CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 628 DE 30 DE OUTUBRO DE 2017

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Ano 3 | nº 628 30 de outubro de 2017

NOTÍCIAS

Margens das indústrias frigoríficas estão melhores

As exportações de carne bovina têm ajudado e isso tem feito algumas indústrias manterem os níveis de abate, além de ajudar na precificação dos cortes vendidos no mercado interno, que acaba tendo que absorver menos carne

Em outubro, até a terceira semana, a média diária de carne in natura exportada pelo país, 5,9 mil toneladas, é 40,0% maior que a de outubro de 2016. Isso ajudou o mercado a subir 0,4% na média geral acumulada em sete dias. Ainda assim, os preços atuais de venda das indústrias são 4,3% menores que os de um ano atrás. Analisar esse indicador parece ser mais representativo para o mercado, para dar uma noção de como anda o escoamento e, consequentemente, como deve andar o apetite por matéria-prima, do que para os frigoríficos. Vender carne por preços menores não significa, necessariamente, reduzir o resultado da indústria. A margem de comercialização de uma planta que realiza a desossa está em 27,5%, três pontos percentuais de crescimento em doze meses. É claro que neste período pode, eventualmente, ter ocorrido aumento de custos e isso acabar exigindo margens ainda maiores para equiparar o resultado operacional de períodos anteriores, mas mostra que, à medida que não se vende carne, a compra de boiadas diminuiu, isso tende a reduzir o preço da arroba e a melhorar o resultado das indústrias, em plena crise de consumo.

SCOT CONSULTORIA

Demanda restrita mantém o mercado do boi gordo indefinido

Apesar do início de mês e o feriado se aproximando, as indústrias não enxergam necessidade de ofertar preços maiores para aumentar a aquisição de matéria-prima

Em São Paulo, as programações de abate dos frigoríficos atendem em torno de cinco dias e, mesmo a oferta modesta tem sido suficiente para atender a demanda vigente. Ocorrem alguns preços acima da referência, embora também sejam frequentes testes de valores menores. O feriado desta semana fará com que os frigoríficos tenham praticamente dois dias a menos de compras, o que pode colaborar com a retomada da firmeza do mercado, isso se o consumo ganhar algum fôlego com a virada de mês.

SCOT CONSULTORIA

Governo não prorroga diminuição de alíquota para venda de gado em pé

Reinaldo Azambuja afirmou que o interessante é concentrar atividades em MS

O governador Reinaldo Azambuja declarou que a diminuição da alíquota do ICMS de 12% para 7% concedida temporariamente para venda do gado em pé em Mato Grosso do Sul não será retomada, conforme solicitado pelo setor produtivo. A afirmação foi concedida durante a coletiva realizada pela governadoria na última sexta-feira (20), quando ficou decidido que o frigorífico JBS retomará as atividades de sete plantas frigoríficas fechadas em diversas regiões do estado, na próxima terça-feira (24). Na avaliação do chefe do executivo estadual, com a manutenção das atividades da holding JF e os investimentos de novas indústrias em construção no estado, não há necessidade retomar uma medida que foi tomada em caráter emergencial e temporário. “Depois das negociações firmadas com os representantes do JBS, não temos interesse de que os animais sejam vendidos para outras praças, mas, sim que sejam abatidos e processados aqui”, argumenta Azambuja. A iniciativa surgiu em junho deste ano, em razão da instabilidade no valor da arroba, o que resultou em aumento de 122% nas vendas de animais para praças como São Paulo, Goiás e Paraná. O benefício aos pecuaristas foi acolhido pela administração estadual em junho deste ano e permaneceu ativo por 90 dias, com intuito de equilibrar o mercado nacional de compra e venda de animais e evitar decréscimo no valor pago pela arroba. Com a formalização de um acordo que será registrado nesta segunda-feira (23), a agroindústria se comprometeu a retomar as atividades dos frigoríficos e continuar com as obras de novos empreendimentos em Dourados, Carapó e Sidrolândia. Em contrapartida, o governo de Mato Grosso do Sul aceitou os termos apresentados pela empresa para pagamento da dívida acumulada, que oferecerá bens em garantia para que possa ter as contas desbloqueadas.

CORREIO DO ESTADO

Mercado de reposição travado no Pará

O alto volume de negócios observado semanas atrás não é mais recorrente no Pará. O que acontece no momento são somente comercializações mínimas e pontuais para “pagar as contas”.

Isso porque, assim como em Mato Grosso do Sul, no Pará também houve insegurança no mercado após o anúncio da paralisação das atividades da maior indústria frigorífica do país.

Os últimos dias, marcados pelas incertezas, apartaram todos os elos da cadeia. Assim como havia temor em vender os animais terminados, também havia receio em vender os animais de reposição. Em adição à esse fator, não podemos deixar de mencionar a estiagem que atinge o estado e colabora com esse cenário de estagnação. Apesar do marasmo recente, desde o início do segundo bimestre deste ano, a relação de troca está favorável para o pecuarista do Pará, isso porque nesse intervalo o preço do boi subiu 11,5% e dos animais de reposição, em média, 3,8%. De julho a outubro de 2017, o poder de compra do pecuarista aumentou 7,5%. Destaque para a troca com o bezerro, que saiu de 1,84 animal comprado com o preço de venda de um boi gordo, para 2,02.

SCOT CONSULTORIA

EMPRESAS

CVM abre processo sancionador contra irmãos Batista e FB Participações

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu na quinta-feira (26) um processo administrativo sancionador contra os irmãos Wesley e Joesley Batista e a FB Participações, empresa da família Batista que é controladora da JBS S.A., informou a autarquia

Joesley é processado por uso de informações privilegiadas na venda de ações da JBS pela controladora FB Participações entre 20 e 28 abril e por manipulação de preços, mantendo “de forma dolosa” a cotação das ações da JBS nos pregões dos dias 24 a 27 de abril. Wesley, ex-CEO da JBS, é processado por ter infringido seu dever de lealdade, conforme lei do setor, ao participar dessa manipulação de cotação das ações, de posse de informação privilegiada, beneficiando a controladora FB Participações, da qual integra o quadro societário. Além disso, Wesley também é processado por ter comprado ações da JBS, em nome da própria companhia, de posse de informação privilegiada. Já a FB Participações teria quebrado o dever de lealdade do controlador ao negociar ações da JBS em posse de informação privilegiada e em período vedado para negociação por força do Programa de Recompra de ações da JBS. A FB também enfrenta a acusação de abuso do seu poder de controle ao ter vendido valores mobiliários de emissão da JBS de forma a beneficiar a si própria enquanto acionista, e por ter concorrido para manipulação de preços que manteve de forma dolosa a cotação das ações.

O processo administrativo sancionador ocorre após um inquérito instaurado pela CVM no final de maio. A Coordenação de Controle de Processos Administrativos da CVM aguarda agora a apresentação de defesa dos acusados. Esse é o segundo processo administrativo sancionador aberto pela autarquia relacionado à JBS. O primeiro, aberto em agosto, apura eventual responsabilidade do Diretor de Relações com Investidores da JBS, Jeremiah Alphonsus O’Callaghan, ao não inquirir os administradores e controladores da JBS sobre informações referentes à celebração dos acordos de colaboração premiada junto ao Ministério Público Federal, e divulgar informações ao mercado de forma apropriada. A CVM tem diversas outras investigações em curso envolvendo os executivos e controladores da JBS, inquéritos gerados após revelações de corrupção e pagamento de propinas mais cedo neste ano.

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