CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1091 DE 02 DE OUTUBRO DE 2019

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Ano 5 | nº 1091| 02 de outubro de 2019

 

NOTÍCIAS

Valorização do boi gordo em São Paulo

Em São Paulo, apesar das variações de preços ocorrerem de maneira compassada, estas, têm sido positivas. A última desvalorização registrada no estado foi no dia 24/7

No fechamento de terça-feira (1/10), a cotação do boi gordo subiu 0,3% na comparação dia a dia e está cotada, em R$160,00/@, à vista, livre de Funrural. O maior patamar de 2019 (considerando preço nominal). Nas demais regiões, o cenário é semelhante. A oferta limitada de boiadas mantém o mercado com os preços firmes. Dificilmente se observa compradores testando o mercado, ofertando preços abaixo da referência, o que indica que há uma expectativa de melhora do consumo para os próximos dias. Além disso, os testes de preços abaixo da referência, quando ocorrem, não tem se transformado em negócios efetivados. Mesmo o aumento gradativo do volume de boiadas de cocho chegando ao mercado não tem sido suficiente para arrefecer o mercado. Para o curto prazo a expectativa é de que a oferta restrita mantenha o mercado com os preços firmes.

SCOT CONSULTORIA

Exportação de carne bovina in natura cai 17,9% em setembro

Em valor, as exportações da carne in natura caíram 11,8% ante setembro do ano passado

As exportações brasileiras de carne bovina in natura registraram queda de 17,9% em volume em setembro na comparação com igual período do ano passado, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No total, o país enviou 123,7 mil toneladas do produto para o mercado internacional no último mês. Em valor, as exportações brasileiras de carne bovina in natura caíram 11,8% na mesma base de comparação, para US$ 525,4 milhões. O preço médio de exportação da carne bovina in natura ficou em US$ 4.246,4 a tonelada, avanço de 7,4% ante os US$ 3.954,9 registrados em setembro do ano passado. Na comparação com agosto, as exportações de carne bovina no último mês registraram recuo de 2,1% em volume e de 0,5% em valor.  A queda ocorreu mesmo com uma valorização de 1,6% no preço médio pago pela carne bovina brasileira, que passou de US$ 4178,4 em agosto para US$ 4.246,4 em setembro.

PORTAL DBO

Pará: Piora na relação de troca para o recriador

A maior demanda pelas categorias mais jovens e a oferta limitada têm resultado em valorizações para estas categorias

Em setembro do ano passado, o bezerro de desmama anelorado (6@) estava cotado em R$1,0 mil, e, atualmente está cotado em R$1.340,00, valorização de 31,7%. Já para o bezerro de ano anelorado (7,5@), houve uma valorização de 22,3% no mesmo período. Atualmente a categoria está cotada em R$1.400,00. No acumulado dos últimos doze meses, a relação de troca com todas as categorias piorou em média, 10,7%. A pior troca ficou para o bezerro desmamado, onde houve uma queda de 18,6% no poder de compra do recriador. Em setembro/2018, com a venda de um boi gordo de 18@ compravam-se 2,43 bezerros de desmama, atualmente compram-se 1,98. Em médio prazo, com a chegada das águas a procura por bezerros deve aumentar, o que deve manter os preços para essa categoria firmes.

SCOT CONSULTORIA

Preços sustentados no Sudeste de Mato Grosso

A oferta de boiadas está baixa. Somado a isso, a expectativa é de que nas próximas semanas o consumo melhore (devido ao pagamento dos salários), com isso, os compradores estão ofertando preços maiores pela matéria prima, a fim de recompor os estoques para atender a demanda de início de mês

Na região, a arroba do boi gordo está cotada, em média, em R$142,00, à vista, livre de Funrural. Desde o início do mês o preço subiu 2,9%. Em relação a praça de São Paulo, o diferencial de base está em -10,49%. Já a vaca gorda está cotada em R$135,00/@, nas mesmas condições do boi gordo. Para a novilha, há um ágio de R$2,00/@ em relação ao preço da vaca gorda. Para o curto prazo a expectativa é de que o mercado siga com os preços firmes.

SCOT CONSULTORIA

Deputado: questão do Funrural está encaminhada

O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), disse que a questão da dívida do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (o Funrural, usado para custear a aposentadoria do trabalhador rural) “está encaminhada” junto ao governo federal

“Mas, por enquanto, em virtude da aprovação da reforma da Previdência e também em virtude do aperto fiscal, há restrição de verbas. Nós precisamos de um recurso de aproximadamente R$ 11 bilhões (para sanar a dívida)”, disse Moreira ao Broadcast Agro/Estadão, durante evento de 100 anos da Sociedade Rural Brasileira (SRB), na noite de segunda-feira, no Jockey Club, em São Paulo. “Esses R$ 11 bilhões terão de ser fracionados, em 10, 12, 15 anos”, disse Moreira, referindo-se a um possível parcelamento da dívida. “Temos de achar uma solução”, continuou. “A proposta do (Ministro da Economia) Paulo Guedes é que, até o fim do ano a gente consiga fazer um Refis, para que aqueles que não aderiram possam aderir e pagar a dívida, para ficar todo mundo igual”, disse. “Logo depois, teremos um processo de remissão total ou parcial (da dívida) para o Orçamento de 2020”, descreveu, assinalando, porém, que ainda se trata de uma proposta. “Não temos essa garantia (de que a proposta será efetivada).” Moreira disse ainda que, em recente reunião com o Presidente Jair Bolsonaro, ele orientou o parlamentar a “buscar uma solução”. “Ele (Bolsonaro) quer que a gente encontre uma solução, desde que isso não incida em irresponsabilidade fiscal.”

Broadcast

ECONOMIA

Dólar fecha em alta com exterior arisco

O dólar fechou em leve alta ante o real na terça-feira, primeira sessão do mês e do último trimestre do ano, com o mercado de câmbio influenciado por um dia de forma geral negativo para ativos de risco, após dados nos Estados Unidos reforçarem temores de recessão na maior economia do mundo

O dólar à vista subiu 0,17%, a 4,1624 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez tinha alta de 0,14%, a 4,1670 reais. Mas o dólar no Brasil teve desempenho mais modesto do que em outras praças emergentes, com investidores citando o andamento da reforma da Previdência no Senado como fator para algum alívio ao câmbio nesta sessão. Com isso, o dólar subiu menos aqui do que no exterior. Estrategistas do Rabobank revisaram estimativa para o dólar de 3,80 reais para 3,90 reais ao fim de 2019 e 2020. Segundo os profissionais, apesar da “falta de visibilidade por ora”, a saúde do balanço de pagamentos, pressões inflacionárias muito limitadas e novos progressos na agenda de reformas ajudarão o Brasil a se manter no grupo de economias emergentes “mais resilientes”.

REUTERS

Ibovespa fecha em queda. Bancos pesam

O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, com ações de bancos entre as maiores pressões de baixa no primeiro pregão de outubro

O índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 0,66%, a 104.053,40 pontos. O giro financeiro do pregão somou 14,2 bilhões de reais. Investidores também seguiram monitorando com cautela os potenciais desdobramentos do processo de impeachment do Presidente norte-americano, Donald Trump. “Basicamente estamos sofrendo influência de Wall Street, embora o câmbio esteja bem-comportado”, afirmou o gestor Werner Roger, sócio fundador da Trígono Capital. “As questões políticas nos EUA relacionadas a Trump não ajudam, e ainda se misturam com dúvidas sobre a disputa comercial com a China.” Roger avaliou que as notícias domésticas foram favoráveis. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou parecer do relator e concluiu a análise da proposta, que deve ser votada em primeiro turno no plenário ainda na terça-feira. A BRF caiu 0,55%, após nova fase da operação Carne Fraca, com colaboração da BRF, que entregou documentos ao Ministério Público Federal mostrando que fiscais federais recebiam pagamentos indevidos para favorecer interesses da empresa. No setor, JBS ON teve acréscimo de 0,49% e MARFRIG ON saltou 5,72%. MINERVA subiu 1,6 por cento. Após o fechamento do pregão, emprega divulgou acordo preliminar para joint venture na China.

REUTERS

Balança comercial brasileira tem pior setembro em 5 anos e governo reduz projeção de saldo anual

A balança comercial brasileira registrou superávit de 2,246 bilhões de dólares em setembro, informou o Ministério da Economia na terça-feira, no pior resultado para o mês desde 2014, quando houve déficit de 946,4 milhões de dólares

Fortemente afetado pelo recuo nas exportações, o dado também veio abaixo da expectativa de um saldo positivo de 3,2 bilhões de dólares. Em setembro, as vendas de produtos brasileiros ao exterior caíram 11,6% ante igual mês de 2018, pela média diária, chegando a 18,740 bilhões de dólares. Houve queda de 32,1% nas exportações de produtos semimanufaturados e de 14,5% na de básicos, com destaque, neste último grupo, para a redução de 37,7% — ou 1,79 bilhão de dólares — nas vendas de petróleo em bruto. Já as vendas produtos manufaturados subiram 4,4% em relação a igual mês de 2018. Em relação às importações, houve aumento de 5,7% em setembro sobre um ano antes, a 16,494 bilhões de dólares. Neste caso, as compras de bens de capital cresceram 95,1% sobre setembro do ano passado, ao passo que houve redução em todas as demais categorias: bens de consumo (-8,5%), combustíveis e lubrificantes (-6,7%) e bens intermediários (-3,9%). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a balança comercial ficou positiva em 33,79 bilhões de dólares, recuo de 19,5% sobre igual etapa do ano passado considerando a média diária. Para o ano, o Ministério da Economia prevê agora um superávit de 41,8 bilhões de dólares, sobre 56,7 bilhões de dólares antes.

REUTERS

Indústria do Brasil sobe 0,8% em agosto após 3 quedas, mas ainda deve fechar ano com contração

A produção da indústria brasileira interrompeu três meses de perdas e registrou o melhor resultado para agosto em cinco anos, mas a perspectiva para o setor em 2019 ainda é de contração

Em agosto, a produção industrial teve alta de 0,8% em relação a julho, segundo dados informados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira. Essa é a leitura mais alta para o mês desde 2014, quando houve alta de 0,9%. No geral, é o melhor resultado desde junho de 2018, quando houve um salto de 12,6% como decorrência de recuperação após a greve dos caminhoneiros. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, entretanto, a produção registrou recuo de 2,3%, e o acumulado em 2019 está negativo em 1,7%. “É um crescimento, mas não representa uma virada de chave, uma recuperação ou uma reação. Foi apenas um primeiro sinal e a indústria hoje opera 17,3% distante do pico”, disse o Gerente da Pesquisa no IBGE, André Macedo. Dentro as grandes categorias econômicas, o único resultado positivo foi visto em Bens Intermediários, com um ganho de 1,4% na produção em comparação com julho. Por outro lado, a fabricação de Bens de Capital caiu 0,4% e a de Bens de Consumo teve perdas de 0,7%. Entre as atividades, as indústrias extrativas exerceram a principal influência positiva, com avanço de 6,6% —quarta taxa positiva consecutiva—, graças ao aumento na extração de minério de ferro, petróleo e gás. Já os veículos automotores, reboques e carrocerias recuaram 3,0% no mês, em meio à redução das exportações para a Argentina devido à crise econômica no país vizinho.

REUTERS

EMPRESAS

Com colaboração da BRF, nova fase da Carne Fraca investiga pagamentos de R$19 mi a auditores

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal lançaram na terça-feira nova fase da operação Carne Fraca para apurar suspeita de corrupção praticada por auditores fiscais agropecuários federais em benefício da BRF, que colaborou espontaneamente com as investigações e revelou ter pago 19 milhões de reais a fiscais, informaram as autoridades

O pagamento de vantagens indevidas para ao menos 60 fiscais ocorria em espécie e também por meio da inclusão de fiscais e dependentes em planos de saúde pagos pela empresa. O esquema funcionou até 2017, quando o grupo empresarial passou por uma reestruturação interna, de acordo com a Polícia Federal. De acordo com o MPF, a BRF passou a colaborar com as investigações no segundo semestre do ano passado. Em setembro de 2018, a Reuters revelou que os procuradores estavam buscando uma cooperação com a empresa em troca de penas mais brandas. “Com o avanço das investigações, a BRF apresentou ao Ministério Público Federal, entre o segundo semestre de 2018 e o primeiro semestre de 2019, uma série de informações e documentos, bem como autorizou expressamente o uso desse material, no sentido de que existiram fiscais federais, ligados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que recebiam vantagens indevidas para que atuassem em benefício da companhia”, disse o MPF no pedido de medidas cautelares apresentado à Justiça. A operação desta terça-feira teve como objetivo cumprir 68 mandados de busca e apreensão em 9 Estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, informou a PF. “O inquérito tem como foco principal a apuração de crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em diversos Estados, em benefício de grupo empresarial do ramo alimentício, que passou a atuar em colaboração espontânea com as autoridades públicas na investigação”, disse a PF em comunicado. “Há indicativos de que foram destinados 19 milhões de reais para os pagamentos indevidos. Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais”, acrescentou.

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Minerva assina joint venture focada em carne bovina na China

A Minerva anunciou na terça-feira que assinou um memorando para formar uma joint venture com dois empresários chineses focada em distribuição de carne bovina na China

O frigorífico afirmou que os empresários Xuefang Chen e Wenbo Ge serão sócios na empreitada com a Minerva e sua unidade internacional Athena Foods. Detalhes como valores financeiros, volumes de produtos e prazos não foram revelados. Xuefang e Wenbo, distribuidores de proteínas na China, já são clientes da Minerva. “Com o estabelecimento dessa joint venture…a companhia busca maximizar seus canais de distribuição na China, permitindo novas oportunidades de negócios, e de forma a atender à crescente demanda por proteína bovina na China, que hoje responde por aproximadamente 15% de todo o consumo global de carne bovina”, afirmou a companhia brasileira. A ação da Minerva fechou o dia em alta de 1,6%, enquanto o Ibovespa teve queda de 0,66%.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

Exportação de carne de frango caiu em setembro

Para a carne suína, houve avanços tanto no volume exportado quanto na receita

As exportações de carne de frango in natura em setembro deste ano foram menores do que em agosto de 2019 e setembro de 2019. A receita também recuou nas duas comparações. Para a carne suína, houve avanços tanto no volume exportado quanto na receita, nos mesmos períodos analisados. Os dados foram divulgados na terça-feira, 1º de outubro, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, e consideram 21 dias úteis em setembro. Em carne de frango in natura, o País exportou em setembro 298,6 mil toneladas, 0,67% a menos do que as 300,6 mil toneladas embarcadas em agosto deste ano e 10,92% a menos do que as 335,2 mil toneladas de setembro de 2018. A receita obtida com o produto foi de US$ 489,3 milhões, recuo de 2,24% ante agosto. Na comparação com setembro de 2018, a queda foi de 5,25%. O preço médio da tonelada embarcada de carne de frango no mês passado foi de US$ 1.638,60, contra US$ 1.665,30 em julho último e US$ 1.540,60 em agosto do ano anterior. Para a carne suína in natura, o Brasil embarcou 49,8 mil toneladas em setembro, 13,18% a mais do que em agosto de 2019 e 3,53% a mais do que em setembro de 2018. A receita com exportações no mês foi de US$ 114,8 milhões, alta expressiva de 17,14% ante agosto deste ano, e avanço ainda maior – de 36,83% – na comparação com setembro do ano passado. O preço médio da tonelada de carne suína exportada no mês passado foi de US$ 2.306,60, ante US$ 2.229,80/t em agosto e US$ 1.745,80 em setembro do ano passado. No caso da carne suína, o volume acumulado é de 453,6 mil toneladas, alta de 14,51% ante as 396,1 mil embarcadas entre janeiro e setembro do ano passado. A receita nos nove meses chegou a US$ 1,294 bilhão, aumento de 56,12% sobre os US$ 828,7 milhões do acumulado do ano passado. Já as exportações de frango in natura somam no ano 3,083 milhões de toneladas, 10,40% mais que as 2,793 milhões de toneladas de igual período do ano anterior. A receita atinge US$ 4,827 bilhões, 12,94% mais que os US$ 4,274 bilhões dos nove meses de 2018.

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