CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 511 DE 11 DE MAIO DE 2017

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Ano 3 | nº 51111 de maio de 2017

NOTÍCIAS

Boi gordo: aumento na oferta de animais terminados

Aos poucos, a melhora na oferta de animais terminados e o consequente alongamento das escalas vêm colaborando para as tentativas de compra abaixo da referência

Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, ocorreram quedas em seis e alta em três, para o preço da arroba do boi gordo nesta quarta-feira (10/5). Este cenário está em linha com a proximidade do final da safra. O frio e a diminuição das chuvas colaboram para redução da capacidade de suporte das pastagens e resultam em maior volume de animais terminados entregues. Em São Paulo, mesmo com o alongamento das escalas, que giram em torno de seis dias, não há força suficiente para queda nos preços. No estado, a referência para arroba do macho terminado ficou em R$139,00, à vista, livre de Funrural. Em curto prazo, fica a expectativa quanto à oferta de animais terminados e da demanda por carne bovina no decorrer da segunda quinzena.

SCOT CONSULTORIA

Após Carne Fraca, Brasil aceita preços menores para voltar a exportar

Suspensas em vários países, negociações da carne foram retomadas a valores inferiores. Desvalorização de suínos chega a 5% na Ásia

Países que suspenderam as compras de carne do Brasil após a deflagração da operação Carne Fraca, pela Polícia Federal, exigiram a redução do preço dos produtos para voltar a importar do mercado brasileiro, informou nesta quarta-feira o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi. O ministro disse que “quase todos” os países tomaram essa medida, mas os produtores brasileiros serão capazes de recuperar os preços. “Houve inicialmente um embargo, um susto muito grande. E na retomada alguns compradores tentaram diminuir nossos preços. Mas nós temos também a capacidade de negociar. Vamos entregar os preços mais baixos agora e na sequência a gente recupera os preços”, afirmou Maggi. O Ministro citou como exemplo Hong Kong, em que algumas empresas pediram redução de até 5% nos preços das carnes suínas. O país foi o segundo maior importador da carne brasileira em 2016, com compras de US$ 1,51 bilhões. Após 50 dias da deflagração da Operação Carne Fraca, que investiga irregularidades na produção e fiscalização de frigoríficos brasileiros, o Brasil ainda enfrenta embargos. Balanço divulgado pelo ministério na quarta-feira aponta que 13 países ainda têm suspensão total das importações da carne nacional (a maioria na América Central e Caribe). Outros 57 países têm inspeção reforçada ou suspensão parcial da carne brasileira. Três ainda estão analisando as medidas adotadas pelo Brasil. Como parte dos esforços do governo federal para a retomada total das vendas de carnes nacionais, o ministro inicia nesta semana mais uma viagem internacional. Desta vez, as visitas serão para o Oriente Médio. — As associações já viajaram, fizeram vários churrascos. Agora eu vou ao Oriente Médio para conversar com os nossos grandes compradores principalmente de aves. É uma viagem de 10 dias para levar a esses países o compromisso que o Brasil de fazer uma boa pecuária — disse o Ministro.

G1

Reforço da fiscalização por parte de importadores confirma qualidade da carne brasileira

Restrições impostas às exportações em decorrência da operação da PF foram retiradas pelos principais compradores, diz Maggi em audiência na Câmara. Blairo Maggi embarcará em missão internacional para manter mercados

Países importadores que intensificaram a fiscalização da carne brasileira após a Operação Carne Fraca não encontraram inconformidades, revelou o Ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), nesta quarta-feira (10), durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. “Cem por cento da mercadoria está sendo inspecionada ao chegar no seu destino, sem que tenha sido encontrada nenhuma inconformidade até agora”, assinalou. Restrições impostas às exportações de carnes do Brasil foram retiradas pelos principais compradores, disse o Ministro. Os mercados atualmente abertos representaram cerca de US$ 13,55 Bilhões ou 95,34% dos valores exportados. O reforço na fiscalização de rotina foi adotado por 57 países importadores, de acordo com o Ministro. Depois da operação da Polícia Federal em frigoríficos, o ministério recebeu cerca de 328 comunicados oficiais envolvendo demandas de outros países sobre detalhes da ação. Como providências do Mapa, Maggi destacou a coleta de 762 amostras de produtos para análise e a proibição de produção e de exportação de mercadorias por parte dos frigoríficos investigados, além da exoneração de servidores envolvidos. Entre as amostras recolhidas, 98,68% não apresentavam risco sanitário. E a maior parte dos problemas detectados eram relacionados à fraude econômica, como excesso de água nas embalagens. Em 1,31%, foram identificados pequenos problemas, com algum potencial de afetar a saúde pública, como a presença de salmonella. O Ministro anunciou que embarcará, nesta sexta (12), para os Emirados Árabes, Kuwait, Arábia Saudita e Catar. Ele vai apresentar explicações, já enviadas por escrito, para assegurar a manutenção desses mercados, para onde é destinada a maior parte da exportação de frango do Brasil. Em relação ao mercado interno, Maggi ressaltou que os mesmos procedimentos utilizados para fiscalizar as carnes exportadas são adotados para o consumo no país. “Claro que existem as particularidades de cada país, que fazem suas exigências, mas a qualidade da carne é a mesma”. De acordo com dados do Mapa, apresentados na audiência pública, 80% da carne bovina produzida no Brasil e 70% da carne de frango são consumidas no Brasil. Acompanharam o Ministro na audiência, o Secretário-Executivo, Eumar Novacki, e os Secretários de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, e de Relações Internacionais, Odilson Silva, além do Presidente da Embrapa, Maurício Lopes.

MAPA

Senacon abre processos para investigar frigoríficos Peccin, Souza Ramos e BRF

Empresas estão entre os alvos da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal. Despachos citam “aparente violação” de direitos dos consumidores.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, abriu processo administrativo para investigar os frigoríficos Souza Ramos, Peccin Agro Industrial e BRF, que estão entre os 21 que foram alvo da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal em março. As decisões constam de despachos da direção do órgão publicados na edição de quarta-feira (10) do Diário Oficial da União. Souza Ramos e BRF são alvos de um processo cada. Já a Peccin é alvo de dois processos. Os despachos não deixam claro o que motivou a abertura dos processos administrativos. Eles citam, porém, “aparente violação”, pelos frigoríficos, de “direitos básicos do consumidor”. Na Carne Fraca, a Peccin é investigada por utilização de carne estragada em salsicha e linguiça, utilização de carne mecanicamente separada acima do permitido, uso de aditivos acima do limite ou de aditivos proibidos; a BRF, por corrupção, embaraço da fiscalização internacional e nacional e tentativa de evitar suspensão de exportação; e, a Souza Ramos, por substituição de matéria-prima de peru por carne de aves, além de troca de favores por procedimentos fiscalizatórios. Veja aqui as suspeitas contra cada um dos 21 frigoríficos investigados na operação da PF. Em nota, a BRF informou que “até o momento não foi intimada e não teve acesso às cópias do processo.”

O advogado da Peccin, Elias Mattar Assad, afirmou que “em 10 anos de atividade a Peccin não teve registrada nenhuma reclamação de consumidor” e que o consumo dos produtos do frigorífico não traz “qualquer perigo à saúde”. Assad disse ainda que a investigação da Carne Fraca “foi marcada pelo exagero” e que a empresa vai provar isso nos processos. G1 não encontrou representantes da Souza Ramos.

G1

Funrural: bancada ruralista rejeita proposta e pede taxa de 1,3%

Uma nova rodada de negociações entre a Frente Parlamentar da Agropecuária e a Receita Federal acontece nesta quinta; consenso sobre a taxa deve sair até sexta-feira

A Receita Federal propôs à bancada ruralista reduzir cobrança do Funrural de 2,1% para 1,8% daqui para frente e acrescentar 0,3% para produtores que deixaram de recolher o fundo nos últimos anos até a quitação do valor supostamente devido. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no entanto, não aceitou a proposta e sugeriu que a taxa caia para 1,3%, adicionando 0,8% sobre o recolhimento para quem não pagou o fundo. O Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, ficou de levar a proposta ao ministro da fazenda, Henrique Meirelles e, em seguida, a Michel Temer. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) e outros membros da FPA se reuniram na noite desta quarta-feira, dia 10, com o presidente para apresentar a contraproposta. Temer teria se mostrado favorável a que se chegue rapidamente a uma taxa de consenso, o que, de acordo com Leitão, deve ocorrer até a próxima sexta-feira, dia 12. Uma nova rodada de negociações deve acontecer nesta quinta-feira entre a bancada ruralista e a Receita. Segundo Nilson Leitão, o Funrural tem sido debatido todos os dias e a reunião com a Receita Federal veio para deixar “o mínimo de alternativas de tantas que estão na mesa”. “A principal alternativa é o fato de olhar para o futuro e ‘quebrar o retrovisor’. Vamos olhar para a frente, lembrando que essa mudança já vai fazer parte da seguridade social, apresentando um novo modelo de cobrança para o produtor rural”, disse. O deputado ressaltou que a FPA está tentando fazer um tratamento diferenciado para quem já pagou o Funrural no passado, ressaltando as diferentes formas de pagamento propostas. “Que seja, de fato, um novo imposto para o futuro. Moderno, justo e vantajoso para o produtor e eficiente para o governo”. 

CANAL RURAL

Temer deve intervir para “afinar” MP do Funrural

Persistem as divergências entre a bancada ruralista e a Receita Federal sobre a Medida Provisória que o governo prepara para tentar resolver o imbróglio em torno do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), que recentemente foi considerado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

E, de acordo com fontes que acompanham essas negociações, o Presidente Michel Temer foi levado a intervir para buscar um consenso em relação ao assunto. Em reunião realizada na tarde de ontem com o Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, para afinar os detalhes da MP, deputados da bancada ruralista não concordaram com a proposta do Fisco, que propõe reduzir de 2,1% para 1,8% a alíquota do Funrural incidente sobre a comercialização da produção dos agricultores do país, como antecipou o Valor. Entidades do setor de agronegócio como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Aprosoja, que representa produtores de grãos, e os exportadores de carne bovina, além da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), ainda defendem que o percentual seja reduzido para 1,2% da receita bruta dos produtores. Com o impasse, o Presidente Temer recebeu os representantes do setor e os parlamentares ruralistas para tentar apaziguar os ânimos. Houve uma reunião nesse sentido na noite de ontem. O Presidente afirmou a interlocutores que pretende editar a Medida Provisória ainda esta semana. A única concordância que também persiste entre as partes divergentes diz respeito à adoção de uma espécie de Refis, programa de refinanciamento de débitos tributários, para as dívidas de aproximadamente R$ 10 bilhões contraídas por produtores rurais com o Funrural. A ideia é refinanciar esse passivo em 15 anos ­ com perdão de juros e multa ­, que seria pago mantendo a alíquota de 2,1% que ainda vigora.

VALOR ECONÔMICO

Exportação de carne bovina in natura pode aumentar em maio

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, na primeira semana de maio o Brasil exportou 18,5 mil toneladas de carne bovina in natura, com faturamento total de US$77,1 milhões.

A média diária do período foi de 4,6 mil toneladas, queda de 3,7% em relação a mesmo período do ano passado. Entretanto, em relação a abril de 2017 o volume diário exportado foi 18,8% maior. Caso o ritmo das exportações continue, até o final do mês o volume de carne bovina in natura deverá ser de 101,2 mil toneladas, o que representaria uma alta de 0,2% em relação ao mesmo período de 2016.

SCOT CONSULTORIA

Boi: ofertas mais baixas travam mercado

Produtores têm resistido a propostas abaixo da referência por parte da indústria

A melhora na oferta de boiadas permitiu que as indústrias alongassem as programações de abate nos últimos dias. Esse cenário possibilitou os frigoríficos testarem o mercado. Em São Paulo, o preço do boi gordo, à vista, ficou em R$ 139/@, livre de Funrural nesta terça-feira, 9 de maio. Houve ofertas de compra abaixo da referência, mas nesses casos o mercado trava. Embora haja uma expectativa de melhora da demanda com o Dia das Mães no próximo domingo, a tendência é de que o consumo perca força com a entrada da segunda quinzena do mês. No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados ficou cotado em R$9,47/kg, recuo de 1,5% desde o início de maio. Para curto prazo a perspectiva é de que, com a chegada do frio, redução das chuvas e queda da capacidade de suporte das pastagens, a disponibilidade de animais terminados melhore.

SCOT CONSULTORIA

EMPRESAS

Pilgrim’s Pride, da JBS, obtém US$ 1,5 bi em linhas de crédito nos EUA

Em comunicado, a Pilgrim’s informou que os recursos das novas linhas serão utilizados para pagar empréstimos pendentes

A americana Pilgrim’s Pride, empresa de carne de frango controlada pela JBS, informou ontem que contratou uma linha crédito rotativo de US$ 750 milhões e uma linha crédito a prazo (“term loan”) de US$ 800 milhões com um sindicato de bancos. De acordo com a companhias, essas linhas substituem o crédito rotativo de US$ 700 milhões e o term loan de US$ 500 milhões que a empresa tinha. Em comunicado, a Pilgrim’s informou que os recursos das novas linhas serão utilizados para pagar empréstimos pendentes.

VALOR ECONÔMICO

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