CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2192 DE 01 DE ABRIL DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2192 |01 de abril de 2024

Abrafrigo – Nota de Pesar

A Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), comunica com profundo pesar o falecimento no último sábado (30), em Piracicaba (SP), aos 75 anos, do Sr. Vital Angelelli, sócio, Diretor e um dos fundadores da empresa associada Frigorífico Angelelli Ltda, instalada naquele município desde 1971.

Dedicado ao desenvolvimento da indústria e da pecuária nacional, Vital Angelelli era casado com Euclidia Maria Setten, deixando três filhas e 4 netos, além de uma enorme colaboração com o desenvolvimento regional e com as atividades associativas. Que Deus esteja presente e ajude a confortar e trazer esperança neste momento de perda irreparável. A diretoria da ABRAFRIGO e todos os seus colaboradores vem a público prestar solidariedade a dor dos seus familiares, amigos e dos que com ele conviveram profissionalmente e pessoalmente, rendendo homenagens ao trabalho por ele realizado de forma exemplar em toda a sua carreira.

ABRAFRIGO

NOTÍCIAS

Cotação estável no mercado do boi na praça paulista

Com pouca movimentação devido ao feriado da Sexta-feira Santa, o mercado operou com lentidão na quinta-feira e as cotações se mantiveram estáveis para todas as categorias

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no estado de São Paulo, o mercado do boi gordo operou com lentidão na quinta-feira (28/3) e as cotações se mantiveram estáveis para todas as categorias. O boi gordo paulista continua valendo R$ 225/@, enquanto a vaca gorda e a novilha são negociadas por R$ 205/@ e R$ 217/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente. O “boi-China” está cotado em R$ 235/@ (base SP), com ágio de R$ 10/@ sobre o animal gordo “comum”, acrescentou a Scot. No Pará, mercado inalterado em todas as praças monitoradas. No Noroeste do Paraná, queda de R$3,00/@ para o boi gordo. As cotações das fêmeas seguiram estáveis na comparação dia a dia. Na relação de troca com a tonelada de polpa cítrica peletizada, em março, em São Paulo, são necessárias 3,9 arrobas de boi gordo para a compra de uma tonelada de polpa cítrica peletizada, aumento de 3,8% em relação ao mês anterior, enquanto, na média anual, foram necessárias 3,5 arrobas.

Scot Consultoria

Preços da arroba do boi gordo recuam em março

De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado de boi conviveu com mais um mês de quedas nas cotações, em meio ao bom posicionamento das escalas de abate por parte dos frigoríficos

Conforme Iglesias, o segundo trimestre de 2024 deverá ser pautado por um quadro de pressão de oferta, especialmente entre os meses de maio e junho. Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim no dia 27 de março: São Paulo (Capital) – R$ 225,00 a arroba, queda de 2,17% frente ao fechamento de fevereiro, de R$ 230,00. Goiás (Goiânia) – R$ 215,00 a arroba, baixa de 1,38% ante o encerramento de fevereiro, de R$ 218,00. Minas Gerais (Uberaba) – R$ 220,00 a arroba, retração de 4,38% frente aos R$ 230,00 praticados no final de fevereiro. Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 220,00 a arroba, sem alterações ante o final de fevereiro. Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 210,00 a arroba, inalterado frente ao final de fevereiro. Iglesias destacou que o mercado atacadista apresentou preços mistos ao longo de março. A demanda firme para os cortes dianteiros do boi, mais acessíveis a grande parcela da população, contribuiu para a valorização. O quarto dianteiro foi cotado em R$ 13,20 por quilo, alta de 3,12% frente aos R$ 12,80 praticados no final do mês passado. Já o quarto traseiro foi precificado a R$ 17,10 por quilo, recuo de 5,00% frente aos R$ 18,00 por quilo do final de fevereiro. As exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 633,396 milhões em março (16 dias úteis), com média diária de US$ 39,587 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 139,942 mil toneladas, com média diária de 8,746 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.526,60. Em relação a março de 2023, houve alta de 52,1% no valor médio diário da exportação, ganho de 61,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 5,9% no preço médio.

Agência Safras

ECONOMIA

Dólar sobe puxado por exterior e encerra trimestre acima de R$5

O dólar à vista fechou a quinta-feira acima dos 5 reais, em sintonia com o avanço quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, numa sessão marcada ainda pela disputa dos investidores no mercado doméstico pela formação da taxa Ptax do último dia do mês e do trimestre

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0156 reais na venda, em alta de 0,70%. Desde 18 de março, quando encerrou a 5,0254 reais, a divisa dos EUA não terminava o dia acima da linha psicológica de 5,00 reais. Em março, a moeda norte-americana acumulou elevação de 0,88% e, nesta semana, alta de 0,34%. Às 17h27, na B3, o contrato de dólar futuro para maio subia 0,56%, a 5,0305 reais na venda. Em função do feriado da sexta-feira, a sessão da quinta foi a última do mês e do trimestre, o que trouxe para os negócios investidores interessados na formação da Ptax. A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa). Lá fora, a moeda norte-americana subia ante a maior parte das demais divisas após declarações, na véspera, de uma autoridade do Federal Reserve. Na noite de quarta-feira, o diretor do Fed Christopher Waller afirmou que “não há pressa” para cortar os juros nos EUA neste momento. Além disso, pontuou que adiar o início dos cortes nas taxas provavelmente afetará a flexibilização que ocorrerá em 2024. “É apropriado reduzir o número global de cortes nas taxas ou empurrá-los ainda mais para o futuro, em resposta aos dados recentes”, disse Waller. “Permeou o pregão desde cedo a percepção de resiliência da economia dos EUA, esfriando um pouco mais a perspectiva de algum corte mais contundente nos juros por lá”, comentou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. Além do exterior, investidores no Brasil monitoraram a divulgação do Relatório de Inflação do BC e a coletiva do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, realizada em São Paulo. No documento, a autoridade monetária reiterou os alertas mais recentes sobre a inflação no Brasil e elevou de 1,7% para 1,9% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024.

Reuters

Ibovespa fecha em alta com apoio de Petrobras, mas saída de estrangeiro pesa no mês

O Ibovespa fechou com um acréscimo modesto na quinta-feira, assegurado particularmente pelo avanço de Petrobras, com Marfrig disparando após resultado trimestral

A agenda macro também ocupou a atenção antes do feriado na sexta-feira, incluindo o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central e taxa de desemprego no Brasil e dados de auxílio-desemprego e confiança do consumidor nos Estados Unidos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,33 %, a 128.106,1 pontos, acumulando um acréscimo de 1,02% na semana, mas uma perda de 0,54% no mês. O volume financeiro somou 20,97 bilhões reais, de uma média diária no mês de 24 bilhões de reais. De acordo com o gestor Tiago Cunha, da Ace Capital, o desempenho do Ibovespa na quinta-feira teve suporte principalmente das ações da Petrobras, endossadas pela alta dos preços do petróleo no mercado externo. No mês, porém, ele ressaltou que o Ibovespa continuou pressionado pela saída de capital externo, em parte refletindo um “short” (venda) indireto em China, diante da decepção com dados de atividade ou medidas do governo daquele país. Um exemplo é a ação da Vale, que detém o maior peso no índice, e é sensível ao comportamento dos preços do minério de ferro, que tem a China como principal consumidor do insumo no mundo. Em março, o papel acumulou queda de mais de 5%. Do lado do fluxo estrangeiro, dados da B3 mostram saída líquida de 6,23 bilhões de reais no mês até o dia 26, ampliando o déficit no mercado secundário de ações no Brasil para 23,57 bilhões de reais no ano. Cunha ressaltou, contudo, que muitos papéis com sensibilidade ao mercado doméstico tiveram um desempenho positivo no mês, em boa parte apoiados nos resultados do último trimestre de 2023 e boas perspectivas para 2024.

Reuters

BC melhora projeção de crescimento do PIB para 1,9% em 2024, ante 1,7%

O Banco Central melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2024 a 1,9%, contra patamar de 1,7% estimado em dezembro, conforme Relatório Trimestral de Inflação divulgado na quinta-feira

O Ministério da Fazenda, por sua vez, prevê expansão de 2,2% para o PIB este ano, mas o chefe da pasta, ministro Fernando Haddad, já afirmou que a estimativa deve ser revisada para ao menos 2,5%. O mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 1,85% em 2024. Em relação à política monetária, o BC reiterou mensagem da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de que sua diretoria antevê novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros na próxima reunião, em maio.

Reuters

Dívida pública federal sobe 2,25% em fevereiro, para R$6,595 tri, diz Tesouro

A dívida pública federal subiu 2,25% em fevereiro ante janeiro, para 6,595 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional na quinta-feira

No período, a dívida pública mobiliária federal interna somou 6,319 trilhões de reais, com alta de 2,32%, enquanto a dívida pública federal externa atingiu 276,1 bilhões de reais, com elevação de 0,84%. Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de fevereiro, 23,14% correspondiam a títulos prefixados, 29,77% a títulos vinculados a índices de preços, 42,64% a papéis com taxas flutuantes e 4,44% a papéis cambiais. Em fevereiro, o aumento de 2,25% deveu-se, conforme o Tesouro, “à emissão líquida, no valor de 90,21 bilhões de reais, e pela apropriação positiva de juros, no valor de 55,22 bilhões de reais”. O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública — uma espécie de “colchão” para o pagamento dos compromissos — subiu 8,84% em termos nominais em fevereiro, para 885,1 bilhões de reais. Na comparação com fevereiro de 2023, porém, a reserva de liquidez recuou 11,10%.

Reuters

Brasil tem fluxo cambial positivo em US$2,292 bi em março até dia 22, diz BC

Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 2,292 bilhões de dólares em março até o dia 22, com ingressos pela conta comercial voltando a compensar perdas na via financeira, informou na quinta-feira o Banco Central

Pelo canal comercial, o saldo de março até sexta-feira passada foi positivo em 4,343 bilhões de dólares, segundo dados preliminares das estatísticas de câmbio contratado do BC. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 2,051 bilhões de dólares. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Apenas na semana passada, o fluxo cambial total foi positivo em 356 milhões de dólares. No acumulado do ano até 22 de março, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 5,335 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o fluxo estava positivo em 14,185 bilhões de dólares.

Reuters

Carga tributária bruta do governo geral fica em 32,44% do PIB em 2023, diz Tesouro

A carga tributária bruta do governo geral atingiu 32,44% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, informou na quinta-feira o Tesouro Nacional

Em relatório divulgado nesta manhã, o órgão informou que esse resultado representa queda de 0,64 ponto percentual do PIB em relação a 2022. O governo geral engloba governo central, governos estaduais e municipais.

Reuters

Taxa de desemprego no Brasil sobe a 7,8% no tri até fevereiro com aumento da procura por trabalho

O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 7,8% no trimestre até fevereiro diante do aumento no número de pessoas em busca de trabalho, marcando a taxa mais alta desde agosto do ano passado

O dado divulgado na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, e se iguala à taxa vista nos três meses até agosto de 2023. No entanto, é a mais fraca para trimestres encerrados em fevereiro desde 2015. O resultado mostrou ainda alta em relação ao trimestre até janeiro, quando a taxa apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) havia sido de 7,6%. No trimestre imediatamente anterior, de setembro a novembro, a taxa havia ficado em 7,5%, enquanto, no trimestre até fevereiro de 2023, ela tinha sido de 8,6%. O mercado de trabalho no Brasil vem mostrando resiliência desde o ano passado, mas sazonalmente há uma tendência de aumento no número de desempregados nos primeiros meses do ano. Ainda assim, analistas avaliam que a taxa de desemprego deve permanecer baixa por algum tempo, acompanhando o desempenho da economia. Um mercado de trabalho aquecido e tende a favorecer o consumo das famílias, com destaque para o setor de serviços, ponto de atenção para a inflação. No período, a renda média dos trabalhadores chegou a 3.110 reais, com alta de 1,1% no trimestre e de 4,3% na comparação anual. O aumento da taxa de desemprego nessa época do ano está associado “ao retorno de pessoas que, eventualmente, tinham interrompido a sua busca por trabalho em dezembro e voltaram a procurar uma ocupação nos meses iniciais do ano seguinte”, explicou a coordenadora do IBGE Adriana Beringuy. No trimestre encerrado em fevereiro, o número de desempregados aumentou 4,1% em relação aos três meses imediatamente anteriores, totalizando 8,535 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve queda de 7,5%. De acordo com o IBGE, foi o primeiro aumento desse contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2023 e deveu-se especificamente ao aumento da procura por trabalho. Já o total de ocupados recuou 0,3% na comparação trimestral e aumentou 2,2% na base anual, a 100,250 milhões de pessoas. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado subiram 0,7% nos três meses até fevereiro sobre o trimestre até novembro, enquanto os que não tinham carteira recuaram 1,1%. Segundo Beringuy, as categorias em que ocorreram as dispensas “têm predomínio de trabalhadores informais. Isso ajudou a manter estável o contingente de empregados com carteira assinada”.

Reuters

GOVERNO

CMN autoriza renegociação de dívidas de produtores prejudicados pelo clima e queda de preços

Só podem participar da renegociação mutuários relacionados a algumas unidades da federação e às culturas de soja e milho e à bovinocultura de carne e leite. Clima adverso afetou lavouras em diversas áreas produtoras no ano passado

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou que as instituições financeiras renegociem, a seu critério, até 100% das parcelas de operações de crédito rural deste ano. A renegociação é válida para agricultores em adversidades climáticas ou em dificuldades de comercialização em função de redução dos preços de mercado. Também só podem participar da renegociação mutuários relacionados a algumas unidades da federação e às culturas de soja e milho e à bovinocultura de carne e leite. Outra exigência é que esses produtores estejam em situação de adimplência em 30 de dezembro de 2023. A resolução foi aprovada na reunião ordinária desta quinta-feira (28/3) do CMN. Pelo texto, poderão renegociar suas dívidas produtores de: soa, milho e bovinocultura de carne de Goiás e Mato Grosso; bovinocultura de carne e leite de Minas Gerais; soja, milho e bovinocultura de leite de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina; bovinocultura de carne de Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins; soja, milho e bovinocultura de leite e de carne de Mato Grosso do Sul; e bovinocultura de leite do Espírito Santo e Rio de Janeiro. As parcelas a serem renegociadas devem ser corrigidas pelos encargos financeiros contratuais, inclusive para situação de inadimplência quando for o caso, sendo que as parcelas com vencimento no período de 28 de março a 15 de abril de 2024 podem ser corrigidas pelos encargos contratuais para a situação de normalidade durante esse período. Ainda de acordo com a resolução aprovada, o mutuário deve pagar, no mínimo, o valor referente aos encargos financeiros previstos para este ano, nas respectivas datas de vencimento das parcelas. O prazo para formalização da renegociação vai até 31 de maio de 2024. Segundo o conselho, essa medida foi necessária devido ao fato de que, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, principalmente de soja e milho, reduzindo a produtividade em localidades específicas das regiões Sul, Centro-Oeste e do Estado de São Paulo. Além disso, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), os produtores rurais também têm enfrentado dificuldades com a queda do preço da soja, do milho, da carne e do leite em algumas unidades da federação. “Apesar da queda verificada nos preços de alguns insumos agropecuários, os preços desses produtos ainda não voltaram ao patamar histórico, motivo pelo qual os custos de produção têm se mantido elevados em relação aos preços obtidos com a venda dos produtos agrícolas”, diz o CMN em nota. A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios. Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025. O CMN também autorizou a renegociação de dívidas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) vencidas após 120 dias. Para esse caso, devem ser aplicados os encargos para a situação de inadimplência, mantendo, porém, a fonte de recursos (fundos constitucionais) que lastreia a operação.

Globo Rural

Ministério da Agricultura sofre bloqueio de R$ 105,5 milhões no orçamento

Valor está incluído em um total de R$ 2,9 bilhões bloqueados para cumprir os limites determinados pelo arcabouço fiscal. Ministério da Agricultura terá corte de R$ 105,5 milhões do Orçamento

O bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento Federal atingiu 13 ministérios, conforme o Decreto 11969/23, publicado em edição extra do “Diário Oficial”, na quinta-feira (28/3). O bloqueio, anunciado na sexta-feira passada pelo Ministério do Orçamento e Planejamento, não atingiu emendas. Nesse cenário, as três pastas mais atingidas pelo bloqueio de dotações orçamentárias discricionárias foram o Ministério das Cidades, com um bloqueio de R$ 741,5 milhões, seguido do Ministério dos Transportes, que teve R$ 679 milhões bloqueados e o Ministério da Defesa, com R$ 446,5 milhões. No Ministério da Agricultura, foram R$ 105,5 milhões. O objetivo do bloqueio foi de cumprir o limite de despesas previsto pelo novo arcabouço fiscal. Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, o valor bloqueado representa apenas 1,42% do total das despesas discricionárias do Executivo e equivale a 0,14% do limite total de despesas do Orçamento deste ano. Veja a lista de ministérios que tiveram bloqueios: Ministério das Cidades (R$ 741,5 milhões). Ministério dos Transportes (R$ 679 milhões). Ministério da Defesa (R$ 446,5 milhões). Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (R$ 281,7 milhões). Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (R$ 179,8 milhões). Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (R$ 118,8 milhões). Ministério da Agricultura e Pecuária (R$ 105,5 milhões). Ministério da Fazenda (R$ 94,4 milhões). Ministério das Relações Exteriores (R$ 69,3 milhões). Ministério da Justiça e Segurança Pública (R$ 65,6 milhões). Ministério de Portos e Aeroportos (R$ 52,3 milhões), Ministério do Planejamento e Orçamento (R$ 37,1 milhões). Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (R$ 36,3 milhões). O bloqueio orçamentário de R$ 2,9 bilhões foi divulgado no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. No documento, o governo federal revisou a sua projeção para o resultado primário do governo central deste ano, de superávit de R$ 9,1 bilhões para um déficit de R$ 9,3 bilhões. Os números levam em conta Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central (BC). Como o governo pode chegar a um déficit de até R$ 28,8 bilhões pelas regras do novo arcabouço fiscal, a meta de resultado primário, com essa projeção, está sendo cumprida. A estimativa de receitas primárias em 2024 caiu R$ 31,5 bilhões, para R$ 2,688 trilhões, na comparação com a projeção anterior. Por sua vez, a estimativa para as receitas líquidas diminuiu em R$ 16,8 bilhões, para R$ 2,175 trilhões. Já a previsão para as despesas primárias subiu R$ 1,6 bilhão, para R$ 2,184 bilhões. A estimativa para as despesas obrigatórias aumentou em R$ 6,1 bilhões, para R$ 1,980 trilhão. Por sua vez, a projeção para as despesas discricionárias (aquelas que podem ser cortadas livremente, como investimentos) recuou em R$ 4,5 bilhões, para R$ 204,4 bilhões. Além do limite de despesas do arcabouço, o governo federal também precisa cumprir a meta de resultado primário. Porém, o resultado de déficit projetado (R$ 9,3 bilhões) está dentro do limite inferior da banda de tolerância, por isso não foi preciso fazer contingenciamento. A meta de resultado primário neste ano é zero, com intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo. O intervalo de 0,25 ponto corresponde a R$ 28,8 bilhões.

Valor Econômico

EMPRESAS

Marfrig planeja investir até R$ 2 bilhões em gado próprio no Brasil

Objetivo é alcançar um percentual de 25% dos abates oriundos de animais criados e engordados pela própria empresa. Atualmente, a empresa possui 5% de seus abates realizados a partir de rebanho próprio

A Marfrig revelou na quinta-feira (28/3), durante teleconferência com analistas, que planeja investir entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões na aquisição de gado próprio para alcançar um percentual de 25% dos seus abates oriundos de animais criados e engordados pela própria empresa – percentual semelhante ao praticado em sua subsidiária nos EUA, a National Beef. Atualmente, a empresa possui 5% de seus abates realizados a partir de rebanho próprio, adquiridos das fazendas da família Molina. Se consideradas apenas as operações continuadas, ou seja, que não foram vendidas, o percentual de gado próprio da Marfrig chega a 10% no Brasil. “Com o abate próprio você consegue ter um controle maior da cadeia de produção do que quando fica só no spot. A National Beef, com o U.S Premium Beef que tem 25%, consegue ter uma estabilidade e uma qualidade maior de produto”, observou o sócio-controlador da Marfrig, Marcos Molina. A empresa não deu prazo para chegar a um quarto de abates com gado próprio no país, mas Molina avalia que o momento de baixa no mercado do boi gordo é favorável para realizar o investimento, avaliado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões. “Há dois anos um bezerro era R$ 3.200 e a arroba do boi chegou a R$ 420. Hoje, um bezerro é R$ 1.600 e a arroba do boi R$ 220. Então a gente espera fazer esse investimento nesse melhor momento”, destacou o executivo. Segundo ele, o capital para o investimento deve vir da conclusão da recente venda de ativos para a Minerva. Com o novo modelo, a empresa espera reduzir a ociosidade de suas unidades de abate, elevando a taxa de utilização do parque fabril para acima dos 90%, e aumentar os níveis de rastreabilidade da cadeia. A meta é alcançar 100% de gado rastreado em todos os biomas até 2025. “Isso também pode ajudar o Brasil a abrir muito mais mercados igual ao Uruguai que tem rastreabilidade completa e tem hoje 15 mercados a mais que o Brasil”, avalia Molina.

Globo Rural

Marfrig tem perspectivas positivas para 2024

Companhia informa que espera retomada de dividendos da BRF ainda este ano

Após encerrar 2023 com prejuízo de R$ 1,5 bilhão, a Marfrig vê boas perspectivas para as suas operações este ano, com um primeiro trimestre dentro das expectativas da companhia, e revelou, durante teleconferência com analistas, que espera voltar a ter dividendos oriundos da BRF, controlada pela Marfrig desde 2022. “O nosso foco em 2024 como foi em 2023 era ajustar a BRF. Colocamos o trem no trilho, a BRF ainda tem muito trabalho de melhoria, muita coisa a melhorar: portfólio de produto, eficiência, velocidade e inovação, mas tem um trabalho ainda a terminar em 2024”, detalhou o presidente do conselho de administração da Marfrig, Marcos Molina. Acionista controlador da companhia, Molina lembrou que no último ano a administração foi mais conservadora diante de um cenário desafiador e optou por não distribuir dividendos. “Pelo contrário, fizemos um aumento de capital”, completou o executivo.

Questionado sobre a possibilidade de uma nova recompra de ações este ano, Molina não descartou a possibilidade. “A gente tem que acompanhar o ano para tomar decisões. Depende da geração de caixa. Se tiver mais geração de caixa e oportunidade de ação barata a gente pode fazer algum movimento que é interessante para todos os acionistas”, completou.

Globo Rural

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: maioria das cotações estáveis

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 127,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,60/kg

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (27), houve queda somente em Santa Catarina, na ordem de 0,33%, atingindo R$ 6,12/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 6,39/kg) e no Paraná (R$ 6,31/kg). Houve tímida alta de 0,16% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 6,16/kg, e de 0,15% em São Paulo, fechando em R$ 6,68/kg.

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: estabilidade nas principais praças encerra o mês de março

Em São Paulo o preço ficou estável em R$ 7,04/kg vivo pela terceira semana, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

No mercado mineiro, o valor ficou estável em R$ 6,40/kg vivo, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal não mudou, negociado a R$ 6,41/kg vivo nesta semana. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 21/03/2024 e 27/03/2024), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 0,22%, fechando a semana em R$6,28/kg vivo. “Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente baixa, podendo ser cotado a R$ 6,37/kg vivo”, informou o Lapesui.

Agrolink

Suínos/Cepea: Preços sobem na 2ª quinzena, mas médias mensais têm comportamentos distintos

Após caírem na primeira metade de março, os preços do suíno vivo e da carne suína avançaram na segunda quinzena

Ainda assim, segundo pesquisadores do Cepea, enquanto em algumas regiões o recente movimento de alta garante aumento na média de março frente à de fevereiro, em outras, a desvalorização mais intensa na primeira quinzena resulta em baixa na média mensal. Nas primeiras semanas de março, a disponibilidade de animais acima da demanda pressionou os valores tanto do vivo como da proteína. Já na segunda parte do mês, com a oferta mais “ajustada” em relação à procura, os preços subiram um pouco. No entanto, nos últimos dias, compradores estiveram mais afastados das aquisições de novos lotes de animais. Segundo agentes consultados pela Equipe de Proteína Animal/Cepea, esse movimento está atrelado ao período da Quaresma, quando a demanda por carne de peixe cresce em detrimento da de carnes vermelhas.

Cepea

Mercado do frango estável em SC e em alta no PR

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado teve aumento de 0,31%, valendo R$ 6,42/kg

No caso do animal vivo, Santa Catarina ficou estável em R$ 4,45/kg; já no Paraná houve alta de 4,11%, com valor de R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (27), a ave congelada cedeu 1,24%, valendo R$ 7,19/kg), enquanto o frango resfriado caiu 2,65%, fechando em R$ 6,99/kg.

Cepea/Esalq

Demanda fraca pressiona preço do frango

Análise do Cepea indica que o recuo reflete uma demanda fraca pela carne e a consequente baixa liquidez registrada ao longo do mês. Preços médios da maior parte de produtos avícolas estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro

Os preços médios da maior parte de produtos avícolas estão encerrando março abaixo dos registrados em fevereiro. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), a queda reflete uma demanda fraca pela carne e a consequente baixa liquidez registrada ao longo do mês. Segundo o boletim da quinta-feira (28/3), o mercado de pintainho de corte anda na contramão com uma procura aquecida que resulta em um movimento altista ligado ao interesse da indústria em aumentar o alojamento de frango, “sobretudo para atender à demanda externa pela proteína brasileira”, aponta o Cepea. As exportações de carne de frango estão em forte ritmo.

Cepea

El Salvador abre mercado para ovos e carne de aves do Brasil

As exportações agrícolas para o país somaram US$ 137 milhões em 2023. Com os novos anúncios, este é o terceiro mercado aberto para o país da América Central neste ano

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou, por meio de nota, que o governo de El Salvador, autorizou o Brasil a exportar ovos e carne de aves ao país. Com os novos anúncios, este é o terceiro mercado aberto para o país da América Central neste ano. No início do mês, houve aprovação para a exportação de gelatina e colágeno originados de peles bovina, suína e de outros ruminantes. As exportações agrícolas para El Salvador somaram US$ 137 milhões em 2023. Os principais itens embarcados foram cereais e produtos florestais. Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcançou sua 26ª abertura de mercado, em 18 países, somente em 2024.

Globo Rural

INTERNACIONAL

Boi gordo dos EUA atinge maior nível de preço nominal da história

Arroba norte-americana chegou a US$ 99,90/@, destacou a Agrifatto; país da América do Norte deve elevar importações de carne bovina nos próximos meses, favorecendo o Brasil

Os EUA vêm passando por sérios desafios climáticos, que afetaram a pecuária de corte, levando o preço do boi gordo a atingir maior nível nominal da história no País, destacou a Agrifatto. “Além do problema estrutural de rebanho que os EUA estão lidando, o impacto das adversidades climáticas está sendo sentidos nas cotações da arroba norte-americana, que atingiram US$ 99,90/@, o seu maior patamar histórico”, informa a consultoria. Na avaliação dos analistas, diante deste cenário, os EUA devem importar mais carne bovina nos próximos meses, o que pode favorecer ainda mais as exportações brasileiras. Segundo recorda a Agrifatto, os atuais ciclos de secas e incêndios devastadores têm afetado a produção de carne bovina dos EUA e o peso das carcaças dos bovinos abatidos no país caiu durante várias semanas depois que uma brutal tempestade de inverno que varreu grande parte do país.

Além disso, o Texas passou recentemente pelo maior incêndio florestal da história – autoridades locais afirmam que os incêndios mataram 7 mil cabeças de gado e destruíram casas, celeiros, cercas e outras infraestruturas. Como se não bastasse, na segunda-feira (25 de março), amostras clínicas não pasteurizadas de leite de gado doente, coletadas de fazendas leiteiras no Kansas e Texas, testaram positivo para influenza aviária altamente patogênica, possivelmente introduzida por aves selvagens. Porém, os testes iniciais não indicaram aumento na transmissibilidade do vírus aos humanos, mantendo o risco para o público baixo.

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