CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 557 DE 17 DE JULHO DE 2017

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Ano 3 | nº 55717 de julho de 2017

 ABRAFRIGO NA MÍDIA

BOI: ABRAFRIGO PEDE FIM DE IMPOSTO PARA EXPORTAÇÃO DE COURO WET BLUE

A associação encaminhou o pedido ao Conselho da Câmara de Comércio Exterior (Camex)

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) quer o fim do imposto sobre a exportação do couro wet blue – produto em estágio inicial de curtimento, pronto para receber novos acabamentos. A associação encaminhou o pedido ao Conselho da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Segundo a entidade, o imposto foi instituído em dezembro de 2000, com alíquota de 9%, para elevar a oferta do produto no mercado doméstico e a competitividade do calçado brasileiro, que perdia espaço no mercado internacional na época. “Durante todo esse período, o objetivo do imposto não foi alcançado, pois as exportações de calçados despencaram e as de couro wet blue cresceram”, argumenta a associação na solicitação.

ESTADÃO CONTEÚDO/BEEF POINT/DCI/PÁGINA RURAL/NOTÍCIAS AGRÍCOLAS/DBO

NOTÍCIAS

Maggi se reúne com secretário de Agricultura dos EUA nesta segunda-feira

Ministro vai tratar da retomada da exportação de carne bovina in natura para aquele mercado

O Ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) viaja neste fim de semana a Washington para negociar a reabertura do mercado dos Estados Unidos à carne bovina in natura brasileira. Na segunda-feira (17), das 13h30 às 15h, Maggi tratará do assunto durante almoço de trabalho com o Secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue. O Ministro vai falar sobre as medidas adotadas pelo Brasil para atender exigências sanitárias norte-americanas. Na segunda de manhã, Maggi se reúne com o embaixador do Brasil nos EUA, Sérgio Amaral, e com o adido agrícola brasileiro nos Estados Unidos, Luiz Claudio de Caruso e Santana. Eles também vão tratar sobre as providências que o Ministério da Agricultura tomou em relação a reações à vacina contra aftosa detectadas pela área de defesa sanitária dos EUA. Uma das medidas foi a determinação a frigoríficos que carnes in natura de cortes dianteiros (local de aplicação da vacina) sigam apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras, a fim de identificar facilmente eventuais problemas. Na terça-feira (18) de manhã, também em Washington, o Ministro Maggi tem reunião com Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos. No fim da tarde, retorna ao Brasil.

MAPA

Pressão de baixa persiste no mercado do boi gordo

Demanda retraída e a oferta remanescente da safra possibilitam a pressão baixista na maior parte das regiões

A demanda retraída e a oferta remanescente da safra possibilitam a pressão baixista na maior parte das regiões. Apenas em Minas Gerais e no Pará, onde a oferta de boiadas está mais restrita, o cenário é diferente. Agora, com a entrada da segunda quinzena do mês, período em que sazonalmente há uma demanda menor, não há razão para acreditar que as indústrias irão sair às compras com maior intensidade. Entretanto, caso tenha necessidade de acelerar as compras, as margens de comercialização continuam em patamares historicamente bons. No mercado atacadista de carne bovina, o boi casado de animais castrados ficou cotado em R$8,22/kg (14/7). Queda de 17,9% frente o início do ano.

SCOT CONSULTORIA 

Baixa movimentação e pressão sobre as cotações no mercado de reposição

No balanço semanal, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda de 0,6%

No balanço semanal, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda de 0,6%. O cenário ainda é de lentidão no mercado e quando há interesse são dois os motivos que explicam o mercado travado. O primeiro é o receio quanto ao futuro da arroba do boi gordo. Em um ano cheio de desafios, o pecuarista está retraído nas negociações de reposição desconfiado quanto aos rumos que tomará o mercado do boi gordo e o resultado é o baixo estímulo nas negociações. Por outro lado, quando há interesse do recriador em repor seu rebanho, os preços ofertados aos criadores são de maneira geral abaixo das referências. Diante dessas ofertas menores, os criadores resistem e os negócios não avançam. O fato é que estamos na “boca” do período da seca e os pastos estão perdendo capacidade de suporte, fator este que será limitante para a retenção tanto do boi gordo como para os animais de retenção. O mercado, no curto prazo tende a ficar mais claro, pois de um lado os pecuaristas terão de entregar a boiada para a indústria e de outro lado os criadores terão que negociar seus animais. Neste momento, para o criador, é preciso se atentar as condições de pastagem e buscar negócios pontuais. Já para o recriador é importante analisar seus custos e traçar suas estratégias para o próximo ciclo. Com os preços de reposição atrativos é possível encontrar oportunidades interessantes neste mercado. 

SCOT CONSULTORIA

Imea: momento é de planejamento em MT

Para o instituto, em meio a situação atual, planejar é essencial para gerir uma fazenda e garantir rentabilidade. Arroba no Estado terminou a semana do dia 7 de julho cotada a R$ 116,60 à vista

O momento é de reflexão e planejamento para o pecuarista em Mato Grosso, diz o Instituto de Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) em seu último boletim. “Em meio às dificuldades que a bovinocultura de corte tem passado, planejar virou item imprescindível para gerir uma fazenda. Com as relações de troca diminuindo, traçar um plano de reposição de animais pode definir a rentabilidade da fazenda para os próximos meses”, explica o instituto. Segundo o boletim, a seca chegou ao Estado trazendo mais uma preocupação ao produtor, que ainda enfrenta efeitos da Carne Fraca e delação da JBS, entre outros problemas. Para o Imea, os pecuaristas que precisam vender seus bois (por causa das condições de pastagens) e optaram pela comercialização apenas no mercado físico estão em situação complicada, com poder de negociação reduzido. “Alternativas como a suplementação dos bovinos (mais barata este ano) podem trazer algum alívio ao caixa dos pecuaristas ainda este ano, no entanto, o preço de venda do boi gordo está desestimulando tal investimento”. De acordo com a entidade, a arroba do boi gordo terminou a semana passada cotada a R$ 116,60 à vista no Estado. Considerando a baixa nas relações de troca entre boi gordo e bezerro e entre boi gordo e magro (veja tabela abaixo), o Imea coloca duas alternativas para o pecuarista. “O engordador a pasto tem a opção de adquirir um boi magro e entregá-lo ao abate em menos tempo, fazendo seu caixa girar mais rápido com uma margem menor ou então fazer um planejamento de médio prazo, comprando um bezerro e entregando-o às linhas de abate em torno de 18 meses depois”. O instituto ressalta que é importante considerar também o cenário econômico atual, “visto que, apesar de ser mais longínqua, a escolha por engordar um bezerro pode ser a alternativa que mais se ajuste às necessidades do engordador que busca mitigar os riscos atuais de mercado da atividade”. 

Portal DBO

Reduzir confinamento pode ajudar a combater crise na pecuária brasileira

A redução do confinamento bovino deve ‘enxugar’ a oferta de carne no mercado, assim como um possível aumento na exportação de animais também provocaria uma redução na oferta interna de carne

Essa é a opinião do Presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), Alberto Pessina, sobre os benefícios primários relacionados à diminuição do confinamento como solução paliativa para a atual crise no setor pecuário brasileiro. Com o cenário desgastado nos últimos 18 meses, que vão desde a fragilidade da demanda interna, a desvalorização do real no final de 2016, o encarecimento dos insumos, ao aumento da oferta, à Operação Carne Fraca, à volta da cobrança do Funrural, à delação dos executivos da JBS, até a recente suspensão das importações de carne in natura pelos Estados Unidos, a pecuária nacional se viu “atolada em uma avalanche de problemas”, enumera o executivo. Segundo Pessina, além disso, com escalas de abate relativamente longas em todo o país, especialmente considerando os frigoríficos de menor porte, não há no horizonte uma perspectiva de redução na oferta, que possa aliviar a pressão nos preços. De acordo com ele, é preciso entender que a demanda tem um peso maior na formação de preços do que a oferta: “Se considerarmos o cenário atual, também estamos tendo uma pressão de queda na demanda (por carne bovina), principalmente no mercado interno. Por este motivo, uma redução de oferta em um cenário de retração de demanda, possibilita uma menor reação nos preços do que um cenário com forte demanda”. Em Goiás, os esforços para minimizar os problemas aos produtores também são intensos, por parte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), que já sensibilizou o Governo do Estado e espera com urgência, a diminuição da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações interestaduais de comercialização de bovinos para abate, dando competitividade ao produtor goiano que almeja o equilíbrio de forças na cadeia produtiva desta proteína.

EMAISGOIAS

EMPRESAS

JBS diz que ‘mensalinho’ a fiscais não afetou qualidade dos produtos Por Luiz Henrique

A JBS informou hoje, em nota, que o pagamento mensal a fiscais agropecuários delatado pelo empresário Wesley Batista não afetou a qualidade dos produtos da companhia

Conforme o Valor informou ontem, o Presidente da JBS relatou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que a companhia pagava um “mensalinho” de até R$ 20 mil para que os fiscais trabalhassem além do horário comercial padrão e flexibilizassem a aplicação de algumas regras sanitárias. A lista dos fiscais que receberão recursos será enviada pela JBS à PGR em até 60 dias. Fontes disseram ao Valor que mais de 200 fiscais “receberam mensalinho”. Em nota, a JBS informou hoje que “as informações [da lista] ainda são sigilosas e os esclarecimentos estão sendo prestados diretamente à PGR”. Abaixo, a nota da JBS na íntegra: “Os pagamentos realizados a auditores fiscais agropecuários informados no âmbito da colaboração de Wesley Batista em depoimento à Procuradoria-Geral da República não têm qualquer relação com a qualidade dos produtos da empresa, cujos processos produtivos seguem padrões e normas internacionais. O depoimento de Wesley Batista deixa claro, segundo os termos do Anexo 24 de sua colaboração, que o objetivo dos pagamentos era apenas remunerar os auditores pelas horas extras de trabalho na inspeção dos produtos de origem animal, uma vez que o Ministério da Agricultura não dispõe de número de auditores suficiente para inspecionar as empresas do setor durante todo o expediente de produção. As informações ainda são sigilosas e os esclarecimentos estão sendo prestados diretamente à PGR”. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, defendeu hoje a qualidade das carnes produzidas no Brasil. “A solidez e a qualidade do sistema produtivo brasileiro têm sido colocadas em xeque de forma equivocada”. Embora não cite a JBS, a manifestação do presidente da ABPA ocorre um dia após reportagem do Valor mostrar que a JBS pagava “mensalinhos” aos fiscais agropecuários, conforme a delação premiada do presidente da companhia, Wesley Batista.

VALOR ECONÔMICO

Assembleia que discutirá novo conselho da JBS será nos próximos dias

O Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, disse há pouco que deverá ser marcada para os próximos dias a assembleia geral extraordinária de acionistas da JBS que discutirá a nova composição do conselho de administração da companhia

“Vamos nos encontrar em um ambiente renovado para ver como a composição do conselho deve se dar. [a composição] Está equilibrada razoavelmente”, afirmou Rabello de Castro durante o evento de lançamento do Livro Verde, no Rio. Ele citou que, dos nove integrantes do conselho da JBS, dois representam o BNDES e dois são independentes. Ele destacou que o BNDES está estudando, em conjunto com os demais acionistas da JBS, uma nova composição no conselho e lembrou que a empresa já se antecipou e anunciou novos comitês no conselho — um de governança e outro de finanças, nos quais representantes do BNDES estarão presentes. “O banco está exercendo seu papel de minoritário relevante, junto com a Caixa Econômica Federal. Esses dois minoritários da JBS têm um quarto do capital da companhia, atuamos e votamos conjuntamente, e a eles se somam fundos de investimento, que conversam diuturnamente conosco. O que a AGE vai discutir são os rumos da gestão”, disse. Rabello de Castro disse, ainda, que o BNDES está consciente de que a JBS passa por um “momento delicado” e que, por isso, o banco tem trabalhado para “facilitar o acordo de credores” da empresa e tem urgência para regularizar os créditos da companhia. “É o mercado pecuário que sofre por redução de liquidez, da capacidade de comprar pela JBS. Daí nossa urgência para que haja regularização dos créditos da empresa. Que em reunião de credores fique reescalonado os créditos de curto prazo da empresa. Estamos atuando para facilitar o acordo de credores, embora sejamos sócios e não credores”, completou. Ainda segundo o presidente do BNDES, a JBS é um dos negócios “mais bem-sucedidos e mais bem bolados da BNDESPar”. Questionado se é favorável à troca de comando da companhia, ele afirmou que defende “o melhor para a companhia”. “Um dos aspectos da governança moderna é ter sempre alguém ao lado [para possível substituição]”, disse Rabello de Castro, citando as recentes mudanças na diretoria do BNDES após o pedido de demissão dos diretores Vinicius Carrasco e Claudio Coutinho. Segundo Rabello de Castro, Carlos Thadeu de Freitas já foi indicado para um dos cargos vagos e o segundo diretor deve ser anunciado na próxima segunda-feira.

VALOR ECONÔMICO

JBS diz que pagamentos a auditores fiscais visavam remunerá-los por horas extras

A JBS S.A. disse na sexta-feira (14) que o pagamento a auditores fiscais agropecuários relatado pelo CEO Wesley Batista durante sua delação ao Ministério Público Federal (MPF) visava remunerar os auditores pelas horas extras de trabalho na inspeção dos produtos, já que o Ministério da Agricultura (Mapa) não dispõe de número suficiente de auditores

O jornal Valor Econômico revelou em reportagem publicada na quinta-feira (13) que a JBS fez pagamentos mensais a cerca de 200 fiscais federais, por muitos anos, que recebiam até R$ 20 mil por mês, segundo anexos à delação premiada de Wesley Batista. “Os pagamentos realizados a auditores fiscais agropecuários informados no âmbito da colaboração de Wesley Batista em depoimento à Procuradoria-Geral da República não têm qualquer relação com a qualidade dos produtos da empresa, cujos processos produtivos seguem padrões e normas internacionais”, disse a JBS em nota enviada à CarneTec. A empresa deverá enviar a lista com os nomes dos fiscais que receberam pagamentos em 60 dias ao MPF, conforme o compromisso firmado por Wesley durante a delação, segundo o Valor. A Polícia Federal já havia anunciado em março a Operação Carne Fraca, investigação sobre esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários federais e empresas frigoríficas. O anúncio da investigação levou diversos países importadores a suspenderem as compras de carnes brasileiras temporariamente. Praticamente todas as vendas já foram restabelecidas, após o Mapa afirmar que não havia problemas com a qualidade dos produtos. O Mapa informou no fim de junho que contrataria 300 veterinários em até 60 dias para atender a exigências da União Europeia por melhora na fiscalização de produtos cárneos, depois que técnicos sanitários do bloco apontaram inconformidades durante inspeção em frigoríficos brasileiros no início de maio.

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