CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1023 DE 28 DE JUNHO DE 2019

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Ano 5 | nº 1023 | 28 de junho de 2019

NOTÍCIAS

BOI/CEPEA: após cair com força na 1ª quinzena, preço se recupera neste final de mês

Preços do boi gordo têm oscilado com força neste mês

Os preços do boi gordo têm oscilado com força neste mês. No início de junho, o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 chegou a acumular queda de 5,42% (até o dia 7), fechando a R$ 144,85 no dia 7, o menor patamar diário desde novembro/18. Já de meados do mês para cá, os preços voltaram a subir, recuperando todas as perdas acumuladas. Assim, até essa quarta-feira, 26, o Indicador registra alta mensal de 0,52%, fechando a R$ 153,95. Segundo pesquisadores do Cepea, em praticamente toda a primeira quinzena deste mês, o mercado foi influenciado pela paralisação temporária dos embarques de carne bovina à China (em decorrência do caso atípico de “vaca louca” em um animal de Mato Grosso). Além disso, a oferta de animais com o final da safra e início da entressafra também acabou resultando em quedas nos preços da arroba em boa parte de junho. Já esta segunda quinzena do mês vem sendo marcada pela recuperação nos preços do boi gordo, o que está atrelado especialmente à volta dos embarques à China – o anúncio da liberação foi realizado no dia 13 –, o que eleva a demanda por novos lotes de animais.

CEPEA/ESALQ

As altas continuam no mercado do boi gordo

O mercado do boi gordo esteve firme na última semana de junho

De modo geral, as indústrias que precisam reabastecer os estoques de carne para a semana seguinte entraram nas compras ofertando preços maiores. No fechamento da última quinta-feira (27/6), as valorizações do boi ocorreram em oito praças pecuárias, distribuídas entre os estados da Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. A maior alta foi no Triângulo Mineiro e a cotação subiu R$1,50/@ no pagamento a prazo. Na região, as escalas de abate giram em torno de três dias. A arroba paulista teve aumento de 0,6% na comparação dia a dia e fechou cotada em R$157,50 a prazo, livre de Funrural. No estado, a disponibilidade de animais é de lotes menores e a indústria encontra dificuldade em alongar as programações de abate. O mercado atacadista de carne bovina com osso também segue firme e o boi casado de animais castrados teve alta de 1,1% frente ao último levantamento, cotado atualmente em R$10,25/kg.

SCOT CONSULTORIA

Preços da carne bovina subiram no varejo

Os preços da carne bovina subiram no varejo, com exceção do Paraná que registrou queda semanal de 0,1%, na média de todos os cortes

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, na média de todos os cortes pesquisados os preços subiram 0,5%. Mesmo em época de final de mês, os varejistas conseguiram regular seus estoques e precificar melhor a carne nas gôndolas. Além disso, alguns cortes mantiveram as altas obtidas no final de semana prolongado. Outro fator que ajuda a explicar o ajuste positivo nas cotações é a margem dos supermercados e açougues paulistas. A margem de comercialização do setor chegou a atingir 59,0% no início de junho, mas com os reajustes nos preços a taxa subiu para próximo de 63,0%.

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

Ibovespa se segura acima de 100 mil pontos com Previdência e GPA

O Ibovespa encerrou quase estável nesta quinta-feira, mas garantiu sinal positivo nos ajustes de fechamento e se sustentou acima dos 100 mil pontos pelo sexto pregão consecutivo, desta vez ajudado por notícias mais positivas para o andamento da reforma da Previdência e pela disparada dos papéis do GPA

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com variação positiva de 0,04%, a 100.723,97 pontos. O volume financeiro somou 14,58 bilhões de reais. A decisão de deputados de adiar a tramitação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara enquanto buscam uma solução sobre a extensão das novas regras de aposentadoria a Estados e municípios minou a primeira parte do pregão, fazendo o Ibovespa chegar a 99.420,64 pontos no pior momento. No começo da tarde, porém, noticiário mais conciliador colocou o Ibovespa no azul, chegando a 101.024,95 pontos. O Ibovespa ainda voltaria ao vermelho antes de fechar com um pequeno acréscimo. O Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou na quinta-feira que os governadores se comprometeram a buscar encaminhamento a favor da reforma, enquanto relator do projeto, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou ser possível votar a proposta no plenário da Casa neste semestre legislativo. “Investidores continuam monitorando a reforma da Previdência como a principal alavanca para 2019”, destacou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, uma vez que veem nela a possibilidade de destravar o corte nos juros, a reforma tributária e a entrada de investimentos estrangeiros.

REUTERS

Dólar reverte alta e fecha em queda ante real com sinais positivos sobre Previdência

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira, com o real entre as divisas de melhor desempenho global nesta sessão, conforme o mercado reduziu o prêmio de risco político relacionado à reforma da Previdência. O dólar à vista caiu 0,36%, a 3,833 reais na venda. Mais cedo, a cotação havia subido 0,71% na máxima, acima de 3,87 reais. Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez cedia 0,30%, para 3,8315 reais.

REUTERS

Brasil abre 32,1 mil vagas formais de trabalho em maio, abaixo das expectativas

O Brasil registrou criação líquida de 32.140 vagas formais de emprego em maio, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na quinta-feira pelo Ministério da Economia. O resultado foi o pior para o mês desde 2016, quando foram fechados 72.615 postos de trabalho.

O dado de maio foi o segundo consecutivo no azul, mas veio bem abaixo da pesquisa Reuters com analistas, que indicava abertura de 71.050 vagas. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, houve criação líquida de 351.063 vagas, abaixo do total de 381.166 vagas geradas no mesmo período de 2018. Dos oito setores pesquisados, cinco registraram criação líquida de empregos em maio. O destaque foi o setor de agropecuária, que puxou o resultado do mês com abertura líquida de 37.373 postos de trabalho. Também abriram vagas o setor da construção civil (+8.459), serviços (+2.533), administração pública +(1.004) e extrativa mineral (+627). Houve fechamento líquido, por outro lado, no setor comércio, com resultado negativo de 11.305 empregos formais. A indústria de transformação (-6.136) e os serviços industriais de utilidade pública (-415) completam as áreas que reduziram o saldo de empregados no mês. Na esteira da reforma trabalhista, foram feitos 19.080 desligamentos por acordo entre empregador e empregado em maio. No mesmo período, foram criadas 7.559 novas vagas de trabalho intermitente e outras 50 de trabalho parcial. De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), o desemprego caiu no trimestre até abril. O número de desalentados e subutilizados, por outro lado, bateu recorde. O cenário de fragilidade econômica se mostrou no recuo de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, contribuindo para um mercado de trabalho ainda pouco aquecido. O Banco Central reduziu sua projeção para o crescimento do PIB em 2019 para 0,8% nesta quinta-feira, quando previu um segundo trimestre de estabilidade na atividade.

REUTERS

PIB do agronegócio caiu 0,11% no 1º trimestre, apontam Cepea e CNA

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro apresentou retração de 0,11% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2018, segundo cálculos realizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Conforme o estudo, enquanto o ramo agrícola registrou baixa de 0,16%, o pecuário teve alta de 0,04%. O segmento de insumos agrícolas seguiu impulsionado pelas indústrias de fertilizantes e de agrotóxicos. De acordo com pesquisadores do Cepea, no primeiro caso os maiores preços no primeiro trimestre de 2019 favoreceram o faturamento esperado para o ano e, no segundo, a produção esperada, significativamente maior, influenciou o resultado. No caso dos insumos pecuários, o aumento do PIB refletiu principalmente o comportamento da indústria de rações. Ainda se verificou, no primeiro trimestre, a pressão relacionada ao crescimento dos custos de produção no segmento primário, o que tem gerado queda do PIB do segmento, apesar das elevações verificadas em valor de produção. Na agroindústria de base agrícola, a menor produção esperada para o ano pressionou os resultados. Já no caso da indústria de base pecuária, a renda do segmento esperada para o ano é pressionada pelo aumento nos custos de produção.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

SUÍNOS/CEPEA: demanda externa aquecida eleva preços da proteína embarcada

Firme demanda externa pela carne suína brasileira tem elevado os preços da proteína exportada

A firme demanda externa pela carne suína brasileira tem elevado os preços da proteína exportada. De acordo com dados da Secex, nos 14 primeiros dias úteis deste mês, a carne suína in natura foi vendida ao mercado internacional a US$ 3.353,55/tonelada, alta de 48% em relação à média de maio e de fortes 72% frente à de junho/18. Trata-se, ainda, do maior patamar desde novembro/14. De acordo com colaboradores do Cepea, a atratividade das vendas ao front externo tem elevado o ritmo de abates nas plantas que são habilitadas para o atendimento do mercado externo. Segundo dados do IBGE divulgados em 13 de junho, o peso total das carcaças abatidas aumentou 3,9% no primeiro trimestre deste ano frente ao mesmo período do ano passado. O ritmo aquecido da atividade na indústria frigorífica, por sua vez, tem impulsionado o preço do animal vivo.

CEPEA/ESALQ

Em 2018, carne de frango exportada representou menos de 30% da produção inspecionada

Volume exportado correspondeu a 29,7% do total produzido sob inspeção

Os dados do IBGE relativos aos abates em estabelecimentos sob inspeção federal, estadual ou municipal indicam que em 2018 o volume exportado correspondeu a 29,7% do total produzido sob inspeção, índice que representa queda de quase 5% sobre os 31,1% registrados em 2017. Esse índice sofreu fortes variações no decorrer do exercício passado. No segundo trimestre, por exemplo, as exportações corresponderam a menos de um quarto (24,2%) do total produzido sob inspeção. Já no trimestre seguinte, o terceiro de 2018, elas subiram significativamente e representaram 35,5% do total inspecionado. Essas variações “fora da curva” refletem os efeitos da greve dos caminhoneiros, em maio de 2018. Ela, por exemplo, represou as exportações do segundo trimestre, que recuaram mais de 21% no período. Já no terceiro trimestre a produção de carne de frango é que foi afetada em decorrência da menor produção de pintos de corte entre maio e junho. Daí as exportações do período (que aumentaram, compensando a perda do trimestre anterior) terem representado mais de um terço do total produzido no trimestre.

AGROLINK

Média de preço por tonelada exportada sobe em junho

Em comparação com o mês de maio a tonelada da carne suína enviada ao mercado externo teve valorização de 48,4%

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços até a terceira semana do mês de junho as exportações de carne suína in natura somam 43,5 mil toneladas, o correspondente a US$ 146 milhões, visto que a média de preço pago por tonelada registrou uma forte alta neste mês. Em maio a média do preço pago por tonelada ficou em US$ 2260,2 passando para US$ 3353,5 neste mês de junho, uma valorização de 48,4%. Já em relação ao mês de junho a valorização foi ainda maior chegando a 72,3%. A média diária de envios também registrou crescimento. Até a terceira semana, 14 dias úteis, os envios diários superam em 16,5% a média de maio. Quando comparado ao mês de junho de 2018 o crescimento chega a 116,6%. Se esses valores se mantiverem as exportações de carne suína devem chegar a 51,3 mil toneladas enviadas ao exterior, representando um montante de US$ 172 milhões.

SUINOCULTURA INDUSTRIAL

Fitch prevê queda de 30% no plantel de suínos da China

Se confirmado, este será o maior recuo de produção em qualquer setor pecuário

O plantel de suínos da China deve diminuir 30% em 2019, em comparação com o ano anterior, em virtude da disseminação da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês), estima a consultoria Fitch Solutions. Na projeção anterior, a Fitch estimava declínio de 16% no plantel chinês. Se confirmado, este será o maior recuo de produção em qualquer setor pecuário, acrescentou a Fitch, “inclusive maior que durante a epidemia da vaca louca da Europa em 2003”. Em compensação, a consultoria espera que a doença acelere a consolidação e a industrialização do setor na China.

ESTADÃO CONTEÚDO

FAO notifica sete novos focos da peste suína na Ásia

Cinco dos novos casos foram detectados na China e dois no Vietnã. FAO estima 218 focos da doença espalhados pelo continente asiático

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que sete novos focos da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) foram identificados no continente asiático. Dos novos casos, cinco foram detectados na China e dois no Vietnã. Com a atualização, a FAO estima 218 focos da doença, espalhados pela Ásia, ante 211 do levantamento anterior da organização, de 21 de junho. Quanto aos animais eliminados pela contaminação com a doença, a organização manteve o número de 3.739.565 suínos do relatório anterior. Os dados da entidade foram contabilizados até 26 de junho. Segundo a FAO, o balanço da entidade considera informações extraídas dos órgãos federais dos países. No levantamento desta quinta, a FAO inclui a identificação de cinco novos casos na China. O país apresenta a situação mais crítica, em termos de extensão, com 144 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. Desde a identificação do surto, em agosto do ano passado, 1,133 milhão de animais foram eliminados, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país. Novos surtos da epidemia também foram constatados no Vietnã. Segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural local, a epidemia atingiu mais duas províncias, totalizando 60 regiões afetadas pela doença desde 19 de fevereiro. No país, 2,6 milhões de suínos já foram eliminados em virtude da infecção com o vírus. A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado, desde 23 de maio, afetando uma província e levando à eliminação de 77 animais. Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias e em uma cidade, levando à eliminação de 3,1 mil animais. No Camboja, 2,4 mil animais foram descartados, com um foco detectado em uma província, em 2 de abril. No Laos, sete focos da doença foram identificados em uma província, levando ao descarte de 973 animais. Nesses países, os números se mantiveram em relação ao balanço anterior. Os dados da FAO divergem das estimativas de mercado, por contabilizarem somente os números divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.

ESTADÃO CONTEÚDO

INTERNACIONAL

Canadá investiga origem de certificados falsos de exportação de carne

Episódio obrigou Canadá a suspender todos os embarques de carne para Pequim

O Ministro de Comércio do Canadá, Jim Carr, prometeu na quarta-feira, 26, descobrir a fonte de certificados canadenses de exportação falsos, dizendo que isso representa mais um golpe para produtores rurais canadenses. O surgimento dos documentos falsificados obrigou o Canadá a atender a uma solicitação de Pequim para suspender todos os embarques de carne que tinham como destino a China. No ano passado, as exportações canadenses de carne suína e bovina para o país asiático totalizaram mais de US$ 450 milhões. Há uma tensão diplomática entre os dois países desde que autoridades canadenses prenderam, em dezembro do ano passado, a Diretora Financeira da companhia chinesa Huawei, Meng Wanzhou, a pedido do governo dos Estados Unidos. Após a prisão da executiva, a China prendeu dois cidadãos canadenses alegando questões de segurança nacional, proibiu a importação de canola canadense e adotou maior rigor na inspeção de produtos agrícolas importados do Canadá. A China é segundo maior mercado para produtos agrícolas canadenses. Na semana passada, Pequim tinha suspendido a importação de carne suína de uma terceira empresa canadense, com o argumento de que haviam sido encontrados vestígios de um aditivo alimentar, a ractopamina, em um carregamento de carne suína congelada. A ractopamina é proibida na China, mas permitida pelo Departamento de Segurança Alimentar do Canadá. As duas proibições anteriores estavam relacionadas a problemas de rotulagem. Uma investigação subsequente realizada por autoridades canadenses descobriu o uso de certificados de exportação falsificados, o que os chineses descreveram como uma “clara brecha de segurança” nas inspeções canadenses de carne destinada ao exterior.

ESTADÃO CONTEÚDO

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