CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 817 DE 16 DE AGOSTO DE 2018

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Ano 4 | nº 817 | 16 de agosto de 2018

 NOTÍCIAS

Governo prorrogará pela quinta vez prazo de adesão a Refis do Funrural

Pela quinta vez, o governo concordou em conceder mais prazo para produtores e empresas do agronegócio aderirem ao Refis criado em janeiro deste ano para parcelar dívidas com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), que somam cerca de R$ 17 bilhões, segundo a Receita Federal

Ontem, comissão mista do Congresso aprovou relatório do senador governista Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) sobre a Medida Provisória 842, que renegocia diversas dívidas de pequenos produtores com crédito rural, mas também estendeu até 31 de dezembro de 2018 a data para adesão ao programa de parcelamento desses débitos com o Funrural. Outra MP, a 834, que ainda está em vigor, havia estipulado o prazo de 30 de outubro. Os plenários da Câmara e do Senado ainda precisam aprovar e o Presidente Michel Temer sancionar o novo prazo para o Refis do Funrural, mas Bezerra disse que o governo já concordou com mais um adiamento. A proposta de conceder mais tempo para produtores partiu do deputado ruralista Jerônimo Goergen (PP-RS), que havia sugerido inicialmente um prazo ainda maior, de 27 de dezembro de 2019. Com tantos adiamentos, a arrecadação da Receita Federal até hoje com o Programa de Regularização Tributária Rural (PRR), o chamado “Refis do Funrural”, é muito pequena de acordo com técnicos do órgão. O Fisco, porém, ainda não divulgou dados oficiais sobre o nível de adesão ao Refis.

VaLOR ECONÔMICO

Diminuição nas escalas de abate

Por mais que a demanda interna não venha colaborando para altas mais consistentes, a pressão positiva permanece sobre os preços do boi gordo, reflexo da disponibilidade limitada de bovinos prontos para o abate

Na região de Goiânia-GO, por exemplo, a arroba acumula valorização de 1,5% em dez dias. Em São Paulo, as programações dos frigoríficos atendem, em média, quatro dias, mas são observadas programações de dois dias. As escalas de abate têm diminuído, mas não estão apertadas para o fluxo de vendas característico de segunda quinzena. No estado a referência está em R$144,00/@, à vista, livre de Funrural. Negócios acima da referência são observados. No curto prazo, não há nenhum sinal de reversão do cenário, a oferta deve continuar impondo o rumo altista do mercado, mas situação de venda de carne será o fator a modular as altas da arroba.

Scot Consultoria

Aumento nas exportações de carne bovina

Segundo os dados do MDIC, a exportação de carne bovina in natura, no acumulado de janeiro a julho de 2018, foi de 664,9 milhões de toneladas, quantidade 5,2% maior que no mesmo período do ano passado

O câmbio competitivo para as exportações, a demanda do mercado internacional forte e a alta disponibilidade de carne no mercado interno são fatores que impulsionam esses aumentos. De acordo com os dados do USDA, o Brasil deve exportar 20% da sua produção de carne esse ano, 1% a mais que em 2017.

Scot Consultoria 

MPF dá parecer favorável às exportações de animais vivos

Segundo a CNA, no documento a PGR ressalta que é de competência da União legislar sobre matérias desse tipo

A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, deu parecer favorável ao transporte e às exportações de animais vivos. “A manifestação da chefe do Ministério Público Federal (MPF), na ação impetrada pela CNA no Supremo Tribunal Federal (STF) no início do ano contra uma lei municipal que proibia o trânsito de cargas vivas nas proximidades do Porto de Santos (SP), reforça a preocupação da entidade com a edição de normativos que possam prejudicar o Brasil no cenário internacional”, diz a entidade em nota. Conforme a CNA, no documento a PGR ressalta que é de competência exclusiva da União legislar sobre matérias de “direito agrário e agropecuário, comércio exterior, transporte e regime de portos” e ressalta que no País há “extensa regulação do transporte de animais vivos pelo Ministério da Agricultura”.

Portal DBO

ECONOMIA

Alta de custo com frete para exportador pode chegar a R$ 25 bilhões

A tabela de preços mínimos para o frete estabelecida pelo governo após a paralisação dos caminhoneiros no fim de maio pode ser mais salgada do que se esperava para os exportadores de produtos agrícolas do país

Estudo do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-Log/USP) mostra que o aumento mínimo de custos esperado para o transporte dos produtos até os portos este ano, com a imposição da tabela, é de 70%, mas a alta pode chegar a 154% se o contratante também pagar o frete de retorno. Analisamos como foi o ano passado em termos de volumes exportados e como seria o custo com a tabela de fretes”, explica Thiago Péra, Coordenador Técnico do grupo. O estudo considera os embarques de soja, milho, farelo de soja e açúcar em 2017. Um dos pontos da tabela que mais tira o sono dos exportadores é que o contratante do transporte terá de pagar o frete de retorno do caminhão vazio após o desembarque nos portos. Conforme os cálculos do grupo da Esalq-Log, num cenário em que todos os caminhões voltassem vazios dos portos, o aumento de custos chegaria a R$ 25,1 bilhões, o que representa alta de 154% sobre os valores de 2017. Sem o frete de retorno, o aumento dos custos ficaria ao redor de 70%, ou R$ 11 bilhões. Para fazer a análise, a Esalq-Log considerou os valores mínimos da Tabela de Frete da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), incluindo tarifas de pedágios, impostos e margens, e aplicou-os aos volumes embarcados dos quatro produtos em 2017. A variação do custo com o diesel, combustível dos caminhões, também foi corrigida. Segundo o estudo, o Estado mais afetado pela alta no custo de transporte da soja até os portos é Mato Grosso – principal produtor da oleaginosa. A elevação é estimada em R$ 6,9 bilhões. No caso de Goiás, o aumento seria de R$ 1,4 bilhão, e do Paraná, de R$ 1,3 bilhão.

VaLOR ECONÔMICO

Ibovespa fecha em queda com exterior, em sessão com balanços, pesquisa e vencimentos

O Ibovespa fechou em queda de quase 2 por cento na quarta-feira, pressionado pelo viés negativo no mercado internacional, com nova bateria de resultados corporativos e pesquisa eleitoral também ocupando a atenção dos investidores na bolsa paulista

 

O principal índice da B3 caiu 1,94 por cento, a 77.077,99 pontos, após alta nas duas sessões anteriores. O giro financeiro do pregão somou 23,2 bilhões de reais, em sessão com vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. “Os movimentos são reflexos do quadro externo desfavorável para ativos de risco, além do mau humor das commodities nesta sessão”, afirmou a Guide Investimento, em nota a clientes. Preocupações com o fortalecimento do dólar, a crise na Turquia e tensões comerciais globais voltaram o apetite dos investidores nas praças financeiras ao redor do mundo nesta sessão. Em Wall Street, o S&P 500 recuou 0,76 por cento. O índice MSCI de ações de mercados emergentes entrou em um patamar técnico considerado baixista, com a queda acumulada desde a máxima intradia no ano no final de janeiro alcançando cerca de 20 por cento na quarta-feira. O noticiário doméstico, por sua vez, além de balanços, trouxe pesquisa eleitoral mostrando o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, de perfil que mais agrada o mercado, ainda patinando na disputa eleitoral, o que endossou o viés mais defensivo nos negócios. A campanha eleitoral começa oficialmente nesta quinta-feira, com os programas na televisão e rádio tendo início a partir do próximo dia 31. Para alguns analistas, a partir de agora será possível ter visão melhor sobre a disputa.

Redação Reuters

Dólar sobe e volta a R$3,90 com Turquia e cena eleitoral local

O dólar terminou em alta e na casa de 3,90 reais nesta quarta-feira, com os investidores reagindo ao cenário externo, ainda afetado pela situação da Turquia, e à cena eleitoral brasileira após nova pesquisa eleitoral

O dólar avançou 0,87 por cento, a 3,9007 reais na venda, maior nível desde os 3,9344 reais de 5 de julho passado. Na máxima, a moeda foi a 3,9282 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,85 por cento. “O recuo da véspera veio de trégua externa. Hoje, com a retaliação dos turcos, as preocupações voltaram”, afirmou o Diretor da consultoria financeira Via Brasil Serviços, Durval Correa. A Turquia dobrou as tarifas sobre algumas importações norte-americanas, incluindo álcool, carros e tabaco, na quarta-feira, em retaliação aos movimentos dos Estados Unidos. A Casa Branca condenou a duplicação das tarifas à tarde. Mas a lira se recuperava frente ao dólar depois que as medidas de liquidez do banco central turco tiveram o efeito de sustentar a moeda. Ancara agiu em meio ao aumento da tensão entre os dois países sobre a detenção de um pastor norte-americano e outras questões diplomáticas na Turquia, que ajudaram a levar a lira turca a uma queda recorde em relação ao dólar nos últimos dias.

Redação Reuters

Brasil cresce 3,29% em junho e reverte perda com greve; fecha 2º tri com queda de 0,99%, aponta BC

A economia brasileira conseguiu recuperar em junho todas as perdas sofridas no mês anterior por conta da greve dos caminhoneiros, mas ainda assim fechou o segundo trimestre com contração, a primeira depois de cinco períodos seguidos no azul

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 3,29 por cento em junho, compensando totalmente a queda de 3,28 por cento vista no mês anterior, informou o BC nesta quarta-feira. O dado de maio foi revisado pelo BC, que apontou antes queda de 3,34 por cento, já a pior leitura mensal na série histórica do indicador, iniciada em 2003.  Ainda assim, a economia brasileira fechou o segundo trimestre com queda de 0,99 por cento em relação aos três meses anteriores, depois de ter subido 0,20 por cento entre janeiro e março na mesma base de comparação. Em maio o país sofreu com a paralisação dos caminhoneiros, que prejudicou diretamente a atividade e abalou ainda mais a confiança de empresariado e consumidores. Indicadores após esse período já mostraram alguma recuperação, mas não o suficiente para evitar que as projeções dos agentes econômicos sobre o PIB não sofressem reduções para este ano. Em junho, por exemplo, a produção industrial brasileira saltou 13,1 por cento sobre o mês anterior, apagando os efeitos negativos provocados pela paralisação nas rodovias.

Redação Reuters

IGP-10 desacelera alta a 0,51% em agosto, diz FGV

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,51 por cento em agosto, sobre elevação de 0,93 por cento no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), na quarta-feira

Índice de Preços ao Produtor Amplo-10 (IPA-10), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, subiu 0,64 por cento em agosto, sobre alta de 0,99 por cento no mês anterior. O destaque ficou para a queda de 0,43 por cento nos preços da categoria de alimentos processados, depois de ter registado avanço de 1,13 por cento no mês anterior. A FGV informou ainda que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30 por cento do índice geral, desacelerou a alta a 0,14 por cento, contra o aumento de 0,78 por cento em julho. O grupo de Alimentação se destacou ao apresentar queda de 0,37 por cento em agosto, sobre avanço de 0,51 por cento no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção-10 (INCC-10) também apresentou desaceleração da alta a 0,46 por cento em agosto, de 0,92 por cento anteriormente.

Redação Reuters

Agro registra recorde de US$ 59,2 bi em vendas externas desde janeiro

Resultado se deveu ao aumento de 4,3% no volume de vendas. O complexo soja foi o principal responsável pelo resultado das vendas externas

As exportações brasileiras do agronegócio subiram de US$ 56,39 bilhões para US$ 59,2 bilhões entre janeiro e julho deste ano (+5%), valor recorde de toda a série histórica (1997-2018) para o período, conforme o Boletim da Balança Comercial do Agronegócio divulgado pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O recorde foi obtido em função, principalmente, da elevação do volume das exportações, que subiu 4,3%. O índice de preços das exportações teve incremento de 0,7%.  O agro representou 43,4% do total das vendas externas brasileiras no período analisado. As importações no setor totalizaram US$ 8,3 bilhões no período (-0,6%). Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio nos primeiros sete meses do ano foi de US$ 50,9 bilhões. A Ásia aumentou sua participação entre os importadores do agro brasileiro. Em 1997, a participação do continente era de 16,1%. Nos últimos dez anos, a participação tem aumentado, atingindo, 51,8%, no acumulado do ano (janeiro a julho). A principal razão para a elevação das exportações para a China foram as vendas de soja em grão. A quantidade subiu de 39,4 milhões de toneladas para 43,9 milhões de toneladas de soja em grão no período em análise.

MAPA

EMPRESAS

Com dívida de R$ 2,5 bi com INSS, JBS não aderiu ao Refis do Funrural

Com uma dívida de R$ 2,5 bilhões com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) relativa ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), a JBS foi o único entre os grandes frigoríficos do país que ainda não aderiu ao Refis que renegociou as dívidas com a contribuição previdenciária

No fim de maio, o prazo para a adesão ao Refis, que abate 100% de multas, juros e encargos, foi prorrogado até 30 de outubro. Em teleconferência com analistas na manhã de ontem, o Presidente das Operações da JBS no Brasil, Wesley Batista Filho, afirmou que JBS ainda não decidiu se vai aderar ao Refis. “Esse tema está em análise. Estamos acompanhando os desdobramentos”, disse. Na prática, a empresa ainda avalia a conveniência de reconhecer os débitos, que são questionados na Justiça. Embora o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha reconhecido a constitucionalidade do Funrural no ano passado — obrigando os pagamentos das dívidas contraídas no passado —, advogados de frigoríficos entendem que o STF ainda não julgou se a chamada sub-rogação é constitucional, o que poderia beneficiar os frigoríficos. Com a sub-rogação, os frigoríficos (adquirentes) assumem a responsabilidade por pagar o Funrural que é cobrado dos pecuaristas. O não contingenciamento das dívidas como as do Funrural motivou um parágrafo de ênfase no relatório da Grant Thornton, que audita o balanço da JBS. “O eventual desfecho negativo dessas demandas poderá trazer impactos sobre as atividades operacionais da Companhia e/ou necessidade de recursos adicionais para fazer frente a eventuais dispêndios significativos e extraordinários”, apontou o auditor da companhia. Marfrig e Minerva, por exemplo, aderiram ao Refis do Funrural no segundo trimestre. No caso da Marfrig, a adesão provocou um impacto (sem efeito sobre o caixa da empresa) de R$ 616 milhões no segundo trimestre, o que foi crucial para o prejuízo líquido de R$ 582 milhões reportado pela empresa.

VaLOR ECONÔMICO

Marfrig espera venda de Keystone nas próximas semanas

A venda da unidade norte-americana Keystone da Marfrig deve ser anunciada “no máximo” nas próximas semanas, afirmou o Diretor Financeiro da companhia brasileira de carne bovina, Eduardo Miron

A diretoria da segunda maior processadora de carne bovina do mundo esteve na quarta-feira nos Estados Unidos tratando de negociações para a venda da unidade que fornece alimentos para redes de lanchonetes e restaurantes. “Estamos fazendo nossa teleconferência de resultados (de segundo trimestre) aqui nos EUA e não no Brasil por causa do processo de negociação. Está avançando, pode acontecer a qualquer momento, nas próximas semanas no máximo”, disse Miron em entrevista com jornalistas por telefone. O Presidente do Conselho de Administração da Marfrig, Marcos Molina, que também acompanha os diretores da companhia nos EUA, afirmou durante teleconferência com analistas que a principal prioridade da companhia é a venda da Keystone, comprada pela Marfrig oito anos atrás por 1,26 bilhão de dólares. “A nossa prioridade número 1 é concluir a venda da Keystone. A segunda é pagarmos as dívidas e termos uma empresa de baixo endividamento”, disse Molina. Os executivos, porém, não deram mais detalhes sobre os grupos com quem a Marfrig está negociando a unidade. No final de julho, fonte com conhecimento do assunto afirmou à Reuters que a Marfrig estava negociando com exclusividade com a norte-americana Tyson Foods sobre a Keystone. A intenção da Marfrig era conseguir a venda da unidade por até 3 bilhões de dólares. A Marfrig encerrou junho com alavancagem de 4,2 vezes. A Marfrig divulgou na noite da véspera prejuízo líquido de 582 milhões de reais, acima do resultado negativo de 262 milhões sofrido no segundo trimestre de 2017. O resultado foi pressionado por adesão da empresa a um programa de renegociação da dívida do Funrural, que impactou o balanço em 616 milhões de reais.

Redação Reuters

NOS EUA JBS VAI BEM

Na contramão do que ocorre com a Seara, os negócios da JBS no mercado de carne bovina dos EUA têm perspectivas amplamente positivas, reforçou ontem, também na teleconferência, o CEO da JBS USA, André Nogueira.

O bom momento da divisão americana de carne bovina, que concentra mais de 40% das vendas da JBS, animou os analistas no pregão de ontem. Na bolsa, as ações da empresa subiram 2,8%, para R$ 9,17, na contramão do Ibovespa. O índice caiu 1,9% ontem, fechando a 77.077 pontos. O cenário positivo nos EUA é sustentado pela oferta de bovinos, que deve crescer ao menos até 2021, segundo Nogueira. Além disso, a demanda externa pela carne bovina americana deverá seguir firme, puxada pelas importações do Japão e da Coreia do Sul. Nos EUA, a economia aquecida também estimula o consumo de carne bovina. “Não vemos nenhum sinal de demanda mudando. A demanda continua muito forte nos mercados doméstico e de exportação”, afirmou Nogueira. Questionado por um analista sobre o patamar de margem Ebitda que pode ser obtido pelo negócio de carne bovina nos EUA no próximo ano, o executivo concordou que uma margem de 8% – bem acima de média histórica – é factível. Esse número foi calculado a partir das projeções da concorrente americana Tyson Foods, que estima margem operacional de 6%. “Não é nada absurdo”, afirmou o executivo. No segundo trimestre deste ano, a unidade de negócios da JBS USA Beef, que também reúne as operações no Canadá e na Austrália, reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de US$ 570,1 milhões, aumento de 76% na comparação com o mesmo intervalo do último ano.

VALOR ECONÔMICO

Marfrig vai construir nova fábrica de hambúrgueres no Brasil

A Marfrig Global Foods irá construir uma fábrica de hambúrgueres e produtos porcionados para atender o mercado de food service no Brasil, disse o Presidente Global da companhia, Martín Secco, durante teleconferências sobre os resultados da companhia na quarta-feira (15)

A nova planta, que será construída em Bataguassu (MS), irá produzir 20 mil toneladas de produtos por ano e deverá ficar pronta em abril de 2019 “Em termos de nossa estratégia comercial, seguimos buscando ampliar nosso portfólio de produtos de maior valor agregado. No Brasil, daremos início à construção de uma nova planta de hambúrguer para atendimento do canal food service, com investimento da ordem de R$ 85 milhões”, disse Secco a analistas. A Marfrig, que se tornou a segunda maior processadora global de carne bovina após a aquisição da National Beef em junho, tem como prioridade no momento o fechamento da venda da Keystone, subsidiária internacional de food service baseada nos Estados Unidos.

CARNETEC

FRANGOS & SUÍNOS

Aumento da oferta de frango pressiona Seara

As perspectivas para as agroindústrias de frango do país continuam negativas, sinalizou ontem o Executivo-Chefe de operações da JBS, Gilberto Tomazoni

O executivo afirmou que a Seara, que reúne os negócios de aves, suínos e alimentos processados da empresa no Brasil, enfrenta um cenário adverso que poderá ficar mais difícil. Além dos obstáculos para reajustar os preços e assim repassar a alta de custos com milho, os alojamentos de pintos de corte no Brasil voltaram a crescer, o que poderá gerar pressão adicional no mercado. Segundo ele, esse aumento da oferta de frango no Brasil poderá comprometer até o aumento de preços da carne de frango que os exportadores do país haviam conseguido no mercado internacional. “Temos visto que os alojamentos começam a crescer e isso pode ser uma preocupação”, afirmou. No mercado doméstico, a Seara enfrentou dificuldades para reajustar os preços no segundo trimestre, disse Tomazoni. Quando divulgou os resultados de janeiro a março, em maio, o executivo afirmou que pretendia promover um reajuste médio de 5% entre abril e junho. O repasse médio, porém, ficou em 3%, mesmo que em junho tenha ficado mais “intenso”, como acrescentou na teleconferência o Presidente do Conselho de Administração e Diretor de Relações com Investidores da JBS, Jerry O’Callaghan. Devido ao excesso de oferta – provocado em parte pelo embargo europeu à concorrente BRF -, as dificuldades de repasse de preços e a greve dos caminhoneiros, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Seara caiu 68% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2017, para R$ 113,8 milhões. Já a receita somou R$ 4,1 bilhões, queda de 5,4% na mesma comparação.

VaLOR ECONÔMICO

Exportações de frango a árabes caem 24% no acumulado do ano

Embora o frango não registre quedas bruscas no preço, desde o ano passado a Arábia Saudita vem questionando o método de abate no Brasil

O Brasil vem enfrentando problemas com o frango, o segundo produto da pauta, aponta a Câmara de Comércio. Embora o frango não registre quedas bruscas no preço, desde o ano passado, a Arábia Saudita, o maior mercado exterior para a ave brasileira, vem questionando o método de abate no Brasil, que não seguiria as regras do Islã por incluir insensibilização elétrica. Os sauditas vetaram o frango fora de padrão, posição seguida por outros países árabes, enquanto o lobby brasileiro tenta mudar a seu favor a norma técnica de abate da Gulf Standard Organization, espécie de Inmetro da Península Arábica. Grandes exportadores, no entanto, já se adequaram às exigências e aceitaram até sacrificar margens, pois o abate sem insensibilização tem perdas maiores. Mas os frigoríficos menores saíram do mercado e o espaço foi ocupado por turcos e americanos, que vêm conseguindo vender frango com preço não muito distante da competitiva ave brasileira. “O Brasil deve prestar atenção à essa situação. Temos tradição de fornecer aos árabes, o quarto destino das exportações brasileiras, frango de valor agregado e nossos esforços devem continuar nesse sentido”, defende o Presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun.

AVICULTURA INDUSTRIAL

Suíno Vivo: após altas, cotações ficam estáveis

Na quarta-feira (15), as cotações do suíno vivo permanecem estáveis nas principais praças do país, com o maior valor de negociação sendo anotado em São Paulo, a R$3,68/kg

O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a ontem (15), trouxe alta para quase todas as praças, sendo a mais expressiva em São Paulo, de 4,64%, a R$3,38/kg. Na semana passada, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP já identificava uma alta nos preços do mercado independente, com maior demanda para o Dia dos Pais, o que ocorreu ontem em algumas praças. Entre 1º e 8 de agosto, o valor do animal subiu 2% na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), conforme apurou o Cepea.

Notícias Agrícolas

Frango Vivo: nesta quarta (15), cotações continuam estáveis

Na quarta-feira (15), as cotações do frango vivo permanecem estáveis nas principais praças do país, com o maior valor de negociação sendo anotado em São Paulo, a R$3,00/kg

O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo trouxe estabilidade para o frango na granja, a R$3,00/kg, enquanto o frango no atacado teve queda de -1,35%, a R$3,65/kg.

Os números da Secex/MDIC mostram uma exportação de frango pouco expressiva até este momento do mês. Foram 36.961 toneladas de carne de frango in natura, com média diária de 7.392 toneladas. Em julho de 2018, a média diária ficou em 19.923 toneladas. Em agosto de 2017, 16.640 toneladas.

Notícias Agrícolas

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