4,6% inferior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida queda de 0,01% no comparativo ao valor de US$ 1.803,855 visto na semana passada.
Agência Safras
INTERNACIONAL
Exportações de carne bovina dos EUA recuam 4% no 1º trimestre de 2024
Em receita, porém, as vendas da proteína norte-americana cresceram 6% no acumulado de janeiro a março deste ano, para US$ 2,48 bilhões, aponta USMEF
As exportações de carne bovina dos Estados Unidos totalizaram 311.865 toneladas no acumulado de janeiro a março de 2024, uma queda de 4% em relação ao primeiro trimestre de 2023, informa a Federação de Exportação de Carne dos Estados Unidos (USMEF). No entanto, em receita, os embarques no primeiro trimestre do ano cresceram 6%, para US$ 2,48 bilhões, considerando a mesma base de comparação. Em março/24, as exportações norte-americanas totalizaram 108.218 toneladas, uma queda de 10% em relação ao grande volume registrado há um ano, relata a USMEF. A receita com os embarques em março ficou em US$ 889,9 milhões, uma ligeira queda em relação ao ano anterior (-0,3%), mas o maior faturamento mensal em nove meses.
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