CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 887 DE 29 DE NOVEMBRO DE 2018

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Ano 4 | nº 887 | 29 de Novembro de 2018

NOTÍCIAS

Expectativa de maior consumo dita o rumo das cotações no mercado do boi gordo

Mercado do boi gordo com firmeza nas cotações na última quarta-feira (28/11). Das trinta e duas praças pecuárias pesquisadas, a arroba do boi gordo subiu em quatorze

Esse cenário de cotações em alta é reflexo da oferta, que está diminuindo em função da menor disponibilidade de boiadas de cocho, o que dificulta a originação de matéria-prima para os frigoríficos. Além disso, com a entrada de parte do décimo terceiro salário e a virada do mês se aproximando, a rede varejista sai às compras com maior intensidade, a fim de aumentar os estoques para atender a maior demanda que está por vir. Isso também colabora com as altas. Devido às altas, as margens de comercialização das indústrias que fazem a operação de desossa tiveram retração e estão em 22,0%. Apesar disso, este patamar ainda está próximo da média histórica, o que sinaliza que há espaço para as indústrias ofertarem preços acima das referências para arroba, caso haja necessidade.

SCOT CONSULTORIA

Reabertura dos EUA à carne bovina continua indefinida

A reabertura do mercado americano à carne bovina in natura brasileira segue indefinida

A expectativa de que o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, conversaria ontem sobre o assunto com o Secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, foi frustrada, de acordo com três fontes a par do assunto. O Ministro brasileiro aguardou a ligação, que não ocorreu, durante a tarde. Conforme uma fonte, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) alegou que o Secretário Perdue estava ausente, e sugeriu que Blairo conversasse, por telefone, com um subordinado do americano. O ministro brasileiro teria se negado, disse a fonte. A avaliação é que apenas uma conversa entre congêneres — como é o caso de Blairo e Perdue — poderia destravar a reabertura do mercado, fechado desde junho de 2017. Segundo outra fonte, a versão nos EUA para o desencontro entre os ministros é que o USDA ainda não terminou de avaliar os documentos enviados pelo Ministério da Agricultura do Brasil. Essa avaliação é essencial para a decisão dos americanos. No entanto, técnicos do Ministério da Agricultura avaliam que a questão deixou de ser técnica e passou a ser política. Ao Valor, técnicos do Ministério da Agricultura disseram que dificilmente os EUA anunciarão algo positivo neste ano. Ontem, quando Blairo aguardava o telefonema, havia certo otimismo, especialmente porque os EUA anunciaram segunda-feira a abertura de seu mercado de carne bovina para a Argentina.

VALOR ECONÔMICO

Exportação de carne bovina aumenta 24,6% na comparação anual

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a quarta semana de novembro de 2018, o Brasil exportou 107,9 mil toneladas de carne bovina in natura

O volume diário embarcado foi de 7,2 mil toneladas, alta de 24,6% na comparação anual e 16,4% frente à média de outubro de 2018. Se este ritmo de embarque continuar, o país exportará 143,84 mil toneladas de carne bovina in natura no acumulado de novembro. O dólar valorizado ante o real tem colaborado com este cenário. Apesar do mercado externo absorver, historicamente, cerca de 20% da produção de carne bovina esta ainda é uma importante via de escoamento e o aumento da exportação do produto pode colaborar com a maior precificação da carne no mercado interno.

SCOT CONSULTORIA

Produção brasileira de carne deve aumentar 4% em 2018

Resultado está ligado ao significativo crescimento no abate de fêmeas ao longo do ano

A produção brasileira de carne bovina deve aumentar 4% em 2018 e 2% em 2019, de acordo com previsão do Rabobank. A estimativa se deve principalmente ao crescimento significativo do abate de fêmeas em 2018, diz o banco. Segundo o Rabobank, o consumo doméstico de carne bovina no Brasil deve continuar se recuperando em 2019. Em 2017 e 2018, houve melhora modesta do consumo após uma recessão em 2015 e 2016. Nos dez primeiros meses deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina aumentaram 10% na comparação com igual período do ano passado. Os embarques para China e Chile tiveram os maiores crescimentos porcentuais, de 56% e 90%, respectivamente. No quarto trimestre, os preços de animais vivos têm se mantido relativamente estáveis. Tendo em vista a esperada desaceleração da oferta e um cenário mais positivo para a demanda local, os preços devem subir em 2019, principalmente no segundo semestre, segundo o banco. Como resultado, pecuaristas devem ter melhores resultados em 2019, após dois anos de resultados modestos para gado confinado. O Rabobank acredita que a perspectiva para o mercado brasileiro de carne bovina é positiva. O aumento das exportações e a melhora das condições de mercado locais devem resultar em preços mais altos ao produtor.

ESTADÃO CONTEÚDO

CUSTOS DA PECUÁRIA DEVEM SER MENORES EM 2019

Na avaliação do diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, o custo de produção da pecuária bovina deverá ser menor no próximo ano

“Choveu bem, então teremos mais capim, vamos ter boa produção de grãos e o preço do fertilizante caiu. Então, temos uma série de sinais que nos indicam que o custo será menor, o que deve garantir uma margem melhor ao pecuarista”, afirma. Com relação à reposição, porém, o cenário é o contrário. A tendência é que o preço do bezerro suba com a menor oferta de animais. “O cenário é bom. Se o bezerro sobe e o alimento cai, pode ser que um compense o outro”, projeta Torres.

DCI

ECONOMIA

Fed leva Ibovespa de volta a 89 mil pts

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em alta de mais de 1 por cento na quarta-feira, após declarações do titular do banco central norte-americano, de que as taxas de juros nos EUA estão logo abaixo do nível considerado neutro para a economia, aguçarem o apetite global a risco

Índice de referência da bolsa paulista, o Ibovespa subiu 1,55 por cento, a 89.250,82 pontos. No melhor momento da sessão, chegou a 89.482,93 pontos, perto da máxima histórica de 89.598,16 pontos, registrada no começo do mês. O volume financeiro alcançou 16,27 bilhões de reais. O chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou em um evento em Nova York que as taxas de juros ainda estão baixas para os padrões históricos e permanecem um pouco abaixo da ampla gama de estimativas do nível que seria neutro para a economia – isto é, nem acelerando nem desacelerando o crescimento. O comentário foi praticamente uma ‘ordem de compra’ na bolsa brasileira, em linha com outros ativos de risco, particularmente em mercados emergentes, categoria em que o Brasil se insere, uma vez que a sinalização, ‘dovish’ na visão de alguns, abre uma janela para fluxo de recursos externos a tais investimentos. De acordo com o analista Filipe Villegas, da corretora Genial, a afirmação de Powell ajudou a dissipar receios no mercado quanto a uma elevação dos juros norte-americanos maior que o Fed vinha sinalizando. “Era um dos eventos mais aguardados do dia e o tom foi bastante positivo”, afirmou. Antes do discurso, o Ibovespa experimentava uma sessão volátil em meio a expectativas sobre a votação do projeto que trata da cessão onerosa, ainda sem desfecho.

REUTERS

BC e Powell sustentam segunda queda seguida do dólar ante real

O dólar terminou em queda na quarta-feira, pela segunda sessão consecutiva, sustentada pela nova atuação do Banco Central no mercado cambial e pelo discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, com indícios de que o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos pode ser mais suave

O dólar recuou 0,93 por cento, a 3,8408 reais na venda, depois de tocar a mínima de 3,8319 reais. Nestes dois pregões de baixa, ficou 1,96 por cento mais barato. O dólar futuro caía cerca de 0,90 por cento. “O mercado interpretou o discurso de Powell como dovish. Ele deu indicação de que o Fed pode maneirar no aumento dos juros”, resumiu o gestor da Elite Corretora Hersz Ferman. O mercado vem esperando mais 5 altas de juros até o início de 2020, uma em dezembro, três no ano que vem e a derradeira no começo do ano seguinte. Mas essa trajetória pode mudar, sobretudo se as previsões de desaceleração econômica global se confirmarem em meio à guerra comercial travada entre os Estados Unidos e outros parceiros, sobretudo a China. No exterior, o dólar firmou queda ante a cesta de moedas após a fala do chair do Fed e também recuava ante as divisas de países emergentes. Internamente, também influenciou no recuo do dólar ante o real já desde o começo da sessão a nova atuação do Banco Central no mercado de câmbio, com a segunda oferta de linha nesta semana —venda de dólares com compromisso de recompra. Na quarta-feira, a autoridade monetária vendeu 1 bilhão de dólares, o dobro do comercializado na véspera, numa estratégia para dar liquidez ao mercado no final do ano, período em que tradicionalmente mais recursos são remetidos pelas empresas ao exterior.

REUTERS

Base do novo governo derruba urgência de projeto sobre Funrural

Proposta apoiada pela Frente Parlamentar da Agropecuária extingue o pagamento do passivo gerado pela cobrança do Funrural

Uma articulação liderada pelo vice-líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), conseguiu barrar a votação do requerimento de urgência do projeto que trata sobre o perdão das dívidas do Funrural (Projeto de Lei n.º 9252, de 2017), de autoria do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Waldir costurou com líderes da Casa e conseguiu obstruir a sessão, que foi finalizada sem apreciação do requerimento. “Vamos barrar qualquer projeto que gerar despesas para o novo governo”, afirmou o deputado. A proposta, apoiada pela Frente Parlamentar da Agropecuária, que estava na pauta do dia, extinguiria o pagamento do passivo gerado pela cobrança do Funrural e ganharia prioridade de votação em Plenário com a aprovação do requerimento de urgência.

ESTADÃO

EMPRESAS

Sigilo fiscal da Marfrig é quebrado em investigação da PF em MS

A brasileira Marfrig Global Foods, segunda maior empresa de carne bovina do mundo, teve o sigilo fiscal em Mato Grosso do Sul quebrado no âmbito da Operação Computadores de Lama, deflagrada ontem pela Polícia Federal, pela Controladoria Geral da União (CGU) e pela Receita Federal

A Marfrig não é alvo da investigação e não sofreu outras medidas, tais como operações de busca e apreensão. Com foco na gestão do ex-governador André Puccinelli (MDB), a Computadores de Lama é um desdobramento da Operação Lama Asfáltica, que apura irregularidades em benefícios fiscais em Mato Grosso do Sul. Na primeira fase da Lama Asfáltica, a JBS foi um dos alvos. Em delação premiada, o ex-presidente da JBS, Wesley Batista, admitiu ter pago propina em Mato Grosso do Sul para obter benefícios fiscais. Procurada pelo Valor, a Marfrig informou que sua situação é “totalmente regular” perante à Secretaria da Fazenda de Mato Grosso do Sul “O afastamento do sigilo fiscal ocorre somente perante à Secretaria de Estado da Fazenda do Mato Grosso do Sul e refere-se exclusivamente às informações fiscais do período entre 01/01/2010 e 31/12/2014”, informou a companhia. De acordo com a Marfrig, “todos os débitos que possuía com o estado do Mato Grosso do Sul foram objeto de parcelamento”.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Paraná alcança 3ª maior marca de abate de carne de frango da história

Em outubro, o Paraná obteve o terceiro melhor índice em abate de carne de frango de sua história, com 157,8 milhões de cabeças abatidas.

O estado conseguiu o melhor número do ano, historicamente atrás apenas dos meses de março e agosto de 2017, segundo dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). A produção mensal foi 8,9% acima de setembro de 2018 e 5,9% superior a outubro de 2017. Após fechar o terceiro trimestre de 2018 com números recordes em exportação (449,1 mil toneladas no período), a avicultura paranaense finalizou outubro com recuo nos embarques, tendo decréscimo de 4,9% em comparação ao mês anterior (128,9 milhões de toneladas ante 135,5 milhões de toneladas), segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic). 

CARNETEC

Frango Vivo: alta de 20,00% em SP

Na quarta-feira (28), a cotação do frango vivo teve alta de 20% em São Paulo, sendo estabelecida a R$3,00/kg. As demais cotações permaneceram estáveis

O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo teve estabilidade para o frango na granja, a R$3,00/kg e para o frango no atacado, a R$4,30/kg. Segundo o AviSite, as condições de comercialização se deterioraram após a baixa do dia 7, que foi inesperada para a época do mês. Considerando o final do mês, também se faz presente uma redução de preço por conta do cenário das negociações.

Notícias Agrícolas

Suíno Vivo: alta de 4,87% no MT

Na quarta-feira (28), a cotação do frango vivo teve alta de 4,87% no Mato Grosso, sendo estabelecida a R$3,23/kg

O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a ontem (27), trouxe cenários mistos, sendo a maior variação observada no Paraná, com alta de 0,53%, a R$3,78/kg. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, as valorizações do suíno vivo estão superando as verificadas para os principais insumos que compõem a ração, como milho e farelo de soja. Os produtores paulistas e catarinenses, em especial, possuem melhor poder de compra frente a esses insumos.

Notícias Agrícolas

INTERNACIONAL

Argentina dá “passo importante” no comércio de carne bovina após a reabertura dos EUA

O governo da Argentina revelou que a reabertura de seu comércio de carne bovina aos EUA oferecerá novas “oportunidades comerciais” para seus produtores e exportadores

Foi anunciado nesta semana que o país sul-americano retomaria a exportação de carne bovina para os EUA pela primeira vez em 17 anos. A proibição das vendas foi instaurada devido à febre aftosa. Após negociações com o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) considerou que havia um nível apropriado de proteção sanitária para a carne bovina argentina. Afirmando estar livre da doença desde 2007, a Argentina exportará cerca de 20 mil toneladas de bovinos para os EUA a cada ano, o que representará cerca de US $ 150 milhões a US $ 180 milhões em valor. O governo argentino estima que 80% de seus produtos seriam usados para carne magra, o que está impulsionando a demanda americana na produção de hambúrgueres, enquanto os 20% restantes seriam usados para cortes de alta qualidade. O secretário de agronegócio da Argentina, Luis Miguel Etchevehere, homenageou as autoridades argentinas e norte-americanas que contribuíram para esse “marco”. “Estou satisfeito por ter conseguido dar este passo importante para o nosso país, seguindo um trabalho eficaz e coordenado por agências de saúde, organismos agrícolas e embaixadas, fortalecendo a confiança recíproca para continuar trabalhando em nossa agenda bilateral”, disse Etchevehere.

GlobalMeatNews.com

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