CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1156 DE 16 DE JANEIRO DE 2020

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Ano 6 | nº 1156| 16 de janeiro de 2020

 

ABRAFRIGO

No arquivo abaixo, a íntegra do acordo comercial assinado pelos Estados Unidos e a China

china

NOTÍCIAS

Demanda ruim dita rumo do mercado do boi

Mercado pressionado

Em São Paulo, mesmo com indústrias com escalas curtas, de dois a três dias, as ofertas de compra têm sido abaixo da referência de mercado. A demanda fraca (típica desta época do ano) e os estoques relativamente abastecidos permitem que os frigoríficos trabalhem com programações reduzidas. Esse cenário tem sido observado na maioria das regiões pecuárias, principalmente no Centro-Oeste. Viés de baixa ganha força em Mato Grosso do Sul

No estado, a cotação caiu nas três regiões pecuárias. Em Três Lagoas-MS, por exemplo, o boi gordo está em R$176,50/@, à vista, livre de Funrural, queda de 1,1% em relação ao fechamento de ontem (14/1) e queda de 4,6% frente ao início do mês. O preço bruto está em R$179,00/@ e descontando o Senar, R$178,50/@. No Oeste do Maranhão, apesar da demanda amena, a oferta de boiadas não está grande, o que resultou em alta de preços. O boi gordo está cotado em R$177,00/@ bruto, R$176,50/@ descontando o Senar e R$174,50/@, à vista, livre de Funrural, alta de 1,2% na comparação feita dia a dia.

Scot Consultoria

Arroba do boi gordo segue em trajetória de queda no Brasil

Frigoríficos voltaram a testar o mercado no decorrer do dia, avaliando o escoamento mais lento da carne nesta virada de ano. Os frigoríficos de maior porte conseguiram uma frente satisfatória em suas escalas de abate

O mercado físico do boi gordo segue em perspectiva de queda. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos voltaram a testar o mercado no decorrer do dia, avaliando o escoamento mais lento da carne nesta virada de ano. “Por sua vez, há pouca resistência por parte dos pecuaristas, que seguem negociando mesmo em níveis mais baixos. Os frigoríficos de maior porte conseguiram uma frente satisfatória em suas escalas de abate, e devem continuar pressionando o mercado no curto e no médio prazo”, explicou. Em São Paulo, capital, preços a R$ 194 a arroba para pagamento à vista, ante R$ 196 na terça-feira. Em Minas Gerais, preços de R$ 189, em Uberaba, contra R$ 190. Em Mato Grosso do Sul, preços caíram de R$ 186 para R$ 185 a arroba, em Dourados. Em Goiás, o preço indicado seguiu em R$ 185 a arroba em Goiânia. Já em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 177 a arroba em Cuiabá, inalterado. No mercado atacadista, a tendência de curto prazo é para a acomodação dos preços, avaliando a mudança do perfil de consumo no decorrer do primeiro bimestre, com o brasileiro médio descapitalizado, às voltas com despesas tradicionais a esse período do ano. Corte traseiro ainda é cotado a R$ 15,15. Corte dianteiro ainda é precificado a R$ 10,75, por quilo. Ponta de agulha permanece cotada a R$ 10,20, por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Exportações de carne nas primeiras semanas de janeiro surpreendem e podem encerrar o mês com níveis acima de 170 mil toneladas

A demanda interna ainda é uma incógnita e mercado só terá maior definição a partir da última semana de janeiro

Nos primeiros sete dias úteis de janeiro, o volume exportado de carne bovina in natura surpreendeu a todos já foram embarcadas 55,5 mil toneladas conforme a Secretária de Comércio Exterior (SECEX) divulgou na segunda-feira (13). As expectativas de mercado apontam que o mês pode encerrar com um total exportado acima das 170 mil toneladas. A média diária ficou ao redor de 7,9 mil toneladas e, se esse percentual continuar nas próximas semanas, poderá haver um aumento de 17% frente ao mês anterior e 70% na comparação anual. A pressão baixista nos preços está sendo influenciada pelo o mercado interno, na qual muitas indústrias estão negociando com cautela. Os frigoríficos que atendem ao mercado interno são os que estão com mais receio de alongar as programações de abate. Atualmente, os negócios para o boi gordo em São Paulo estão ocorrendo ao redor de R$ 190,00/@ a R$ 200,00/@.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

A cotação do boi em 2019 foi tão fora da curva?

Para responder à pergunta, fizemos uma comparação dos movimentos de preços do boi gordo em outros anos de altas fortes

Foram selecionados aqueles com maiores valorizações de janeiro a dezembro, desde 2005. Com isto, os destaques foram 2007, 2010, 2013, 2014 e 2019. Entre janeiro e dezembro, a valorização em 2019 foi de 32,5%, considerando médias mensais. Embora expressiva, foi menor que em 2007 e 2010. Antes que surja o comentário que houve um pico em novembro de 2019, em 2010 e em outros anos também houve estes picos. Por isso também foi feita a comparação da evolução das cotações ao longo do ano, para que as médias mensais não amenizem os movimentos. As cotações do início de cada ano foram consideradas como base 100 e, a partir delas, foi feita a evolução dos preços em cada ano, sempre com os períodos equivalentes (dia e mês). O grande ano de 2019 fica tímido nesta comparação. Em 2010, por exemplo, a cotação em meados de novembro registrava alta de 53,5% frente ao começo do ano (153,5 no gráfico). O pico de alta em 2019 foi menor, de 50,0% frente ao começo do ano. O que 2019 teve como destaque foi a velocidade das altas. Enquanto em 2010 o mercado vinha em movimento ascendente em boa parte do ano, em 2019 a força veio subitamente, a partir de outubro, com a ampliação das habilitações de plantas para a China. Quanto a ter sido o recorde de preços (reais) desde o início do plano real, foi um marco importante, mas 2010 e 2014 também foram recordes, quando ocorreram.

Scot Consultoria

Alta nas carnes limitou vendas do supermercados em novembro, aponta IBGE

O choque de preços das proteínas na inflação limitou as vendas de hipermercados, supermercados e alimentos em novembro de 2019, conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento mostra que a receita nominal do setor até cresceu 1% em novembro, perante outubro, mas, quando descontada a inflação dos alimentos, a receita real do setor mostra estabilidade na passagem dos dois meses. No penúltimo mês de 2019, a inflação de alimentação e bebidas foi de 1,01% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deflator das vendas de hipermercados e supermercados na pesquisa do IBGE. A alta foi influenciada pelas carnes, mais caras por conta da demanda da China. “É algo que acabou inclusive compensando ganhos nas vendas por conta do período promocional da Black Friday”, disse Isabella Nunes, Gerente da Pesquisa, durante entrevista coletiva no Rio. Em novembro, as vendas no varejo subiram 0,6% em relação ao mês anterior. Perante igual período de 2018, houve alta de 2,9%, oitava taxa positiva seguida.

Valor Econômico

China pressiona frigoríficos por preços menores

A situação que os frigoríficos de bovinos brasileiros estão passando com a China, que pressiona por revisão de preços dos contratos e até segurando os embarques, se repete com as indústrias do Uruguai igualmente. E não deve ser diferente na Argentina

Enquanto as indústrias daqui não falam abertamente do tema, a filial do Marfrig no país vizinho foi ouvida pelo jornal El Observador e confirmou a embrulhação que os importadores estão aprontando. A sensação de desânimo está visível entre os agentes, de acordo com a observação do jornal de Montevidéu. Segundo o CEO para o Cone Sul do grupo brasileiro, Marcelo Secco, há três cenários perturbadores que os exportadores estão vivenciando: “os embarques que estão viajando ou chegando, os contratos que estão amarrados à produção futura e as novas vendas potenciais. No texto do diário uruguaio, Secco adiantou que o último é o mais complicado, pela dificuldade de gerar novas negociações e certamente pelos preços menores que deverão ser formalizados pelos compradores. Segundo o INAC, órgão do país que reúne os exportadores, foram embarcadas 332 mil toneladas à China em 2019, alta de quase 24,5%. E receitas de US$ 1,2 bilhão. O Diretor do Marfrig não confirmou, na entrevista, nenhum cancelamento de contrato, mas, sim, renegociações caso a caso. Na média dos frigoríficos uruguaios, os pedidos de descontos dos chineses vão de 5% a 30%, ante preços praticados pelas empresas uruguaias de US$ 5 a US$ 6,5 mil a tonelada.

Money Times

ECONOMIA

EUA e China redefinem relação comercial com “Fase 1” de acordo

Os Estados Unidos e a China anunciaram na quarta-feira um acordo comercial inicial que irá reduzir algumas tarifas e aumentar as compras chinesas de bens e serviços dos EUA, aliviando um conflito de 18 meses entre as duas maiores economias do mundo

Pequim e Washington classificaram a “Fase 1” do acordo como um passo importante depois de meses de negociações pontuadas por retaliações em tarifas que atingiram as cadeias de suprimentos e alimentaram temores de uma desaceleração maior na economia global. Juntos, estamos corrigindo os erros do passado e entregando um futuro de justiça e segurança econômicas para trabalhadores, agricultores e famílias norte-americanos”, disse o Presidente dos EUA, Donald Trump, ao anunciar o acordo na Casa Branca ao lado do Vice Premiê chinês, Liu He, e outras autoridades. A peça central do acordo é uma promessa da China de comprar pelo menos mais 200 bilhões de dólares em produtos agrícolas e outros bens e serviços dos EUA ao longo de dois anos, sobre uma base de 186 bilhões de dólares de compras em 2017. O acordo incluirá 50 bilhões de dólares em pedidos adicionais de produtos agrícolas dos EUA, afirmou Trump, acrescentando estar confiante de que os agricultores norte-americanos seriam capazes de atender à demanda maior. Ele também disse que a China comprará de 40 bilhões a 50 bilhões de dólares em serviços adicionais dos EUA, 75 bilhões de dólares a mais em produtos manufaturados e 50 bilhões de dólares a mais em suprimentos de energia. Autoridades de ambos os países anunciaram o acordo como uma nova era para as relações sino-americanas, mas ele não aborda muitas das diferenças estruturais que levaram o governo Trump a iniciar a guerra comercial. Entre as diferenças está a prática de longa data de Pequim de apoiar empresas estatais e inundar os mercados internacionais com produtos de baixo preço. Trump, que adotou uma política “Estados Unidos Primeiro” visando reequilibrar o comércio global em favor de empresas e trabalhadores dos EUA, disse que a China prometeu ações para enfrentar o problema de produtos pirateados ou falsificados e que o acordo incluía forte proteção aos direitos de propriedade intelectual. A “Fase 1” do acordo, alcançada em dezembro, cancelou as tarifas planejadas dos EUA sobre celulares, brinquedos e laptops fabricados na China e reduziu pela metade, para 7,5%, a tarifa sobre cerca de 120 bilhões de dólares em outros produtos chineses, incluindo televisores, fones de ouvido bluetooth e calçados. Mas manterá tarifas de 25% em uma gama de 250 bilhões de dólares em bens e componentes industriais chineses usados pelos fabricantes dos EUA. Trump, que tem tratado a “Fase 1” do acordo como um pilar de sua campanha de reeleição em 2020, disse que concordaria em remover as tarifas remanescentes assim que os dois lados negociarem uma “Fase 2”.

REUTERS

Dólar salta 1,3% e fecha acima de R$4,18 com incerteza sobre melhora no fluxo cambial

O dólar saltou 1,3% ante o real na quarta-feira, na alta mais intensa em mais de dois meses, com a moeda brasileira novamente liderando as perdas globais nos mercados de câmbio diante de renovados sinais de fraqueza na economia que podem prejudicar expectativas de fluxo cambial ao país

Os dados corroboraram ainda mais apostas de cortes de juros. Uma taxa Selic mais baixa reduz a atratividade do real como ativo de investimento, colocando a divisa doméstica em desvantagem em relação a “rivais” como o peso mexicano. Além disso, os sinais de menor ímpeto da economia no fim do ano passado jogam contra expectativas de melhora no fluxo cambial, cujo saldo no ano passado foi o pior da história. No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,30%, a 4,185 reais na venda. É a maior valorização diária desde 8 de novembro de 2019 e o patamar mais alto desde 5 de dezembro do ano passado. Na B3, o dólar saltava 1,20%, a 4,1860 reais. Mas novos cortes de juros voltam a emergir como um vento contrário ao câmbio e têm forçado o mercado a desarmar posições construídas no fim do ano passado que contemplavam um real mais valorizado.  “A moeda está levemente desvalorizada e a percepção de risco doméstico está em extremos negativos de acordo com nosso indicador de risco de câmbio por país, e ambos acabam funcionando como um vento favorável à moeda”, disseram analistas da MRB Partners em nota a clientes.

REUTERS

Ibovespa tem maior queda do ano com economia ainda em ritmo lento

O tom negativo prevaleceu na bolsa paulista na quarta-feira e o Ibovespa teve a maior queda desde novembro passado, com novos dados sinalizando um desempenho ainda fraco da economia no Brasil, ditando realização de lucros nas ações, principalmente nos setores de bancos e de consumo

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,04%, a 116.414,35 pontos, maior queda percentual desde 26 de novembro. Ainda assim, o desempenho acumulado em 2020 está positivo, com elevação de 0,67%. O volume financeiro no pregão somou 32,2 bilhões de reais, em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa. Para Pedro Menezes, membro do comitê de investimento de ações e sócio da Occam Brasil Gestão de Recursos, dados de varejo nesta sessão combinados com indicadores de atividade recentes mostram que a recuperação da economia será gradual. “Com os dados do final do ano, o mercado passou a achar que a recuperação da economia seria mais rápida, levando a uma maior revisão dos números das empresas no curto prazo. “Com uma recuperação lenta, essa revisão é mais lenta, e isso leva a uma realização (de lucros)”, explicou. Em novembro, o volume de vendas no varejo subiu 0,6% em relação a outubro e 2,9% na comparação com novembro de 2018. Pesquisa Reuters mostrava expectativas de avanços de 1,1% e 3,8%, respectivamente. Economistas do Credit Suisse afirmaram que os dados das vendas de varejo mostram alguma moderação na tendência positiva da atividade econômica observada nos últimos meses, após números mais fracos que o esperado na produção industrial e no setor de serviços, conforme relatório a clientes. “O resultado também aumenta a probabilidade de o PIB crescer mais próximo de 0,5% no quarto trimestre de 2019 em relação ao trimestre anterior…se determinadas medidas implementadas pelo governo federal para aumentar o consumo das famílias no final de 2019 também tiverem efeito limitado nos principais indicadores econômicos em dezembro”, observaram Leonardo Fonseca e Lucas Vilela, que tem como cenário base expansão de 0,8% no período. A MARFRIG ON subiu 4,84%, na terceira alta seguida e ampliando os ganhos em 2020 para cerca de 20%, favorecida por perspectivas positivas para a companhia e o segmento, além da valorização do dólar em relação ao real. JBS ON encerrou com baixa de 0,31%.

REUTERS

Vendas no varejo do Brasil sobem pela 7ª vez em novembro, mas abaixo do esperado

As vendas varejistas no Brasil mantiveram o ritmo positivo em novembro pelo sétimo mês seguido com impulso da Black Friday, porém abaixo do esperado

O volume de vendas no varejo teve em novembro alta de 0,6% em relação a outubro, informou na quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas aumentaram 2,9%, na oitava taxa positiva seguida. Entretanto, os resultados ficaram bem abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de avanços de 1,1% na comparação mensal e de 3,8% sobre um ano antes. “Os setores que mais cresceram em novembro foram os mais sensíveis à Black Friday, como móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e perfumaria”, explicou a Gerente da Pesquisa, Isabella Nunes. “Se não fosse a Black Friday, poderia ficar até negativo”, completou ela, atribuindo o resultado abaixo do esperado pelo mercado a possivelmente “uma questão de metodologia e calibragem”. Das oito atividades pesquisadas, quatro apresentaram crescimento no volume de vendas sobre o mês anterior, com destaque para o ganho de 4,1% de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e de 1,0% de Outros artigos de uso pessoal e doméstico. As vendas de Móveis e eletrodomésticos aumentaram 0,5% no mês, enquanto as Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação subiram 2,8%. As taxas negativas foram registradas por Tecidos, vestuário e calçados (-0,2%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,3%), além de Livros, jornais, revistas e papelaria (-4,7%). Já o setor de maior peso no varejo, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, teve estabilidade nas vendas em novembro. No varejo ampliado, o volume de vendas caiu 0,5%, interrompendo oito meses de crescimento. O setor de Veículos, motos, partes e peças recuou 1,0%, enquanto Material de construção teve variação positiva de 0,1%. “O comércio vai fechar o ano mais uma vez no positivo. Será o terceiro ano seguido, mas não repõe ainda as perdas de 2015 e 2016”, disse a Gerente da pesquisa.

REUTERS

EMPRESAS

Citi recomenda compra da ação da Marfrig

O Citi Research recomendou em relatório na segunda-feira (13) a compra das ações da Marfrig, esperando resultados favoráveis para as operações dos Estados Unidos e aumento das exportações a partir da América do Sul

O banco citou como fatores positivos o cenário para carne bovina nos Estados Unidos, maior geração de caixa após a aquisição da participação adicional de 31% na National Beef e a venda de ações que eram detidas pelo BNDES na companhia. A Marfrig também levantou R$ 901 milhões numa oferta subsequente de ações, usados para o pré-pagamento de dívidas. “Acreditamos que isso indica que a companhia está mais preocupada em melhorar o seu balanço que buscar crescimento por meio de fusões e aquisições/investimentos”, escreveram analistas do Citi em relatório. O Citi considera que a Marfrig está bem posicionada para outro ano de fortes resultados em 2020, diante da expectativa de crescimento de 2% na oferta de bovinos nos EUA. A demanda doméstica norte-americana também deverá continuar aquecida, considerando as perspectivas de crescimento econômico para o país. A expectativa do Citi é de um crescimento anual de 2% na receita da Marfrig na América do Norte, em dólar. A margem bruta ficar em 12,8%, comparada a 13,8% em 2019, sendo que o declínio considera o evento pontual do incêndio na fábrica da concorrente Tyson no ano passado, que acabou favorecendo os resultados da Marfrig em 2019. O Citi também elevou as estimativas para o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da companhia em 18% para 2020 e 16% para 2021, por considerar um cenário mais favorável nos Estados Unidos e aumento nas exportações a partir da América do Sul.

CARNETEC

FRANGOS & SUÍNOS

Custo de produção de aves sobe 8,6% e de suínos 6% em 2019, diz Embrapa

A nutrição dos animais foi o item que mais pesou nos custos

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte calculados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa acumularam em 2019 altas de 8,64% e 5,97%, respectivamente. Segundo a Embrapa, a nutrição dos animais foi o item que mais pesou nos custos, com 7,21% de aumento no ano para os suínos e 4,04% para o frango de corte. “O ICPSuíno, que começou o ano em 220,96 pontos, encerrou 2019 em 238,75 pontos”, disse a Embrapa. Foi o terceiro mês consecutivo de alta, com acréscimo de 3,26% apenas em dezembro ante novembro. “O custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina passou dos R$ 4,04 em novembro para R$ 4,17 em dezembro, maior valor desde junho de 2018.” Já o ICPFrango encerrou 2019 em 231,14 pontos. “Em janeiro o índice era de 217,85 pontos e chegou a ser de 211,58 em abril, valor mais baixo de 2019.” O ICPFrango acumulava altas desde agosto, mas se manteve praticamente estável entre novembro e dezembro, oscilando -0,01%. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná manteve em dezembro os R$ 2,99 registrados em novembro. “Este é o valor mais alto desde junho de 2016.”

ESTADÃO CONTEÚDO

INTERNACIONAL

Arábia Saudita habilita dois frigoríficos da Minerva no Paraguai

Para contornar a maior concorrência na importação de carne bovina, a Arábia Saudita está ampliando o número de países fornecedores. Após abrir seu mercado ao produto uruguaio, o país do Oriente Médio autorizou três abatedouros do Paraguai à exportar

A habilitação dos frigoríficos paraguaios favorece a brasileira Minerva Foods, que é a maior indústria de carne bovina do Paraguai. O Valor apurou que dois abatedouros da empresa, em Belén e Assunción, estão na lista de plantas habilitadas pelos sauditas. Entre os frigoríficos brasileiros, somente a Minerva atua na indústria de carne paraguaia. Diferentemente do Uruguai, que tem na China um destino prioritário — em meio à peste suína, o país asiático paga mais — o Paraguai não está habilitado pelo país asiático a exportar. Atualmente, a Rússia é o maior destino da exportação de carne do Paraguai. Na avaliação de uma fonte, a Arábia Saudita precisava diversificar os fornecedores porque a Austrália, um dos grandes vendedores, também vem priorizando a China. Além disso, o país da Oceania enfrenta uma restrição do rebanho bovino devido ao clima.

Valor Econômico

Mais reviravoltas mundiais aguardam a carne vermelha em 2020

O negócio global de proteínas teve mais do que seu quinhão de voltas e reviravoltas no ano passado, e 2020 será a mesma coisa, principalmente na China e no Japão

Os esforços contínuos da China para preencher sua lacuna proteica devido ao impacto da peste suína africana significam uma demanda ainda maior por carne suína e carne bovina em todo o mundo. Enquanto isso, carne bovina e suína dos EUA em 1º de janeiro finalmente viu as tarifas de importação japonesas reduzidas às de seus concorrentes, incluindo a Austrália. Isso aumentará as exportações de carne vermelha dos EUA para o Japão este ano e muito além. Esses cenários significam que outro ano sólido aguarda a maioria dos segmentos da indústria de gado bovino dos EUA. As previsões iniciais são de que a maioria dos preços do gado em 2020 seja aproximadamente a mesma do ano passado. Por outro lado, os processadores de carne bovina contam com o segundo ano consecutivo de margens operacionais recordes, muito além do que se poderia imaginar há dez anos. Um ano atrás, depois de um recorde em 2018, a pergunta era: pode ficar melhor do que isso? Bem, sim. Agora, a mesma pergunta se aplica a 2020 e a resposta é provavelmente “sim”. Supondo que a demanda doméstica dos EUA pelas três principais proteínas permaneça pelo menos tão forte este ano quanto em 2019, o aumento das exportações compensará em grande parte um aumento de quase 2% na produção total de carne vermelha e aves nos EUA este ano. O USDA prevê que o total será um recorde de 108,144 bilhões de libras (49 milhões de toneladas), contra 105,298 bilhões de libras (47,8 milhões de toneladas) em 2019. A produção de frangos de corte continuará sendo de longe a maior das três proteínas, com 45,250 bilhões de libras (3,2pc em 2019), enquanto a carne suína será a segunda em 28.680 bilhões de libras (3,8% a mais). O USDA também prevê que as exportações de carne vermelha e aves dos EUA aumentarão em volume e valor este ano em relação a 2019. A carne de porco terá o maior aumento à medida que a demanda da China aumentar os volumes, diz o Serviço de Pesquisa Econômica do USDA. As exportações de carne suína valerão US $ 6,7 bilhões (acima dos US $ 5.518 bilhões em 2019). Os frangos serão a proteína número 2 exportada. As exportações valerão um valor estimado em US $ 5,2 bilhões. A carne bovina será a proteína número 3 exportada a 1,5 bilhão de quilos, contra 1,4 bilhão de quilos em 2019. As exportações de carne bovina, porém, terão o maior valor em US $ 7,6 bilhões (acima dos US $ 7.281b em 2019). As exportações de carne bovina e suína serão estimadas em US $ 1,7b, contra US $ 1,562b em 21019, enquanto as exportações de peles totalizarão US $ 0,9b em comparação com US $ 1,1108b. Todas essas estimativas são para o ano fiscal do USDA encerrado em 30 de setembro.

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