CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 985 DE 03 DE MAIO DE 2019

abra

Ano 5 | nº 985 | 03 de maio de 2019

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Abrafrigo: habilitação para China privilegia exportação do Minerva e JBS

Segundo a entidade, das 24 plantas aprovadas 16 são de grandes exportadores que já vendem para o mercado chinês

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) divulgou nota criticando a nova lista de 24 frigoríficos a serem habilitados para exportar carne bovina para a China. A lista deve ser entregue pela Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante visita em meados deste mês. A Abrafrigo afirmou que a escolha do governo privilegia grandes frigoríficos como o Minerva e o JBS que já exportam para a China, “concentrando ainda mais o mercado de exportação”. A entidade protestou contra a inclusão de um critério que nunca foi observado antes nas vendas para a China: a exigência de que as novas plantas também estejam habilitadas a exportar para a União Europeia. Péricles Salazar, Presidente da Abrafrigo, considerou “a nova exigência muito estranha, porque não consta do Protocolo existente entre o governo brasileiro e o governo chinês para a habilitação de exportadores. Segundo ele, das 24 plantas aprovadas pelo Ministério da Agricultura 16 são de grandes exportadores que já vendem para o mercado chinês como a JBS e o Minerva”. A JBS já possui seis plantas habilitadas e pela nova lista terá mais seis. Na opinião do dirigente o novo critério “contraria frontalmente o discurso do governo, de que democratizaria e criaria maiores oportunidades para empresas de médio porte exportarem para a China”. Estados que são importantes produtores como Tocantins, Goiás, Rondônia, Bahia, Mato Grosso do Sul e Pará ficam sem sequer um representante nestas exportações, diz ele. A Abrafrigo contesta “veementemente esta situação e roga ao Ministério da Agricultura que priorize os frigoríficos que foram auditados, ainda não habilitados e outros que estavam aguardando mediante o critério de amostragem que vigorou até agora e alterado pela exigência do critério de um padrão União Europeia que não consta do Protocolo Brasil-China”. A Abrafrigo diz que a alteração prejudica empresas que fizeram grandes investimentos para se prepararem para a auditoria chinesa. Para a entidade, “caso exista realmente a necessidade de se utilizar do critério do Padrão UE para as novas plantas, então que se habilitem empresas que possuem este padrão, mas que ainda não exportam para a China, evitando a concentração daquele mercado num número muito pequeno de empresas de grande porte”.

GLOBO RURAL/ISTO É/ESTADÃO CONTEÚDO/FOLHA DE SP/AGROEMDIA/AGENCIA SAFRAS/NOTÍCIAS AGRÍCOLAS/TERRA/CAMPOGRANDENEWS/BROADCASTAGRO/CARNETEC

Frigoríficos de carne bovina em guerra para exportar à China

Às vésperas do périplo que a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, fará pela Ásia, os frigoríficos estão em pé de guerra pelas habilitações para exportar à China, a principal pauta comercial da viagem

O conflito, até então restrito aos bastidores, veio a público durante a tarde de ontem. Em nota enviada à imprensa, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) criticou a lista de unidades que será entregue durante a visita da ministra à China. É a partir dessa lista, que contém 24 plantas, que Pequim autorizará novos abatedouros a exportarem. Para a Abrafrigo, o critério do Ministério da Agricultura privilegia “grandes frigoríficos como Minerva e JBS “. Na lista dos 24 frigoríficos, sete pertencem à JBS e quatro à Minerva. Procuradas, a JBS não comentou e a Minerva lembrou que a habilitação é uma decisão dos chineses. No setor privado, a nota da Abrafrigo causou perplexidade. Ao escancarar uma divergência, alegam fontes, uma grande conquista do Brasil pode ser afetada. O entendimento é que a habilitação de novos frigoríficos é iminente devido à necessidade de suprimento da China, que sofreu grande abalo na disponibilidade de carnes por conta do surto do vírus da peste suína africana. Também chamou atenção o fato de a Abrafrigo ter voltado suas baterias apenas contra JBS e Minerva. A Marfrig, segunda maior indústria de carne bovina do país, tem pelo menos tantos abatedouros na lista que será entregue aos chineses quanto a Minerva e não foi mencionada na nota da associação. Para uma fonte próxima à Abrafrigo, a ausência da menção à empresa é um reflexo da postura da Marfrig em defesa da igualdade de condições entre os frigoríficos. A diferença entre elas, ironizaram duas fontes das indústrias, é que somente a Marfrig é associada da Abrafrigo. JBS e Minerva fazem parte da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) – a Marfrig também faz parte da entidade. Procuradas, Marfrig e Abiec não comentaram. Ao Valor, o Secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Ribeiro, reconheceu o mal-estar, mas criticou duramente as insinuações da Abrafrigo. “Não trabalho para empresa, trabalho pelo interesse nacional. Quando foi feita a estratégia de negociação com os chineses, não se levou em consideração estabelecimentos específicos, apenas a possibilidade de habilitar um número maior de estabelecimentos”, acrescentou Ribeiro. De acordo com o Ministério da Agricultura, os critérios para o envio da lista atenderam a um pedido feito pelos próprios chineses. Para acelerar a habilitação, a Administração Geral de Alfândegas da China sugeriu a indicação dos abatedouros já habilitados a exportar para a União Europeia, um mercado considerado exigente em questões sanitárias. A ideia é que esses abatedouros sejam habilitados em um primeiro momento, o que abarca sobretudo os grandes frigoríficos. No entanto, a ministra também entregará outras listas, como parte de um processo de novas habilitações. O caminho adotado pelo ministério desagradou a executivos de médio porte consultados pelo Valor. “A competição é desleal”, disse um deles, argumentando que um frigorífico habilitado a exportar para a China pode pagar mais caro para adquirir o gado a ser abatido. Em meio à disputa, fontes próximas a grandes frigoríficos criticaram a postura dos menores. Mas ressaltam que o acesso a um mercado tão cobiçado não é trivial. “A China é um baile que exige gravata”, disse.

VALOR ECONÔMICO

NOTÍCIAS

Mercado do boi calmo na volta do feriado

Na quinta-feira (2/5) após o feriado, o mercado do boi gordo se manteve estável na comparação dia a dia na maioria das praças pecuárias

Em regiões onde as indústrias não conseguiram preencher as escalas de abate para atender a demanda da semana que vem, os preços foram pressionados para cima. Em Goiás, por exemplo, a cotação do boi começou maio em alta e, na média das duas praças a valorização foi de 0,5%, considerando o pagamento a prazo. Por outro lado, em regiões onde as indústrias aproveitaram o início da semana para alongar as programações de abate, estas entraram nesta quinta-feira sem muito afinco nas compras, pressionando para baixo os preços. Em Belo Horizonte-MG, a cotação da arroba do boi teve queda de 0,7%, o que significa R$1,00/@ a menos frente ao fechamento da última terça-feira (30/4). Em São Paulo, os preços permaneceram estáveis e a média das escalas de abate gira em torno de cinco dias. Foram registradas indústrias fora das compras.

SCOT CONSULTORIA

Carne bovina: pouco ânimo no atacado sem osso

O preço no mercado atacadista da carne bovina sem osso andou de lado nos últimos dias. Na comparação semanal, na média de todos os cortes pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações ficaram praticamente estáveis, com ajuste negativo de -0,1%

Com a demanda patinando, nem mesmo o efeito da virada de mês foi suficiente para aquecer a procura do varejo, por este motivo os frigoríficos tiveram dificuldade para impor preços na carne. Demonstrando a cautela dos consumidores decorrente das incertezas quanto aos rumos da economia, o indicador da Intenção de Consumo das Famílias (ICF) pesquisado pela Confederação Nacional do Comércio (CNN) caiu 1,9% em abril, confirmando a tendência anteriormente verificada em março (-0,4%). Esse indicador é formado por seis sub índices, como por exemplo Emprego Atual e Perspectiva Profissional, e todos eles registraram variação negativa. Isso não acontecia desde de julho do ano passado, quando o país estava “sufocado” com os efeitos da greve dos caminhoneiros. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) também recuou pelo terceiro mês consecutivo, e em abril atingiu o menor nível desde outubro de 2018. Porém, por mais que o ritmo de aquecimento econômico esteja aquém do esperado, o cenário atual é mais positivo do que no mesmo período do ano passado. Na comparação anual, as cotações dos cortes da carne bovina estão, em média, 7,7% maiores, considerando os preços nominais. Por fim, por mais que o quadro econômico geral esteja marcado por certo pessimismo, o impacto sobre a demanda causado pela sazonalidade do consumo no Dia das Mães não deve ser ofuscado, já que este é um dos melhores períodos para venda de carne bovina.

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

Em ajuste a Fed, dólar sobe quase 1% ante real

O dólar iniciou maio em forte alta ante o real, que teve o pior desempenho entre as principais moedas nesta quinta-feira, em meio a ajustes à sinalização do banco central norte-americano na véspera de que não deve baixar os juros nos próximos meses

Segundo analistas, a principal influência para o câmbio nesta sessão foi o recado menos “dovish” da parte do líder do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, de que a atual inflação mais baixa nos EUA deve se provar “temporária” e que, portanto, o Fed não vê motivo para alteração nas taxas de juros por ora. Com isso, investidores reduziram apostas de corte de juros nos EUA, movimento que acabou fortalecendo o dólar em todo o mundo. Mas de acordo com Rodrigo Franchini, Chefe de Produtos da assessoria de investimentos Monte Bravo, o mercado de câmbio doméstico segue fragilizado pelo caminho ruidoso para a reforma da Previdência, o que, segundo ele, tem mantido o estrangeiro afastado do país. Isso ajudaria a explicar o desempenho mais fraco do real nesta sessão. “A aprovação da reforma deverá ocorrer lá para outubro. Até lá, o estrangeiro fica fora. Isso sem falar no risco de desidratação”, completou o profissional. No fim da quinta-feira, o dólar negociado no mercado interbancário BRBY subiu 0,92 por cento, a 3,9589 reais na venda. No pico, o dólar avançou 1,28 por cento, para 3,9728 reais. Na B3, a referência do dólar futuro DOLc1 se valorizava 1,12 por cento, para 3,9715 reais.

REUTERS

Vale e Petrobras guiam queda do Ibovespa

A bolsa paulista começou maio com o Ibovespa fechando em queda na quinta-feira, pressionado particularmente pelo declínio das ações da Vale e da Petrobras

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa.BVSP cedeu 0,86 por cento, a 95.527,62 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 12,2 bilhões de reais. A queda de vários papéis brasileiros negociados nos Estados Unidos (ADRs, na sigla em inglês) na véspera, quando a B3 não funcionou por feriado nacional e o Federal Reserve frustrou apostas de sinalização de corte de juros, também motivou ajustes de baixa nas ações negociadas na Bovespa nesta sessão. Na quarta-feira, o Fed manteve os juros na faixa de 2,25 a 2,50 por cento, como esperado, e o chairman do banco central norte-americano, Jerome Powell, disse que a posição de política é apropriada para o momento e que não vê argumento forte para se movimentar em outra direção. Da cena doméstica, o noticiário em torno da reforma da Previdência continua no radar, particularmente a articulação política para o andamento da matéria, com o mercado aguardando a o início das discussões da matéria na comissão especial da Câmara dos Deputados na próxima semana.

REUTERS

Crescimento da indústria do Brasil tem em abril menor nível em 6 meses, aponta PMI

O ritmo de crescimento da indústria brasileira chegou ao nível mais fraco em seis meses em abril, devido à perda de força das encomendas, indicou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada na quinta-feira

O PMI da indústria do Brasil medido pelo IHS Markit foi a 51,5 de 52,8 em abril, no 10º mês seguido acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Porém, o resultado é o mais fraco em seis meses. Tendências mais fracas foram registradas nas categorias de bens ao consumidor e bens intermediários, embora o crescimento entre os produtores de bens de capital tenha se mantido. Abril foi marcado pelo menor aumento das vendas desde julho de 2018, com as encomendas para exportação caindo pelo quinto mês consecutivo. Os entrevistados citaram comércio global fraco e problemas na Argentina, e assim o aumento da produção se moderou para a mínima de cinco meses. O setor industrial registrou criação de vagas em abril, mas também com desaceleração, no ritmo mais fraco dos últimos quatro meses de crescimento.

REUTERS

EMPRESAS

Marfrig tem novos diretores de RI e de Sustentabilidade

A Marfrig Global Foods anunciou na quinta-feira (02) a nomeação de um novo diretor de Relações com Investidores e de um diretor de Sustentabilidade, conforme comunicado

O economista Vitor Alaga Pini será o novo Diretor de RI. O executivo já trabalhou na International Meal Company, Pátria Investimentos, Kroton Educacional, Anhanguera Educacional, Bradesco BBI e Banif Investment Banking. Ele responderá ao Vice-Presidente de Finanças e de RI, Marco Spada. O novo Diretor de Sustentabilidade é Paulo Pianez, economista que foi diretor de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Grupo Carrefour Brasil por dez anos. Ele também tem passagens pelo BankBoston e Banco Santander. “A contratação do executivo vai ao encontro de um dos pilares da companhia que é o respeito ao meio ambiente, ao bem-estar animal e à conservação de recursos”, disse a empresa. As nomeações ocorrem menos de um mês após o anúncio da contratação do novo Diretor de Tecnologia da Informação para a América do Sul, Joel Santiago.

CARNETEC

FRANGOS & SUÍNOS

Carne de frango sobe mais de 5% em abril

Os preços das carnes de frango resfriada e congelada no atacado da Grande São Paulo subiram mais de 5% em abril, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)

O preço do frango resfriado medido pela Cepea/Esalq subiu 5,45% em abril, ante março, para R$ 4,84 o quilo. O frango congelado teve alta de 5,84%, a R$ 4,71/quilo. Nos primeiros 14 dias úteis do mês passado, o volume de exportações brasileiras de carne de frango in natura foi menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic).

CARNETEC

Virada de mês e expectativas de preços firmes no mercado de suínos

Nas granjas paulistas, os preços estão estáveis há 31 dias, com a arroba do animal terminado cotada, em média, em R$82,00

Durante esta semana, as negociações foram calmas, visto que os compradores já tinham feito seus pedidos em função da semana mais curta pelo feriado de primeiro de maio. No atacado, as vendas foram típicas de final de mês, ainda não há melhor movimentação pela falta de poder aquisitivo do consumidor. Os pedidos estão ritmo lento. A carcaça teve queda de 0,8% nos últimos sete dias, cotada, em média, em R$6,30 por quilo. Nos próximos dias, no entanto, o mercado deverá ganhar firmeza, com a entrada dos salários da população em circulação e a proximidade do Dia das Mães.

SCOT CONSULTORIA

Maiores informações:

ABRAFRIGO

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

Powered by Editora Ecocidade LTDA

041 3088 8124

https://www.facebook.com/abrafrigo/

 

abrafrigo

Leave Comment