Ano 6 | nº 1371| 27 de novembro de 2020
NOTÍCIAS
Pressão de baixa no mercado do boi gordo e frigoríficos fora das compras
Por mais um dia, as indústrias abriram as negociações derrubando os preços do boi gordo, ofertando R$5,00/@ a menos na comparação diária, com alguns frigoríficos fora das compras na última quinta-feira (26/11)
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a arroba do boi gordo ficou cotada em R$276,00, preço bruto e à vista. As ofertas para vaca gorda também recuaram, R$1,00/@, cotada em R$260,00/@, preço bruto e à vista. A novilha ficou cotada em R$270,00/@, nas mesmas condições. Em Mato Grosso do Sul, na praça de Dourados a cotação da arroba do boi gordo caiu R$2,00/@ na comparação feita dia a dia e ficou em R$270,00/@, considerando o preço bruto e à vista. Os preços da vaca e da novilha caíram R$5,00/@, cotadas em R$258,00/@ e R$262,00/@, respectivamente, bruto e à vista. Na praça de Três Lagoas a queda foi ainda maior. A arroba do boi gordo caiu R$5,00 na comparação diária, cotada em R$263,00, bruto e à vista. As fêmeas também apesentaram queda, de R$3,00/@ para a vaca e R$2,00/@ para a novilha, apregoadas em R$253,00/@ e R$258,00/@, respectivamente.
SCOT CONSULTORIA
Boi gordo: ritmo das vendas diminui e preços registram nova queda
A arroba do boi gordo passou de R$ 280 para R$ 278; mesmo com oferta restrita de animais, frigoríficos mantém escalas confortáveis
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos na quinta-feira, 26. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos voltaram a pressionar os pecuaristas por preços mais baixos. Com isso, segundo Iglesias, o fluxo de negócios fica mais arrastado. “Os frigoríficos de maior porte ainda sinalizam para uma posição de maior conforto em suas escalas de abate, posicionadas entre quatro e seis dias úteis. No entanto, o mercado ainda conta com alguns elementos de sustentação, a começar pela oferta muito restrita de animais terminados, com uma grande dependência da oferta de animais confinados para atender a programação dos frigoríficos no período de maior demanda do ano. Somado a isso, temos o auge da demanda doméstica de carne bovina e o bom ritmo de embarques nas últimas semanas, fatores que enxugam a oferta doméstica”, salienta o analista. Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 278 a arroba, ante R$ 280 na quarta, 25. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 274 a arroba, contra R$ 275. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os valores ficaram em R$ 270 a arroba, inalterados. Em Goiânia, Goiás, a arroba do boi gordo ficou em R$ 270, inalterado. O mesmo foi observado em Cuiabá, no Mato Grosso, com os valores em R$ 265 a arroba. No mercado atacadista, os preços seguem acomodados. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios ainda é de algum otimismo, avaliando o ápice do consumo no decorrer do último bimestre. “A entrada do décimo terceiro salário nos próximos dias nesta semana é um elemento importante a ser considerado, pois acelerará a reposição entre atacado e varejo. Como limitador temos a incapacidade do consumidor final em absorver tantos reajustes de um determinado produto. Está em curso um processo de franca migração para proteínas animais mais acessíveis, principalmente a carne de frango. Mas, sempre é relevante mencionar que as exportações permanecem em bom nível no decorrer do último bimestre, com a China absorvendo volumes significativos de carne bovina brasileira”, destaca Iglesias. Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 16,30 o quilo, e a ponta de agulha continuou em R$ 15,70 o quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Em dia sem EUA, dólar tem leve ajuste para cima após quedas recentes
O dólar fechou em leve alta ante o real na quinta-feira, dia de oscilações contidas em outros mercados de câmbio, com liquidez reduzida e sem a referência das praças norte-americanas, fechadas por um feriado
O dólar à vista subiu 0,30%, a 5,3363 reais na venda, após variar entre 5,3591 reais (+0,72%) e 5,2967 reais (-0,45%). Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,15%, a 5,3325 reais, às 17h23. O dia foi fraco de movimentações também no exterior, com várias divisas mostrando variações limitadas ante o dólar. Wall Street e os demais mercados dos EUA permaneceram fechados pelo feriado de Ação de Graças. Operadores lembraram que o dólar no Brasil vinha de dois dias de firme queda, em que acumulou retração de 2,11%, e que uma pausa em dia de menor liquidez seria esperada. Do lado mais estrutural, o foco dos mercados segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil –cujas dúvidas, segundo analistas, explicam grande parte da depreciação nominal de 24,8% da moeda brasileira ante o dólar neste ano. O UBS BB, assim como outros bancos estrangeiros, vê algum alívio para o câmbio em 2021, com expectativa de que o dólar feche o ano que vem em 4,95 reais, 8,3% abaixo do patamar esperado para o fim de 2020 (5,40 reais). “O risco não é a saída de estrangeiros, mas, possivelmente, de recursos domésticos, se a situação se agravar. Como prevemos o déficit público recuar para o intervalo de 3% a 3,5% do PIB em 2021 e avanços nas reformas, esperamos o real ligeiramente mais forte ao término de 2021”, disseram analistas do banco em revisão de cenário para a América Latina.
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Ibovespa tem alta discreta em dia sem Wall St
O Ibovespa fechou com acréscimo marginal na quinta-feira, em sessão de liquidez reduzida diante da ausência de Wall Street por feriado nos EUA, com o noticiário corporativo destacando o plano estratégico da Petrobras para 2021-25
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com variação positiva de 0,09%, a 110.227,09 pontos. O volume financeiro na bolsa na quinta-feira somou 19,9 bilhões de reais, bem abaixo da média diária de novembro, de 36,1 bilhões de reais. As bolsas em Nova York estiveram fechadas em razão do Dia de Ação de Graças, que também encerrará os pregões mais cedo na sexta-feira. Na ausência da referência de Wall Street, alguns agentes financeiros aproveitaram para realizar lucros. No acumulado do mês, o Ibovespa sobe mais de 17%, com alguns papéis contabilizando alta de mais de 60%. O desempenho de novembro tem sido atribuído em boa parte às compras de estrangeiros, com o saldo de capital externo no mercado secundário de ações brasileiro positivo em 29,5 bilhões de reais no mês até o dia 24, de acordo com dados da B3. Além disso, participantes do mercado também têm atrelado a performance a uma rotação nos portfólios para ações de ‘valor’ e ‘cíclicas’, em detrimento dos papéis de ‘crescimento’. Na visão do sócio da Manchester Investimentos, Eduardo Cubas Pereira, houve realização de lucros em papéis que subiram mais recentemente, como bancos e Petrobras, mas outras ações também com peso relevante no Ibovespa subiram, contrabalançando a pressão vendedora. Ele não descarta algumas distorções de preços em razão da baixa liquidez, bem como algum movimento de realização mais forte nas próximas semanas, dados os riscos ainda presentes no horizonte, tanto do ponto de vista local como externo.
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Brasil supera expectativas com abertura recorde de 394.989 vagas formais de trabalho em outubro
O dado levou o acumulado dos dez primeiros meses do ano a uma perda líquida de 171.139 vagas
O Brasil abriu 394.989 vagas formais de trabalho em outubro, melhor resultado mensal da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 1992, num desempenho atribuído pelo Ministério da Economia à força da retomada econômica, mas fortemente amparado por programa de manutenção de empregos que já consumiu mais de 30 bilhões de reais da União. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, é possível inclusive que o país chegue ao final de 2020 sem perda de empregos formais, mesmo em meio à gravidade da crise desencadeada pelo coronavírus e que deverá levar o Brasil a sua maior retração econômica já registrada. “Se terminarmos o ano com zero de perda de empregos no mercado formal, terá sido um ano histórico para a economia brasileira”, disse o Ministro. Em coletiva de imprensa, o Secretário Especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, reconheceu que o mês de dezembro é tradicionalmente marcado por fechamento expressivo de vagas formais de trabalho, mas ressaltou que o benefício concedido pelo governo para preservação de empregos continuará vigente, o que pode afetar positivamente o resultado do mês. O Secretário do Trabalho, Bruno Dalcolmo, ressaltou que a expectativa é que o programa continue contribuindo para manter os postos “muito após dezembro”, já que sua única exigência é que o trabalhador tenha garantia provisória no emprego pelo mesmo tempo que teve seu contrato suspenso ou reduzido. Outubro foi o quarto mês consecutivo de criação de postos formais, após perdas registradas de março a junho e concentradas principalmente no mês de abril, quando houve encerramento de 942.774 vagas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em outubro, indicam que a taxa de desemprego no país, que abarca também o trabalho informal, alcançou recorde de 14,4% nos três meses até agosto. De acordo com o ministério, dos cinco grupos de atividades econômicas, quatro tiveram performance positiva no Caged em outubro, com destaque para serviços, com abertura de 156.766 novas vagas. Aparecem em seguida os setores do comércio (+115.647), indústria (+86.426) e construção (+36.296). Na agricultura, foram perdidos 120 postos no período.
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Comércio exterior do Brasil tem contração de US$ 14 bilhões, diz OCDE
Globalmente, o comércio de mercadorias das maiores economias reunidas no G-20 teve um salto no terceiro trimestre
O comércio exterior do Brasil sofreu contração de US$ 14 bilhões no terceiro trimestre de 2020, comparado ao nível de antes da pandemia de covid-19, no quarto trimestre de 2019, mostram dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). As exportações brasileiras declinaram US$ 3,8 bilhões entre julho e setembro, em relação a antes da pandemia. As importações tiveram uma contração bem maior, de US$ 10,2 bilhões. No terceiro trimestre, as exportações de mercadorias brasileiras tiveram um modesto crescimento de 1,6% em valor e as importações, uma contração de 8,9%, em relação ao segundo trimestre. Globalmente, o comércio de mercadorias das maiores economias reunidas no G-20 teve um salto no terceiro trimestre, com exportações aumentando 21,6% e as importações 18,1%, comparado ao desastroso segundo trimestre quando as medidas de ‘lockdown’ estavam em vigor. Mas a OCDE nota que dados preliminares já apontam que a volta de medidas restritivas em várias economias, e o recrudescimento do vírus voltou a ter impacto negativo nos fluxos de exportações e importações em outubro. Outros indicadores confirmam que uma modesta retomada da economia desacelerou no quarto trimestre de 2020, com a pandemia continuando a causar estragos. No terceiro trimestre, os Estados Unidos tiveram aumento de 23,6% e 18,5% nas exportações e importações, respectivamente, comparado aos três meses anteriores. A Europa teve um ritmo de crescimento similar em seu comércio exterior. Mas no geral, o comércio internacional dos países do G-20 permaneceu 5% abaixo do nível do quarto trimestre de 2019. Entre as economias do G-20, somente a China recuperou seu comércio, com alta de 9,6% nas exportações e de 13,7% nas importações entre julho e outubro, níveis acima de antes da pandemia.
VALOR ECONÔMICO
Tesouro fez emissão recorde de R$ 173 bi em outubro
Tesouro vai chegar ao final do ano com o caixa em patamar acima do prudêncial
As emissões da dívida pública federal somaram R$ 173,26 bilhões em outubro, no que foi o maior volume da série histórica, iniciada em 2006. O nível elevado de colocações tem por objetivo suprir a necessidade de financiamento do governo frente à pandemia, mas também garantir a manutenção do caixa acima do limite prudencial, de acordo com o Tesouro Nacional. Em outubro, a dívida pública subiu 2,47% e chegou a R$ 4,64 trilhões. Segundo o Coordenador de Operações da dívida pública, Roberto Lobarinhas, o Tesouro vai chegar ao final do ano com o caixa em patamar acima do prudencial e em nível suficiente para fazer frente aos compromissos dos quatro primeiros meses do próximo ano, período no qual os vencimentos programados ultrapassam R$ 650 bilhões. Ainda sobre a posição de caixa, o Coordenador-Geral de planejamento estratégico da dívida, Luiz Fernando Alves, acrescentou que nos últimos meses o Tesouro entendeu as condições de mercado e ajustou sua estratégia de emissões justamente pensando em “criar condições de captar volumes maiores nos últimos meses”. Como consequência, disse, foi possível fortalecer a posição de caixa. “Foi fundamental também a transferência de resultados do Banco Central para o Tesouro.” Durante a apresentação dos dados da Dívida Pública Federal (DPF) de outubro, Lobarinhas destacou que, apesar da volatilidade registrada no mês passado, foi possível fazer boas colocações. No mês, os resgates, por sua vez, somaram R$ 97,3 bilhões, resultando em uma emissão líquida de R$ 76 bilhões. Com isso, pela primeira vez no ano, o Tesouro passou a acumular uma colocação líquida. Na avaliação da Secretaria, as expectativas de novos estímulos econômicos nos EUA e as perspectivas do resultado das eleições americanas contribuíram para a melhora dos mercados em outubro. Isso apesar da cautela em relação ao aumento de casos de covid-19, principalmente na Europa. No mercado doméstico de juros futuros, no entanto, as taxas não refletiram de maneira significativa a melhora do ambiente externo, em decorrência das pressões inflacionárias internas e das incertezas quanto aos rumos da política fiscal, o que acabou contribuindo para gerar “volatilidade nos prazos intermediários e longos da curva de juros”. As dúvidas com relação ao fiscal continuam gerando turbulências em novembro.
VALOR ECONÔMICO
EMPRESAS
China beneficia operações de Marfrig e JBS também nos EUA
Indicador de margem bruta dos frigoríficos americanos subiu em novembro, diz Credit Suisse
O indicador de margem bruta da indústria de carne bovina dos EUA chamou a atenção dos analistas do Credit Suisse. O cenário, que já era favorável para as operações de Marfrig e JBS nos EUA, parece ter melhorado com a demanda chinesa por carne americana. Em relatório divulgado na quarta-feira, os analistas Victor Saragiotto e Felipe Vieira reiteraram a recomendação de compra das ações de Marfrig e JBS, as únicas empresas brasileiras que produzem carne bovina nos Estados Unidos. No setor, o papel da companhia de Marcos Molina é o favorito da área de análise do banco Credit Suisse. Os analistas lembraram que os papéis da Marfrig registram desempenho inferior aos pares (JBS, Minerva e BRF) neste mês, o que para eles não faz sentido. No acumulado do ano, porém, a Marfrig é a empresa de carnes que mais se valorizou — 50%. Segundo eles, a Marfrig é relativamente a empresa mais exposta ao bom momento da indústria de carne bovina dos Estados Unidos. Cerca de 80% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Marfrig é gerado pela controlada National Beef, quarta maior indústria de carne bovina dos EUA. No relatório, os analistas destacaram que o spread (diferença entre o preço da carne bovina e do boi) nos Estados Unidos atingiu US$ 21 por arroba em 24 de novembro, alta de 64% na comparação com o início do mês e de 63% ante um ano antes. De acordo com eles, esse incremento reflete a maior demanda no mercado americano e também nas exportações de carne dos EUA. “Há um surpreendente aumento das exportações de carne bovina americana para China”, destacaram os analistas.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Exportação e produção de carne de frango no Brasil devem subir 1% em 2021
Os volumes de exportações e produção de carne de frango brasileira devem aumentar 1% em 2021, em relação a 2020, segundo estimativas do Rabobank divulgadas na quarta-feira (25)
“A Arábia Saudita, que tem elevado as importações nos últimos meses, deve manter os níveis de demanda no próximo ano, por conta de desafios adicionais com a gripe aviária e expectativa de maior consumo doméstico com a retomada das viagens de negócios e turismo”, disse o Rabobank em relatório. O país do Golfo Pérsico, que historicamente era o principal comprador de carne de frango do Brasil, vem reduzindo as importações desde o ano passado com objetivo de atingir um nível de autossuficiência da produção de 80% até 2025, ante 60% atualmente. Apesar disso, a Arábia Saudita tem elevado os volumes de importações de carne de frango desde julho, mesmo com aumento na produção local, segundo o Rabobank. A China, atual principal destino da carne de frango brasileira, também deve continuar a comprar grandes volumes do produto no ano que vem apesar do investimento na expansão da produção. “Mesmo com a projeção de aumento de 15% na produção chinesa de carne de frango este ano, após o incremento de 10% em 2019, os embarques para o país asiático se mantiveram crescentes. Isso mostra que o déficit de oferta de proteína animal para o consumidor interno, mesmo com o cenário da pandemia e isolamento social, ainda permanece”, disse o Rabobank. A produção de proteína animal na China continua sendo impactada pela gripe aviária e peste suína africana (PSA), criando oportunidades para os países exportadores de carnes. O país asiático deverá elevar sua produção de carne de frango em cerca de 10% em 2021, segundo o banco. No cenário doméstico brasileiro, os custos de produção deverão continuar a reduzir as margens do setor. Mas a carne de frango tem registrado valorização menor que as carnes bovina e suína, favorecendo seu consumo no Brasil, onde é a principal proteína animal consumida pela população.
CARNETEC
INTERNACIONAL
Com rápido avanço, gripe aviária coloca indústria da UE em alerta
Uma forma altamente contagiosa e mortal da influenza aviária está se espalhando rapidamente pela Europa, colocando a indústria avícola em alerta, com lembranças de surtos anteriores que acarretaram o abate de dezenas de milhões de animais e perdas econômicas significativas.
A doença, comumente chamada de gripe aviária, foi detectada na França, Holanda, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Dinamarca, Irlanda, Suécia e, pela primeira vez nesta semana, Croácia, Eslovênia e Polônia, após atingir gravemente Rússia, Cazaquistão e Israel. A grande maioria dos casos ocorre em aves selvagens migratórias, mas surtos também foram reportados em granjas, resultando na morte ou abate de pelo menos 1,6 milhão de frangos e patos na região até o momento. “O risco de transmissão em granjas e de mais casos entre aves selvagens é maior do que nos últimos dois anos, por causa da aparição maciça de vários vírus da gripe aviária na Europa”, disse uma porta-voz do Instituto Friedrich-Loeffler, agência federal de pesquisas de doenças animais da Alemanha. A principal cepa encontrada neste ano na Europa é a H5N8, que dizimou criações em 2016/17, quando a região registrou seu maior surto em granjas e animais selvagens, mas também foram relatados casos de H5N5 e H5N1. Embora o risco para humanos seja baixo, a Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) disse nesta semana que a evolução do vírus deve ser monitorada de perto. Uma cepa da H5N1 é conhecida por se espalhar para humanos. Membros da indústria avícola da UE disseram estar muito preocupados com o surto mais recente, mas que agora têm experiência para lidar com essas situações. “Trabalhamos tanto para melhorar a segurança, treinar criadores e melhorar a rastreabilidade que esperamos que, se houver casos, poderemos contê-los”, disse Anne Richard, Chefe da associação francesa ANVOL. Mas surtos de gripe aviária, como de outras doenças animais, frequentemente levam países importadores a impor restrições comerciais. “Já está difícil exportar com a Covid, isso pioraria ainda mais”, disse a repórter Dennis Lambert, Presidente-Executivo da LDC, maior grupo avícola da França, na quarta-feira.
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