CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 812 DE 09 DE AGOSTO DE 2018

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Ano 4 | nº 812 | 09 de agosto de 2018

NOTÍCIAS

Temer sanciona lei que institui tabela de fretes no país

O Presidente Michel Temer sancionou a lei que institui valores mínimos de fretes rodoviários praticados no Brasil, de acordo com publicação no Diário Oficial da União desta quinta-feira

“A Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas tem a finalidade de promover condições mínimas para a realização de fretes no território nacional, de forma a proporcionar adequada retribuição ao serviço prestado”, traz o texto no Diário Oficial. A lei instituída ressalta que os fretes praticados devem ser iguais ou superiores aos estabelecidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), “com priorização dos custos referentes ao óleo diesel e aos pedágios”, e venda acordos em paralelo à tabela. Os pisos mínimos de fretes serão publicados até 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano. Sempre que ocorrer oscilação no preço do óleo diesel no mercado nacional superior a 10 por cento em relação ao preço considerado na planilha de cálculos, para mais ou para menos, uma nova norma com pisos mínimos deverá ser publicada pela ANTT, diz o texto. “O processo de fixação dos pisos mínimos deverá ser técnico, ter ampla publicidade e contar com a participação dos representantes dos embarcadores, dos contratantes dos fretes, das cooperativas de transporte de cargas, dos sindicatos de empresas de transportes e de transportadores autônomos de cargas”, destaca a publicação. Confira a íntegra do texto no Diário Oficial da União: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=515&pagina=1&data=09/08/2018&totalArquivos=81.

REUTERS

Menor oferta e mercado do boi gordo firme

Os compradores estão no mercado ofertando preços firmes pela arroba do boi gordo

A oferta de boiadas nada exuberante colabora com este cenário. Apesar de o consumo não ter apresentado crescimento significativo, o escoamento de carne vigente tem permitido que as empresas trabalhem com as margens de comercialização acima da média histórica, considerando as que desossam. Atualmente, esta margem está em 23,3%, dois pontos percentuais acima da média histórica. Na prática, o indicador aponta que mesmo com o consumo conservador, há espaço para preços maiores. No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de bovinos castrados está com preços estáveis e cotado, em média, em R$9,20/kg. Na comparação anual, houve alta de 5,2%.

SCOT CONSULTORIA

Vacinação contra febre aftosa imunizou 97,32% do rebanho previsto

Dados são os disponíveis até agora. Faltam ainda dois estados enviarem informações

Balanço parcial da primeira etapa da campanha deste ano de vacinação contra a febre aftosa, realizada de 1º a 30 de maio, que teve prorrogação de 15 dias em 20 estados e no Distrito Federal, apontou que foram vacinados 97,32% do rebanho esperado de 201,1 milhões. A imunização alcança 195,75 milhões de bovinos e búfalos. O dado preliminar foi apresentado pela Divisão de Febre Aftosa (Difa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A quase totalidade dos estados brasileiros já enviou seus relatórios de vacinação e a previsão é que a cobertura chegue a 98%. Nos últimos três anos este percentual vem sendo mantido. A segunda etapa de vacinação contra a aftosa será iniciada, na maioria dos estados, entre 1º e 30 de novembro. A dose da vacina, nessa próxima etapa, vai continuar contendo o volume de 5 ml. A partir de novembro do ano que vem, se forem cumpridas todas as ações previstas no Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA 2017-2026), terá início a suspensão gradual da vacinação obrigatória no Acre, Rondônia, parte do Amazonas e do Mato Grosso, conforme calendário de suspensão do PNEFA. A retirada completa da vacinação contra a aftosa, em todo o país, está prevista para o segundo semestre de 2023. 

MAPA

Guerra comercial EUA x China valoriza carne da América do Sul

O volume de carne embarcada para o continente asiático surpreendeu o CEO da Minerva Foods

O CEO da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz, diz que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tem um efeito negativo para os produtos norte-americanos, em especial a carne bovina, que concorre com a brasileira no mercado externo. “A América do Sul sai beneficiada e nossa relação com o Sudeste Asiático tem crescido gradativamente. Surpreende o volume de carne embarcada para o continente, principalmente para a China”, disse o executivo em teleconferência com analistas realizada na quarta-feira, 8. Dentre as operações da companhia em países sul-americanos, é a da Argentina que fornece o maior volume da proteína aos chineses. “A China respondeu por 43% das importações da Minerva na Argentina e foi o principal comprador naquele país, com expansão de 14 pontos porcentuais nas aquisições do segundo trimestre de 2018, comparadas ao volume importado um ano antes”, contou. A participação da Ásia nas exportações da Divisão Internacional da Minerva, que contempla as operações argentinas, apresentou aumento de 10 pontos porcentuais nos últimos 12 meses encerrados em junho de 2018, na comparação com o mesmo período do ano anterior, e respondeu por 31% do total exportado pela Divisão. Segundo Queiroz, a desvalorização do peso argentino em relação ao dólar favoreceu a rentabilidade dos embarques da empresa.

Estadão Conteúdo

ECONOMIA

Senado aprova MPs de acordo com caminhoneiros

O Senado aprovou na quarta-feira duas medidas provisórias editadas pelo governo após a greve dos caminhoneiros, como parte das negociações para encerrar aquela paralisação

Votada na véspera pela Câmara dos Deputados, uma delas determina que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destine ao menos 30 por cento de seus contratos de transporte de grãos a cooperativas e associações de caminhoneiros autônomos. A MP foi aprovada de maneira simbólica no plenário do Senado. Outra medida encaminhada pelos deputados na noite da terça-feira e já chancelada nesta quarta pelos senadores isenta a cobrança de pedágio para o eixo suspenso de veículo de transporte nas rodovias no país. As duas propostas foram editadas pelo governo em resposta a demandas de caminhoneiros, que paralisaram o país em maio. Os senadores aprovaram também outra MP publicada no contexto da greve, que estabelece uma indenização temporária a policiais rodoviários que trabalharam em dias de folga para lidar com as interrupções nas estradas do país durante a paralisação dos caminhoneiros. As três MPs foram aprovadas em tempo recorde, se comparado a outras deliberações no plenário da Casa.

Redação Reuters

Ibovespa recua 1,5% e fecha abaixo de 80 mil pts com panorama eleitoral

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, acelerando as perdas no final da sessão puxado pelo forte declínio de ações blue chips, com agentes financeiros preferindo cautela dado o panorama eleitoral ainda bastante incerto no país

A ampliação da queda do petróleo e o pano de fundo de maior tensão comercial entre Estados Unidos e China corroboraram o viés negativo, apesar de balanços considerados robustos na sessão, entre eles o da siderúrgica Gerdau. O principal índice de ações da B3 cedeu 1,49 por cento, a 79.151,70 pontos, abandonando o viés mais positivo do começo da sessão, quando subiu 0,7 por cento. O giro financeiro do pregão atingiu 10,6 bilhões de reais. “Isso reflete o receio de alguma informação com mercado fechado, ou seja, os investidores preferindo a cautela no curtíssimo prazo”, afirmou o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, referindo-se à piora no final da sessão. A bolsa paulista está bastante sensível às expectativas relacionadas a novas pesquisas eleitorais após a definição das chapas que estarão na disputa presidencial, conforme o quadro ainda segue bastante nebuloso. A ampliação da queda nos preços do petróleo no exterior endossou o viés negativo no pregão brasileiro, uma vez que pesa nas ações da Petrobras, que têm relevância na composição do Ibovespa. O panorama global ainda trazia de pano de fundo aumento da tensão comercial entre Washington e Pequim, com a China retaliando medidas tarifarias recentes dos EUA.

Redação Reuters

Dólar fecha perto da estabilidade, de olho em cena eleitoral

O dólar fechou perto da estabilidade nesta quarta-feira (8), com os investidores ainda de olho na cena política diante dos desdobramentos da corrida presidencial deste ano. A moeda norte-americana caiu 0,03%, vendida a R$ 3,7667. O dólar turismo era vendido a R$ 3,9285, sem cobrança de IOF.

G1

IPC-Fipe acelera alta a 0,37% na 1ª quadrissemana de agosto

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo acelerou a alta a 0,37 por cento na primeira quadrissemana de agosto, depois de subir 0,23 por cento em julho, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quinta-feira. Os preços do setor de Habitação continuaram pesando sobre o indicador, bem como os de Saúde, com altas de 1,54 e 1,13 por cento, respectivamente, no período. O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.

Redação Reuters

EMPRESAS

Ações da Minerva Foods desabam na bolsa

Os investidores reagiram mal ao balanço do segundo trimestre da Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul. Ontem, as ações da companhia recuaram 7,5% na B3, para R$ 7,21. A forte desvalorização ocorreu na esteira do prejuízo líquido de quase R$ 1 bilhão no segundo trimestre reportado pela Minerva terça-feira

Embora o prejuízo não tenha efeito sobre o caixa da empresa por refletir apenas o impacto negativo da apreciação do dólar sobre o valor em reais das dívidas em moeda estrangeira, o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda em doze meses) atingiu um patamar muito alto para um frigorífico – indústria de capital intensivo -, afirmou um analista de um fundo de investimentos. No fim de junho, esse índice atingiu 5 vezes, ante 4,5 vezes no dia 31 de março. Para atenuar os impactos da oscilação cambial sobre as dívidas em moeda estrangeira, a Minerva fez hedge de cerca de 50% de sua exposição de longo prazo em moeda estrangeira, afirmou ontem o Diretor Financeiro da companhia, Edison Ticle, em teleconferência com analistas. Para isso, a empresa montou uma posição de hedge de cerca de US$ 1 bilhão a partir da compra de contratos de NDF (Non Deliverable Forward). “Compramos hedge de US$ 1 bilhão, o que ajudou a proteger a nossa dívida”, disse o executivo. No fim de junho, 77% da dívida de R$ 11 bilhões da Minerva estava exposta ao dólar. Entre os analistas, a avaliação sobre o resultado da Minerva e as perspectivas para a empresa não são necessariamente negativas. A companhia revisou para cima sua meta de receita líquida em 2018. A empresa passou a projetar que fechará o ano com receita total entre R$ 15 bilhões e R$ 16 bilhões. O novo guidance considera um dólar médio equivalente a R$ 3,70 e a 27 pesos argentinos. Antes da revisão, a meta da Minerva para 2018 era alcançar uma receita líquida de R$ 14 bilhões a R$ 15 bilhões. Essa meta considerava o dólar a R$ 3,40.

VALOR ECONÔMICO

Minerva pretende levantar até R$ 1,5 bi com IPO da Athena no Chile

A Minerva S.A. pretende captar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão com a oferta pública inicial (IPO) de seus negócios internacionais no Chile, disse um executivo da companhia durante teleconferência com analistas na quarta-feira (08)

A empresa anunciou na noite de terça-feira (07) que estuda fazer o IPO da subsidiária chilena Athena Foods na Bolsa de Santiago, após integralizar os negócios da Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia e Chile nesta subsidiária. “A intenção é levantar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, mantendo uma posição de controle da Minerva na Athena Foods”, disse o Presidente Executivo Fernando Galletti de Queiroz em teleconferência. A Minerva visa destravar valor dos negócios na América do Sul e acelerar o processo de desalavancagem com o IPO. “O mercado de capital chileno é bem desenvolvido”, disse Galletti. “E não há nenhuma empresa de proteína listada na bolsa do Chile.” A Minerva adquiriu as unidades da JBS S.A. na Argentina, Paraguai e Uruguai em junho de 2017 por US$ 300 milhões.A receita bruta da divisão internacional da Minerva totalizou R$ 1,58 bilhão no segundo trimestre do ano, alta de 139% em relação ao mesmo período de 2017 e equivalente a 40% da receita bruta total da Minerva no período.

CARNETEC

SUÍNOS & FRANGOS

Embargo russo expõe fragilidade da suinocultura brasileira

Em vigor há oito meses, o embargo da Rússia a carnes brasileiras expôs fragilidades da suinocultura brasileira. Praticamente dependente de um único país importador, a indústria de carne suína do país está no vermelho desde fevereiro. Diante das dificuldades operacionais para reduzir os abates, o segmento não tem conseguido ajustar a oferta à demanda

Se nenhuma notícia positiva vier de Moscou — os exportadores brasileiros alimentaram otimismo com a reabertura do mercado russo no primeiro semestre, mas acabaram frustrados —, a tendência de rentabilidade negativa dificilmente se reverterá. Na terça-feira, o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse acreditar que o bloqueio será encerrado este mês. Por ora, as perspectivas para os frigoríficos de suínos são pessimistas. “Este ano é um sério candidato a ficar todos os meses no vermelho”, afirmou César Castro Alves, analista da consultoria MB Agro. Em julho, a margem bruta da produção de carne suína ficou negativa em 17%, conforme o indicador calculado pela MB Agro, ante margem positiva de 8% no mesmo mês de 2017. Na média dos primeiros sete meses deste ano, o indicador ficou negativo em 14%. O desempenho é bem pior do que o do mesmo intervalo de 2017, quando a margem bruta estava positiva em 12%, segundo a MB Agro. Desde 2010, a margem bruta média é zero, o que dá uma dimensão de quão cíclica e dependente do mercado externo é a suinocultura do país, disse Alves. “Por conta da dificuldade de ajustar a produção, o setor fica refém de mercado externo”, sustentou, lembrando que o descarte de matrizes (reprodutoras) pode prejudicar a produção futura de dois anos. No ano passado, a Rússia foi o destino de 40% do volume de carne suína exportada pelo Brasil e gerou metade do faturamento, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

https://www.valor.com.br/agro/5721133/embargo-russo-expoe-fragilidade-da-suinocultura-brasileira

VALOR ECONÔMICO

Frango: alta de 6,1% no atacado em uma semana

Nas granjas em São Paulo, o preço do frango se manteve estável nesta semana, em R$3,00/kg, mesmo com a maior movimentação no atacado

Devido ao reabastecimento do varejo neste período, as indústrias conseguiram elevar as cotações da carcaça em 6,1% em sete dias. O produto está cotado, em média, em R$3,68/kg. A expectativa é de maior movimentação nesta quinzena, com o pagamento dos salários, o que deverá manter os preços firmes. Com relação ao mercado externo, o volume de carne in natura exportado em julho totalizou 438,3 mil toneladas, 23,7% mais que o embarcado em igual período do ano passado. A melhora nas exportações em julho está atrelada ao reestabelecimento dos portos após o fim da greve dos caminhoneiros e normalização do fluxo.

SCOT CONSULTORIA

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