O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acaba de publicar o Anuário dos Programas de Controle de Alimentos de Origem Animal – 2018. Em sua quarta edição, o documento em PDF está disponível para download em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/inspecao/produtos-animal/arquivos-publicacoes-dipoa/anuario-dipoa-v4/view
Os dados, apresentados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), trazem os resultados das amostras coletadas nos estabelecimentos registrados no Sistema de Inspeção Federal (SIF) e analisadas nos laboratórios do ministério (Lanagros) em 2017.
No ano passado, os Lanagros realizaram 25.007 análises para o Programa de Avaliação de Conformidade de Produtos de Origem Animal (PACPOA). Foi de 85,61% o índice de conformidade das 2.961 amostras analisadas de produtos de origem animal, representando evolução sobre a conformidade de 83,85% de 2016.
Nas amostras onde foram feitas análises microbiológicas (presença de bactérias e micro-organismos nocivos à saúde humana), foi atingida conformidade de 91,3%. Esses controles estão previstos no Programa Nacional de Controle de Patógenos (PNCP), que visa monitorar a presença de Listeria monocytogenes em produtos de origem animal prontos para consumo, Escherichia coli produtora de Shiga toxina (STEC) e Salmonella spp. em carne de bovinos e Salmonella spp. em carcaças de frangos e perus.
Em 324 amostras também foram realizadas análises para pesquisar indícios de fraude. Nas carcaças de frango, foi apurado se havia adição de água e o índice de conformidade foi de 76,69%. No pescado, o índice de conformidade para análise de desglaciamento (eliminação da fina camada de gelo existente no pescado congelado, que serve como proteção ao produto) foi de 86,67%.
Assim como nos anos anteriores, não foram contemplados os estabelecimentos localizados em Santa Catarina, filiados ao Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), por haver determinação judicial, sendo que esta região está entre as principais do setor de indústrias de pesca do país.
O anuário apresenta ainda os resultados das análises de ações de combate à fraude, do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/Animal) e do Regime de Alerta de Importação (RAI).
Em 2017, após a deflagração pela Polícia Federal da Operação Carne Fraca, o ministério coletou 762 amostras junto aos 21 frigoríficos citados pela PF, para avaliar a segurança sanitária de produtos cárneos fabricados por estes estabelecimentos.
Do total de 762 amostras analisadas, 683 (89,63%) não apresentaram irregularidade alguma quanto aos parâmetros físico-químicos e microbiológicos. Em 69 amostras (9,05%), foram detectados problemas de ordem econômica como, por exemplo, excesso de amido em salsicha, adição de água além do permitido em frango e uso do conservante ácido sórbico em produtos em que este não é permitido.
Somente em dez amostras (1,31%) foram detectados problemas microbiológicos como presença de Salmonella, Staphylococcus coagulase positiva e coliformes.
Fonte: Carnetec