CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 537 DE 19 DE JUNHO DE 2017

 abra

Ano 3 | nº 53719 de junho de 2017

 ABRAFRIGO

stella

A Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) também participou do 7º Encontro de Ministros da Agricultura do grupo dos BRICS, em Nanjing, na China, realizado dia 16 de junho, através do acompanhamento da sua representante na China, Stella Sun, na foto com o Ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

NOTÍCIAS

Carnes: Preços aos produtores caem forte e muitos trabalham no vermelho

Baixa movimentação pós feriado no mercado do boi gordo

Devido ao feriado da semana passada (15/6) muitos pecuaristas saíram do mercado e isso explica a baixa movimentação nas negociações. De maneira geral esta semana foi de menor pressão por partes das indústrias sobre as cotações. Oferta e demanda começam a se alinhar e as cotações aos poucos refletem maior equilíbrio. Em São Paulo, a arroba do animal terminado se mantém em R$ 128,50, à vista, livre de Funrural. Ainda existem ofertas de até R$ 2,50/@ a menos, nas mesmas condições. Porém, em alguns casos, há também quem pague acima da referência. O mercado atacadista de carne bovina com osso fechou mais uma semana em estabilidade. A última alteração ocorreu exatamente há um mês (16/5). O boi casado de animais castrados está cotado em R$ 9,07/kg. Com isso, as margens das indústrias seguem em patamares historicamente elevados.

SCOT CONSULTORIA

Mercado de reposição em ritmo de espera

Não há novidade no mercado de reposição, que continua com poucos negócios e baixa movimentação.

Com o mercado do boi gordo em baixa, os pecuaristas ainda seguram suas boiadas no pasto e, dessa forma, a reposição do rebanho não acontece. Na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, as referências recuaram 0,2% na semana. O que vale ser ressaltado é a oferta que vem aumentando gradativamente. Dessa forma, pouco a pouco, as cotações estão sendo pressionadas. Esta pressão ainda só não é maior devido à capacidade de suporte das pastagens, que diante das boas condições climáticas deste ano, mesmo em junho, ainda se mostram com bom vigor. Com isso o criador ainda consegue manter seu rebanho e, de certa forma, procura resistir à pressão do mercado. Para o invernista que pretende repor seu rebanho, vale se atentar ao mercado para realizar negócios pontuais. Para o curto prazo, fica a expectativa quanto à resposta de preços da reposição, considerando uma possível maior movimentação neste mercado, fruto de uma oferta crescente de boiadas terminadas (negociações de troca) e da piora dos pastos.

SCOT CONSULTORIA

Pecuaristas se unem para reativar frigoríficos em Mato Grosso

Com crise na JBS, grupo se articula para criar uma cooperativa para reabrir até 15 frigoríficos no Estado. No momento, a JBS concentra 50% do abate no Estado

Um grupo de pecuaristas de Mato Grosso, maior produtor de gado do País, está se articulando para criar uma cooperativa para reativar até 15 frigoríficos do Estado. As conversas ainda estão em estágio inicial, mas ganharam força nas últimas semanas, depois que vieram à tona as delações dos irmãos Batista, controladores da JBS. A crise na empresa que se seguiu às delações provocou uma grande desarrumação no mercado de bovinos. Pecuaristas passaram a temer vender gado à prazo para a JBS, e começaram a procurar outros compradores. Mas as opções são restritas – a JBS concentra cerca de 50% do abate no Estado. Por conta desse desarranjo, o preço do gado bovino acabou caindo. Com isso, ganharam força as conversas entre os pecuaristas para assumirem frigoríficos fechados. A ideia, segundo Luciano Vacari, Diretor Executivo da Associação de Criadores do Mato Grosso (Acrimat), já vinha desde que foi deflagrada, em março, a Operação Carne Fraca, que investiga o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em esquema de corrupção, mas agora foi acelerada. “A abertura de uma cooperativa é uma das possibilidades. Podemos atrair investidores de fora, mas tudo está em discussão ainda”, disse. Fazem parte desse pool de pecuaristas os irmãos Fernando e Eraí Maggi, primos do Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, donos do grupo agropecuário Bom Futuro. A família Maggi é uma das maiores produtoras de soja no Brasil. “Estamos em conversas com o governo do Estado de Mato Grosso”, disse Fernando Maggi ao Estado. A ideia é que essas unidades possam se tornar exportadoras. Fernando Maggi é hoje um dos maiores fornecedores de gado para o Marfrig, o segundo maior frigorífico brasileiro. O pecuarista também foi, há dois anos, cliente do JBS, mas decidiu romper o contrato. Maggi negou que a família, por meio do grupo Bom Futuro, pretenda abrir seu próprio frigorífico. Mato Grosso tem, no total, 22 frigoríficos desativados, boa parte por conta do movimento de concentração do setor. Desses, de seis a oito podem ser reabertos nos próximos meses, disse Ricardo Tomczyk, Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado. Na terça-feira, o Minerva, terceiro maior frigorífico do País, anunciou que vai reabrir a unidade na cidade de Mirassol D’Oeste. O Marfrig também avalia reativar duas unidades. Pedro de Camargo Neto, Vice-Presidente da Sociedade Rural Brasileira, apoia a iniciativa dos pecuaristas e diz que as unidades reabertas têm condições de atender à demanda. No entanto, lembra que a habilitação para exportação não é tão rápida. “A inspeção para exportar para Ásia e União Europeia, por exemplo, demora de seis meses a um ano”.

ESTADÃO CONTEÚDO

Ministro quer medidas práticas para aproximar os países do BRICS SCOT CONSULTORIA MAPA

Em seu discurso, Blairo Maggi propôs acompanhar e monitorar as negociações no setor de agronegócios entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

Em Nanjing, na China, ao participar do 7º Encontro de Ministro da Agricultura do grupo dos BRICS, Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), propôs na sexta-feira (16) que o Plano de Ação 2017-2020 do bloco estabeleça um grupo de trabalho para o monitorar e apresentar propostas que ampliem o fluxo de comércio e de investimento agropecuário e agroindustrial. “Precisamos nos esforçar para sairmos deste encontro com diretrizes para atingir resultados que beneficiem as populações que representamos. É fundamental contarmos com mecanismo para superar barreiras ao comércio”, afirmou. “Nesse grupo de trabalho, espero discutir temas, como questões sanitárias e fitossanitárias, regras mais flexíveis e oportunidades de negócio entre as empresas do setor”, disse o ministro Maggi. Para fortalecer o BRICS (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na área agrícola, é necessário, além de intensificar a cooperação, promover a inovação, acrescentou. “Quero destacar a importância de colaborarmos mais intensamente na promoção da pesquisa, pois isso é fundamental para o sucesso de nossos produtores”, destacou Maggi, lembrando que, nos anos 1970, o governo brasileiro criou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para responder demandas da agropecuária e enfrentar desafios do futuro. O que permitiu, observou, aumentar a produção de grãos em 386%, nos últimos 40 anos, enquanto a área utilizada na agropecuária cresceu 33%, 11 vezes menos. Maggi falou também sobre a mudança de comportamento em relação ao meio ambiente. “Deixamos de ser um país que desmatava para extrair madeira ou que vivia de ciclos monocultores de cana de açúcar, café e borracha, para ser um dos líderes mundiais em setores como açúcar, café, suco de laranja, soja, carnes, milho, celulose e tantos outros, cuidando da natureza”. Comentou que “o Brasil tem grande orgulho em poder dizer ao mundo que a sustentabilidade é hoje uma marca da agricultura nacional”. O Ministro do Mapa propôs ainda criar um fórum empresarial agrícola do BRICS. “Tenho certeza que podemos aprender muito mais uns com os outros. Todos têm experiências a compartilhar sobre integrar pequenos produtores ao mercado, agregar valor à produção, produzir preservando o meio ambiente”. Defendeu um padrão de comércio agrícola “mais aberto e equilibrado”. Considerou que é possível cooperar também na coordenação de posicionamentos nos fóruns multilaterais para garantir ganhos comuns. E lembrou a criação do Banco de Desenvolvimento dos BRICS, “importante instrumento para financiar projetos agropecuários inovadores”. No Fórum de Cooperação Agrícola do BRICS sobre Investimento e Desenvolvimento Sustentável, Maggi afirmou que “segurança alimentar é um tema que não pode se limitar às fronteiras nacionais. Ao fazê-lo, os países condenam consumidores a comprar produtos mais caros. A falta de competição faz também com que a inovação não ocorra na velocidade desejável”. Além disso, segundo Maggi, as restrições ao comércio impedem o melhor uso dos recursos naturais e a maior parte da população mundial se concentra em regiões cujos recursos estão se exaurindo. No caso da agricultura, persistem restrições significativas ao comércio exterior, na forma de tarifas, subsídios e toda sorte de barreiras não tarifárias, de acordo com o ministro do Mapa: “Produtos básicos, como soja, milho, café verde, celulose e algodão circulam com facilidade no mundo e nos países do BRICS. Porém, produtos mais processados, como óleo de soja, açúcar, etanol, carnes, laticínios, papel e café solúvel enfrentam maiores barreiras”. Segundo ele, é muito difícil garantir ao mesmo tempo volume, preço baixo, qualidade, sanidade e sustentabilidade do alimento que chega aos consumidores mantendo as fronteiras fechadas ao comércio. Não há como solucionar os desafios globais de segurança alimentar, inocuidade do alimento e sustentabilidade mantendo pesadas restrições ao comércio. “Não podemos perder a oportunidade que este bloco representa para a ampliação do comércio agrícola entre nossos países. Se pretendermos ser, efetivamente, um Bloco, o comércio entre nossos países deveria ser mais fácil do que com outros países”, declarou. Em paralelo à reunião dos BRICS, Maggi se reuniu com parceiros dos países do bloco. Com o ministro da Agricultura da China, Han Changfu, Blairo Maggi reconheceu que o país é grande parceiro comercial, o que tem permitido atrair cada vez mais empresas chinesas a investirem no Brasil nas áreas de agricultura, energia elétrica, distribuição de energia, infraestrutura. E disse haver interesse em estimular cada vez mais a parceria. “O Brasil é um país seguro, é um país que respeita os contratos, que respeita aquilo que foi combinado. É um país onde, cada vez mais, a China e os chineses podem fazer investimentos, que não terão problemas nenhum”, observou. O Ministro acrescentou que estão em andamento reformas na área da previdência social, e também trabalhista, que permitirão diminuir custos para os produtores, para as indústrias. “Enfim, estamos modernizando nossa legislação”. Maggi combinou com o Ministro da Agricultura da África do Sul, Senzeni Zokwana, realizar encontros de empresários de ambos os países para buscar oportunidades de negócios. A África do Sul tem interesse em comercializar navios pesqueiros, vinhos, chá. Do lado do Brasil, carnes bovina e suína.  “Os BRICS precisam dar preferências e evitar barreiras. Temos que ter vontade política para fechar negócios”, sublinhou o Ministro. Maggi teve ainda encontro com o ministro da Agricultura da Rússia.  Os russos têm interesse em comercializar trigo e pescados, em contrapartida, o Brasil exportaria carnes e soja. 

MAPA

EMPRESAS

Wesley Batista deixa conselho da Pilgrim’s

A medida faz parte dos esforços para conter os efeitos dos escândalos de corrupção sobre as empresas do grupo J&F

Após Joesley Batista, o seu irmão, Wesley Batista, anunciou na sexta-feira que deixou o conselho administrativo da Pilgrim’s, empresa americana de abate de aves controlada pela JBS. A medida faz parte dos esforços para conter os efeitos dos escândalos de corrupção sobre as empresas do grupo J&F, cuja classificação de risco foi rebaixada ontem pela Standard & Poor’s de ‘B+’ para ‘B-‘. No lugar de Batista assume Denilson Molina, CFO da JBS US. No final de maio, o irmão de Batista, Joesley, também deixou o conselho da Pilgrim’s depois de negociar um acordo de delação premiada com a justiça brasileira relacionado a investigações de corrupção envolvendo políticos, incluindo o presidente Michel Temer.

Valor

JBS nomeia Gilberto Xandó para Conselho de Administração

Ele ocupa posição de Joesley Batista, que renunciou em 26 de maio após revelação do seu envolvimento em esquema de corrupção envolvendo políticos brasileiros

A JBS S.A. informou que Gilberto Xandó foi nomeado para o Conselho de Administração da empresa ocupando posição deixada por Joesley Batista, que renunciou ao cargo em 26 de maio após revelado seu envolvimento em esquema de corrupção envolvendo políticos brasileiros. Xandó é presidente da empresa do segmento de lácteos Vigor, companhia que também é controlada pelo grupo J&F.  Antes de ingressar na Vigor, na qual é presidente desde 2011, Xandó já foi executivo sênior da Natura Brasil e da Sadia S.A., onde passou mais de 20 anos de sua carreira e foi responsável por supervisionar a internacionalização da empresa. Xandó é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas, com MBA em Varejo pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e especialização em Gestão de Negócios PGA – Fundação Dom Cabral/INSEAD, na França. “Estou muito satisfeito por receber Gilberto Xandó no Conselho da JBS. Sua reputação e experiência na indústria de alimentos bem como em comércio e finanças serão inestimáveis para nós enquanto trabalhamos para reconstruir a confiança em nossos negócios”, disse o Presidente do Conselho da JBS, Tarek Farahat, em nota.

Carnetec

INTERNACIONAL

Uruguai: Exportações dentro da cota 481 aumentaram em 31%

Até agora no exercício agrícola de 2016/17, que termina no final desse mês, os frigoríficos uruguaios – até 9 de junho – exportaram 15.529 toneladas de carne dentro da cota 481 – cota de alta qualidade da União Europeia (UE) destinada a gados jovens cujos últimos 100 dias tenham sido terminados com grãos

De acordo com dados do Faxcarne, dentro dessa cota foram exportados 31% mais carne do que as 11.789 toneladas exportadas no mesmo período do ano anterior. Com cerca de 16.000 toneladas quando se completar o exercício, 1 de cada 3 quilos importados pela UE dentro dessa cota terão sido fornecidos pelo Uruguai. O preço médio da cota 481 nesse exercício está em US$ 8.952 por tonelada, mostrando uma redução de US$ 150 com relação aos US$ 9.100 por ano anterior, de um total embarcado que finalmente chegou a 12.543 toneladas, segundo dados do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC). Esse ano, a cota trimestral do período de abril a junho esgotou-se em 31 de maio, o que ratifica o forte interesse que desperta esse negócio para os operadores. Devido ao fato de ter sobrado um pequeno saldo do trimestre anterior, o volume importado nesse ano chegou a 12.089 toneladas. Estão habilitados para exportar dentro dessa cota EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Uruguai e Argentina. Por outro lado, em 9 de junho o Uruguai já tinha cumprido com 99,4% da cota Hilton, com 6.337 toneladas exportadas das 6.376 toneladas para esse exercício. Essa cota é para gados terminados a pasto. O valor médio da tonelada é de US$ 12.025, marcando uma redução de 4,7% com relação ao preço obtido durante o exercício de 2015/16.

El País Digital

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