CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1139 DE 10 DE DEZEMBRO DE 2019

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Ano 5 | nº 1139| 10 de dezembro de 2019


NOTÍCIAS

Boi: queda no preço da arroba faz pecuarista se afastar do mercado

Na segunda-feira, as cotações permaneceram estáveis no mercado brasileiro

O mercado físico do boi gordo teve preços estáveis nas principais praças de produção e comercialização do país. “A tendência de curto prazo remete à manutenção dos preços, com os frigoríficos ainda carregando algum conforto em suas escalas de abate, avaliando as vendas do final de semana para determinar a estratégia de compra para o restante da semana”, comenta o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Segundo ele, o pecuarista ficou mais reticente em negociar após a correção para baixo nos preços que marcou o final de novembro e início de dezembro, e passaram a reter as boiadas, estratégia que reduziu o fluxo de negociações no início da semana. Em São Paulo, preços a R$ 208 a arroba. Em Minas Gerais, preços de R$ Em Mato Grosso do Sul, preços em R$ 201. Em Goiás, o preço permaneceu em R$ 201 a arroba em Goiânia. Já em Mato Grosso, o preço ficou em R$ 197,00 a arroba. No atacado, os preços da carne bovina também permaneceram inalterados. “O mercado segue em compasso de espera, com uma latente dificuldade do consumidor final em absorver novos reajustes da carne bovina. A forte alta dos preços culminou em consistente alta das demais proteínas de origem animal”, disse Iglesias O corte traseiro teve preço de R$ 18,25 por quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 11,90 por quilo, enquanto o corte dianteiro seguiu em R$ 12,00 por quilo.

AGêNCIA SAFRAS

Boi gordo: mercado sem referência

Em algumas regiões, parte dos frigoríficos ficaram fora das compras na manhã da última segunda-feira (9/12). Este foi o cenário das praças de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará.

As indústrias que estavam ativas no mercado ofertaram preços menores pela arroba do boi gordo, contudo, o volume de negócios foi reduzido. Com os estoques confortáveis e dificuldade em escoar a produção no mercado interno, parte dos compradores entraram nas compras ofertando preços menores pela matéria-prima.

SCOT CONSULTORIA

Cautela no mercado de reposição

Devido à perda de força do boi gordo, o mercado de reposição tem trabalhado firme, mas com cautela

Na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados e mestiços pesquisadas pela Scot Consultoria, a alta foi de 1,7% na comparação com a semana anterior, lembrando que no último fechamento a alta foi de 6,1%. As categorias mais eradas seguem puxando as cotações, com alta de 3,6% em sete dias, considerando a média das categorias de boi magro e garrote anelorados de todas regiões monitoradas. Já as categorias mais jovens valorizaram 1,6% no mesmo intervalo.

SCOT CONSULTORIA

Pressão ambiental e eficiência impulsionam confinamento bovino no Brasil, diz DSM

O uso de confinamentos para a criação de bovinos tende a crescer no Brasil, país com o maior rebanho comercial do mundo, apontou na segunda-feira uma pesquisa conduzida pela empresa holandesa de nutrição DSM

A tendência é guiada pela necessidade de se reduzir a pressão da atividade sobre o meio ambiente e pela procura de maneiras mais eficientes de criar os animais no país, segundo maior produtor de carne bovina do mundo, atrás dos Estados Unidos. “Os americanos têm metade do rebanho nosso e produzem mais carne que o Brasil”, disse à Reuters o Gerente Nacional de Confinamento da DSM, Marcos Baruselli. Estima-se que o número de bovinos abatidos no Brasil depois de 90 dias em confinamento registre crescimento de 2% em 2019, para cerca de 5,3 milhões de cabeças, mostraram os dados da DSM. Baruselli afirmou que a tendência continuará, à medida que a forte pressão relacionada ao meio ambiente estimula mudanças no modelo local de produção. “No Brasil, tem uma pressão ambiental muito forte. Vamos ter que arrumar outro jeito de produzir. Antes era derruba mato e põe boi. Vai mudar o modelo para engorda em confinamento… (No confinamento, o produtor) termina em 90 dias o que levaria um ano para fazer no pasto”, afirmou. Conforme os preços sobem, o produtor é encorajado a utilizar mais tecnologia e colocar mais animais em confinamentos, elevando tanto a produtividade quanto seus ganhos. A empresa está apostando muitas de suas fichas no Brasil, maior exportador global de carne bovina, onde protocolou o registro de um novo aditivo alimentar para bois, que pode reduzir em cerca de 30% as emissões de metano.

REUTERS

Volume exportado de couro aumentou em 2019, mas faturamento caiu 21,3%

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em novembro, o Brasil exportou 41,7 mil toneladas de couros, volume 5,1% menor em relação a outubro deste ano, mas 4,4% maior na comparação com novembro de 2018

No acumulado de 2019 (janeiro a novembro), o volume embarcado foi de 427,1 mil toneladas, alta de 3,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, contudo, o faturamento diminuiu 21,3%.

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

Dólar tem queda e fecha na mínima em um mês ante real

O dólar fechou em queda ante o real na segunda-feira atingindo o menor patamar em um mês, com o mercado colocando nos preços a possibilidade de ingresso de recursos e de olho nas decisões de política monetária desta semana aqui e no exterior

Na quarta-feira os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos definem suas taxas de juros. A expectativa é que o BC local corte a Selic em mais 0,50 ponto, para uma nova mínima de 4,50% ao ano, enquanto nos EUA o mercado espera estabilidade da taxa. Apesar de provável nova redução do diferencial de juros entre ambos —o que pesou sobre o real ao longo deste ano—, o mercado já vislumbra estabilidade da Selic ao longo de 2020, o que significaria uma pressão a menos para o câmbio no ano que vem. A perspectiva de piora no fluxo cambial empurrou o dólar para cima em novembro, com alta de 5,77%. Em dezembro, contudo, a moeda corrige parcialmente, com queda de 2,63%. No fechamento do mercado interbancário, o dólar caiu 0,40%, a 4,1290 reais na venda. É o menor patamar desde 7 de novembro (4,0935 reais na venda). Na B3, o contrato de dólar futuro mais negociado cedia 0,18%, a 4,1380 reais.

REUTERS

Ibovespa começa semana em ritmo comedido

O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, após uma semana de recordes, refletindo de ajustes de posições e espera de decisões de política monetária nos Estados Unidos e Brasil

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,13%, a 110.977,23 pontos. O volume financeiro alcançou 18,56 bilhões de reais. O Ibovespa fechou a última sexta-feira em nova máxima histórica, a 111.125,75 pontos. O embate comercial EUA-China, que tem adicionado volatilidade aos negócios há cerca de um ano, tem uma semana decisiva, dado o iminente aumento de tarifas norte-americanas sobre produtos chineses a partir do dia 15. Também o Federal Reserve e o Banco Central no Brasil anunciam nesta semana decisões sobre taxas de juros, com as atenções também voltadas para os comunicados que acompanham as respectivas decisões, com investidores em busca de sinais sobre os próximos passos das autoridades monetárias. Na avaliação de um gestor de portfólio da asset de um banco estrangeiro em São Paulo, há expectativa de um desfecho favorável a ativos de risco das decisões de juros, sendo a questão comercial mais preocupante, uma vez que os personagens envolvidos são erráticos nas decisões. A JBS ON caiu 3,35%, tendo no radar novamente notícias sobre possível reestruturação da companhia, com vistas para uma aguardada oferta de ações nos Estados Unidos. MARFRIG ON perdeu 2,1% após anúncio de oferta de ações que espera precificar em 17 de dezembro.

REUTERS

Economistas veem dólar mais alto este ano, Top-5 calcula Selic a 4,25% em 2020

O mercado elevou a expectativa para a taxa de câmbio, ao mesmo tempo em que os investidores começam a indicar taxa básica de juros mais alta em 2020

A projeção para o dólar subiu a 4,15 reais no final deste ano, de 4,10 reais. Para 2020 também houve ajuste para cima, a 4,10 reais, de 4,01 reais antes. A pesquisa com uma centena de economistas continua apontando que a Selic deve terminar tanto este ano quanto o próximo a 4,50%. Entretanto, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, passou a ver a taxa básica de juros a 4,25% ao final de 2020, de 4,0% no levantamento anterior. O BC reduziu em outubro a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, a 5% ao ano, e indicou com clareza que deverá repetir a dose em sua próxima decisão, nesta semana. Para a inflação, também houve alta relevante na projeção para este ano, a 3,84%, de 3,52% na semana anterior. Mas para 2020 permanece a conta de alta do IPCA de 3,60%. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira mostrou que a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano passou a 1,10%, de 0,99% antes. Para 2020 melhorou a 2,24%, de 2,22%.

REUTERS

EMPRESAS

Marfrig fará oferta de ações de R$3,3 bi; BNDESpar será vendedor em distribuição secundária

A Marfrig anunciou no final da sexta-feira oferta pública de distribuição primária e secundária de 299.738.518 ações com esforços restritos, que espera precificar em 17 de dezembro, conforme fato relevante da companhia

A operação consiste na oferta primária de 90.090.091 papéis e oferta secundária de 209.648.427 ações sob o poder do BNDESPar – braço de investimentos em empresas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Considerando o preço de fechamento das ações da Marfrig na última sexta-feira, de 11,10 reais, o montante total da oferta alcançaria 3,3 bilhões de reais. De acordo com a companhia, os recursos líquidos da oferta primária serão integralmente destinados para pré-pagamento de certas dívidas. A oferta está sendo coordenada por Santander Brasil, JPMorgan, Bradesco BBI e BB Investimentos.

REUTERS

Jefferies vai investir US$ 50 milhões em oferta de ações da Marfrig, diz fonte

Firma americana é o investidor de longo prazo que garantiu esse montante para o follow on da empresa brasileira

A firma de investimentos americana Jefferies é o investidor de longo prazo que garantiu US$ 50 milhões (cerca de R$ 210 milhões) para a oferta subsequente de ações (follow on) da Marfrig, afirmou uma fonte. Os americanos também integram o sindicato de bancos que fazem parte da operação. A companhia brasileira já contava com R$ 600 milhões para a oferta, que deve totalizar R$ 3,3 bilhões considerando as parcelas primária e secundária — a BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está se desfazendo de todas as ações. Do total já assegurado, os controladores da Marfrig — o empresário Marcos Molina e sua esposa — investirão R$ 390 milhões, preservando a participação na companhia em 39% do capital. O restante já assegurado virá do Jefferies, que aportará US$ 50 milhões. Com isso, 20% da oferta de R$ 3,3 bilhões está garantida. Marfrig e Jefferies mantêm um relacionamento próximo. Até o mês passado, ambos eram sócios no National Beef, frigorífico americano controlado pela empresa brasileira. Em novembro, a Marfrig pagou US$ 860 milhões ao Jefferies para aumentar sua posição acionária no National, de 51% para 82%. Os bancos e executivos da Marfrig iniciaram as apresentações aos investidores. A previsão é que a precificação das ações da Marfrig ocorra em 17 de dezembro. As novas ações da empresa começam a ser negociadas em 19 de dezembro, e a oferta será formalmente encerrada no dia 26. Participam da operação os bancos Santander, J.P. Morgan, Banco do Brasil, Jefferies e Bradesco. O Santander lidera o sindicato.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Rebanho de suínos da China cresce pela 1ª vez em um ano em novembro, diz governo

O rebanho de suínos da China cresceu 2% em novembro ante o mês anterior, disse o governo do país nesta segunda-feira, na primeira alta em um ano.

Já o número de porcas aumentou em 4% em outubro, disse o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais em seu site, no segundo mês consecutivo de aumento no estoque de rebanhos reprodutores. Embora alguns analistas ainda vejam os números oficiais como conservadores, os dados do governo equivalem a uma redução de 175 milhões de porcos no rebanho do país. O banco holandês Rabobank estimou que o rebanho será reduzido em 55% até o final do ano, enquanto outros apontam para um encolhimento ainda maior. Os preços da carne suína saltaram para níveis recorde na China, pressionando a inflação ao consumidor no país ao maior nível em quase oito anos e colocando Pequim sob crescente pressão para assegurar a oferta antes de importantes feriados próximos. O Diretor do Departamento de Pecuária e Veterinária do Ministério da Agricultura, Yang Zhenhai, afirmou que a oferta estará apertada antes do próximo feriado do Ano Novo Lunar, no final de janeiro, depois que o suprimento de suínos caiu drasticamente entre junho e agosto deste ano. No entanto, o aumento das importações e a liberação de carne de porco congelada das reservas estatais e de armazéns comerciais devem aumentar a oferta, enquanto os altos preços reduzirão o consumo. “A situação de oferta e demanda em geral pode ficar melhor que o esperado”, afirmou Yang em comunicado.

REUTERS

Carne de frango não se beneficia da valorização das outras carnes, apontam dados da FAO

Carne de frango se encontra aquém do melhor resultado registrado desde meados de 2015

Resultados divulgados pela FAO confirmam que, em novembro passado, as três principais carnes comercializadas mundialmente registraram aumento de preço. Mas a valorização obtida pela carne de frango foi mínima, bastante inferior à das carnes bovina e suína. Demonstrando, ao alcançar, no mês, quase 250 pontos (2002/04 = 100 pontos), a carne bovina obteve valorização mensal de 5,81% e anual de 24,18%, enquanto os ganhos da carne suína (144 pontos) ficaram em, respectivamente, 1,12% e 22,97%. Já o preço carne de frango (167,48 pontos) apresentou incremento mensal pouco superior a meio por cento e anual de 6,65%. A carne de frango permanece com preços inferiores aos registrados entre maio e setembro, obtendo no ano valorização de 7,27%, índice muito inferior ao das outras duas carnes, cujos preços em 2019 aumentaram 22,70% (carne suína) e 23,73% (carne bovina). As marcas atuais das carnes suína e bovina correspondem ao melhor resultado alcançado por ambas nos últimos cinco anos. Já a carne de frango se encontra aquém do melhor resultado registrado desde meados de 2015: os 176,2 pontos obtidos em julho passado.

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INTERNACIONAL

Exportações americanas de carne bovina recuam 8% em outubro

Estados Unidos embarcou cerca de 108 mil toneladas no mês

As exportações de carne bovina pelos americanos totalizaram 108.017 toneladas em outubro. O resultado representa uma queda de 8% em relação ao grande volume do ano passado, de quase 120 mil toneladas. O valor das exportações caiu 11%, para US$ 649,1 milhões. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e compilados pela Federação de Exportação de Carne dos Estados Unidos (USMEF, na sigla em inglês). Em relação aos 10 primeiros meses de 2019, as exportações de carne bovina caíram 2,5% em volume, totalizando 1,1 milhão de toneladas. Na mesma comparação, o valor das exportações alcançou US$ 6,75 bilhões. Carne bovina e variedades exportadas mensalmente pelos EUA. Crédito: Federação de Exportação de Carne dos EUA. O valor das exportações de carne bovina por cabeça de abate foi, em média, de US$ 284,56 em outubro, uma queda de 10% em relação ao ano anterior. A média de janeiro a outubro caiu 4%, para US$ 308,04. As exportações do mês de outubro representaram 12,9% da produção total de carne bovina dos EUA e 10,5% apenas para cortes musculares, ante 14,1% e 11,6%, respectivamente, no ano passado. O embarque do produto para o Japão aumentou 21% em volume e 13% em valor (US$ 320 milhões) no mês. Em relação a Coréia do Sul, os embarques americanos desaceleraram no mês, no entanto, permanecem em ritmo recorde na medida que a Coréia solidifica sua posição como o principal mercado em crescimento para a carne bovina dos EUA em 2019. O volume de outubro caiu 3% na comparação com 2018, para 19.637 toneladas. O valor recuou 10%, para US$ 138,4 milhões.

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