CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 878 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2018

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Ano 4 | nº 878 | 14 de Novembro de 2018

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Exportações de carne bovina cresceram 12% em outubro

Apesar da queda de 10% no volume em relação a setembro, as exportações totais de carne bovina (in natura e processada) em outubro tiveram o terceiro melhor resultado da história e cresceram 12% na comparação com o mesmo mês de 2017, demonstrando que o mercado externo, especialmente a China, continua muito receptivo ao produto brasileiro

Os números foram divulgados nesta terça-feira (13) pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Em volume, os embarques de carne bovina alcançaram 161.517 toneladas, contra 143.916 toneladas em 2017, perdendo apenas para a movimentação de agosto e setembro deste ano. Em receita, o resultado de outubro foi de US$ 619,5 milhões, contra US$ 599,5 milhões do mesmo mês do ano passado, aumento de 3%, informa a associação, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os resultados reforçam a previsão da Abrafrigo, que prevê crescimento de 10% nas exportações neste ano. No acumulado até outubro, a movimentação atingiu 1.328.035 toneladas, com crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado quando alcançaram 1.208.668 toneladas. Em receitas, o total obtido em 2018 chegou a US$ 5,34 bilhões contra US$ 4,92 bilhões em 2017, crescimento de 8%. A partir de novembro, ressalta a Abrafrigo, a expectativa está relacionada ao reinício das vendas para o mercado russo, fechado desde dezembro de 2017. No ano passado, a Rússia havia adquirido 131 mil toneladas do produto brasileiro, representando mais de 10% das exportações brasileiras no período. A China continua sendo o maior mercado para a carne bovina brasileira com compras, até outubro, de 585.263 toneladas, através da cidade estado de Hong Kong e do continente. Em 2017, até o mês passado, eram 448.721 toneladas, o que elevou a participação chinesa nas exportações de 37,1% para 44,1%. Em segundo lugar aparece o Egito, com importações de 147.894 toneladas (+ 19,5%) e em terceiro o Chile, com 92.402 toneladas (+92%). Entre os 20 principais destinos do produto brasileiro, destacaram-se ainda em crescimento, em 2018, o Uruguai, com aumento de 276% nas aquisições; Filipinas (+111%); Jordânia (+44%); Argélia (+38,9%); Líbano (+32,7%) e Emirados Árabes (+24,9%).

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NOTÍCIAS

Abate de bovinos no Brasil sobe 3,6% no 3º tri, com exportação, diz IBGE

O abate de bovinos no Brasil totalizou 8,28 milhões de cabeças no terceiro trimestre deste ano, uma alta de 3,6 por cento ante igual período de 2017, impulsionado principalmente por um aumento nas exportações, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira

“Vemos que os preços competitivos no mercado externo impulsionaram o abate de bovinos, quando comparamos com o terceiro trimestre do ano passado”, disse Bernardo Viscardi, gerente de pesquisa do IBGE, em comunicado. O volume também representa um aumento de 7,2 por cento na comparação com o segundo trimestre de 2018, em uma recuperação, segundo o instituto, dos efeitos da greve dos caminhoneiros, que “trouxe complicações à logística da cadeia de abate e exportações.” Já o abate de frangos chegou a 1,42 bilhão de animais durante o último trimestre, um crescimento de 3,4 por cento contra o segundo trimestre, porém um recuo de 4 por cento na comparação anual, disse o IBGE. O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e de frango. O volume de suínos abatidos também subiu para 11,52 milhões de cabeças, alta de 4,4 por cento ante o terceiro trimestre do ano passado e 6,5 por cento contra o trimestre anterior. “A carne suína também vem tendo aumento considerável nas exportações, porém o volume exportado foi menor que no mesmo trimestre de 2017”, acrescentou Viscardi.

REUTERS

Mercado do boi gordo resistindo às altas

Mesmo com o feriado nesta quinta-feira (15/11) e o período de primeira quinzena do mês, fatores que normalmente resultam em aumento da demanda, até o momento este movimento tem sido mais tímido

Em algumas regiões as indústrias conseguiram alongar as programações de abate com boiadas de confinamento e, com as programações de abate preenchidas, as empresas mantêm as ofertas de compra nos mesmos patamares ou ofertam preços menores pela arroba. Já os frigoríficos que estão com escalas de abate mais curtas ofertam preços maiores, porém, de maneira gradativa, alinhando a oferta à demanda vigente, que está patinando. Nestas regiões, a oferta de animais terminados está menor e, mesmo com o lento escoamento, as indústrias têm de ofertar preços maiores. No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados ficou cotado, em média, em R$9,96/kg (13/11), estabilidade frente ao fechamento do dia anterior.

SCOT CONSULTORIA

Nova ministra terá que lidar com reflexos da Carne Fraca Indicada para comandar o Ministério da Agricultura no próximo governo, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS) mal começou a rotina de transição, com uma reunião na manhã de ontem com o Presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), e já foi avisada pela equipe do atual Ministro da Pasta, Blairo Maggi, que precisará de um plano de contingência para conter eventuais reflexos negativos de novas operações da Polícia Federal no rastro da Carne Fraca

Nesta quarta-feira, a futura ministra se reunirá com o titular da Pasta, Blairo Maggi, que vai expor a ela a situação em que deixará o ministério. Na segunda-feira, o Secretário-Executivo da Pasta, Eumar Novacki, já recomendou à Tereza uma postura de prevenção e alertou para que ela esteja preparada para realocar fiscais para regiões onde houver frigoríficos que estejam no alvo de novas investigações policiais, tomar medidas administrativas como afastar e exonerar servidores suspeitos e acionar o Itamaraty com antecedência para evitar barreiras comerciais. Tirar do papel a regulamentação das horas-extras dos fiscais e a criação de um fundo abastecido com taxas cobradas de frigoríficos para contratação de médicos veterinários do setor privado (sem concurso público) estão no rol de soluções que Tereza Cristina terá para avaliar. E, na coletiva de ontem, a futura ministra já afirmou que procurará um maior alinhamento entre a Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores para buscar soluções para os embargos às carnes, entre outros pontos. Blairo Maggi não conseguiu entregar a tempo a prometida reestruturação da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) nem a modernização completa do sistema de inspeção agropecuária. Em seus primeiros dias como ministra, Tereza também ainda deverá encontrar fechado o mercado americano para a carne bovina brasileira in natura brasileira e terá que lidar com o embargo da União Europeia a 20 frigoríficos de carne de frango do país – 12 dos quais da BRF, maior exportadora mundial do produto. Além de ainda trabalhar com a possibilidade de que emerjam outros desdobramentos da operação Carne Fraca, epicentro das barreiras em vigor contra carnes brasileiras, o Ministério da Agricultura continua às voltas com problemas envolvendo o sistema de inspeção sobre frigoríficos, ainda alvo de críticas de países importadores. Na leitura de Maggi, a qualquer momento a PF pode deflagrar novas investigações e, além disso, o Ministério Público Federal pode divulgar a polêmica lista de cerca de 200 fiscais agropecuários que recebiam “mensalinhos” da JBS para trabalharem fora do expediente – a prática é proibida por lei.

VALOR ECONÔMICO

Exportação de gado vivo perde força em outubro

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, foram exportadas 57,16 mil cabeças de bovinos vivos em outubro, com faturamento total de US$38,13 milhões

O volume total embarcado ficou 60,0% menor que setembro último, e praticamente estável (-1,3%) na comparação com o mesmo período do ano passado. Os reflexos da crise na Turquia ocorreram agora com o término dos contratos vigentes. Novos contratos foram efetivados, porém, em menor quantidade. Sendo assim, o país exportou 28,6 mil cabeças de gado a menos, frente a 96,0 mil cabeças exportadas no mês de setembro deste ano para este destino. Outros compradores do gado brasileiro em outubro foram a Jordânia, o Líbano, o Iraque e Hong Kong, respectivamente.

SCOT CONSULTORIA

Paraná: queda no poder de compra do recriador

Os bons índices pluviométricos das últimas semanas estão garantindo a recuperação das pastagens no estado e estimularam o mercado de reposição

Já se planejando para aproveitar a maior disponibilidade do capim, os pecuaristas paranaenses buscam com maior afinco os animais de reposição, e a demanda está superando a oferta, o que consequentemente elevou as cotações. Na somatória de todas as categorias de reposição, as referências tiveram alta de 0,5%, em média, na comparação mês a mês (outubro/novembro). Já a arroba do boi gordo no mesmo período teve queda de 0,8%, e diante desse cenário houve redução no poder de compra do recriador e invernista. Para o garrote, por exemplo, uma das categorias mais procuradas no estado, a relação de troca diminuiu. Em outubro com a venda de um boi gordo (16,5@) comprava-se 1,64 garrote. Atualmente esta relação está em 1,61. Para o curto prazo, o mercado deve perder liquidez em função do período de vacinação contra a Febre Aftosa. Após a retomada das negociações, as cotações tendem a ganhar firmeza em função da recuperação gradativa das pastagens, fator que estimula os negócios no mercado de reposição.

SCOT CONSULTORIA

Cresce 7% volume de gado confinado em Mato Grosso, constata Imea

De 694,14 mil bovinos em 2017 para 743,80 mil animais este ano

O Imea realizou o 3º levantamento sobre o confinamento de bovinos mato-grossenses em 2018 e divulgou, hoje, que foram entrevistados 145 pecuaristas que detêm capacidade estática para confinar, chegando assim ao montante de 743,80 mil animais confinados no Estado. Esse patamar representa acréscimo de 7,15% ante o total confinado em 2017 e o maior volume dos últimos seis anos. Pautada por esta evolução no rebanho confinado, a utilização da capacidade estática das unidades confinadoras mato-grossenses também vem registrando consecutivas melhoras, chegando a 79,74% de uso em 2018, maior valor dos últimos cinco anos. “Isso demonstra que os confinadores que permanecem na atividade estão buscando aumentar a eficiência de suas instalações, realizando estratégias que busquem reduzir o custo fixo por animal”, aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. “Ainda que menos confinadores tenham optado por realizar a atividade neste ano, os que concretizaram seu confinamento o fizeram com maior volume que no ano anterior. Desta forma, o montante confinado em Mato Grosso cresceu 7,15% na comparação com 2017, saindo de 694,14 mil bovinos e atingindo 743,80 mil animais este ano”.

IMEA

ECONOMIA

Ibovespa fecha em nova queda de 0,71%

Ibovespa caiu na terça-feira, puxado pelas ações da Petrobras, em meio ao tombo nos preços do petróleo no mercado externo, enquanto agentes financeiros seguem aguardando sinais mais claros sobre os planos econômicos do novo governo

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,71 por cento, a 84.914,11 pontos, menor fechamento desde 29 de outubro. O giro financeiro da sessão somou 13,769 bilhões de reais. No exterior, o petróleo tipo brent recuou 6,63 por cento, a 65,47 dólares o barril e o contrato WTI caiu 7,07 por cento, a 55,69 dólares, por receios de enfraquecimento da demanda global e excesso de oferta. Além do efeito do petróleo, profissionais da área de renda variável citaram que investidores estão mais cautelosos em razão de dúvidas sobre a evolução das reformas sob o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, principalmente na da Previdência, preferindo aguardar definições mais efetivas. Na visão do analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos, embora de certa forma previsível, dado que se trata de governo de transição e de um Congresso bastante dividido, dificuldades nas negociações tendem a trazer desconforto. “E na dúvida muitos investidores preferem vender ações para embolsar lucros”, disse. A equipe do BTG Pactual observou que “os investidores estrangeiros continuam bem retraídos e aguardando novas definições do novo governo com respeito a reformas”, conforme nota a clientes, na qual cita que não vê apetite por ativos de risco, como os de renda variável. Dados até o dia 9 de novembro, mostram saída líquida de 1,2 bilhão de reais de capital externo do segmento Bovespa, com o dado acumulado no ano superando 7 bilhões de reais.

REUTERS

Dólar ultrapassa R$ 3,80 e volta a patamar antes da eleição com exterior e indefinição sobre reforma da Previdência

O dólar terminou a terça-feira no maior patamar em mais de um mês ante o real, sob influência da piora externa com o tombo dos preços do petróleo e ainda com os investidores atentos ao noticiário doméstico, após indicações do presidente eleito Jair Bolsonaro sobre inviabilidade de votação da reforma da Previdência neste ano

O dólar avançou 1,99 por cento, a 3,8313 reais na venda, maior patamar desde 5 de outubro, último pregão antes do primeiro turno das eleições, quando terminou em 3,8570 reais. Na mínima, marcou 3,7542 reais e, na máxima, 3,8323 reais. O dólar futuro tinha alta de 1,21 por cento. Os preços do petróleo tombaram nesta sessão, com queda de mais de 6 por cento, devido a preocupações sobre o enfraquecimento da demanda global, excesso de oferta e vendas em outras classes de ativos, incluindo ações. O andamento da reforma da Previdência também preocupava os investidores nesta sessão depois que, na véspera, o presidente eleito Jair Bolsonaro reconheceu que dificilmente ela será aprovada neste ano. Os investidores ainda seguiam atentos às indicações de nomes para a formação do futuro governo, com especial atenção sobre o comando do Banco Central. O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 5,44 bilhões de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro.

REUTERS

Vendas no varejo do Brasil têm pior setembro em 18 anos e fecham 3º tri estagnadas

As vendas no varejo do Brasil recuaram mais do que o esperado e registraram o pior desempenho para setembro em 18 anos, devido às perdas em supermercados e combustíveis, indicando incertezas para os últimos meses de 2018 após encerrarem o terceiro trimestre com estagnação

Em setembro, as vendas no varejo caíram 1,3 por cento em relação a agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira. Este foi o pior resultado para o mês na série histórica iniciada em 2000 e bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,2 por cento. Em relação ao mesmo mês de 2017, as vendas apresentaram ganho 0,1 por cento, também bem abaixo da projeção na pesquisa de alta de 1,6 por cento. Ao encerrarem o terceiro trimestre com estabilidade sobre os três meses anteriores, as vendas do varejo mostram enfraquecimento ao longo do ano, após alta de 0,8 por cento no segundo trimestre e de 1 por cento nos primeiros três meses do ano. Em setembro, seis das oito categorias pesquisadas mostraram queda nas vendas, sendo que a comercialização de combustíveis e lubrificantes caiu 2 por cento no mês na comparação com agosto, registrando também o pior resultado para setembro na série histórico. Com forte peso no bolso dos consumidores, o setor de hiper e supermercados viu suas vendas contraírem 1,2 por cento em setembro, o pior resultado para o mês desde 2002. O movimento, de acordo com o IBGE, se deu por conta do aumento dos preços —em setembro, a inflação de alimentos e bebidas foi de 0,10 por cento, após uma queda nos preços de 0,34 por cento em agosto. Já os preços dos combustíveis subiram em setembro 4,18 por cento, após queda de 1,86 por cento no período anterior. “A inflação de combustíveis e hipermercados teve efeito negativo sobre as vendas. A alta dos combustíveis tem a ver com elevações promovidas pela Petrobras e, no caso dos alimentos, houve alta na alimentação domiciliar”, explicou a Gerente da pesquisa do IBGE, Isabella Nunes.

REUTERS

EMPRESAS

JBS tem prejuízo líquido de R$133,5 mi no 3º tri

A JBS teve prejuízo no terceiro trimestre, uma vez que efeitos cambiais e da adesão a um programa de incentivo fiscal ofuscaram o aumento das receitas no período

A maior processadora de carne do mundo anunciou nesta terça-feira que teve prejuízo líquido de 133,5 milhões de reais entre julho e setembro, ante lucro de 323 milhões no mesmo período de 2017. A receita líquida somou 49,4 bilhões de reais, alta de 20,1 por cento ante mesma etapa de 2017, com destaque das operações no Brasil, que tiveram expansão de 37,2 por cento. Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, cresceu 2,6 por cento ano a ano, para 4,43 bilhões de reais. A margem Ebitda caiu 1,5 ponto percentual, para 9 por cento. Analistas, em média, esperavam para a JBS prejuízo líquido de cerca de 906 milhões de reais e Ebitda de cerca de 4 bilhões de reais, segundo dados da Refinitiv. No fim de setembro, a dívida líquida da companhia somava 49,5 bilhões de reais. Embora fosse cerca de 4 bilhões de reais superior em 12 meses, a alavancagem medida pela relação dívida/Ebitda caiu de 3,42 para 3,38 vezes no período quando medida em reais. Em dólares, a relação caiu de 3,45 para 2,99 vezes.

REUTERS

JBS tem resultado operacional recorde, mas Funrural gera prejuízo

A melhora dos negócios no Brasil e as condições favoráveis à produção de carne bovina nos EUA levaram a JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, a registrar o melhor desempenho operacional trimestral de sua história

A performance de julho a setembro só não se traduziu em um lucro líquido devido ao impacto de R$ 2,4 bilhões (sem efeito sobre o caixa) da adesão da empresa ao Refis do Funrural, informou nesta terça-feira a companhia em balanço. Contabilmente, a JBS registrou prejuízo líquido de R$ 133,5 milhões no terceiro trimestre. No mesmo período de 2017, teve lucro de R$ 323 milhões. Não fosse o Refis do Funrural e o impacto da variação cambial sobre o valor da dívida (também sem efeito no caixa), a companhia teria lucrado R$ 2,135 bilhões. No terceiro trimestre, gerou R$ 2,3 bilhões em caixa livre, e voltou a reduzir o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) — de 3,47 vezes, no fim de junho, para 3,38 vezes em setembro. Na área operacional, a JBS reportou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 4,4 bilhões, um recorde. Trata-se de um incremento de 2,6% ante os R$ 4,3 bilhões do mesmo intervalo do ano passado. A margem Ebitda ajustada atingiu 9% no terceiro trimestre, ainda abaixo dos 10,5% registrados um ano antes. Em vendas, a JBS também teve expansão. No terceiro trimestre, sua receita líquida aumentou 20% na comparação anual, para R$ 49,4 bilhões. Em bases anualizadas, isso significaria quase R$ 200 bilhões. Em grande medida, o resultado recorde se deveu ao Brasil, onde a JBS teve sensível melhora e ajudou a minimizar as dificuldades enfrentadas na controlada Pilgrim’s Pride, empresa de frango dos EUA que sofre com a ampla oferta e fraca demanda. O negócio de carne bovina nos EUA, o mais importante da companhia, registrou Ebitda de US$ 446,7 milhões, alta de 10,3% na comparação anual. A margem subiu de 7,3% para 8,2%. No terceiro trimestre, a divisão JBS Brasil — que contempla os negócios de carne bovina e couros — viu seu Ebitda ajustado aumentar em quase dez vezes, de R$ 72,5 milhões no terceiro trimestre de do ano passado para R$ 712,2 milhões. A margem Ebitda ajustada da divisão superou 10%, ante margem de 1,4% vista um ano atrás. A melhora da JBS Brasil reflete o salto dos abates neste ano, o que consolida a recuperação da empresa em seu mercado de origem — a carne bovina. Entre julho e setembro, os abates nos frigoríficos da JBS no Brasil cresceram 29,3%.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Frango Vivo: preços continuam estáveis nesta terça (13)

Na terça-feira (13), as cotações do frango vivo permaneceram estáveis nas principais praças do país. São Paulo ainda anota o maior valor de comercialização, a R$3,00/kg

O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo trouxe estabilidade para o frango na granja, a R$3,00/kg e para o frango no atacado, a R$4,57/kg. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP apontou que a maior parte das regiões acompanhadas tem registrado aumento nas cotações das carnes de frango resfriada, congelada e cortes. Isso se deve a um início de mês com maior poder de compra do consumidor em função do recebimento dos salários.

Notícias Agrícolas

Suíno Vivo: altas no RS e em SC nesta terça (13)

Na terça-feira (13), as cotações do suíno vivo tiveram alta de 2,68% no Rio Grande do Sul, a R$3,83/kg e de 2,53% em Santa Catarina, a R$3,65/kg

O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq trouxe alta para quase todas as praças, com exceção de São Paulo, que teve queda de -0,26%, a R$3,81/kg. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP ressalta a recente valorização na maior parte das regiões produtoras do animal. Esta alta esteve relacionada ao período de início do mês e às expectativas de retomada das importações de carne suína para a Rússia.

Notícias Agrícolas

INTERNACIONAL

Produção de carne do Uruguai deve declinar 3% nesse ano

O Uruguai é um produtor de carne relativamente pequeno e com um baixo volume em toneladas produzidas quando comparado aos vizinhos da América do Sul, Brasil e Argentina

Em 2018, a produção uruguaia de carne bovina está estimada em pouco mais de 575.000 toneladas de peso carcaça, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) – isso representaria um declínio de 3% no ano anterior e 2019 deverá declinar mais 7%.

A posição do Uruguai como principal exportador de carne bovina é amplamente considerada, sustentada por rígidos padrões sanitários, além de ampla transparência ao longo da cadeia de fornecimento. Esses padrões apoiam o acesso do Uruguai a vários mercados importantes da Austrália, como os EUA, a China e a UE. Mesmo com uma previsão de queda na produção e exportação de carne bovina (5%) em 2019, o Uruguai continuará sendo um concorrente estratégico para a Austrália. Para o ano civil até setembro, as exportações de carne bovina do Uruguai totalizaram 238.000 toneladas de peso embarcado, um aumento de 3% em relação ao ano anterior, com a China respondendo por 53% de todas as exportações. De fato, os aumentos constantes nos preços do gado viram o gado terminado no Uruguai em paridade com seus pares australianos, em uma base de ajuste de moedas, pela primeira vez desde 2015. O crescimento das exportações de gado vivo nos últimos três anos também reduziu o estoque de gado preparado para o mercado – estima-se que 430.000 cabeças sejam exportadas em 2018, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. A crescente demanda da China, ainda que mostre sinais de desaceleração, continuará a sustentar os preços do gado, e o Uruguai e os fornecedores vizinhos da América do Sul buscarão aumentar sua presença no mercado. No entanto, a carne bovina do Uruguai, principal concorrente da Austrália no setor premium de carne bovina da China, continuará sendo limitada pela oferta.

Meat and Livestock Australia (MLA)

EUA: Abate de novilhos estão menores que em 2017

O abate de novilhos continua abaixo dos níveis do ano passado até agora este ano nos EUA. Isto apesar do fato de que os rebanhos trimestrais de confinamento mostraram mais novilhos em engorda em 2018 em comparação ao ano passado

Para o ano até agora, o abate de bois está cerca de um por cento abaixo do ano passado, mas nas últimas quatro semanas tem uma média muito próxima dos níveis do ano anterior. O abate de bois teve uma média de 51,6% do total de abates de bovinos até agora este ano, abaixo dos 52,9% do abate total de bovinos em 2017. À medida que os abates de novilhas e vacas retornam aos níveis normais, o abate de bois se aproximará da média de longo prazo de 50,6% do abate total. Os pesos de carcaça de novilhos têm em média cerca de 1,8 quilos acima dos níveis do ano anterior até agora este ano. Pesos semanais de carcaça de bois podem ter atingido o pico sazonalmente um pouco mais cedo na primeira semana de outubro, com 410 quilos. Pesos de carcaça de boi tiveram uma média de 406 quilos nos últimos dados semanais, mas podem saltar para um pico sazonal ainda maior em novembro. O abate de novilhas até agora este ano está em média cerca de 7% acima dos níveis do ano anterior, com aumentos menores de um ano para outro nas últimas semanas, puxando o acumulado do ano para um menor aumento. O total de abates de bovinos aumentou 2,7% ao ano até agora em 2018. O aumento do abate de bovinos, combinado com um aumento médio de 1 quilo nos pesos das carcaças, contribui para um aumento anual de 2,7% na produção anual. Estima-se que a produção total de carne bovina em 2018 seja de 12,25 bilhões de quilos, um novo recorde de produção de carne bovina para a produção de carne bovina dos EUA deve crescer para outro nível recorde de 12,5 bilhões de quilos em 2019.

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