CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1433 DE 26 DE FEVEREIRO DE 2021

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Ano 7 | nº 1433| 26 de fevereiro de 2021

 ABRAFRIGO

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Com a presença do seu Presidente Executivo, Paulo Mustefaga, a ABRAFRIGO participou ontem (25.02), em Brasília, de reunião do Sindicarnes e de representantes do estado Acre com a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. O objetivo, segundo o Diretor do Sindicarnes, Nene Junqueira, é a transformação do Acre num estado exportador de carne bovina e suína, através do apoio às empresas locais, para que se habilitem a novos mercados como os do Peru, Chile, China e Vietnã.

A agenda foi marcada pelo Senador Marcio Bittar e teve a presença do Vice-Governador do Acre, Wherles Rocha, do Presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Paulo Mustefaga, da Deputada Federal, Mara Rocha, e do Deputado Estadual, Luiz Gonzaga. “A exportação de carne do Acre para outros mercados é uma proposta que irá beneficiar não somente as indústrias frigoríficas, mas que terá um impacto positivo e significativo na economia acreana. Por isso, somos muito gratos ao apoio que temos recebido de todos os participantes desta reunião, bem como do Governador Gladson Cameli, do Presidente da FIEAC, José Adriano, e do Presidente Jair Bolsonaro. O Sindicarnes seguirá determinado a consolidar esses avanços para o setor”, afirmou Nene Junqueira.

NOTÍCIAS

Boi gordo perde força e arroba desvaloriza até R$ 5 na quinta-feira

Os preços se mantêm estáveis ou mais baixos desde o início da semana; a oferta restrita de animais sustenta esse cenário

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos na quinta-feira, 25. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos ainda encontram grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, ainda posicionadas entre dois e três dias úteis, enquanto em alguns estados foram registradas tentativas de compra abaixo da referência média. “No geral, a oferta de animais terminados permanece restrita, cenário que pode mudar a partir da segunda quinzena de março, quando deve haver uma maior disponibilidade de animais terminados de pasto no mercado”, assinala Iglesias. Já a demanda doméstica de carne bovina permanece em uma situação bastante complicada neste primeiro semestre, com o consumidor médio descapitalizado, mantendo a predileção por proteínas mais acessíveis, enfaticamente a carne de frango. “Somado a isso, precisam ser citadas as incertezas em torno das exportações de proteína animal brasileira em 2021, com notícias de uma recomposição acelerada do rebanho de suínos no território chinês”, completa. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 304 a arroba, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 285, ante R$ 290 na quarta-feira. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 295, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, o valor foi de R$ 303 a arroba. No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios não indica chances reais de reajustes para cima nos preços mesmo no início do próximo mês, face à descapitalização do consumidor médio neste momento. Com isso, o corte traseiro seguiu com preço de R$ 19,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, assim como a ponta de agulha.

AGÊNCIA SAFRAS

Boi gordo: mais um dia de estabilidade no preço da arroba nas praças pecuárias paulistas

O consumo doméstico comedido resultou em mais um dia de estabilidade no mercado do boi gordo em São Paulo, mesmo com a oferta limitada de animais terminados 

Segundo levantamento da Scot Consultoria, na última quinta-feira (25/2), a arroba do boi gordo que atende ao mercado interno ficou cotada em R$300,00, preço bruto e à vista. Os preços da vaca e da novilha gordas também seguiram estáveis, negociadas, respectivamente, em R$282,00/@ e R$292,00/@, preços brutos e a prazo. Os animais que atendem às exportações, com até quatro dentes, são negociados em R$305,00/@. As escalas de abate avançam paulatinamente e atendem, em média, quatro dias úteis.

SCOT CONSULTORIA

Recuo no atacado de carne bovina sem osso

O atacado de carne bovina sem osso recuou pela terceira semana seguida na praça paulista. A queda nos últimos sete dias foi de 0,4%, considerando os 22 cortes pesquisados.

SCOT CONSULTORIA

Preço do boi gordo no Rio Grande do Sul registra queda de 1,39% na última semana

De acordo com o relatório semanal da Emater/RS, o valor do boi gordo registrou queda 1,39% em que estava precificado a R$ 9,34/kg e passou para R$ 9,21/kg vivo. O preço da vaca para o abate também teve desvalorização de 2,16% na semana e está cotada a R$ 8,17/kg vivo

Na região de Soledade/RS, a média do preço do quilo do boi gordo foi de R$ 9,10/kg, e da vaca gorda, R$ 8,10/kg. Na de Santa Maria/RS, o do boi gordo foi de R$ 9,62/kg, e da vaca R$ 8,16/kg. Ainda de acordo com o relatório da Emater, as pastagens em geral continuam apresentando boas taxas de crescimento, garantindo ganho de peso e capacidade de suporte animal bastante satisfatórios.  Nos locais com acúmulo de matéria vegetal, foram necessários manejos como roçadas ou aumento da lotação, como forma de garantir um novo rebrote de qualidade. “Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o desenvolvimento dos campos tem sido satisfatório. A exceção a esse quadro geral ocorre apenas na área de São Borja, onde os solos são mais rasos e, consequentemente, retêm menos umidade; assim, as espécies forrageiras já apresentam dificuldade de rebrote”, conclui o relatório.

EMATER/RS

Frigoríficos negociam reajuste na carne para exportação e novos preços podem estimular alta NO MERCADO INTERNO

As indústrias frigoríficas brasileiras estão se reunindo para reajustar os preços da carne bovina no mercado internacional, mas se esse aumento for concretizado a referência do boi gordo pode registrar novas altas no mercado interno 

De acordo com o analista da AgroAgility, Gustavo Figueiredo, as indústrias tentam negociar valores superiores ao que foi observado em novembro e dezembro do ano passado. Os primeiros meses do ano costumam ser de baixo escoamento da carne bovina em virtude das despesas com impostos. Neste mesmo período, ocorre o feriado de ano novo lunar na China que acaba impactando no volume exportado. “Após o feriado Chinês, as negociações começaram a intensificar e com a baixa oferta de animais terminados os frigoríficos optaram por realizar ajustes de preços da carne no mercado externo”, afirmou o analista. Ele reforça que as negociações para a carne bovina com os compradores internacionais estão sendo realizadas acima dos US$ 5 mil por tonelada. “Nos meses de janeiro, as negociações estavam ocorrendo em torno das US$ 4 mil toneladas. O ideal seria que o valor da carne no internacional fosse de US$ 5.400 mil toneladas para manter os preços do boi gordo em R$ 300,00/@”, informou. Neste período de redução do ritmo exportado, a diferença de preços entre o animal comum e o boi China aumentou. “O que era uma diferença de R$ 5,00/@ para baixo pro boi comum passou a ser de R$ 10,00/@ a R$ 15,00/@. Como a disponibilidade de animais é baixa e a demanda enfraquecida, muitos frigoríficos reduziram as escalas de abates para equalizar com a oferta disponível e não impactar nos preços da carne no mercado doméstico”, disse.

AgroAgility

ECONOMIA

Dólar salta e fecha na máxima desde novembro

O dólar teve firme alta ante o real na quinta-feira, dia em que o Banco Central interveio duas vezes no mercado de câmbio, com as operações locais replicando um rali da moeda norte-americana no exterior em meio à escalada das taxas de juros de títulos soberanos dos Estados Unidos, movimento que deprime ativos de risco e ameaça a recuperação econômica global

O dólar spot subiu 1,62%, a 5,5096 reais na venda. É o maior patamar desde 5 de novembro de 2020 (5,5455 reais). Às 13h20, com o dólar já em 5,50 reais, o BC anunciou o primeiro leilão do dia, na forma de oferta de venda de dólares à vista, colocando 920 milhões de dólares. A cotação desacelerou a valorização, mas não demorou para voltar a tomar fôlego. Às 15h37, o dólar bateu a máxima da sessão (5,5393 reais, alta de 2,17%). No mesmo minuto, o BC anunciou a segunda oferta de dólar spot do dia, com venda efetiva de 615 milhões de dólares. No total, a autoridade monetária colocou 1,535 bilhão de dólares nessa modalidade, com liquidação em 1º de março. É o maior valor de venda a ser liquidado no mesmo dia desde a liquidação de 2,175 bilhões de dólares em moeda à vista em 28 de abril do ano passado. O BC não fazia leilão de dólar à vista desde dezembro de 2020. Na segunda-feira, o Bacen já havia vendido 1 bilhão de dólares em dinheiro novo via swaps cambiais tradicionais, numa tentativa de conter a forte reação negativa do câmbio à percepção do mercado de ingerência política na Petrobras. Os motivos podem ser pressão política, preocupação com a inflação e interesse em diminuir reservas para abater dívida bruta –esta última opção é reforçada pelo fato de a intervenção ter ocorrido com dólares das reservas. O estresse nos mercados nesta quinta-feira ainda foi motivado pela contínua subida dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, os Treasuries. A taxa de dez anos –referência para os custos globais de empréstimos– saltou a 1,614%, de 1,389% da véspera, maior patamar em mais de um ano. Juros mais altos tornam esse ativo –considerado o mais seguro do mundo– ainda mais interessante, o que estimula desmonte de carteiras em outros mercados –como ações e moedas emergentes. “Com essas pancadas nos yields dos Treasuries, se o BC não elevar a Selic em março, vejo dólar buscando 5,70 reais”, disse Henrique Esteter, analista de research e equity sales na Guide Investimentos.

Reuters

Ibovespa tem forte queda com tensão externa e pressão de Petrobras

Enquanto o movimento lá fora é pautado pela alta dos juros dos títulos americanos, a pressão adicional por aqui vem de declarações de Bolsonaro

A aversão ao risco nos mercados globais com alta dos juros dos títulos americanos atingiu em cheio a bolsa brasileira, em um momento de bastante fragilidade devido à incerteza sobre a situação fiscal e os rumos da Petrobras. O Ibovespa fechou em queda de 2,95%, aos 112.256 pontos, com giro financeiro de R$ 31,5 bilhões. Dado o cenário mais tenso no exterior, não ajudaram em nada os comentários do Presidente Jair Bolsonaro sobre a estatal – tanto é que a empresa voltou a sofrer duras perdas, a despeito do resultado positivo do balanço no quarto trimestre. Petrobras ON perdeu 3,87% e Petrobras PN cedeu 4,96%. Bolsonaro afirmou que “uma estatal, seja qual for, tem que ter sua visão de social”. “Não podemos admitir uma estatal, um presidente que não tenha essa visão”, disse. Diante da tensão no exterior, o mercado vai se tornando “mais seletivo e busca boas histórias. E o Brasil não está bem colocado”, diz Marcos Mollica, gestor do Opportunity Total. “Mesmo nos momentos bons dos mercados globais, o Brasil está ficando para trás. A bolsa brasileira tem um dos piores desempenhos do mundo e piorou com a questão da Petrobras. Existe um problema de credibilidade fiscal e o governo não está conseguindo emitir sinais de que a dívida vai entrar em trajetória sustentável”, diz. Os analistas do Credit Suisse afirmam que os resultados da Petrobras superaram as expectativas da casa em várias frentes. A grande pergunta, porém, é qual será a magnitude de mudança com o novo management. A casa mantém uma recomendação de desempenho abaixo da média (underperform) para as ações. O que também deixa o mercado mais cauteloso é o fluxo de saída de capital externo nos últimos dias.

VALOR ECONÔMICO 

Estrangeiros retiram R$ 9,2bilhões da bolsa após estouro da crise na Petrobras

Pior momento da fuga de capitais ocorreu logo na segunda-feira, com uma debandada impressionante de R$ 6,8 bilhões

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 9,2 bilhões da bolsa brasileira em curto período de três dias desde o estouro da crise na Petrobras, de acordo com dados mais recentes da B3. Os números consideram o movimento no mercado secundário (ações já listadas) entre sexta-feira passada, quando o governo criticou o aumento dos preços de combustíveis pela estatal e sinalizou interferência no comando da empresa, até a terça-feira. O pior momento da fuga de capitais ocorreu logo na segunda-feira, com uma debandada impressionante de R$ 6,8 bilhões. Foi justamente naquela sessão que o mercado reagiu à decisão do Presidente Jair Bolsonaro em retirar Roberto Castello Branco da direção da companhia e indicar o general Joaquim Luna e Silva para o posto. No mesmo dia, as ações da companhia caíram mais de 20%. Mesmo no dia seguinte, quando houve uma recuperação técnica das ações, os estrangeiros continuaram reduzindo sua exposição na bolsa brasileira e a saída foi de R$ 2,3 bilhões naquele pregão. Vale dizer que esses números de fluxo consideram o mercado secundário como um todo – não somente as ações da Petrobras -, mas servem de termômetro para avaliar a percepção de risco dos investidores lá de fora.

VALOR ECONÔMICO 

EMPRESAS 

Marfrig monitorou 62% de seus fornecedores de gado na Amazônia em 2020

Percentual inclui fornecedores diretos e indiretos e representa crescimento de cerca de 30% ante o registrado em 2019 

Segunda maior processadora de carne bovina do Brasil, a Marfrig ampliou em cerca de 30% o monitoramento de seus fornecedores na Amazônia em 2020, ano em que o bioma foi alvo de uma série de críticas e pressões internacionais devido ao aumento do desmatamento. Segundo números divulgados pelo Diretor de Sustentabilidade e Comunicação da companhia, Paulo Pianez, 62% dos pecuaristas que venderam animais direta ou indiretamente aos frigoríficos da Marfrig no bioma foram monitorados no último ano ante cerca de 48% em 2019. “Ao longo do ano passado, mais os esforços que foram feitos principalmente nos últimos três meses, a gente conseguiu elevar esse nível de identificação na Amazônia e já estamos em 42% também no Cerrado”, detalhou o executivo ao anunciar um financiamento de US$ 30 milhões da companhia junto a um fundo internacional para desenvolver mecanismos de rastreabilidade nos dois biomas. De acordo com Pianez, a Marfrig possui cerca de 30 mil fornecedores diretos no Cerrado e na Amazônia, podendo chegar a 330 mil quando considerados os indiretos. O monitoramento de fornecedores indiretos é parte de um compromisso firmado pela empresa ainda em 2009, mas ganhou força no ano passado – quando o aumento do desmatamento no bioma elevou as pressões internacionais sobre empresas agropecuárias que atuam na região. Foi nesse contexto que a empresa anunciou, em junho último, um plano para eliminar o desmatamento da sua cadeia de fornecimento no Amazônia e no Cerrado até 2030 com um investimento total de US$ 500 milhões. “O desafio não é a tecnologia, o desafio é o engajamento do produtor e a identificação ao longo da cadeia. De uma cadeia que é complexa, não verticalizada e que não tem contrato formal com a companhia”, ressalta o Diretor. Para obter o financiamento de US$ 30 milhões, anunciado na quarta-feira (24/2), a companhia comprometeu-se a seguir um plano de ação que inclui aprimorar os critérios de sustentabilidade na compra de gado nos dois biomas ainda este ano com base em mapeamentos de risco elaborados a partir de informações públicas de desmatamento e crimes ambientais. “O que não existia era a possibilidade de se ter um approach como esse. Ou pelo menos não tínhamos identificado que poderia ter esse tipo de approach. O approach anterior que tentamos não foi suficiente. Mas a gente acredita que agora temos o melhor caminho para que se possa efetivamente fazer a rastreabilidade ao longo da cadeia tanto no Cerrado quanto na Amazônia”, conclui Pianez.

GLOBO RURAL

Lucro da Minerva dispara a R$697 mi em 2020 e companhia propõe dividendo adicional

Os proventos serão distribuídos na forma de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao exercício fiscal de 2020

O frigorífico Minerva Foods, maior exportador de carne bovina da América do Sul, registrou lucro líquido de 697,1 milhões de reais no acumulado de 2020, uma disparada ante os 16,2 milhões registrados no ano anterior, o que permitiu propor a distribuição de dividendos adicionais em patamar recorde, informou a companhia na quinta-feira. No quarto trimestre de 2020, porém, o lucro líquido ficou em 114,1 reais, queda de 53,2% no comparativo anual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 616,9 milhões de reais no quarto trimestre, avanço de 2,2% no ano a ano. Já no acumulado de 2020, o Ebitda subiu 22,4%, para 2,14 bilhões de reais. A receita líquida da companhia cresceu 17,4% nos três últimos meses de 2020, para 5,7 bilhões de reais, embora o abate de bovinos tenha recuado 4,8% no período, para 857,9 mil cabeças. No total do ano, a receita líquida do Minerva avançou 13,3%, para 19,4 bilhões de reais. Neste cenário, o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Edison Ticle, disse que a empresa propôs à Assembleia Geral Ordinária de acionistas o pagamento complementar de dividendos no valor de 384,3 milhões de reais ou 0,73 reais por ação, excluindo as 23,1 milhões de ações em tesouraria, totalizando assim o montante de 542 milhões reais ou 1,03 real por ação. Os proventos serão distribuídos na forma de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao exercício fiscal de 2020. “O montante consolidado a ser distribuído representa cerca de 78% do lucro líquido da companhia no período, perfazendo um dividend yield de 10,5%, um dos mais elevados ‘dividend yields’ do mercado acionário brasileiro, referentes ao ano de 2020. Certamente ficaremos entre os principais do país”, disse o executivo. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, encerrou o ano passado em 2,4 vezes, em linha com as projeções da companhia.

REUTERS 

BRF: lucro salta 30% e chega a R$ 902 milhões no quarto trimestre

A receita líquida saltou 23,5%, para R$ 11 bilhões. No acumulado, o indicador subiu 18%, para R$ 33 bilhões

A BRF apurou lucro líquido de R$ 902 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 30% em relação a igual período de 2019, mostra documento enviado ao mercado na quinta-feira (25). No ano, o lucro somou R$ 1,39 bilhão, elevação de 14,6%. A receita líquida saltou 23,5%, para R$ 11 bilhões. No acumulado, o indicador subiu 18%, para R$ 33 bilhões. Já o Ebitda ajustado, que mede o resultado operacional, foi de R$ 5,2 bilhões em 2020, alcançando uma margem de 13,1%, evolução de 110,7% quando comparado ao início da reestruturação. No trimestre, o Ebitda ficou em R$ 1,5 bilhão, alta de 12,3%. “Esta evolução é reflexo direto da solidez da governança corporativa, gestão operacional e comercial eficiente, disciplina financeira, fortalecimento da cultura da companhia e expansão da capacidade de inovação”, informou. A empresa também evoluiu na gestão da sua dívida, saindo de uma alavancagem líquida de 5,12x em 2018, com dólar a R$ 3,80 para um índice de 2,73x com a moeda americana a R$ 5,20. O prazo médio da dívida passou de 3 anos em 2018 para 9,9 anos em 2020. A receita em inovação no Brasil mais do que dobrou, saltando de 2,7% em 2018 para 5,6% em 2020. “Consolidamos os fundamentos para um crescimento sustentável e estamos muito orgulhosos dos resultados apresentados ao término deste primeiro ciclo de transformação, pois eles reforçam a nossa disciplina e excelência para executar a estratégia, nossa capacidade de inovar e, principalmente, a força do nosso time e da nossa cultura”, destaca Lorival Luz, CEO Global da BRF. O volume de aves caiu 4%, enquanto o de suínos e outros despencou 15,8% no Brasil. A receita líquida atingiu um número recorde de R$ 20,985 bilhões, crescimento de 20,0% em comparação com o ano de 2019. No segmento internacional, a BRF reforçou sua expansão geográfica e fechou o ano com 44 novas habilitações. A companhia apresentou receita líquida de R$ 17,24 bilhões, com aumento de 15,7% em relação a 2019. Já o Ebitda ajustado de R$ 2,10 bilhões caiu 9,3% no ano, e a margem ficou em 12,2% (-3,4 p.p.). A receita líquida dos frangos Halal, destinados aos países mulçumanos, totalizou R$ 1.924 bilhão, alta de 32,1%, favorecida pela desvalorização cambial do real versus o dólar.

MONEY TIMES 

FRANGOS & SUÍNOS

Preço da carne de frango recua na 2º quinzena de fevereiro

No entanto, a cotação média para o produto neste mês supera o valor apurado em janeiro

O preço médio da carne de frango em fevereiro supera o valor apurado em janeiro, ainda que a procura pelo produto tenha caído nesta segunda quinzena, o que se refletiu nas cotações, disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A cotação do frango inteiro congelado comercializado na Grande São Paulo no período de 17 a 24 de fevereiro recuou 1,7%, para R$ 5,82 o quilo na quarta-feira (24/2). Apesar da baixa, a média na parcial do mês, de 5,79/kg, é 1,8% superior à de janeiro. Na região de Toledo (PR), a desvalorização da carne congelada foi de 1,4% em sete dias, chegando a R$ 6,77/kg ontem. A média parcial de fevereiro ficou em R$ 6,70/kg, 10,2% acima da registrada no mês anterior. A reação negativa também foi observada nos preços dos cortes e dos miúdos, diz o Cepea. A coxa com sobrecoxa resfriada, um dos cortes com melhor saída no mercado doméstico, teve desvalorização de 2,8% entre 17 e 24 de fevereiro, cotada a R$ 6,29/kg na quarta-feira. A média parcial do mês, de R$ 6,31/kg, é 5,3% maior ante a observada em janeiro. Já o peito resfriado, item que também é muito procurado pelo consumidor brasileiro, fechou a R$ 7,09/kg ontem (24), queda de 0,4% em sete dias. A média, de R$ 7,01/kg na parcial de fevereiro, também é maior que a de janeiro, em 5,2%. Colaboradores do Cepea indicam, ainda, que há baixa disponibilidade interna de alguns produtos por conta das exportações, caso do pé, do coração e do pescoço. Na comparação com outros períodos, a oferta interna está restrita e os preços, elevados, devido à alta demanda externa. Em relação aos insumos, os preços do farelo estão em queda, enquanto as cotações do milho voltaram a se elevar, segundo levantamento da Equipe Grãos do Cepea. O Indicador Esalq/BM&FBovespa registrou alta de 1,7% de 17 a 24 de fevereiro, indo a R$ 85,19 a saca na quarta-feira. Por outro lado, a tonelada de farelo de soja comercializada no mercado de lotes de Campinas teve queda de 1,6% no mesmo período, cotada a R$ 2.833,00.

ESTADÃO CONTEÚDO 

INTERNACIONAL

México anunciou a abertura de seu mercado para carnes argentinas

Ao final da visita de três dias ao México, os governos da Argentina e do México anunciaram a abertura do mercado mexicano às carnes argentinas, principal realização comercial de sua visita ao país asteca, que cimentou sua aliança estratégica com o Presidente Andrés Manuel López Obrador

O acordo, concluído durante as reuniões de trabalho no México e celebrado pela delegação presidencial e na Argentina, implica a recuperação de um mercado para a indústria e o campo que havia sido fechado pela febre aftosa. A abertura se deu por decisão política de López Obrador. O México dará à Argentina as mesmas condições do Uruguai: um representante do Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade do México (Senasica) viajará a Buenos Aires para desenvolver, junto com as autoridades do Senasa, as etapas a seguir para a implantação dos protocolos e habilitar estabelecimentos frigoríficos. Além do acordo sobre carnes, os governos de ambos os países “concordaram com a necessidade de revisar e modernizar a relação econômica e comercial bilateral, e concordaram em instruir suas equipes a iniciar negociações comerciais o mais rápido possível com o objetivo de alcançar um acordo comercial abrangente e ambicioso”. E ambos os governos concordaram em fortalecer a cooperação técnica na agricultura, incluindo a transferência de tecnologia de sacos de silos. A indústria frigorífica esperava há muito a abertura do mercado mexicano. O México tem uma relação comercial muito próxima com os Estados Unidos que inclui carne: exporta gados em pé, que são engordados e processados na primeira potência global, e depois carne de lá. O Presidente do Consórcio dos Exportadores de Carnes, Mário Ravetino, comemorou a decisão: “É uma boa notícia em um mercado que há muito almejamos e uma nova possibilidade de exportação de carne do país”.

La Nación

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