CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1481 DE 06 DE MAIO DE 2021

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Ano 7 | nº 1481| 06 de maio de 2021

 

NOTÍCIAS

Arroba: frigoríficos compram pouco

Com uma relativa melhora nas ofertas, as indústrias frigoríficas abriram o mercado ofertando menos pelas boiadas e concretizaram alguns negócios

Nesse cenário, o boi gordo que atende o mercado interno caiu R$2,00/@ na comparação feita dia a dia, e foi negociado por R$310,00/@, preço bruto e a prazo. As cotações das fêmeas ficaram estáveis. Para os animais jovens o mercado está firme, com um ágio de até R$7,00/@, nas mesmas condições.

SCOT CONSULTORIA

Oferta de bois avança no Centro-Sul e preço da arroba segue em queda

A estiagem prolongada é um fator importante a ser considerado nesse processo, pois reduz a capacidade de retenção entre os pecuaristas, diz analista

O mercado físico de boi gordo registrou mais baixos na quarta-feira, 5, na maioria das regiões de produção e comercialização do país. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, consequência do avanço da oferta de boiadas em grande parte do Centro-Sul. “A estiagem prolongada é um fator importante a ser considerado nesse processo, pois reduz a capacidade de retenção entre os pecuaristas”, diz. A safra de boi gordo está cada vez mais próxima do seu auge. “Então, nada mais natural que os preços assumam tendência de queda. Como resultado, os frigoríficos operam com escalas de abate confortáveis, posicionadas entre cinco e sete dias úteis”, assinala. Já para a entressafra, a dinâmica de mercado tende a mudar completamente, com a tendência de uma queda do confinamento de primeiro giro em função do avanço dos custos pecuários em 2021. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 308, ante R$ 309-R$ 310 na terça-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 294 – R$ 295, ante R$ 296. Em Cuiabá, o boi gordo foi negociado por R$ 305 contra R$ 307 – R$ 308. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços chegaram a R$ 300 a arroba, ante R$ 300-R$ 301 a arroba. No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma reação dos preços no decorrer da primeira quinzena de maio, com destaque para o potencial consumo do próximo final de semana, avaliando as comemorações relacionadas ao Dia das Mães como grande motivador da demanda. Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,45 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18,00 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,95 o quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Pecuaristas podem sofrer prejuízo com disparada nos preços

O atual poder de compra de pecuaristas paulistas frente ao milho é o pior desde junho de 2016. Além desse fator, os valores da reposição seguem em patamares elevados, deixando a relação de troca do boi gordo frente ao bezerro – o que representa a pior da série histórica do Indicador do Cepea

Segundo pesquisadores do Cepea, nem mesmo as altas nas cotações do boi gordo ao longo de abril vêm ajudando a melhorar a relação de troca de arroba por um dos principais insumos de alimentação. Isso porque as valorizações do milho têm sido ainda mais fortes. Pesquisadores ressaltam que esse cenário é observado justamente em um período em que pecuaristas intensificam o uso de grãos na alimentação animal, tendo em vista a entrada do período mais seco do ano. Ainda, os pecuaristas estão observando um cenário de grande demanda externa pelos grãos, não só o milho. A soja segue batendo recorde de volume exportado, o que acaba encarecendo a oleaginosa no mercado interno. Considerando-se, também, os Indicadores CEPEA/B3 do boi gordo (estado de São Paulo) e ESALQ/BM&FBovespa do milho (Campinas – SP), enquanto no início de 2021 a venda de um quilo do boi gordo possibilitava a compra de 14,82 quilos de milho, no mês de abril o pecuarista conseguiu adquirir apenas 13,09 quilos do insumo. Em abril do ano passado, a venda de um quilo de boi rendia 15,08 quilos de milho, ou seja, a relação de troca atual está 13,2% pior.

FAESP

Relação de troca entre boi gordo e milho é a pior em um ano, diz Scot

Para o analista de mercado Felipe Fabril, no curto prazo, o cenário pode ser ainda mais negativo

Em abril, na média, o preço do milho subiu 6,9% em relação a março ante 2,4% ao preço do boi. De acordo com dados da Scot Consultoria, dado o cenário de preços, uma arroba de boi gordo comprou em média 3,05 sacas de milho, frente 3,18 em março, recuo de 4,2%, pior cenário considerando os últimos 12 meses. Em relação à média de abril de 2020, o poder de compra do pecuarista recuou 14,4%. Para o analista de mercado Felipe Fabril, no curto prazo, o cenário pode ser ainda mais negativo. “Devemos ter um cenário ainda negativo, com os preços do milho pressionando bastante. Além disso, a perda de qualidade das pastagens neste período de seca e a incerteza sobre o volume da segunda safra do cereal vai manter essa relação desigual no curto prazo.”

CANAL RURAL 

Frigoríficos: unidades em férias já voltaram

De maneira bem miúda os frigoríficos vão ganhando fôlego, na mesma toada tímida de mais oxigênio na oferta de animais. Não chega a ser pressão pronta e declarada sobre os preços, mas as indústrias até que resistiram à virada do mês, quando se compra um pouco mais de boi para o período do pagamento, mesmo nas condições críticas do consumo de há tempos 

Importante também que a maioria das plantas que estavam em férias coletivas já voltou, estratégia adotada para controlar a cotação até uns 10 dias atrás. Verdade também que os produtores não cedem muito, e alguns ainda com reserva de pastos para poderem segurar os animais um pouco mais, enquanto a estiagem não se pronuncia para valer. Mas entre a lateralização dos preços e pequenos recuos, tem prevalecido mais os segundos. A entrada de bois terminados da safra de verão vai aumentando e as escalas dos frigoríficos também. Na terça, a Scot Consultoria registrou quase R$ 2 a menos na @, igualmente para o maior estado consumidor brasileiro, em R$ 303,50 à vista, livre de impostos. A Agrifatto lateralizou, sobre a véspera, em R$ 312, para descontar o Funrural.

Money Times

ECONOMIA

Dólar fecha em queda de 1,23%, a R$5,3652

O dólar sofreu firme queda na quarta-feira. O movimento refletiu posicionamento do mercado em prol de um Banco Central mais duro com a inflação quando anunciar em breve sua decisão de política monetária, o que pode sinalizar um juro terminal mais alto que eleve a atratividade da moeda brasileira

O dólar à vista caiu 1,23%, a 5,3652 reais na venda, depois de tocar 5,3552 reais (-1,42%) na mínima atingida à tarde. A máxima foi de 5,442 reais (+0,18%), alcançada ainda na primeira hora de negócios. O dia positivo em termos de apetite por risco no exterior também ajudou. Pares do real como peso mexicano, rand sul-africano, lira turca, dólar australiano e dólar da Nova Zelândia subiam entre 0,1% e 1% no fim da tarde.

REUTERS

alta do Ibovespa em sessão com Petrobras em destaque

O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, com forte desempenho de Petrobras entre os principais avanços, enquanto Gerdau valorizou-se 5,5% após resultado trimestral robusto

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,57%, a 119.564,44 pontos. O volume financeiro somou 31 bilhões de reais. Na visão do sócio da Manchester Investimentos Eduardo Cubas Pereira, o movimento da sessão foi uma correção natural ao declínio da véspera, devolvendo o Ibovespa aos patamares do final da semana passada. Ele também chamou a atenção para a temporada de balanços, que tem mostrado uma recuperação econômica acima de projeções de analistas. Wall Street fechou sem um sinal único, com dados econômicos sobre criação de empregos e o setor de serviços no radar, enquanto agentes financeiros seguem atentos aos movimentos dos Treasuries aos próximos passos do Federal Reserve. No Brasil, o Banco Central deve anunciar outro aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, para 3,50% ao ano, segundo previsão unânime em pesquisa da Reuters. O foco estará no comunicado que acompanha a decisão.

REUTERS

Fluxo cambial ao Brasil fica positivo em quase US$4 bi em abril, melhor para o mês em 3 anos

O fluxo cambial ao Brasil ficou positivo em quase 4 bilhões de dólares em abril, puxado pela conta comercial, o que elevou o saldo no ano para mais de 12,7 bilhões de dólares, mostraram dados do Banco Central na quarta-feira

O superávit no mês passado foi de 3,990 bilhões de dólares, o primeiro saldo positivo para o período desde 2018 (14,394 bilhões de dólares). Nas operações comerciais (exportação menos importação) a sobra de dólares ficou em 3,502 bilhões de dólares em abril. Na conta financeira –por onde passam investimentos em carteira, empréstimos e pagamento de dívida, por exemplo– houve ingresso líquido de 488 milhões de dólares. No ano, o fluxo cambial está positivo em 12,713 bilhões de dólares, o inverso do registrado no mesmo período do ano passado (-12,730 bilhões de dólares).

REUTERS

BC eleva taxa básica de juros para 3,50% e indica outra alta da mesma magnitude

O Banco Central anunciou na quarta-feira a segunda alta consecutiva de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros, para 3,50%, e indicou a intenção de fazer novo aperto da mesma magnitude em sua próxima reunião, em junho

O movimento ocorre em meio ao aumento persistente da inflação corrente e das expectativas para a inflação de 2022. “Neste momento, o cenário básico do Copom indica ser apropriada uma normalização parcial da taxa de juros, com a manutenção de algum estímulo monetário ao longo do processo de recuperação econômica”, afirmou o Comitê de Política Monetária (Copom) em comunicado. “Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude”, acrescentou o colegiado, ressaltando que os passos futuros poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação. O país tem sofrido uma escalada da inflação, sob a pressão da alta de preços de commodities e de combustíveis, mesmo em meio à intensificação das medidas de restrição devido ao recrudescimento da pandemia de Covid-19. O IPCA superou os 6% nos 12 meses até março, acima do teto da meta deste ano, que é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Expectativa do mercado é que a inflação feche o ano em 5,04%, segundo a mais recente pesquisa Focus do BC. Para 2022, horizonte em que está agora focada a política monetária, as expectativas do mercado apontam para uma inflação de 3,61%, acima da meta central para o período, que é de 3,5%, também sujeita à margem de tolerância. O mercado espera que a Selic feche este ano em 5,50%, chegando a 6,25% no final de 2022.

REUTERS

Produção industrial no Brasil cai 2,4% em março, diz IBGE

A produção industrial brasileira registrou queda de 2,4 por cento em março na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 10,5 por cento. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 3,5 por cento na variação mensal e de alta de 7,6 por cento na base anual.

REUTERS

EMPRESAS

Minerva vê cenário favorável a embarques

Avanço da vacinação contra a covid-19 no mundo, que tem tido efeitos positivos sobre a demanda, sustenta otimismo, afirmam executivos

A maré favorável aos exportadores de carne bovina, que garantiu à Minerva resultados financeiros no primeiro trimestre acima dos previstos pelo mercado e deve permitir a continuidade de sua política de distribuir ao menos 50% do lucro em dividendos, deve prosseguir no curto prazo, na avaliação dos executivos da companhia. O otimismo, segundo eles, está amparado no impulso que o avanço da vacinação em vários países tem dado à recuperação do consumo. O destaque da retomada da demanda são os mercados emergentes, especialmente no sudeste asiático. A reabertura das economias vem levando a uma forte recuperação do food service, justamente o segmento que mais sofreu no início da pandemia, disse ontem o CEO Fernando Queiroz, em teleconferência com analistas. No trimestre passado, a Ásia foi o destino de mais da metade da receita com embarques dos negócios da companhia no Brasil (57%), alta de 15 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2020. Os asiáticos também foram os principais mercados para as exportações da Athena Foods, divisão dos negócios nos demais países da América do Sul, com 38%. No total, o faturamento da Minerva com vendas ao exterior saltou 42%, garantindo o crescimento de 39% da receita no trimestre, para R$ 5,8 bilhões. O cenário é particularmente favorável aos exportadores de carne da América do Sul. No mercado de proteínas animais, a região – da qual a Minerva respondeu por 20% das exportações de carnes no primeiro trimestre deste ano – tem ocupado o espaço de produtores afetados por novos focos de peste suína africana na China, no sudeste asiático e no leste europeu. A oferta global de carne bovina sofre também com os efeitos de problemas de produção na Austrália, e esse choque de oferta está se refletindo tanto em aumento do volume de exportação da Minerva quanto nos preços, ressaltou o CEO. O cenário para as exportações não deve mudar no curto prazo. Segundo Edson Ticle, Diretor Financeiro da Minerva, neste segundo trimestre, a expectativa é de um desempenho mais próximo ao registrado em março, quando as exportações ganharam mais tração.

VALOR ECONÔMICO 

MEIO AMBIENTE

Supermercados britânicos e europeus ameaçam boicotar Brasil por risco de desmatamento na Amazônia

Empresas, como a britânica Tesco e a alemã Aldi, dizem que projeto de regularização fundiária pode aumentar destruição da floresta; mal recebido também por empresários e ambientalistas brasileiros, texto foi retirado da pauta de votação do Senado no dia 28

Uma nova ameaça de boicote a produtos agropecuários do Brasil foi feita por redes de grandes supermercados e produtores de alimentos europeus. Em uma carta enviada na quarta-feira, 5, as empresas informaram que podem boicotar produtos do Brasil por causa de um projeto de lei de regularização fundiária que, segundo eles, resultaria em maior desmatamento da floresta amazônica. O texto que relata “ameaças potencialmente ainda maiores para a Amazônia do que antes” é assinado por 38 companhias, entre as quais estão grandes redes britânicas como Tesco, Sainsbury’s e Marks & Spencer. Há ainda a chancela da gigante alemã Aldi, além de empresas de produção de alimentos como National Pig Association e do fundo de pensão sueco AP7. Na carta, as empresas dizem que a apresentação do projeto de lei 510/21 – que trata da regularização fundiária, mas passou a ser chamado pela ala ambiental como o “PL da Grilagem” – é “extremamente preocupante” após a retirada, no ano passado, de uma medida provisória sobre o tema que foi apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas acabou caducando por não ser votada pela Câmara. A mobilização dos europeus não foi bem recebida pela Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura, movimento formado por mais de 280 representantes de setores como agricultura, finanças, indústria e meio ambiente. Apesar de a coalizão ser contra o PL 510, o empresário Marcello Brito, que representa o grupo, disse que as empresas europeias não têm ideia do que está ocorrendo efetivamente no País e que erraram na estratégia. “É uma precipitação total. Essas empresas não acompanham o processo, nem sabem qual será a lei efetiva que irá à votação. Entendo que essas ações (ameaça de boicote) fazem parte do jogo, infelizmente. Mas eu não gosto desse tipo de coisa”, comentou Marcello Brito. “Temos que reagir dentro da lei, o tema está em debate.” A coalização reúne nomes nacionais e estrangeiros como Banco Alfa, BasfBayerBradescoBRF, Brookfield, BTG PactualCargillDanoneGerdauItaú UnibancoJBSKlabinMarfrigNaturaNestléSuzano, UBS, Unilever, WWF Brasil e Youth Climate Leaders.

O ESTADO DE SÃO PAULO 

INTERNACIONAL

Abate de bovinos na Austrália pode ser o menor em 36 anos

Os números fornecidos pela Meat & Livestock Australia sobre as projeções da indústria pecuária para 2021 mostram que 2021 pode ser o ano com o menor nível de abate de bovinos dos últimos 36 anos. Isso se deve à estação chuvosa vivida durante o verão australiano no norte do país

Isso pode levar a que o número de abates em 2021 seja de 6,4 milhões de animais, o menor número dos últimos 36 anos. Embora os preços atuais do gado estejam em níveis recordes, não se espera que esses preços incentivem os produtores a pagar pelo gado em grandes quantidades. Em parte, isso se deve ao fato de que o censo nacional, especialmente o de Queensland, é o mais baixo dos últimos 30 anos. Os censos nos estados do leste caíram 30% em 2020, assim como a taxa de abates. Esses números demonstram o impacto que as melhores condições sazonais criaram para o setor de processamento: não apenas o número de abates diminuiu, mas eles têm que competir com confinamentos e reabastecimento por um número reduzido de matadouros. A necessidade de reconstruir o rebanho nacional após a seca e o crescimento atual e antecipado da demanda por carne bovina australiana internacionalmente intensificou o aumento no censo da carne bovina, de acordo com a atualização de abril do MLA. Agora, muitos produtores estão focados nas perspectivas de longo prazo de suas operações e, portanto, o rebanho de gado está projetado para aumentar em cinco por cento para 25,9 milhões de cabeças este ano, perto de seu tamanho em 2019 antes do último ano de seca generalizada. redução induzida ocorreu.

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