Ano 9 | nº 2100 |07 de novembro de 2023
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo típico de uma segunda-feira em São Paulo
Em São Paulo, uma das principais referências para as demais regiões pecuárias, a semana começou com preços estáveis para todas as categorias de animais terminados, informou a Scot Consultoria, acrescentando que as escalas de abate das indústrias seguem bem-posicionadas
Dessa forma, nas praças paulistas, o boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) está valendo R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 227/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 240/@, no prazo, valor bruto, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, apurou a Scot. Segundo a consultoria, a demanda pela carcaça bovina melhorou e os preços subiram na comparação feita semana a semana. Com isso, a cotação da carcaça casada de bovinos castrados teve aumento semanal de 3,7%, hoje negociada em R$ 15,71/kg. Para a carcaça de bovinos inteiros, o aumento foi de 3,4% no comparativo da semana, precificada em R$ 15,07/kg. No mesmo período, o preço do frango médio no mercado atacadista subiu 2,2%, negociado em R$ 7,03/kg. Já a cotação da carcaça especial suína aumentou 3,2%, precificada em R$ 9,70/kg. De acordo com a Scot, a carcaça bovina perdeu competitividade frente às proteínas concorrentes – a relação de troca está em 2,23 kg de carcaça de frango e 1,62kg de carcaça suína para cada quilo de carcaça casada de bovinos castrados. Na região de Paragominas no Pará, na comparação com a sexta-feira (3/11), as cotações também não mudaram. No mercado atacadista, a demanda pela carcaça bovina melhorou e os preços subiram na comparação feita semana a semana. A cotação da carcaça casada de bovinos castrados subiu 3,7%. Para a carcaça de bovinos inteiros, o aumento foi de 3,4%. No mesmo período, o preço do frango médio no mercado atacadista subiu 2,2%. A cotação da carcaça especial suína aumentou 3,2%. A carcaça bovina perdeu competitividade frente a essas opções.
SCOT CONSULTORIA
Boi gordo: preços se estabilizam no Brasil
A tendência é de uma demanda positiva para o último bimestre, o que pode dar suporte a um aumento nos preços da carne bovina no atacado e no varejo
O mercado físico do boi gordo abre a semana com uma manutenção no padrão das negociações, havendo algumas tentativas de compra abaixo da referência média de preços. A presença crescente de animais confinados no mercado tem impulsionado a expansão das escalas de abate, levando os frigoríficos a ajustar suas estratégias de compra de gado. Como contraponto, é importante mencionar que a demanda permanece estável durante o último bimestre, período marcado pelo auge do consumo no mercado interno, conforme destacado pelo analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Nas principais praças, os preços da arroba do boi gordo são os seguintes: São Paulo, Capital: R$ 234 por arroba. Goiânia, Goiás: R$ 230 por arroba (sem alterações). Uberaba, MG: R$ 230 por arroba (estável). Dourados, MS: R$ 226 por arroba (inalterado). Cuiabá: R$ 205 por arroba (também estável). No mercado atacadista, os preços da carne bovina estão se estabilizando. A tendência é de uma demanda positiva para o último bimestre, o que pode dar suporte a um aumento nos preços da carne bovina no atacado e no varejo. Além disso, a chegada do décimo terceiro salário, o recebimento de bônus sazonais e a criação de postos temporários de emprego são fatores decisivos para impulsionar o consumo no período, conforme enfatizado por Iglesias. Os preços atuais incluem: Quarto traseiro: R$ 18 por quilo. Quarto dianteiro: R$ 12,75 por quilo. Ponta de agulha: R$ 12,75 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
Boi gordo: mercado parece ter encontrado ponto de equilíbrio, avalia Scot
Cenário de volume restrito de animais prontos e escalas de abate equilibradas na indústria. A perspectiva para novembro ainda é de oferta enxuta, com preços sustentados pela expectativa de maior demanda por carne bovina no fim do ano
O mercado de boi gordo parece ter encontrado um ponto de equilíbrio, em um cenário de volume restrito de animais prontos e escalas de abate equilibradas na indústria frigorífica, em torno de nove dias. A avaliação é da Scot Consultoria. A perspectiva para novembro ainda é de oferta enxuta, com preços sustentados pela expectativa de maior demanda por carne bovina no fim do ano. O pagamento do 13º salário, a partir do fim deste mês, e a geração de empregos temporários, tradicional nesta época do ano, são fatores que tendem a estimular o consumo de carne bovina. “A sensação para os próximos dias é de que a oferta deve seguir enxuta, com viés de perspectiva positiva no aspecto demanda. Nossa percepção é de que o cenário deve ser de estabilidade para alta no varejo de carne bovina”, diz, em vídeo divulgado pela consultoria, o analista Felipe Fabri. Em setembro, a cotação do boi gordo subiu 18%. Em outubro, a tendência de alta se manteve, mas em um ritmo bem menor. A valorização da arroba foi de apenas 2,2%, tomando por base o Estado de São Paulo. “As escalas de abate estão bem posicionadas, em torno de nove dias, e as indústrias frigoríficas têm tentado baixar preços de compra de boi. Mas como a oferta está reduzida, a pressão de baixa não tem força para continuar”, diz a analista da Scot Nicole Santos. Levantamento da consultoria aponta para estabilidade na maior parte das praças pesquisadas. Em São Paulo, a arroba do boi comum, para mercado interno, valia, em média, R$ 235,50 em Barretos e Araçatuba na sexta-feira (3/11). Em Mato Grosso do Sul, o valor médio era de R$ 230 em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. Entre as quedas, Marabá (PA) tinha arroba negociada a R$ 212; Oeste do Maranhão, a R$ 213; e Sudoeste de Mato Grosso, a R$ 203. Já o boi China, para exportação, era negociado a R$ 240 por arroba em São Paulo; a R$ 220 em Mato Grosso; e a R$ 230 em Goiás, Mato Grosso do Sul e na região de Paragominas (PA). No mercado de reposição, o cenário ainda é de poucos negócios, avalia a Scot Consultoria. Mesmo com a valorização do animal menos expressiva que a do boi, o que indicaria uma relação de troca favorável. Segundo Nicole Santos, os negócios em outubro ficaram praticamente estagnados. “A ponta compradora não está buscando bovinos de reposição e a ponta vendedora está tentando subir os preços, acompanhando as variações positivas do boi gordo, mas esse preço não está pegando”, avalia. Felipe Fabri acrescenta que, a depender da categoria de reposição, as altas entre setembro e outubro foram entre 5% e 6%, o que mantém um quadro “relativamente interessante” para recriadores. “Principalmente pensando no ano de 2024, que deve ser um ano em que a oferta de bezerrada deve chegar no mercado mais compassada. Fica um ponto de atenção. A relação de troca ainda tem mantido um quadro interessante para quem ainda não se preparou para a aquisição de boiadas, ainda é um quadro favorável”, diz ele.
GLOBO RURAL
ECONOMIA
Dólar tem leve queda em dia de agenda fraca e comentários de Lira sobre meta fiscal
Comentários do presidente da Câmara foram vistos como importantes para alterar a rota do câmbio na sessão
O dólar à vista fechou a sessão da segunda-feira em leve queda frente ao real, em dia em que a agenda de dados esteve mais fraca e o noticiário não ajudou a consolidar uma orientação consistente para o câmbio. Apesar disso, comentários do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre seu apoio à meta fiscal de déficit zero foram vistos como importantes para alterar a rota do câmbio na sessão. Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em queda de 0,16%, a R$ 4,8873. Perto das 17h15 o contrato futuro para dezembro recuava 0,26%, a R$ 4,9025. O real apresentava o quinto melhor desempenho frente ao dólar, de uma cesta de 33 moedas acompanhadas pelo Valor. A sessão de hoje foi marcada pela dificuldade do dólar em estabelecer uma orientação clara, oscilando entre leve queda e leve alta, em meio a uma agenda de dados bastante fraca aqui e no exterior. Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), participaram de evento do BTG. Enquanto o ministro falou sobre as dificuldades em solucionar o impasse da dívida, mencionando “dois meteoros fiscais criados em 2017”, o presidente da Câmara afirmou que Haddad deve continuar buscando alternativas para alcançar o déficit zero em 2024. Na avaliação de Roberto Motta, analista macro da Genial, o apoio de Lira à busca pela meta zero pode ter sido o motivo para que o dólar alterasse a rota na sessão de hoje e saísse de uma leve alta para ir para uma leve queda. “A hora que o dólar começou a cair foi justamente no momento em que saíram os comentários do Arthur Lira, defendendo a agenda do Haddad, de meta zero, e falando sobre votar a subvenção do ICMS”, diz. Como apontou o economista Vinicius Moreira do J.P.Morgan em nota, ainda que os números do setor externo tenham vindo perto do que era esperado pelo mercado, a balança comercial permanece forte em outubro. “Estendendo essa força da balança até o fim do ano, nós revisamos o déficit em conta corrente de 2023 de 2,2% do PIB para 1,9%.” Para Motta, a balança comercial é, inclusive, um dos fundamentos que vêm beneficiando o real. “Além, é claro, dos juros que devem continuar altos no Brasil, no melhor dos mundos, no patamar de 9,5%”, diz.
VALOR ECONÔMICO
Ibovespa fecha em alta pelo quarto pregão consecutivo
Índice teve fôlego limitado, em linha com pares globais, enquanto investidores seguiram monitorando a trajetória dos juros americanos
Mesmo após ganhos importantes na semana passada, o Ibovespa voltou a subir na segunda-feira e completou quatro pregões seguidos de altas. Ainda assim, o referencial brasileiro teve fôlego limitado, em linha com pares globais, enquanto investidores seguiram monitorando a trajetória dos juros americanos. Agentes locais analisam, adicionalmente, o noticiário político em Brasília e, no cenário micro, a divulgação de resultados corporativos do terceiro trimestre. No fim do dia, o índice subiu 0,23%, aos 118.431 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,6 bilhões no Ibovespa e R$ 18,28 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,18%, aos 4.365 pontos, Dow Jones fechou em alta de 0,10%, aos 34.095 pontos e Nasdaq teve alta de 0,30%, aos 13.518 pontos.
VALOR ECONÔMICO
Mercado ajusta projeção de inflação de 2024 em Focus sem novidades
Economistas consultados pelo Banco Central ajustaram marginalmente sua projeção de inflação para o ano que vem, mostrou na segunda-feira uma pesquisa Focus sem grandes alterações frente à sondagem da semana passada
De acordo com o mais recente levantamento semanal do BC, o mercado vê agora alta de 3,91% dos preços ao consumidor brasileiro em 2024, contra taxa de 3,90% estimada no boletim anterior. Para 2023, o Focus manteve inalterada a expectativa de inflação de 4,63%. Para 2024 e 2025 a conta também sendo de uma inflação de 3,5%. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Não houve mudanças em relação à percepção para a política monetária, com a taxa básica de juros Selic ainda calculada em 11,75% ao final de 2023 e em 9,25% em 2024. Já em relação à atividade, os economistas continuaram com a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,89% este ano e 1,50% em 2024.
Reuters
PIB vai avançar 3%, mas arrecadação não deve crescer nem 1%, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na segunda-feira que a arrecadação federal não deve aumentar “nem 1%” neste ano, apesar de apontar que o Produto Interno Bruto do país deve crescer 3% ao fim de 2023
Durante evento do BTG Pactual, Haddad ainda disse que uma série de “meteoros” do passado, como incentivos fiscais a governos estaduais e a pendência de precatórios, são os responsáveis pelas dificuldades na receita, destacando que representam um valor importante que impactam o marco fiscal.
Reuters
Setor de serviços do Brasil volta a território de expansão em outubro com recuperação da demanda
O setor de serviços brasileiro se recuperou para território de expansão em outubro, após ter contraído no mês anterior, com os empresários relatando retomada da demanda, mostrou uma pesquisa privada na segunda-feira
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da S&P Global para o Brasil subiu a 51,0 no mês passado, contra 48,7 em setembro –quando havia registrado a primeira contração em sete meses. Segundo a pesquisa, o ritmo de alta outubro foi o mais acelerado desde junho, consistente com um “ritmo de expansão moderado”. A marca de 50 separa expansão de retração da atividade. Os participantes da pesquisa citaram em outubro conquistas de novos negócios, com a taxa de crescimento desse componente marcando o resultado mais forte desde junho, ficando acima da média de longo prazo. Houve ainda melhora da demanda, o que os empresários apontaram como fator por trás da expansão das vendas. “A melhoria na demanda por serviços sugeriu que o consumo privado e os investimentos em negócios mostraram sinais de resiliência”, disse Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence. Por outro lado, o aumento das vendas exerceu pressão sobre a capacidade de alguns provedores de serviços, de forma que os negócios pendentes subiram pela primeira vez desde maio de 2022. Isso por sua vez, levou algumas empresas a aumentar o quadro de funcionários. Para o setor como um todo, no entanto, o ritmo de expansão do emprego foi “modesto”. Além disso, os custos dos insumos aumentaram em outubro à taxa mais acelerada desde junho, com os participantes da pesquisa citando custos mais elevados de materiais — devido às contas de energia, alimentos, combustíveis, seguros e água — e mão de obra. Esse aumento foi repassado pelos provedores de serviços, que elevaram seus próprios preços no início do quarto trimestre, com a taxa de inflação registrando o ritmo mais acelerado desde junho e ficando acima de sua média de longo prazo. Em relação à confiança do setor, as expectativas entre as empresas de serviços registraram melhora em relação a setembro, com mais de 56% dos participantes da pesquisa prevendo crescimento da atividade de serviços ao longo dos próximos 12 meses. Com a recuperação do setor de serviços compensando contração na indústria brasileira em outubro, o PMI Composto do país subiu a 50,3 no início do quarto trimestre, contra leitura de 49,0 em setembro. “As pesquisas do PMI de outubro mostraram um resultado líquido positivo para a economia do setor privado brasileiro, já que a expansão na atividade de serviços foi mais do que suficiente para compensar outro enfraquecimento no lado do setor industrial”, disse Lima.
Reuters
EMPRESAS
Mercado interno de carne bovina dá sinais de recuperação no 3º tri, segundo O Minerva
O cenário doméstico para a indústria de carne bovina brasileira começou a apresentar melhora no terceiro trimestre, segundo o relatório Panorama Setorial divulgado pela Minerva Foods na segunda-feira (6)
“A performance do mercado interno começa a apresentar sinais de recuperação. O bom momento do ciclo pecuário brasileiro e a consequente disponibilidade de animais, aliado à sazonalidade do segundo semestre, devem incentivar o crescimento do consumo de carne bovina no mercado doméstico”, disse a empresa. A Minerva divulga relatórios com o panorama do setor de carne bovina nos mercados onde atua antes da apresentação dos resultados financeiros trimestrais. A empresa divulgará os resultados referentes ao terceiro trimestre na quarta-feira (8), após o fechamento do mercado. Segundo os dados compilados pela Minerva, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 541 mil toneladas no terceiro trimestre, alta de 15% em relação ao trimestre anterior. A receita com as exportações de carne bovina in natura de julho a setembro somou US$ 2,5 bilhões, alta de 5% ante o segundo trimestre. O principal destino da carne bovina brasileira no terceiro trimestre foi a China, respondendo por 63% do total, seguida do Chile (6%), Emirados Árabes Unidos (3%), Filipinas (3%), Rússia (3%) e Arábia Saudita (2%). Nos nove primeiros meses de 2023, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 1,4 milhão de toneladas, gerando receita de US$ 6,8 bilhões.
CARNETEC
MEIO AMBIENTE
Estudo vê aumento das emissões de gases da indústria de carnes
Volume cresceu 3% no intervalo de 12 meses mais recente, segundo levantamento da organização FAIRR; JBS é a única brasileira da lista
De acordo com a FAIRR, a americana Tyson Foods liderou as emissões em termos absolutos. O volume de emissões de gases causadores do efeito estufa das 20 maiores empresas de carnes e lácteos do mundo cresceu 3% no último intervalo de 12 meses sobre os quais há dados disponíveis, segundo a FAIRR, uma rede de investidores com US$ 70 trilhões de ativos sob gestão. O levantamento considerou o valor de mercado das companhias como o critério de elaboração do ranking. “O insucesso das líderes no setor de carne e laticínios em reduzir suas emissões neste ano destaca a necessidade urgente de se dar mais foco a alimentos e agricultura na COP 28”, disse Jeremy Coller, presidente e fundador da FAIRR, em menção à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas que ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a partir de 30 de novembro. Segundo a organização, os dados de emissões aparecem na última divulgação de cada empresa disponível no intervalo entre abril e agosto de 2023, quando a avaliação ocorreu. Para fazer a comparação, a FAIRR disse ter considerado o período de 12 meses até o mês indicado no relatório das empresas e os 12 meses imediatamente anteriores. De acordo com a FAIRR, a americana Tyson Foods liderou as emissões em termos absolutos, ainda que o volume tenha caído em relação ao ano anterior. A companhia liberou 104 milhões de toneladas de gases no intervalo de 12 meses considerado no estudo, o que representou uma queda de 0,52% em relação ao ano anterior. As emissões de 11 das 20 empresas da lista aumentaram entre um ano e outro. No caso da única brasileira da lista, a JBS, o volume cresceu 5,66%, para 71,1 milhões de toneladas, diz a organização. Com aumento de mais de 62%, o volume das emissões da americana Hormel Foods foi o que mais subiu. Ainda que tenha considerado os balanços de emissões disponíveis entre abril e agosto, os intervalos cobertos pelo estudo da FAIRR não cobrem os mesmos períodos de tempo. No caso específico da JBS, a organização considerou o relatório que a companhia publicou no ano passado. O documento reúne os dados do período entre 2020 e 2021, quando as emissões totais da companhia de fato cresceram. O relatório mais recente, publicado no dia 31 de agosto deste ano, informa que as emissões da empresa caíram 9% entre 2021 e 2022, mas esse balanço é menos abrangente: o volume considera apenas as emissões dos chamados escopos 1 e 2, em que entram as operações da própria companhia, e não as do escopo 3, que inclui também os fornecedores. “Infelizmente, este relatório [de sustentabilidade] foi publicado após a produção do Coller FAIRR Protein Producer Index e, por isso, as emissões atualizadas da JBS não foram capturadas na análise FAIRR”, disse a empresa, em nota. A companhia disse que, no momento, está atualizando sua pegada de emissões globais de gases de efeito estufa de escopo 3, “em linha com a recém-lançada FLAG Guidance e com a versão preliminar do GHG Protocol Land Sector Removals Guidance”. No relatório, a FAIRR avaliou como positivo o aumento da transparência das empresas sobre suas emissões. Hoje, 40% delas relatam as emissões do chamado escopo 3. Os dados do levantamento fazem parte da sexta edição do índice Coller FAIRR Protein Producer, que avalia 60 companhias de proteína animal de capital aberto de todo o mundo. Somadas, elas tinham valor de mercado de US$ 364 bilhões no dia 1 de março deste ano. Nesse ranking mais amplo, a Marfrig é a brasileira com a melhor avaliação: considerada de baixo risco para investimentos, ela figura na quarta posição geral.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Arroba suína e carcaça têm altas em São Paulo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF teve aumento de 0,82%, custando, em média, R$ 123,00, enquanto a carcaça especial teve alta de 2,11%, com valor de R$ 9,70/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (3), houve tímida queda de 0,15% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,46/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,12/kg) e em Santa Catarina (R$ 6,01/kg). Foram registradas altas de 0,33% no Rio Grande do Sul, alcançando R$ 6,11/kg, e de 0,46% em São Paulo, fechando em R$ 6,52/kg.
Cepea/Esalq
Cotação do frango congelado cai e do resfriado sobe em SP
De acordo com análise do Cepea, a liquidez no mercado brasileiro de frango esteve aquecida ao longo de outubro. Esse cenário elevou os preços da carne na maioria das regiões acompanhadas pelo órgão
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, assim como o frango no atacado, valendo R$ 7,03/kg. No caso do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado em R$ 4,47/kg, assim como em Santa Catarina, custando R$ 4,26/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (3), a ave congelada teve tímida alta de 0,14%, chegando a R$ 7,35/kg, enquanto o frango resfriado caiu 0,27%, fechando em R$ 7,32/kg.
Cepea/Esalq
São Paulo registra caso de gripe aviária em mamífero marinho e Brasil atinge 139 ocorrências
De acordo com a atualização da plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dedicada a informar casos de influenza aviária de alta patogenicidade, um novo caso foi confirmado no litoral de São Paulo
Desta forma, o país soma agora 139 casos da doença, sendo 3 em aves de subsistência e 5 em mamíferos marinhos. O registro foi em Ilha Comprida, no litoral paulista, em um Leão-marinho-da-patagônia. No Brasil, até o momento, ainda há 20 casos suspeitos de contaminação da doença em investigação. Total: Espírito Santo: 31 (sendo 30 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência). Rio de Janeiro: 23 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 05 (02 em ave silvestre e 03 em animais marinhos). São Paulo: 44 (43 em aves silvestres e 01 em mamífero marinho); Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 12 (aves silvestres). Santa Catarina: 19 (17 em ave silvestre, 01 em ave de subsistência e 01 em mamífero marinho). Mato Grosso do Sul: 01 em ave de subsistência
MAPA
ABPA lança nova etapa de campanha de prevenção à Influenza Aviária
Biosseguridade de toda a avicultura do país é tema da ação, que integrará cadeia produtiva em esforço nacional pela blindagem do setor
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lançou ontem a nova etapa da campanha nacional setorial de prevenção à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), ação que integrará esforços de toda a cadeia produtiva em uma mobilização para ampliar a difusão das informações sobre os cuidados contra a enfermidade no Brasil. Nesta nova etapa, a campanha setorial ampliará seu escopo, contemplando também produções não comerciais, as chamadas subsistência ou “fundo de quintal” e o público em geral. Para isso, serão produzidos novos materiais para distribuição por Whatsapp e outras redes sociais, incluindo vídeos, cards, e arquivos para impressão. A nova etapa da campanha de prevenção também subsidiará entidades estaduais do setor para ações regionais. Folders e cartazes em formato eletrônico serão disponibilizados para distribuição em locais mais sensíveis ao tema, como áreas litorâneas e núcleos de produção. A ABPA também mantém informações gerais sobre cuidados, orientações sobre notificação e outros dados no site oficial da campanha Brasil Livre de IA. “O trabalho de preservação da biosseguridade na avicultura nacional segue intensificado, o que permitiu ao Brasil manter a avicultura industrial livre de Influenza Aviária. Por outro lado, todos devem se manter em total atenção, considerando o período de migração das aves para o Hemisfério Sul. Exatamente por isso, ampliamos o foco da nossa campanha para públicos que, embora não se voltem à produção industrial e não tenham influência no abastecimento nacional e nas exportações, devem também ser agentes de preservação do status sanitário do Brasil”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin. O Brasil é o único país entre os grandes produtores a nunca registrar casos de Influenza Aviária na produção industrial. Por isso, o país é reconhecido como livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
ABPA
ABRAFRIGO
imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br
POWERED BY EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
041 996978868