CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2049 DE 23 DE AGOSTO DE 2023

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Ano 9 | nº 2049 |23 de agosto de 2023

 

NOTÍCIAS

Negócios frios no mercado do boi em São Paulo

Com escalas de abate bem-posicionadas e consumo interno fraco, parte das indústrias frigoríficas permaneceram fora das compras. Os preços de todas as categorias de bovinos destinados ao abate ficaram estáveis na comparação dia a dia, com ofertas de compra abaixo da referência

Pelos dados da Scot, a arroba do boi gordo paulista está em R$ 210, a da vaca em R$ 195 e a da novilha em R$ 206 (preços brutos e a prazo). Em São Paulo, o “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses) está cotado em R$ 220/@ (preço bruto e a prazo), perfazendo um ágio de R$ 10/@ sobre o animal negociado no mercado interno. Na região de Paragominas no Pará, as cotações de todas as categorias de bovinos destinados ao abate permaneceram estáveis na comparação diária. Na exportação de carne bovina in natura, até a terceira semana de agosto, a média diária de carne bovina in natura exportada foi de 8,9 mil toneladas, aumento de 0,8% frente à média diária de agosto/22. Na mesma comparação, o preço pago por tonelada está em US$4,5 mil/t, queda de 26,4%, ocasionando por tabela, queda de 25,8% no faturamento médio diário, que ficou em US$40,1 milhões.

SCOT CONSULTORIA

Arroba do boi gordo continua caindo pelo Brasil

A situação no mercado físico do boi gordo continua a desafiar os pecuaristas, com os preços registrando quedas

De acordo com informações fornecidas pela Safras & Mercado, os preços mais baixos não impediram os frigoríficos de adquirirem quantidades substanciais de boiadas. As indústrias frigoríficas estão em uma posição favorável, graças às escalas de abate que ainda se mantêm satisfatórias. Entretanto, tanto no mercado interno quanto no internacional, os preços da carne bovina permanecem pressionados, o que está impactando diretamente as receitas das empresas. Diante desse cenário, a necessidade de cortar custos se torna mais urgente. Para os pecuaristas, a atual temporada tem sido repleta de prejuízos, levando a uma tendência de redução nos investimentos. O analista Fernando Henrique Iglesias ressalta que essa postura certamente afetará a produtividade média da atividade no médio e longo prazo. Em centros importantes para o mercado de boi gordo, os preços registraram as seguintes referências: Em São Paulo, Capital, a arroba do boi foi cotada a R$ 207,00. Em Goiânia, Goiás, o valor atingiu R$ 195,00 por arroba. Em Uberaba (MG), a arroba alcançou R$ 205,00. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 213,00. Já em Cuiabá, a arroba ficou em R$ 193,00. O segmento atacadista também reflete essa tendência de queda nos preços. O analista Iglesias aponta que a relação entre atacado e varejo tem contribuído para essa retração de preços no curto prazo. Além disso, a carne de frango continua a ser mais competitiva em comparação com outras proteínas, especialmente com a carne bovina. No que tange aos preços no atacado, algumas cotações de destaque são: O quarto traseiro foi comercializado a R$ 16,30 por quilo, representando uma queda de R$ 0,60. O dianteiro bovino teve seu preço ajustado para R$ 12,30 por quilo, uma redução de R$ 0,40. A ponta de agulha foi vendida a R$ 12,15 por quilo, sofrendo uma diminuição de R$ 0,55.

AGÊNCIA SAFRAS

Preços do boi gordo seguiram sob intensa pressão na primeira quinzena de agosto de 2023, aponta Itaú BBA

Indicador Cepea acumulou queda de 6% nos primeiros quinze dias deste mês frente à média de julho

O indicador Cepea acumulou queda de 6% nos primeiros quinze dias deste mês frente à média de julho, enquanto a carcaça casada caiu 2,8%. Com isso, o spread dos frigoríficos no mercado doméstico voltou a melhorar após leve acomodação em julho. Para o mercado registrar uma recuperação nas cotações, é importante que os preços pagos pela tonelada da carne bovina in natura exportada se recuperem, informou o Itaú BBA. O Itaú alerta que na China está ocorrendo um enfraquecimento dos preços locais da carne bovina, após um longo período em elevação. “O problema é que, como a moeda chinesa voltou a se desvalorizar, a pressão para reduzir os preços em dólares tem crescido. Até o ano passado, os preços da carne bovina no atacado chinês estavam firmes, apesar da desvalorização cambial ter pesado sobre os preços em dólares”, disse o Itaú BBA. O cenário para as exportações para a China segue favorável nos próximos meses. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), fez ajustes nas projeções globais de oferta e demanda por carne bovina, elevando a projeção da produção chinesa em 100 mil t (total de 7,5 milhões de t, aumento de 4,5% sobre 2022). O crescimento anual da produção chinesa, da ordem de 320 mil t, será superior ao do Brasil (300 mil t). Ainda assim, a necessidade de importação da China foi mantida em 3,5 milhões de t, igual ao observado no ano anterior. “Para o Brasil, o Departamento estima aumento de 2,9% na produção e 5,2% nas exportações em relação ao ano passado. Acreditamos que a produção deve crescer mais que isso e as exportações menos”, completou o Itaú BBA. No confinamento, o volume de gado terminado nos próximos meses deve ser superior ao do ano anterior. “Apesar da percepção de que os confinamentos menores estão mais vazios, é possível que as operações maiores devam mais do que compensar. Neste contexto, é importante que o lado da demanda não perca tração, sobretudo porque a oferta nos próximos meses será baseada em gado confinado, ou seja, que precisa sair da engorda intensiva tão logo esteja pronto, a despeito das condições de mercado”, finalizou.

Itaú BBA

Com baixo escoamento da carne bovina, escalas de abate seguem alongadas no estado do Mato Grosso

As programações de abate no estado do Mato Grosso seguem alongadas e atendem a média de 10,92 dias úteis. De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), esse cenário se deve ao baixo escoamento da carne bovina no mercado interno

A referência para a vaca gorda foi cotada a R$ 173,39/@, recuo de 1,97% ante a última semana. No caso do boi gordo, os preços tiveram uma baixa de 1,97% no comparativo semanal, em que está atualmente precificado em R$ 173,39/@. “Na Bolsa Brasileira (B3), o contrato com vencimento em out/23 desvalorizou 7,31% no último comparativo semanal, e fechou na média de R$ 208,72/@”, relatou o instituto em seu boletim semanal. Com relação ao diferencial de base entre o estado do Mato Grosso e São Paulo, a parcial de ago/23 (até 15/08) teve uma queda de 14,27%. “O indicador está 9,38 p.p. maior que o observado em ago/21, quando a diferença entre as cotações do boi gordo em MT e SP (valores a prazo e livre de Funrural) foi de 4,89%, frente ao período em que a @ do boi gordo em MT estava em R$ 300,99/@”, destacou o IMEA. O instituto ainda disse que a maior oferta de bovinos nos abates no estado justifica a maior desvalorização dos preços no estado e o alongamento no diferencial de base. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o acumulado dos abates de janeiro a março deste ano 23 em São Paulo foi 7,36% menor que no mesmo período de 2022. Já no estado do Mato Grosso, o volume de bovinos abatidos foi 7,41% maior no mesmo comparativo. Desse modo, no curto prazo, a maior oferta de bovinos nas indústrias do Mato Grosso frente ao estado de São Paulo tende a pressionar os preços matogrossenses de forma mais intensa, permanecendo o distanciamento entre as cotações do estado.

IMEA

Preços caem nos supermercados de SP, com destaque para carne bovina

Menor custo de engorda do boi de corte, com a redução do preço da ração animal no início deste ano produziu efeito direto sobre o preço das demais proteínas animais

Os preços da carne bovina caíram 10% nos supermercados paulistas desde janeiro e, especificamente, 3,5% em julho, segundo levantamento feito pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) em parceria com a Fipe. Foi a maior redução da categoria chamada semielaborada, que registrou baixa de 3,56% em julho, o segundo mês consecutivo. O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), que mede a cesta completa de produtos, caiu 1% no mês. Com o resultado de julho, a inflação acumulada no ano ficou em 0,60%, menor índice desde 2018, e segundo menor resultado desde 2007. “A redução no preço da carne bovina é resultado, sobretudo, do menor custo de engorda do boi de corte. A redução do preço da ração animal no início deste ano produziu efeito direto sobre o preço das demais proteínas animais”, afirma a Apas, em nota. Ainda na categoria semielaborada, a carne suína deflacionou 2,7% em julho e acumula queda de 5,64% no ano. Já o quilo do frango ao consumidor paulista recuou 5,48% em julho, com redução de 20,6% no ano. O preço dos pescados também apresentou redução no mês passado, de 0,87%. Com isso, a alta acumulada no ano desacelerou para 0,36%.

GLOBO RURAL

Boi gordo: arroba brasileira é a mais barata entre os principais mercados mundiais

Confira a lista dos valores da arroba do boi gordo nos principais países concorrentes

Em razão da maior oferta de boi gordo terminado no mercado brasileiro e a desvalorização do dólar frente ao real, o animal pronto para o abate cotado em dólar atingiu as mínimas desde agosto/20, informou o economista Yago Travagini, consultor da Agrifatto. Segundo cálculos do analista realizados em 15 de agosto, em São Paulo, o indicador Cepea atingiu US$ 43,55/@, acrescenta o analista. “A diferença entre o preço do boi gordo brasileiro e a média ponderada do boi gordo no mundo está em níveis que não eram observados há anos”, relata Travagini. Segundo ele, o spread (diferença) encontra-se em -29% em relação ao valor da média ponderada do boi gordo no mundo. “Trata-se da maior diferença de preço (em relação ao valor médio do boi gordo no mundo) desde junho/19”, afirma o consultor. “Ainda existe possibilidades de um alargamento da diferença, pois a pressão no mercado brasileiro continua”, completa o economista da Agrifatto. Veja a lista dos valores da arroba do boi gordo nos principais países concorrentes, em dólares (base 15/8). (Fonte: Agrifatto): Brasil: US$ 43,55/@; Austrália: US$ 48/@; Paraguai: US$ 49/@; Uruguai: US$ 51/@; Nova Zelândia: US$ 54/@; Argentina: US$ 68/@; EUA: US$ 98/@.

PORTAL DBO

ECONOMIA

Dólar à vista fecha em queda de 0,84%, a R$4,9372 na venda

O dólar fechou em queda acentuada frente ao real na terça-feira, pressionado por cenário internacional mais favorável a ativos de risco em sessão sem grandes catalisadores, tendo como pano de fundo novas declarações de autoridades do Banco Central sobre a política monetária.

O dólar caiu 0,84%, a 4,9372 reais na venda, recuo mais acentuado desde 24 de julho (-0,98%). No entanto, a divisa ainda acumula alta de 4,40% até agora em agosto.

REUTERS

Ibovespa fecha em alta puxada por Vale e expectativa sobre arcabouço fiscal

O Ibovespa fechou em alta na terça-feira, puxado principalmente pelo avanço de mais de 2% das ações da Vale em dia de avanço dos futuros do minério de ferro, assim como suporte pelas expectativas de uma definição envolvendo o novo arcabouço fiscal do país

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,54 %, a 116.196,52 pontos, de acordo com dados preliminares. Apesar do desempenho, ainda contabiliza perda de 4,7% em agosto. O volume financeiro nesta terça-feira somava 18,14 bilhões de reais.

REUTERS

Câmara aprova novo arcabouço fiscal e texto segue para sanção presidencial

Despesas do Fundeb e do Fundo Constitucional do DF são excluídas de marco fiscal

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira o projeto de lei do novo arcabouço fiscal do país, que estabelece regras sobre o quanto o governo federal poderá gastar nos próximos anos. Com isso, o texto será encaminhado para sanção presidencial a tempo de permitir que o Executivo envie na próxima semana a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 já sabendo quais serão as normas a serem seguidas. Os deputados decidiram deixar as despesas do Fundo de Valorização da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo Constitucional do Distrito Federal de fora do novo arcabouço, mas incluíram as da ciência e tecnologia. Os deputados analisaram apenas as modificações feitas pelos senadores no texto, sem possibilidade de incluir novas mudanças. A exclusão do Fundeb e do Fundo do Distrito Federal teve amplo apoio, aprovada por 379 votos a 64, mas a principal demanda do governo sequer chegou a ser votada e acabou rejeitada por acordo entre os partidos. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, pedia a aprovação de emenda do Senado que a autorizava a incluir cerca de R$ 32 bilhões na LOA de 2024 como “despesas condicionadas”, o que evitaria a necessidade de propor cortes agora. O projeto do arcabouço limita o crescimento das despesas do governo federal à inflação do ano anterior mais 70% do incremento das receitas. Os deputados, contudo, mudaram a data de aferição da inflação em relação aos planos iniciais do governo, para que o cálculo seja feito com base no aumento dos preços acumulado nos 12 meses até junho. Isso, porém, criou problema para o Executivo neste ano, porque a inflação nos 12 meses até junho foi de 3,16%, mas no acumulado do ano deve ficar em torno de 5%. Para “corrigir” isso, os parlamentares permitiram que, apenas neste primeiro ano, o governo eleve as despesas para 2024 com base na inflação estimada em dezembro. No Senado, o governo conseguiu aprovar emenda para que a LOA seja enviada já com esse adicional de R$ 32 bilhões, o que exigiria cortes se a inflação em dezembro for menor do que a esperada hoje. A Câmara rejeitou essa proposta com o argumento de que, ao incluí-la no arcabouço, poderia se abrir uma brecha permanente. Governistas defenderam que as despesas condicionadas sejam liberadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. “O governo poderá apresentar sua proposta orçamentária com essa previsão de despesa condicionada, que nós não queríamos, mas aceitamos pela LDO”, afirmou o relator do arcabouço, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA). O Executivo enviou em agosto mensagem modificativa à LDO com essa solicitação. Segundo o relator da LDO, deputado Danilo Forte (UniãoCE), não haverá tempo de votar a LDO até 31 de agosto, mas que a mensagem é suficiente para dar o aval. A aprovação do arcabouço foi celebrada por petistas e governistas, mas o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) questionou em plenário a “sabotagem” ao arcabouço com a rejeição de matérias que serão necessárias para aumentar as receitas e permitir a expansão das despesas. A pressão do Centrão fez com que o governo desistisse, momentaneamente, da tributação de investimentos de brasileiros no exterior, que será tratada num futuro projeto de lei.

VALOR ECONÔMICO

Arrecadação federal tem queda real de 4,20% em julho e fica abaixo do esperado

A arrecadação do governo federal teve queda real de 4,20% em julho sobre o mesmo mês do ano anterior, a 201,829 bilhões de reais, informou a Receita Federal na terça-feira

O dado veio abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, que apontava para arrecadação de 203,558 bilhões de reais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou na semana passada que a arrecadação havia despencado em todo o país em julho, citando também os tributos estaduais. Na ocasião, ele citou essa redução como um sinal de que o Brasil teria um problema grave se o Banco Central tivesse demorado ainda mais para iniciar o ciclo de cortes na taxa básica de juros. Após sinais firmes de que a alta dos preços ao consumidor está esfriando, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu no início deste mês cortar a Selic em 0,50 ponto percentual, a 13,25% ao ano, indicando que fará novos cortes na mesma magnitude nos próximos meses. A arrecadação administrada pela Receita, que engloba a coleta de impostos de competência da União, teve decréscimo real de 0,74% em julho sobre o mesmo mês de 2022, a 187,1 bilhões de reais. No acumulado de janeiro a julho de 2023, no entanto, houve alta ajustada pelo IPCA de 1,24%, informou o órgão. Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, tiveram queda real bem mais acentuada no mês passado, de 33,65%, a 14,7 bilhões de reais. No período de janeiro a julho deste ano, a queda foi de 23,25%, a 85,9 bilhões de reais. Apenas a arrecadação advinda de royalties despencou 32,40% em termos reais, a 47,5 bilhões de reais. De acordo com a Receita, o resultado da arrecadação de julho foi influenciado ainda por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos, especialmente de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), tanto em 2022 quanto em 2023. No mês passado, ambos os tributos renderam uma arrecadação de 47 bilhões de reais, queda real de 14,90% sobre julho de 2022, sob o impacto de um recolhimento atípico de 4 bilhões de reais no ano passado. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a arrecadação total teve queda ajustada pela inflação de 0,39% na comparação com o mesmo período de 2022, a 1,345 trilhão de reais.

Reuters

Produção agroindustrial cai 1,2% no semestre

A produção agroindustrial no Brasil registrou uma queda de 1,2% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a pesquisa mensal sobre a agroindústria realizada pela FGV Agro

A análise da instituição aponta que essa redução no Índice de Produção Agroindustrial, conhecido como PIM Agro, nos primeiros seis meses do ano se deve, em grande parte, à diminuição de 5,2% no segmento de produtos não alimentícios, que engloba insumos agropecuários, produtos têxteis e produtos florestais. Por outro lado, o segmento de produtos alimentícios e bebidas apresentou um desempenho 2,2% superior no mesmo período comparativo. No âmbito dos produtos não alimentícios, a queda no indicador foi liderada pelo declínio nos insumos agropecuários (17,2%), produtos têxteis (5,1%) e produtos florestais (4,1%), que foram parcialmente compensados pelo aumento de 12% no setor de biocombustíveis e de 2,6% no segmento de fumo. A FGV ressalta que o desempenho econômico do Brasil no segundo trimestre de 2023 foi inferior ao dos primeiros três meses do ano, que foi favorecido principalmente pelo bom resultado do setor agropecuário nacional. A produção agroindustrial, especialmente a de produtos não alimentícios, segue a mesma tendência da economia brasileira e ainda não conseguiu iniciar um período de crescimento, conforme indicado na pesquisa divulgada pela FGV nesta segunda-feira, 21. A FGV Agro observa que, apesar da retração na atividade da agroindústria, o segmento de alimentos e bebidas apresenta uma “maior resiliência” do que a indústria de transformação e a indústria em geral, que tiveram quedas de 1,3% e 0,3% no mesmo período, respectivamente. Em junho, o PIM Agro registrou uma redução de 1,2% em relação a maio e de 1,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme os dados da FGV. A instituição observa que a diminuição na produção da agroindústria no mês foi ligeiramente menos acentuada do que a queda de 1,5% observada na Indústria de Transformação, utilizando a mesma base de comparação.

FGV Agro

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: quedas nas cotações. Indústrias retraídas nas compras

De acordo com a Scot Consultoria, o valor da carcaça especial teve queda de 1,12%/1,09% frente ao dia anterior e está precificada em R$ 8,80/R$ 9,10 por kg. Assim como os preços para o suíno CIF estão cotados em R$ 112,00/@ e R$ 115,00/@, baixa de 1,75% e 1,71%, respectivamente

A Scot informou que a semana começou com queda de referência em São Paulo. O relato é de que há estoques nas indústrias e dificuldade no escoamento da produção. Com isso, houve menor apetite pelos compradores no atacado ou nas granjas. “Em curto prazo, há espaço para vermos quedas nos próximos dias, dado o período do mês e os estoques vigentes, reduzindo o apetite dos mercados em reportem seus estoques”, disse o analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri. O preço do animal vivo em Minas Gerais está em R$ 6,55/kg, queda de 1,50%, conforme foi divulgado pelo Cepea/Esalq referente às informações da última segunda-feira (21). Já no estado do Paraná o preço ficou em R$ 6,09/kg, com baixa de 1,93%. O preço do animal vivo em São Paulo está em R$ 6,46/kg, recuo de 1,27%. Em Santa Catarina, o animal vivo teve queda de 1,17% e está em R$ 5,93/kg. No Rio Grande do Sul, o preço do suíno teve baixa de 1,50% e está cotado em R$ 5,93/kg.

Cepea/Esalq

Mercado do frango em São Paulo com estabilidade

De acordo com a Scot Consultoria, o mercado iniciou a semana com vendas pouco volumosas e a ponta compradora procurando abastecer-se com o mínimo possível para atender à demanda vigente. A Scot Consultoria informou que os preços para o frango na granja seguem estáveis em R$ 5,00/kg e o frango no atacado paulista está em R$ 6,10/kg, com baixa de 0,31%

Nas granjas, persiste a estabilidade, disse a Scot. “Com o produtor independente remunerado em R$5,00/kg nesse início de semana, no interior de São Paulo. Há um cenário equilibrado entre a oferta vigente e a necessidade da ponta compradora”, destacou o analista de Mercado, Felipe Fabbri. A referência para o frango vivo em Santa Catarina teve avanço de 8,87% e está em R$ 4,42/kg.  conforme divulgado pela Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). No Paraná, a cotação do frango vivo está estável em R$ 4,50/kg. Em São Paulo, a cotação do frango vivo está sem referência. No último levantamento realizado pelo Cepea na segunda-feira (21), o preço do frango congelado apresentou queda de 1,66% e está em R$ 6,52/kg. Já o frango resfriado registrou recuo de 2,45% e está sendo negociado em R$ 6,37/kg.

Cepea/Esalq

INTERNACIONAL

China vem substituindo importações de carne bovina

De acordo com o boletim Gain Report, divulgado pelos adidos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a China deverá produzir 7,7 milhões de toneladas de carne bovina em equivalente carcaça no ano de 2024

Em 2023, a previsão é de uma produção de 7,5 milhões de toneladas. Para atingir essa produção, a China deverá realizar o abate de aproximadamente 51,8 milhões de bovinos em 2024, em comparação com a expectativa de abate de 50,3 milhões de animais neste ano. Quanto às importações, o país asiático estima adquirir cerca de 3,320 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, enquanto que para 2023, espera-se importações na ordem de 3,5 milhões de toneladas. No que se refere ao consumo interno, a projeção é de um consumo de aproximadamente 10,999 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, contrastando com a estimativa de uma demanda de 10,980 milhões de toneladas para o ano de 2023.

GAIN REPORT/USDA

Itália e Uruguai querem proibir carne cultivada em laboratório

O mercado de carne cultivada em laboratório entrou na mira dos governos da Itália e do Uruguai, países onde projetos de lei prevendo a proibição da produção e da comercialização desse tipo de alimento avançam no legislativo

No caso italiano, onde a tramitação está mais avançada, o projeto foi proposto pelo próprio executivo em março deste ano, três meses após a primeira ministra de extrema-direita Giorgia Meloni declarar guerra ao que chamou de “alimentos artificiais”. O texto foi aprovado em julho pelo Senado e aguarda votação na Câmara dos Deputados italiana. No Uruguai, a iniciativa partiu do senador Sebastián da Silva, que é produtor rural e inimigo autodeclarado da carne cultivada em laboratório. Em seu projeto, apresentado em junho, o parlamentar propõe a mudança de uma lei já existente que restringe a rotulagem desse tipo de alimento, proibindo o uso do termo “carne” ou qualquer representação que sugira se tratar de um produto de origem animal. O novo texto, ainda sem data para votação, propõe a proibição da importação, fabricação e venda de produtos alimentícios que contenham células de cultivo animal produzidas em laboratório. Ambas as iniciativas argumentam que os efeitos desses produtos para a saúde humana ainda são desconhecidos e invocam o princípio da precaução para a sua proibição até que haja estudos que comprovem a sua segurança. De acordo com Alexandre Cabral, vice-presidente de políticas públicas do GFI Brasil, órgão que defende o setor de proteínas alternativas, a reação do setor nos dois países tem motivações políticas sem embasamento científico, e os riscos apontados no processo de multiplicação in vitro também existem em alimentos obtidos pela produção convencional. “Na Itália, há comprovações de que o atual governo tem compromissos de reeleição com a cadeia da pecuária italiana. No Uruguai é a mesma coisa. O Uruguai tem um rebanho maior que sua população e a economia baseada na pecuária. Então é natural que esses grupos tenham uma força política muito grande”, observa Cabral. No Brasil, lembra o executivo, esse debate também tem ocorrido, mas focado na rotulagem de proteínas alternativas, como os plant-based. Em consulta pública desde julho, a proposta do Ministério da Agricultura e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de que seja permitido o uso de termos como “carne”, “queijo” e “leite” desde que acompanhados da expressão “análogo vegetal de”. “Não há uma definição no Brasil de qual nome pode ter a carne cultivada em laboratório, entretanto o país tem uma situação muito peculiar porque quase todas as grandes empresas de proteína animal, em geral, também têm proteínas alternativas nos seus portfólios”, acrescenta Cabral.

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