CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1076 DE 11 DE SETEMBRO DE 2019

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Ano 5 | nº 1076| 11 de setembro de 2019

NOTÍCIAS

Valorizações do boi gordo no Centro-Oeste e Norte do país

O mercado em São Paulo trabalhou sem grandes movimentações na última terça-feira (10/9), mas segue firme

Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo ficou cotado em R$156,00/@, à vista e livre de Funrural e as escalas estão heterogêneas, mas giram em torno de 6 dias, na média. No estado, uma planta foi habilitada para exportação para a China, contudo, isto ainda não trouxe reflexos para a dinâmica do mercado. Já em estados onde mais plantas foram habilitadas, a competitividade pela compra da matéria-prima já começa a dar as caras e refletir nas cotações do boi gordo. É o caso de Mato Grosso, Pará e Mato Grosso do Sul, onde especulações e pagamentos acima das referências são comuns. Em Goiás e Rondônia somente uma planta foi habilitada por estado, no entanto, o efeito do aquecimento das compras para a China sobre os preços do boi gordo tem sido potencializado pelo cenário de entressafra.

SCOT CONSULTORIA

Mercado reforça tendência de alta após habilitações

Consultoria prevê maior aquecimento da arroba a partir do mês que vem. Com a liberação de 25 novas plantas brasileiras de exportação para a China, o preço da arroba do boi gordo deve se manter firme nos próximos dias, seguindo tendência de alta, prevê a Agrifatto

No entanto, é preciso considerar os trâmites burocráticos deste tipo de operação. Segundo a consultoria, será preciso aguardar no mínimo três semanas para que essas novas plantas comecem a enviar carne bovina ao mercado chinês, pois é necessária a liberação da documentação específica do SIF (etiquetas, caixas, etc.). Concluída essa etapa, normalmente ainda se espera mais uma ou duas semanas para a efetivação dos embarques. “Portanto, estima-se que os efeitos sobre os preços do boi gordo podem ser mais expressivos no próximo mês, quando os frigoríficos começarão a demandar mais animais para a etapa de produção”, ressalta a consultoria. Os contratos futuros do boi gordo respondem positivamente à notícia de habilitação de novas plantas brasileiras, informa a Agrifatto. Na B3, o contrato com entrega para outubro fechou a R$ 161,65/@ ontem, alta de 1,70 pontos ante o preço do dia anterior. O contrato com vencimento em novembro fechou a R$ 163,85/@, alta diária de de R$ 1,65/@.

PORTAL DBO

Reposição: melhora nas relações de troca no Paraná

No Paraná, a falta de pasto associada às incertezas em relação ao mercado do boi gordo, que segue com os preços andando de lado desde junho, tiraram o ânimo dos compradores e isso têm resultado em quedas dos preços dos animais de reposição

No final do primeiro semestre (junho/19), comprava-se um garrote anelorado (9,5@) por cerca de R$1,74 mil, hoje paga-se ao redor de R$1,63 mil, queda de aproximadamente 6,6%. Para o bezerro de desmama anelorado de 6@, houve queda de 10,0% no preço. Em meados de junho o animal estava cotado em R$1,34 mil e atualmente está sendo negociado por R$1,21 mil. A relação de troca com todas as categorias melhorou neste intervalo. Mas o poder de compra do recriador foi maior na troca com o bezerro, tendo um aumento de quase 13,0%. Em junho deste ano, com a venda de um boi gordo de 18@ compravam-se 2,0 bezerros desmamados, atualmente compram-se 2,25.

SCOT CONSULTORIA

Viés de alta para o sebo bovino

A demanda por sebo está aumentando, fator este que tem dado sustentação aos preços

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Brasil Central o sebo está cotado em R$2,05/kg, livre de imposto. Já no Rio Grande do Sul, a gordura animal está cotada em R$2,20/kg. Em ambas as regiões pesquisadas há relatos de negócios sendo efetivados acima da referência. Para o curto prazo, a expectativa é de que, com a oferta menor do que a demanda, o viés de alta ganhe força.

SCOT CONSULTORIA

Mato Grosso passa de 1 para 7 indústrias habilitadas a exportar para a China

Dentre as 25 indústrias de carnes brasileiras habilitadas para exportação para a China na segunda-feira, 9 de setembro, seis unidades estão localizadas no Mato Grosso. Com isso, o Estado aumentou em sete vezes a quantidade de frigoríficos autorizados a embarcar carne bovina ao mercado chinês. No acumulado de 2019, o Mato Grosso já exportou o equivalente a US$ 97,105 milhões em carne bovina para a China

De acordo com informações Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC), foram habilitadas as empresas Redentor de Guarantã do Norte; Marfrig de Tangará da Serra; Naturafrig de Barra do Bugres; Marfrig de Várzea Grande; Agra de Rondonópolis e Vale Grande de Matupá. Até então, somente a unidade do grupo JBS de Barra do Garças era autorizada para exportar à China. Entre 2018 e 2019, o IMAC realizou duas missões junto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Em setembro do ano passado, firmou um protocolo de intenções com o NBCIC (National Beef Cattle Improvement Center), o Centro Nacional de Desenvolvimento da Carne na China, visando à conjugação de esforços para o desenvolvimento de estudos e pesquisas para o aprimoramento da produção de bovinos chineses e habilitação de plantas frigoríficas para o aumento das exportações de carne bovina de Mato Grosso. “É objetivo do IMAC promover a carne de Mato Grosso no mercado interno e externo, dando apoio às indústrias e aos produtores e como suporte ao governo do Estado em ações estratégicas de mercado e de desenvolvimento tecnológico da cadeia da carne”, afirma Guilherme Nolasco, presidente do IMAC.

PORTAL DBO

Exportações começam setembro batendo recordes

As exportações de carnes iniciaram setembro com a maior receita cambial dos últimos 13 meses. Pela média diária, US$76,671 milhões, valor 6% superior ao registrado um ano atrás (US$72,332 milhões, na média de setembro de 2018) e quase um terço acima dos US$58,167 milhões de agosto passado

Esses aumentos não decorrem apenas do maior volume embarcado, mas também do preço médio que, comparativamente ao mês anterior, alcançou apenas as carnes suína e bovina. A carne de frango segue com preço negativo (-2,17% em comparação ao mês anterior).  O preço médio da carne suína registrou aumento anual de 28,5% e o da carne bovina de 8,1% e o da carne de frango de 5,7%. Considerada apenas a 1ª semana de setembro corrente, a contribuição maior para o incremento de receita sinaliza aumento nos volumes embarcados. Para a totalidade do mês, 68,5 mil toneladas de carne suína, 56% a mais que em agosto passado; 150,9 mil toneladas de carne bovina, aumento mensal de quase 20%; e perto de 385 mil toneladas de carne de frango, 28% a mais que no mês passado. Em relação a setembro de 2018 os índices de incremento são mais modestos, mas ainda assim, positivos: 42% de aumento para a carne suína; meio por cento de aumento para a carne bovina; e 15% de aumento para a carne de frango.

PECUARIA.COM.BR

ECONOMIA

Ibovespa recua com ajuste de bancos

Após acumular alta de 3,5% nas últimas quatro sessões, o Ibovespa voltou a cair nesta terça-feira, pressionado por fraqueza em Wall Street, com ações de bancos se ajustando após seguidas altas

O Ibovespa fechou em queda de 0,14 por cento, a 103.031,50 pontos. O volume financeiro somou 17,4 bilhões de reais. O viés no exterior foi brevemente mitigado após a notícia de que a China deve passar a comprar mais produtos agrícolas dos Estados Unidos na esperança de obter um melhor acordo comercial, publicou o South China Morning Post, citando fonte. No noticiário corporativo nacional, se destacou a chegada ao Brasil do serviço de assinatura Prime, da Amazon, pressionando os papéis de empresas do varejo. Apesar disso, e de reconhecer o movimento e a força global da Amazon, a equipe do BTG ressaltou que varejistas locais vêm investindo em aumento de tráfego e sortimento de produtos em suas plataformas, além de um melhor nível de serviço, “os quais são, em nossa visão, três pilares fundamentais para se ter sucesso no e-commerce brasileiro e que fazem com que estejam mais bem preparados para a consolidação do mercado local”.  A JBS fechou em estabilidade, após dois pregões em queda e fechar em cotação recorde na última quinta-feira, a 30,24 reais. No setor, MARFRIG também não mostrou variação, após forte valorização na véspera e no começo do pregão. BRF avançou 2,6%.

REUTERS

Dólar encerra em leve queda contra o real

O dólar encerrou em leve queda contra o real na terça-feira, em sessão marcada por uma volatilidade no mercado doméstico de câmbio, que monitora os desdobramentos das questões externas —como Brexit, guerra comercial entre China e EUA

O dólar à vista teve queda de 0,09%, a 4,0957 reais na venda, depois de oscilar entre altas e baixas na sessão. Na mínima, a cotação foi a 4,0880 reais e, na máxima, a 4,1303 reais. Dados econômicos fracos da China alimentaram os temores sobre uma recessão global, impulsionando o dólar, notícias envolvendo a compra de grãos norte-americanos pela China. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da China caiu 0,8% em agosto contra um ano antes, aprofundando o declínio ante a taxa negativa de 0,3% de julho e contabilizando a pior contração ano a ano desde agosto de 2016, mostraram dados na terça-feira. Também na terça-feira, o South China Morning Post (SCMP) afirmou, citando uma fonte, que a China deve passar a comprar mais produtos agrícolas dos EUA na esperança de obter um melhor acordo comercial com os norte-americanos, elevando as expectativas de uma solução na disputa de comércio que já dura um ano.

REUTERS

Ministério da Economia projeta alta do PIB de 0,847% em 2019

O Ministério da Economia manteve em 0,8% a estimativa para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, informa o Boletim MacroFiscal, documento bimestral elaborado pela Secretaria de Política Econômica e divulgado na terça-feira

A projeção para o ano foi influenciada pelo andamento da reforma da Previdência no Congresso, segundo o Subsecretário de Macroeconomia da Secretaria de Política Econômica (SPE), Vladimir Kuhl. Ele disse que a estimativa foi feita com base em indicadores observados que, de certa forma, refletem o avanço da reforma. “Num cenário em que a Previdência não tivesse passado na Câmara ou fosse muito desidratada, com certeza (os indicadores) estariam muito piores”, comentou. “Se não tivesse tido o cenário (de aprovação) da Previdência, o risco ia disparar.” As novas projeções de receitas e despesas de 2019 e, eventualmente, a liberação de recursos, serão anunciados no próximo dia 20. A projeção do Ministério da Economia para o crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2019 é de 0,7% em relação a igual período do ano anterior e de 0,2% na comparação com o segundo trimestre de 2019. O crescimento no terceiro trimestre deverá ser puxado pelo setor agropecuário, com expansão de 2,8% em relação a igual período de 2018. A indústria deverá puxar o resultado para baixo, com queda de 0,5%. O setor de serviços deverá avançar 0,8% na mesma comparação. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, referência para a meta) em 2019 foi projetada em 3,6%, ante 3,8% na edição anterior. O cálculo para o INPC recuou para 3,7% (4% em julho) e, para o IGP-DI, para 5,4% (6,6% em julho). O resultado primário vem sendo afetado negativamente pelo baixo crescimento do PIB. O resultado primário estrutural para as contas do governo central calculado nos quatro trimestres encerrados em junho é negativo em 1,2% do PIB.

VALOR ECONÔMICO

EMPRESAS

JBS dá vida à ‘cidade dos cem hellos’

A mão de obra estrangeira é o pilar das operações da JBS em Brooks

“Essa cidade seria outra sem o frigorífico”, diz o Gerente-Geral da unidade, o brasileiro Célio Fritche. Responsável por 35% da produção de carne do Canadá, o abatedouro da JBS emprega 2,6 mil pessoas no município, que tem menos de 15 mil habitantes. O trabalho, sobretudo no “chão de fábrica”, não é atrativo para os canadenses. Para contratar empregados, a JBS mantém programas para atrair trabalhadores de outros países. Ao contrário dos EUA, onde o setor frigorífico tem dificuldades para empregar imigrantes, no Canadá o governo é mais aberto. Por ano, 10% da mão de obra contratada pode ser estrangeira.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

China vai importar carne suína de outros estados além de Santa Catarina

A China autorizou embarques de cortes suínos com osso produzidos em outros estados brasileiros além de Santa Catarina, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na segunda-feira (09)

Santa Catarina é o único estado brasileiro com status de livre de febre aftosa sem vacinação reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A autorização para os embarques de cortes suínos de outros estados para a China foi anunciada juntamente com a notícia sobre a habilitação de 25 novas plantas brasileiras de carnes bovina, suína e de frango a exportarem ao país. A planta de carne suína habilitada é a unidade da BRF em Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. A unidade de carne de frango da empresa nessa mesma cidade também foi habilitada. Outras plantas de carne de frango habilitadas na mais recente lista são a unidade da Aurora Alimentos em Mandaguari (PR), a Coasul Cooperativa Agroindustrial em São João (PR), a Rio Branco Alimentos em Visconde do Rio Branco (MG), a Gonçalves e Tortola S.A. em Paraíso do Norte (PR) e a Granjeiro Alimentos em Rolândia (PR). O Brasil passa a contar com 43 unidades produtoras de carne de frango e 11 unidades de carne suína autorizadas a exportar para a China, segundo a ABPA. A China já é o principal comprador de carnes de aves e de suínos brasileiras, segundo a ABPA, tendo importado 348,2 mil toneladas de carne de frango e 133,5 mil toneladas de carne suína nos primeiros oito meses do ano.

CARNETEC

INTERNACIONAL

Governo chinês quer que grandes criações de suínos sejam 58% do total até 2022

O Conselho de Estado da China afirmou na terça-feira que deseja que as criações de porcos de grande escala representem até 58% do total do país até 2022, visando ajudar a melhorar a estabilidade da oferta de carne suína

O órgão não especificou como define o que são grandes criações ou qual o nível atual. No entanto, analistas do banco holandês Rabobank já disseram que as fazendas produtoras de mais de 10 mil porcos por ano representavam apenas 18% do total em 2016. O esforço para promover as grandes fazendas vem em meio a uma severa escassez de carne suína no maior consumidor mundial do produto. A enorme criação chinesa de porcos foi reduzida em um terço, segundo dados oficiais, depois que um surto de peste suína africana se espalhou pelo país no último ano. Pequim disse na segunda-feira que irá oferecer subsídios de até 5 milhões de iuanes (700 mil dólares) para apoiar a construção de fazendas de porcos de grande escala. Em um documento publicado online, o gabinete também destacou outras medidas para estabilizar a oferta de suínos no país, como pedidos para que as províncias ofereçam subsídios temporários a fazendas de grande escala nos principais condados produtores de suínos. O gabinete também pediu para que grandes regiões consumidoras apoiem a produção em outras áreas que possuam criações significativas. O documento ainda disse que as grandes fazendas devem representar 65% do total até 2025.

REUTERS

Frigorífico uruguaio prevê aumento da febre suína até 2020

A China provavelmente continuará comprando carne uruguaia até o final de 2020, enquanto o país asiático lida com as consequências da peste suína africana. Isso de acordo com o Frigorifico Las Piedras SA, do Uruguai, o maior frigorífico independente do país

“Isso teve um grande impacto”, disse Alberto Gonzalez, Diretor da empresa familiar, referindo-se à doença do porco. “Vemos a China muito ativa”, no mercado de carne, disse ele. Os embarques de carne bovina do Uruguai alcançaram, em média, US $ 3.717 a tonelada métrica, em peso de carcaça, durante os primeiros oito meses de 2019, acima dos US $ 3.570 no mesmo período do ano passado, segundo a agência nacional de carne Inac. A China comprou quase dois terços das exportações de carne bovina do Uruguai durante esse período, com dados do governo mostrando compras aumentando 33% em relação ao ano anterior, para 198.167 toneladas. A Argentina agora é uma grande concorrente na Europa, Israel e, em menor grau, na China, graças a uma grande queda de sua moeda desde o início de uma crise econômica em abril de 2018. Frigoríficos uruguaios que pagam 77% mais por gado do que seus colegas argentinos estão sacrificando margens e lucratividade para competir, disse Gonzalez. “Hoje, o Uruguai é o país exportador de carne mais caro do mundo – estamos à frente da UE, EUA e Austrália”, disse ele em entrevista na fábrica da empresa perto da cidade de Las Piedras, província de Canelones. O surgimento de carnes cultivadas em laboratório e a nova mania em torno das proteínas vegetais significam que o Uruguai deve se esforçar ao máximo para produzir carne premium rastreável, livre de hormônios e alimentada com capim para os amantes da carne, disse Gonzalez. “O Uruguai não pode jogar um jogo de volume. É preciso tocar nesses tipos de nichos de qualidade”, disse ele. Gonzalez está tão convencido de que a carne bovina tem um futuro promissor que a Frigorifico Las Piedras está gastando US $ 5 milhões em uma nova linha de produção que começará a produzir cortes de carne bovina embalada para os mercados doméstico e internacional no próximo trimestre.

Bloomberg

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