CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 841 DE 20 DE SETEMBRO DE 2018

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Ano 4 | nº 841 | 20 de setembro de 2018

NOTÍCIAS

Falta boi e preço sobe

A expectativa era de que os preços do boi perdessem força à medida que o fim do mês se aproxima, mas indo na contramão, o mercado fechou está quarta-feira (19/9) com mais um dia de valorizações

A oferta restrita não deu tranquilidade para os frigoríficos comprarem boiadas, com isso, a alta nas cotações atingiu 14 das 32 praças levantadas. Em São Paulo a arroba passou a barreira dos R$150,00 à vista, livre de Funrural, e o boi gordo tem sido negociado, em média, a R$150,50/@ no estado, também à vista e livre do imposto. É uma alta de 3,1% desde o início do mês. Em Mato Grosso do Sul a disponibilidade de animais prontos para o abate está mais crítica e por lá as valorizações são recorrentes. Na região de Três Lagoas, por exemplo, o boi gordo está custando 4,0% mais do que valia há duas semanas. No vizinho Mato Grosso, o mercado comprador está menos pressionado, pois a oferta de animais na região tem sido suficiente para compor as escalas de abate sem muita necessidade de aumentar as ofertas de compra, principalmente nas regiões ao redor de Alta Floresta e Juara. No estado, a exceção fica por conta da zona em torno de Confresa e Vila Rica, nestas áreas a oferta está apertada e o boi gordo está sendo negociado por preços acima da referência.

SCOT CONSULTORIA

Produtividade volta a crescer mesmo em cenário adverso, destaca Rally da Pecuária 2018

Após a queda observada no ano passado, a produtividade da pecuária brasileira volta a subir, conforme dados do Rally da Pecuária 2018 divulgados na quarta-feira (19). No ciclo completo, o aumento médio foi de 23% entre os pecuaristas entrevistados durante a expedição em relação a 2017 – de 8,3 arrobas por hectare/ano para 10,3 arrobas/hectare/ano

Essa recuperação comprova a diferença do comportamento observado em 2016, quando o pecuarista reduziu o uso do pacote tecnológico em função da diminuição de margem. Em 2017, com as margens ainda baixas e projeção de nova queda para 2018, o produtor volta a buscar maior eficiência. Em cinco anos, a produtividade média do público avaliado durante o Rally aumentou 17%. Um quarto dos pecuaristas com melhores índices avançou 26% em igual período. Com 36 arrobas/hectare/ano, em média, estes respondem por 67% do total da produção comercializada por esse público. Entre os entrevistados, a quantidade de animais terminados em confinamento será de 890 mil cabeças, um aumento de 9,5% em relação ao volume confinado em 2017. O aumento na quantidade de animais confinados ocorre mesmo com o cenário de custos 22% acima do que o observado no ano anterior. . Mesmo somando integração, adubação e reforma, é possível identificar uma piora nos tratos culturais dos pastos, o que implica em um gargalo nas fazendas. A avaliação de pastagens identificou um significativo aumento nos pastos em estágio quase degradado, enquanto a quantidade de pastagens degradadas se manteve. Para André Pessoa, sócio-diretor da Agroconsult, o cenário observado ao final dessa edição do Rally da Pecuária é bem diferente e mais positivo em relação ao que se observava em junho, quando a expedição foi a campo. “As exportações tiveram recuperação e os preços pagos aos produtores melhoraram. No segundo semestre, as expectativas para o setor são melhores, embora a curva ascendente do dólar desperte preocupação em relação aos custos”, disse Pessoa.

CARNETEC

Mercado de reposição: troca favorável no Pará

Mercado de reposição movimentado no Pará. Nas últimas semanas a maior procura foi por animais mais jovens, como bezerros desmamados e de ano. Mas, por ora, os negócios efetivados são poucos, há muita especulação e espera por maiores reações no mercado do boi gordo

No estado, a arroba acumula alta de 6,3% desde o começo do segundo semestre e, como as expectativas são de que a oferta restrita pressione ainda mais as cotações, recriadores e invernistas optam por aguardar relações de troca melhores para girar o estoque da fazenda.

Mas, de qualquer maneira, recompor o estoque nos atuais patamares de preços é uma boa opção, quando comparado ao período do meio do ano. Desde o início de julho as cotações das categorias de reposição tiveram ajustes positivos de 0,68%, o que não foi suficiente para piorar a relação de troca para o pecuarista. Sendo assim, nos últimos três meses, o poder de compra melhorou 5,6%, na média da troca com todas as categorias de reposição.

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

Dólar recua ante real com exterior e após pesquisa Ibope

O dólar terminou a quarta-feira em baixa ante o real, influenciado pelo cenário externo favorável para divisas de países emergentes e com os investidores relativizando os dados da pesquisa Ibope que mostraram o fortalecimento do candidato do PT à Presidência

O dólar BRBY recuou 0,43 por cento, a 4,1242 reais na venda. Na máxima, foi a 4,1764 reais na máxima e, na mínima, registrou 4,0977 reais. O dólar futuro DOLc1 tinha perda de cerca de 0,85 por cento. “Os emergentes estão com bom desempenho, com alívio da questão comercial após a tarifa comercial inicial aplicada pelos Estados Unidos ficar em 10 por cento”, explicou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado. No exterior, o dólar tinha queda tímida ante a cesta de moedas, mas caía com mais força contra divisas de países emergentes, como o peso chileno CLP= e o rand sul-africano ZAR=. Estados Unidos e China anunciaram novas tarifas sobre importações um do outro nesta semana, mas as medidas foram menos severas do que o inicialmente esperado. Além disso, investidores apostam em mais estímulos por parte de Pequim para amortecer o impacto de mais essa rodada de tarifas comerciais.

“Há a percepção de que muita conversa ainda deve ocorrer podendo-se chegar a um bom termo, evitando uma guerra comercial generalizada. É a visão do copo meio cheio”, disse a SulAmérica Investimentos em relatório. O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 6,54 bilhões de dólares do total de 9,801 bilhões de dólares que vencem em outubro.

REUTERS

BC mantém Selic em 6,5%, diz que pode subir juros se quadro piorar

O Banco Central manteve na quarta-feira a taxa de juros no seu piso histórico, de 6,5 por cento, mas apontou que pode subir a Selic à frente caso haja piora do quadro atual, conforme as incertezas ligadas às eleições vêm guiando uma escalada do dólar frente ao real

“O Copom reitera que a conjuntura econômica ainda prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. Esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora”, disse o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Em pesquisa Reuters, 39 de 40 economistas já esperavam que a taxa fosse mantida pela quarta reunião consecutiva do Copom, a última antes da eleição do próximo Presidente do Brasil. O único voto dissidente, do Societé Generale, previa elevação de 0,25 ponto percentual, a 6,75 por cento. A mudança na comunicação do BC, embora esperada, representa uma postura mais firme em relação à eventual elevação dos juros depois de o BC ter optado por se abster de dar sinalizações diante do atual nível de incertezas. No comunicado, a autoridade monetária também passou a ver um cenário menos favorável para a inflação. Agora, avaliou “que diversas medidas de inflação subjacente se encontram em níveis apropriados, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária”. Em agosto, pontuara que essas medidas de inflação subjacente seguiam “em níveis baixos”. Em outra frente, também avaliou que os riscos para uma inflação mais alta se elevaram, com referência à deterioração do cenário externo para emergentes e à frustração sobre a continuidade de reformas econômicas no país.

REUTERS

Ibovespa fecha em queda de 0,19% no fim de sessão volátil

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em leve queda nesta quarta-feira, após três sessões seguidas de alta, conforme especulações sobre o desfecho da corrida presidencial seguiram adicionando volatilidade ao mercado acionário brasileiro

O principal índice de ações da B3 caiu 0,19 por cento, a 78.168,66 pontos. Na mínima, o indicador caiu 0,88 por cento. Na máxima, subiu 0,9 por cento, superando brevemente os 79 mil pontos. O giro financeiro somou 9,7 bilhões de reais. “Esperamos volatilidade ao longo das próximas semanas, o cenário de segundo turno está longe de ser definido, e a rejeição de Bolso é o maior desafio para o mercado”, disse em nota a clientes. A bolsa também fechou antes da decisão de política monetária do Banco Central, prevista para esta noite, com expectativa majoritária de estabilidade da taxa Selim na mínima recorde de 6,5 por cento ao ano. O foco está voltado para o comunicado que acompanha a decisão, principalmente porque a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 30 e 31 de outubro, ocorrerá com novo presidente eleito. No exterior, os norte-americanos S&P 500 e Dow Jones fecharem no azul, ajudados pelo setor financeiros, enquanto preocupações com o embate comercial entre Estados Unidos e China ficaram um pouco de lado.

REUTERS

EMPRESAS

BRF enfrenta crescente competição por milho com indústria de etanol

A brasileira BRF, uma das maiores produtoras de carne suína e de aves do mundo, tem enfrentado crescente competição pela oferta de milho, principal matéria-prima da companhia, com o aumento da produção de etanol de milho no Centro-Oeste, disse o Presidente da companhia na quarta-feira.

Pedro Parente afirmou em São Paulo que a situação coloca desafios adicionais para a empresa assegurar matéria-prima para ração a custos razoáveis. O etanol de milho é uma tendência relativamente nova no Brasil, mas tem tido um desenvolvimento rápido em Mato Grosso, Estado que é o principal produtor de grãos do Brasil, também um dos maiores exportadores do cereal. A companhia já está utilizando ingredientes alternativos para a produção de ração, como os grãos secos por destilação (DDGs, na sigla em inglês), subproduto da fabricação de etanol de milho. “Temos visto um aumento no consumo de milho pelos produtores de etanol em Mato Grosso e Goiás, onde eles se tornaram consumidores relevantes de milho”, disse Parente em uma apresentação em seminário organizado pela corretora e consultoria INTL FCStone em São Paulo. O Presidente da BRF estimou que os fabricantes de etanol já estavam usando entre 10 e 15 por cento da oferta nesses Estados, onde a indústria tem plantas de processamento e opera com os produtores de frango e suínos integrados. Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, mas tradicionalmente produz o combustível a partir da cana-de-açúcar. Novos investimentos no Centro-Oeste, no entanto, estão aumentando a participação do etanol produzido a partir do milho em volumes totais. O Diretor Financeiro da BRF, Elcio Ito, disse que a empresa começou a adicionar DDGs, que é rico em proteína, como um ingrediente alternativo para rações. Ele disse que os DDGs competem com o farelo de soja em custo nas áreas onde as usinas de etanol de milho operam, então a BRF compra os DDGs quando eles são mais baratos que o farelo de soja e dependendo do tipo de ração que precisam produzir.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

Sobreoferta de carne de frango no Brasil tende a persistir no 2º semestre

O cenário de excesso de oferta de carne de frango no mercado brasileiro tende a continuar ao longo do segundo semestre, considerando os bloqueios de exportação enfrentados pela indústria local e a estimativa de que a produção deverá cair 2% neste ano, segundo relatório divulgado pelo Rabobank à imprensa na quarta-feira (19)

“As exportações brasileiras terão que mostrar significativa melhora no segundo semestre para aliviar as preocupações quanto à sobre oferta, e a atual fraqueza do real deve fortalecer a posição do Brasil no comércio”, escreveram os analistas do Rabobank. O Brasil enfrenta embargos nas exportações de carne de frango para a União Europeia, novas exigências por parte da Arábia Saudita e sobretaxação nas vendas para a China. Esses fatores limitam a potencial elevação das exportações de carne de frango pelo Brasil até o final do ano. O surto de peste suína africana na China poderá também afetar indiretamente o mercado global de frango, segundo o banco. “Se o surto se espalhar rapidamente, significativa eliminação do rebanho de suínos da China pode ocorrer, pressionando todos os preços de carnes na China.” Após essa reação inicial ao surto, o Rabobank considera que os consumidores chineses podem optar pela carne de frango, colaborando para a elevação nos preços locais do produto em 2019 e potencial necessidade de aumentar importações.

CARNETEC

ABCS apresenta pesquisa sobre potencial de consumo de carne suína no país

Em boletim enviado à imprensa na quarta-feira (19), a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) divulgou os resultados de pesquisa que considera inédita para a cadeia produtiva suinícola, realizada pela Kantar Worldpanel com apoio do Sebrae

Segundo a pesquisa, 3 em cada 4 lares no Brasil consomem carne suína. Em números, isso significa que a carne suína chega a mais de 40 milhões de casas, com 75% de penetração na cesta de compras dos consumidores. São mais de 430 milhões de toneladas de carne consumidas ao ano, com um retorno de R$ 5,9 bilhões direto do consumidor. Para a ABCS, esse retrato revela que a suinocultura está no caminho certo, mas que também há muito o que fazer. “A carne suína tem o melhor potencial em relação a seus produtos concorrentes, as outras proteínas. A penetração do produto suíno chega a 75,8% dos lares contra 97,7% do frango, por exemplo. Isso mostra uma excelente oportunidade para a cadeia produtiva suinícola”, apontou o comunicado. Outro ponto de destaque da pesquisa foi a frequência anual de compra de carne suína dos consumidores. Em média, os clientes finais compram a proteína 7,5 vezes ao ano, enquanto em relação ao frango o indicador chega a 17. Além disso, a sazonalidade é outra “grande janela”, já que o consumo é menor nos meses de janeiro, fevereiro, setembro, outubro e novembro. Também foram destacadas oportunidades quanto aos tipos de corte (o lombo, por exemplo, chega a apenas 14,6% dos lares), regionalidades (no Norte e Nordeste, 32% da população não consome carne suína) e faixa etária (mais de 75% dos jovens até 29 anos compram carne suína, menos que a média nacional), entre outras.

CARNETEC

Semestre na avicultura marcado por alta de custos para a agroindústria

O custo médio do quilo de carne de frango produzido subiu 15% entre janeiro e junho, segundo dados da Agri Stats, líder mundial em análises e relatórios estatísticos para a agroindústria

Segundo dados consolidados do primeiro semestre de 2018, o preço médio de produção do quilo da carne de frango passou de R$ 2,14, em janeiro, para R$ 2,22, em março, chegando a R$ 2,46, em junho. A alta significativa em três meses é reflexo do aumento no custo dos grãos e da greve de caminhoneiros realizada no período, que impactaram o mercado avícola brasileiro. Ainda segundo a consultoria, a tendência é que esses custos continuem aumentando para a agroindústria nos próximos meses, ainda como consequência destes desafios, superando os R$ 2,60 até agosto. O levantamento ainda mostra que o peso médio do frango no abate aumentou de 2,091kg, em março, para 3,015kg, em junho. A explicação é que a greve e os bloqueios para a exportação de aves fizeram com que os produtores mantivessem o frango no campo por mais tempo. A consequência foi o maior consumo de ração pelos animais neste período, com alta do volume de abate após a retomada dos transportes, entre maio e junho. Com relação aos ingredientes da ração, o cenário também não contribuiu. O preço do farelo de soja subiu mais de 20% no período, de R$ 1.178 por tonelada, em março, para R$ 1.414 por tonelada, em junho. Já o milho teve alta de R$ 30,66 a saca, em março, para R$ 39,10, em junho, no preço médio. O custo da carne após o abate também teve aumento, partindo de R$ 3,83 reais, em março, para R$ 4,05, em junho. Este custo, no entanto, foi amenizado pelo fato de o frango ter sido abatido mais pesado, o que diluiu alguns custos fixos de abatedouro, como manutenção, depreciação e custo com salários etc.

BEEFWORLD

INTERNACIONAL

Demanda chinesa de couro importado começa a enfraquecer

O mais novo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a demanda chinesa por couro importado começa a se enfraquecer. De acordo com o relatório, a China é de longe o maior importador de couros e peles do mundo, abastecendo a indústria de produção maciça de pele

“Contudo, as importações nos últimos cinco anos foram decaindo ligeiramente. Por exemplo, nos primeiros meses de 2018 as importações caíram 10% e relação ao mesmo período do ano passado. Os fatores responsáveis por isso são a substituição de material, taxas de mão-de-obra mais caras, novas políticas ambientais, consolidação na indústria e questões comerciais”, diz o relatório. Segundo o departamento, a indústria do couro enfrenta forte concorrência da substituição por materiais sintéticos à base de petróleo, principalmente na fabricação de calçados, que usa mais peles do que qualquer outra indústria. Tanto os fabricantes como os curtumes disseram que suas encomendas de calçados de couro caíram significativamente devido a esses materiais substitutos de baixo custo. Nesse cenário, os dados indicam que a mudança para esses materiais sintéticos também foi exacerbada nos últimos anos pelos altos preços de couro, que atingiram o pico de US$ 100 por unidade em 2014. “Embora os preços de couro tenham caído para apenas US$ 30 por unidade em 2018, os fabricantes de calçados ainda acreditam na tendência de usar materiais substitutos. É irreversível”, finaliza o relatório.

AGROLINK

Frigoríficos russos atingem menor rentabilidade de todos os tempos

A rentabilidade média para processadores de carne na Rússia atingiu um dos seus níveis mais baixos de sempre, uma vez que a indústria se encontra entre os altos preços das matérias-primas e o fraco poder de compra dos consumidores

Isso levou a União Nacional de Processadores de Carne (NUMP) a apelar a Alexey Gordeev, Vice-Primeiro-ministro da Rússia, solicitando que os varejistas sejam obrigados a aumentar os preços dos produtos de carne nas prateleiras. “O motivo é o súbito salto nos preços de todas as carnes na Rússia em 2018. De janeiro a julho de 2018, os custos médios para carne suína aumentaram 30%, carne de frango, 35%, carne bovina doméstica, 10%, e carne bovina importada, 25%,” afirmou o NUMP. “Embora o aumento de preço tenha sido antecipado, dada a situação econômica em nosso país, ninguém esperava que aumentassem simultaneamente e tão rápido, acima de todas as previsões e expectativas. Isso significa que a imagem real é pior do que todas as nossas previsões”, acrescentou o NUMP. Enquanto isso, os preços de varejo para a maioria dos produtos de carne durante o mesmo período aumentaram apenas 2,5-3%, de acordo com o Ministério da Agricultura da Rússia. Os preços de varejo não estão subindo devido ao fraco poder de compra da população russa e, como resultado, os pagamentos para as plantas de processamento de carne também são estáveis. Embora Alexey Gordeev tenha ordenado que órgãos do governo investiguem o assunto, a maioria dos especialistas disse acreditar que nenhuma ação real para apoiar o processamento de carne seria tomada. “A ideia de um regulamento governamental sobre os preços de compra dos varejistas para as carnes processadas não é realista”, disse Albert Davleyev, Presidente da Agência de Consultoria Russa da Agrifood Strategies.

GlobalMeatNews.com

Proposta da UE de redistribuir a cota de carne sem hormônios pode criar tensão

A Comissão Europeia tentou sanar uma disputa de longa data com os Estados Unidos, solicitando autorização de ministros da União Europeia (UE) para abrir negociações sobre a redistribuição de cotas para carne bovina livre de hormônios importada em países europeus

Em conversa com o GlobalMeatNews, o secretário-geral do Sindicato Europeu de Pecuária e Carnes (UECBV), Jean-Luc Mériaux disse que apoia as tarefas e cria “um consenso para consolidar os fluxos de comércio”. O que está em jogo é o futuro acesso aos mercados de carne bovina da UE – um memorando de entendimento de dez anos atrás entre Bruxelas e Washington levou a UE a abrir uma cota de importação de 45 mil toneladas de carne livre de hormônios proveniente de fornecedores qualificados. Mas o comércio de carne bovina vem se desenvolvendo desde então, com outros países interessados em fornecer à Europa. E como a TRQ (cota sujeita à tarifa) era de fato aberta a qualquer fornecedor de carne bovina de qualquer país que estivesse em conformidade com os requisitos de importação e padrões de qualidade da UE, “outros países aumentaram sua participação no uso da cota às custas do EUA ”, lembrou Mériaux. De fato, no ano passado (2017), pouco mais de 16.000 toneladas de carne bovina in natura foram importadas de fornecedores americanos para países da UE, no valor de quase 182 milhões de euros (US$ 212,62 milhões), segundo estatísticas da agência Eurostat. O maior importador foi a Holanda, para a qual os EUA exportaram carne bovina no valor de quase 131 milhões de euros (US$ 153 milhões) naquele ano. Os EUA têm pressionado contra o que consideram acesso restrito e, portanto, as negociações estão sendo realizadas. E embora a Comissão tenha destacado que qualquer acordo cumprirá as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), grandes fornecedores de carne bovina, como Austrália, Argentina e Uruguai, disseram à UE que estão preocupados com o resultado das negociações.

GlobalMeatNews.com

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