CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 495 DE 17 DE ABRIL DE 2017

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Ano 3 | nº 49517 de Abril de 2017

NOTÍCIAS

Cepea: Pecuária começa a sinalizar recuperação

Além da operação Carne Fraca, o retorno da cobrança do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) também impactou o mercado no fim de março

Depois do momento delicado vivido na segunda quinzena de março, o mercado pecuário começa a dar sinais de recuperação neste mês. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), mesmo com agentes de frigoríficos ainda pressionando os valores de compra de novos lotes de boi gordo, a menor oferta de pecuaristas tem feito com que os preços da arroba voltem a reagir na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. Com escalas encurtadas, os valores da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo também vêm registrando altas diárias neste mês. Entre 5 e 12 de abril, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (São Paulo) teve alta de 1,83%, fechando a R$ 136,44 nessa quarta-feira, 12. No mesmo período, a carcaça casada do boi se valorizou 3,34%, fechando a R$ 9,90/kg na quarta. Além da operação Carne Fraca, o retorno da cobrança do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) também impactou o mercado no fim de março, já que afetou diretamente os valores negociados, com frigoríficos descontando dos preços de compra o percentual relativo ao Fundo, de 2,3%.

Cepea

Após Carne Fraca, países exigem inspeção completa de cargas

Mercados como a China fazem uma avaliação de 100%

Quase um mês após a Operação Carne Fraca, a inspeção de todos os produtos, que passou a ser exigida por alguns países, prejudica as agroindústrias do estado, afirmou o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) . Apesar disso, a produção catarinense segue dentro da normalidade, informou a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes, Indústrias de Alimentação e afins do Estado de Santa Catarina (Fetiaesc). Segundo o Diretor-Executivo do Sindicarne e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), Ricardo de Gouvêa, é preciso resgatar a confiança dos países na carne catarinense, abalada pela operação. “Não voltou à situação anterior. Temos que ganhar credibilidade. Se antes examinavam as mercadorias por amostragem, hoje mercados como a China fazem uma avaliação de 100%. Isso gera custo”, explicou. Ele se refere ao tempo parado das mercadorias. Quando chega ao país de destino, é preciso que toda a carne seja inspecionada. O período em que os contêineres ficam no navio ou no porto para essa avaliação é pago pelas agroindústrias. “O impacto só vamos saber mês que vem. Em março, quando surgiu a questão [da operação Carne Fraca], os navios já tinham saído daqui”, afirmou. No mercado interno, não há previsão de alteração no preço. O resgate da confiança dos países importadores é o que vai determinar se haverá muito prejuízo para as empresas e redução na produção no futuro. “Foram anos que viram o nosso trabalho. A gente espera que isso [inspeção 100%] seja uma situação transitória. A situação da operação é muito pontual. De modo geral, o sistema brasileiro é competente e sério. Mas vai muito deles, mais na mão do mercado acreditar em nós”, finalizou Gouvêa.

G-1

Mercado do boi gordo ganha sustentação

Com a dificuldade de aquisição de matéria-prima pelas indústrias, é comum observar escalas de abates mais justas. Com isso o mercado do boi gordo ganha sustentação e o cenário é de firmeza na maioria das praças

Em São Paulo a arroba do animal terminado ficou cotada em R$136,50, à vista, livre de Funrural, na última quinta-feira (13/4) e já foram registradas ofertas acima desta referência, geralmente para a compra de lotes maiores. O mercado atacadista de carne bovina com osso não apresentou novidades. O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$9,62/kg.

SCOT CONSULTORIA

Mercado de reposição: compradores na retranca

O mercado de reposição está lento. Porém, a oferta de bezerros tem aumentado gradativamente devido ao período de desmama

Entretanto, mesmo com o volume crescente de ofertas, os negócios ocorrem de forma bem tímida. O cenário de incertezas no mercado do boi gordo ainda assusta o recriador, que opta pela retranca. Na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisados pela Scot Consultoria a desvalorização semanal foi de 0,5%. As categorias bezerra desmamada (5@) e de doze meses (6@) registraram os maiores recuos. Ambas as categorias tiveram queda de 0,7% em relação à semana anterior. Em São Paulo o bezerro desmamado anelorado (6@), está cotado em R$1.020,00/cabeça. Desde o início do ano houve desvalorização de 13,6%.

SCOT CONSULTORIA

MS registra o melhor resultado nas exportações de carne bovina desde 2014

MS vem registrando números favoráveis nas vendas internacionais de carne bovina

Apesar da atual conjuntura preocupante na pecuária de corte brasileira, Mato Grosso do Sul vem registrando números favoráveis nas vendas internacionais de carne bovina in natura. De acordo com os números da Secex – Secretaria de Comércio Exterior, apurados pela equipe do Departamento de Economia do Sistema Famasul, o Estado exportou, em março deste ano, 11,8 mil toneladas, o maior resultado registrado desde outubro de 2014. Além disso, a receita com as vendas atingiu aproximadamente US$ 49 milhões no período analisado, com preço médio de US$ 4.142 a tonelada. Mais do que aumentar as exportações, Mato Grosso do Sul se consolidou e conquistou países exigentes como os Estados Unidos. As primeiras vendas aos americanos aconteceram em setembro de 2016, quando foram negociadas 127 toneladas de carne bovina in natura. Em sete meses, as comercializações alavancaram, subindo 770%, contabilizando em março deste ano, mais de 1,1 mil toneladas vendidas. “Os Estados Unidos são uma referência em exigência sanitária e, por isso, apesar de ser um volume ainda pequeno, esta negociação representa uma vitrine para a carne produzida em Mato Grosso do Sul, ainda mais no atual patamar do setor”, reforça o Presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito. Com o avanço nas vendas, Estados Unidos ocupa, atualmente, a sexta posição no ranking nacional de exportações. Segundo os números da Secex, a receita das vendas externas de carne bovina in natura acumulou, em março, US$ 4,6 milhões. Cada tonelada foi vendida a uma média de US$ 4.139. “É importante observamos que a tonelada registrou, em um curto espaço de tempo, um incremento de 4,7%. Este resultado é a comprovação do trabalho desenvolvido pelo produtor rural ao longo dos anos, que investiu em tecnologia e em gestão, se profissionalizando”, afirmou Adriana Mascarenhas, gestora do departamento econômico do Sistema Famasul.

Famasul

Aumento das exportações brasileiras de couro

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, na primeira semana de abril o Brasil embarcou 11,0 mil toneladas de couro

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, na primeira semana de abril o Brasil embarcou 11,0 mil toneladas de couro. Na média diária, o volume exportado, até o momento, foi de 2,2 mil toneladas de couro. Na comparação com abril de 2016 houve alta de 26,8%. Frente ao mês anterior houve alta de 11,9%. Se o ritmo de embarque se mantiver, no acumulado de abril, o Brasil exportará um volume total de 39,5 mil toneladas. A melhora na exportação tem limitado as desvalorizações no mercado interno, uma vez que o lento escoamento vem exercendo pressão de baixa sobre os preços do couro bovino no mercado brasileiro.

MDIC

Pesquisadora critica ‘estardalhaço ‘ na operação Carne Fraca

Para Rosana Pithan, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o trabalho de conquista do mercado mundial ao longo dos anos foi afetado

O Brasil é o primeiro exportador mundial das carnes bovina e de frango e o 4º de carne suína. União Europeia, China, Hong Kong, Egito, Chile, Argélia, Jamaica e Trinidad Tobago, respondem por mais de 50% das exportações brasileiras de carne bovina, mercados importantes para o País e conquistados com trabalho das três cadeias produtivas. Todo esse trabalho de conquista, no entanto, foi prejudicado pela má condução da Polícia Federal durante a operação Carne Fraca, segundo a análise da pesquisadora da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Rosana Pithan. “O estardalhaço feito por um delegado da Polícia Federal em cima de fraudes nas carnes brasileiras teve como maior vítima o Brasil. Um pouco de bom senso teria evitado que o país fosse exposto dessa maneira, em um momento tão importante para a economia, envolvendo principalmente a carne bovina, até o momento foi a mais prejudicada. A divulgação colocou todo o setor cárneo brasileiro sob suspeita e gerou problemas para a economia nacional”, afirmou, destacando que “o resultado imediato foi a retração das compras externas e um consumidor interno amedrontado em relação ao que está pondo no seu prato e deixou de consumir carne”. Depois de aproximadamente 20 anos, finalmente, o Brasil conseguiu quebrar a barreira do mercado americano e exportar carnes bovinas frescas que deveria ter os primeiros lotes entregues entre março e abril. “As exportações brasileiras para esse importante mercado, que tem como maior mérito abrir outros mercados importantes, como por exemplo o Japão, ” ressalta a pesquisadora. “É claro que o consumidor brasileiro deve ter ciência sobre o que está comendo e apurações rigorosas devem ser feitas, assim como punir os responsáveis. A reestruturação do sistema de fiscalização é necessária e o Sistema de Inspeção Federal (SIF) precisa ser fortalecido para que o País não tenha novos reveses”, afirma Pithan. No entanto, antes da divulgação, o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deveria ter sido avisado para verificar, coibir as falhas na fiscalização e obter laudos conclusivos de veterinários capacitados em qualidade sanitária da carne, além de deixar claro que os problemas são localizados, ressalta a pesquisadora. A Secretaria de Agricultura paulista lembra que o país está à beira de declarar área livre de aftosa. Em 2018, o Brasil deverá suspender a vacinação e, até 2020, espera-se declarar o território isento da doença. O grande diferencial da carne bovina brasileira, segundo a pasta, é sua produção ser, em sua maior parte, a pasto, enquanto que Estados Unidos e a Austrália têm em confinamentos. O Brasil tem áreas para manter essa produção e expandir a produção em áreas de pastagens, que podem ser recuperadas através da Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). Um fato muito positivo, esperado há muito pelo setor de produção animal, foi a assinatura do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produto de Origem Animal (Riispoa), que era de 1952, e aguardava atualização há cerca de 20 anos. A nova versão simplifica processos de fiscalização e inspeção de frigoríficos, laticínios, granjas de ovos, fábricas de mel e pescado; cria penalidades maiores e introduz o conceito de risco sanitário, o que, segundo o Ministro Blairo Maggi, do Mapa, tira dos fiscais a interpretação da norma.

CANAL RURAL

PF indicia 63 pessoas na operação Carne Fraca

A Polícia Federal indiciou 63 pessoas envolvidas na operação Carne Fraca, deflagrada no dia 17 de março

O indiciamento foi feito na noite de sábado (16), último dia antes do vencimento do prazo de 30 dias para a conclusão da apuração. A operação investigou uma rede formada por fiscais agropecuários e grandes frigoríficos para vender carne e outros alimentos adulterados, tanto para consumo interno como para exportação. Segundo o relatório, assinado pelo delegado Maurício Moscardi Grillo, responsável pela operação, os indiciados devem responder pelos crimes de advocacia administrativa; concussão; corrupção ativa e passiva; crime contra a ordem econômica; emprego de processo proibido; falsidade de atestado médico; falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios; organização criminosa; e peculato. Indiciados Entre os indiciados estão servidores de diversas carreiras do Ministério da Agricultura; um ex-assessor parlamentar do ex-deputado José Janene, morto em 2010; um agente da Polícia Federal acusado de distribuir uma carga de picanhas e camarões apreendidos; proprietários e funcionários de frigoríficos – entre eles as gigantes BR Foods e JBS; e parentes de Daniel Gonçalves Filho, um dos líderes do esquema e superintendente regional do Mapa no Paraná entre julho de 2007 e fevereiro de 2014. Segundo a PF, os familiares de Gonçalves Filho teriam atuado na lavagem de capitais dos valores ilícitos recebidos pelo ex-superintendente. Ronaldo Troncha, que trabalhou como chefe de gabinete do deputado federal pelo Paraná Sérgio Souza (PMDB), também foi indiciado. No relatório da PF ele é acusado de violação do sigilo funcional. Em março, quando a operação foi deflagrada, Troncha foi alvo de mandado de condução coercitiva. No relatório da investigação, o delegado Maurício Grillo afirmou que “diante do volume de informações e peças produzidas na presente Operação – que teve sete bases operacionais, com cumprimento de mais de cento e cinquenta mandados judiciais – não houve possibilidade de esgotar todas as diligências necessárias no exíguo prazo de trinta dias legalmente estabelecido”. Segundo ele, ainda há elementos a serem investigados e novos inquéritos a serem instaurados. “Restam pendentes perícias nas mídias e aparelhos de telefonia celular apreendidos, a análise do material apreendido, bem como reanálise de todos os diálogos interceptados, considerando o conhecimento agora adquirido sobre todas as organizações criminosas, bem como fatos novos que surgem”, escreveu Grillo. No documento, Maurício Grillo destacou que há “imperiosa necessidade de revisão dos processos que envolvem este importante e sensível setor econômico do Brasil”. Segundo ele, há a “clara necessidade de imposição de uma fiscalização correta e eficiente, considerando todas as falhas apontadas nas empresas fiscalizadas, as quais oferecerem risco a saúde pública”. Lista dos indiciados: Alessandra Klass Guimarães Martins, Alice Mitico Nojiri Gonçalves, esposa de Daniel Gonçalves Filho, Andre Luis Baldissera, Diretor da empresa BR FOODS S/A, Antonio Garcez Da Luz, fiscal federal agropecuário, Arlindo Alvares Padilha Junior, agente de Polícia Federal Brandízio, Dario Junior Carlos Cesar, Agente de inspeção federal, Celso Dittert De Camargo, Charlen Henrique Saconatto, Daniel Gonçalves Filho, Daniel Ricardo Dos Santos Dinis, Lourenço Da Silva, Fiscal Federal Agropecuário, Edson Luiz Assunção, Fiscal Federal Agropecuário, Eduardo Vilela Magalhães, Fábio Zanon Simão, Advogado, ocupava a função de Chefe da Assessoria Parlamentar do ministério da Agricultura, Fabiula De Oliveira Ameida, Flavio Evers Cassou, funcionário da empresa SEARA ALIMENTOS LTDA, Francisco Carlos De Assis, médico veterinário, Fiscal Federal Agropecuário, ex-Superintendente do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SIPOA em Goiás. Frederico Augusto De Azevedo Lima, sócio nas empresas CURTUME CENTRO OESTE LTDA. e GAIA CURTUME LTDA Gercio Luis Bonesi, Fiscal Federal Agropecuário Gil Bueno De Magalhães, Fiscal Federal Agropecuário, era o Superintendente regional do MAPA no momento da deflagração desta operação, Heuler Iuri Martins, Idair Antonio Piccin, um dos proprietários da empresa PRODUTOS FRIGORÍFICOS PECCIN LTDA, Ines Lemes Pompeu Da Silva, José Antonio, Diana Mapelli, José Eduardo Nogalli Giannetti, representante do grupo PECCIN José Nilson Sacchelli Ribeiro, Josenei Manoel Pinto, agente de inspeção sanitária, Laercio José Brunetto, Lauro João Lobo Alcantara, Lucimara Honorio Carvalho, Luiz Alberto Patze,r Luiz Carlos Zanon Junior, Fiscal Federal Agropecuário, Mara Rubia Mayorka, Marcelo Zanon, Simão Marcos Cesar Artacho, Maria Do Rocio Nascimento, Médica veterinária e Fiscal Federal Agropecuária, Nair Klein Piccin, sócia da empresa PRODUTOS FRIGORÍFICOS PECCIN LTDA, Nazareth Aguiar Magalhães, Nilson Alves Ribeiro, Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro, dono da empresa FRIGOBETO, Normélio Peccin Filho, um dos proprietários da empresa PRODUTOS FRIGORÍFICOS PECCIN LTDA, Paulo Rogério Sposito, proprietário do FRIGORÍFICO LARISSA LTDA, Rafael Nojiri Gonçalves, filho de Daniel Gonçalves Filho, Renato Menon, Fiscal Federal Agropecuário, Roberto Borba Coelho Junior Roberto Brasiliano Da Silva, ex-assessor parlamentar do ex-deputado José Janene, Roberto Mülbert, Ronaldo Sousa Troncha, ex-assessor do Deputado Federal SÉRGIO SOUZA, Roney Nogueira Dos Santos, gerente de Relações Institucionais e Governamentais da empresa Brasil Foods – BRF S/A Sebastião Machado Ferreira, agente de Inspeção Sanitária e Industrial, Sérgio Antonio de Bassi Pianaro, Agente de inspeção sanitária, Sidiomar de Campos, Silvia Maria Muffo, Sonia Mara Nascimento, Sylvio Ricardo D’almas, Tarcisio Almeida De Freitas, Agente de inspeção sanitária, Valdecir Belacon, Juarez José De Santana, Chefe da Unidade Técnica Regional de Agricultura de Londrina, Julio Cesar Carneiro, Superintendente do Mapa em Goiás, a Kelli Regina, Marcos Vicente, Claudio Damião Lara, Welman Paixão Silva Oliveira, Médico Veterinário, conveniado do MAPA em Goiás, lotado na empresa JBS.

ESTADÃO CONTEÚDO

EMPRESAS

Um mês após Operação Carne Fraca, JBS e BRF perdem R$ 5 bi em valor de mercado

Desde o início da Operação Carne Fraca até a quinta-feira (13), a JBS e a BRF perderam juntas R$ 5,471 bilhões de seu valor de mercado, segundo a empresa de informações financeiras Economatica

Apesar de toda a repercussão negativa do caso que completa um mês nesta segunda-feira (17), as exportações de carne brasileira aumentaram em março. O preço da carne, no entanto, caiu. No mercado financeiro, a JBS foi a mais penalizada e perdeu 15,35% do seu valor, que era R$ 32,6 bilhões antes da operação e encerrou o último pregão valendo R$ 27,6 bilhões. A BRF perdeu 1,45% do seu valor, que passou de R$ 31,9 bilhões para R$ 31, 5 bilhões. Os analistas de mercado que acompanham o setor ainda têm dúvidas sobre como o dano à imagem da carne brasileira poderá impactar no preço do produto e na margem de lucro das empresas.

“Ainda há muitas questões para serem esclarecidas para que possamos medir o real impacto dos embargos em volumes, preços, margens e geração de caixa das companhias do setor”, afirmaram os analistas do Banco do Brasil, em relatório. Para o Diretor da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, a força-tarefa internacional do Brasil para recuperar a credibilidade dos importadores deve elevar os custos dos produtores, já que as carnes deverão passar por novos procedimentos preventivos antes de deixar os portos.

G1 – Agro.

EVENTOS

ITAL promove seminário sobre carne segura

Participantes contarão com oito palestras sobre diferentes temas

O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com a BR Quality, promove o “2º Seminário SGSA: Nossa Carne é Segura, Sim”, no dia 18 de abril (terça-feira), na sede do Instituto, em Campinas/SP. A ação dará continuidade ao Projeto Brasil Processed Food 2020: A importância dos Alimentos Processados para a Sociedade. O objetivo do evento é gerar conteúdo e informação correta e segura para o público, após as informações divulgadas pela Polícia Federal durante a Operação Carne Fraca. “A cadeia produtiva da carne é legítima e todas as atividades passam por planejamento, manejo e controle do rebanho. Desde o antes até o depois da porteira. Nosso setor vem incorporando inovações tecnológicas, sendo extremamente competitivo com outros países produtores e se destacando como principal fornecedor de alimentos no futuro próximo. A imagem da carne brasileira, que movimenta cerca de 40% do agronegócio do país, não pode ficar ao relento”, declara Luis Madi, Diretor Geral do ITAL. Segundo Ana Lucia da Silva Corrêa Lemos, Pesquisadora e Diretora do Centro de Tecnologias de Carne (CTC) do ITAL, a qualidade das carnes e dos produtos processados brasileiros é inquestionável. “Para conquistarmos mercados externos como conquistamos, não pudemos ser iguais a eles, tivemos que ser melhores. Já visitei muitos frigoríficos no exterior e as plantas brasileiras exportadoras de carnes são superiores. Além disso, na cadeia de aves e suínos, nós temos um sistema de integração que conhecemos desde o animal até o produto final: sabemos quem é o produtor, as rações usadas na alimentação, os medicamentos, tudo. Isso aumenta demais a segurança”, destaca. Atualmente o agronegócio brasileiro representa 22% do PIB (Produto Interno Bruto), 21% dos empregos e 37% das exportações. O VPB (Valor Bruto de Produção) da agropecuária (“dentro da porteira”) é estimado em R$ 547 bilhões em 2017. Deste total, as carnes (bovina, frango e suína) representam R$ 137,3 bilhões (24,7% do VPB). “Somos o segundo maior produtor de carne bovina, terceiro de frangos e quarto de suínos; e os primeiros exportadores de carne bovina e de frango e quarto de carne suína. Isto representa cerca de US$ 12 bilhões por ano”, relembra Ana Lucia. Os participantes contarão com oito palestras sobre diferentes temas: aditivos, segurança dos alimentos, tendências, tecnologias entre outros. O evento é gratuito e as vagas são limitadas. Os interessados em participar podem entrar em contato pelo website: http://www.brqualityconsultoria.com.br/ e realizar a inscrição. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (32) 3236-5469.

ITAL

Cota 481 é nova oportunidade para pecuaristas brasileiros

A Cota 41 apresenta uma valorização de 10% ao produto. O tema será abordado durante o Confinar 2017

O Confinar 2017 acontece nos dias 23 e 24 de maio, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo. O destaque deste ano para os agropecuaristas é sobre o tema Cota 481 – “Desafios e adequações nutricionais e de manejo para o acesso à Cota 481: a experiência argentina”. A Cota 481 é um assunto pouco abordado no setor agropecuário, mas que está despertando o interesse de pecuaristas brasileiros devido à diferença de preço do produto de valor agregado.  Para a o médico veterinário, Juan José Couderc, que irá realizar a palestra no Confinar, a diferença de preço entre o Cota 481 e outros canais de venda pode chegar a 10%. “Quando conseguimos a abertura da Cota na Argentina, o aumento verificado era de 5%, mas este resultado estava associado à nossa taxa de câmbio e ao alto preço interno da carne”, explica o especialista que acrescenta: “No entanto, as vendas começaram a crescer gradualmente, impulsionadas pela demanda dos compradores. Com isso, a participação da Argentina começou a subir, motivando um preço maior ao produtor”. A Cota 481 trabalha especificamente com carne de animais confinados que será exportada para a União Européia. No Brasil, o mercado está começando a operar de forma fluida, de acordo com o Courdec.  O obstáculo, na avaliação dele, está nas várias exigências por parte do marcado comprador. “A Cota 481 abrange contingente de carne de alta qualidade produzida em confinamento. As exigências são restritas em relação ao tipo de alimentação (mínimo 100 dias em dietas de muito alta energia), conformação dos cortes de carne, ausência de hematomas, idade do bovino no momento de abate (devem ser menores de 30 meses)”, explica. A carne produzida na Cota 481 apresenta um bom marmóreo, ou seja, infiltração de gordura intramuscular, com maciez, aroma, etc. Atualmente, a Cota envolve 18 cortes de alto valor, sendo que grande parte tem um preço ainda maior que os registrados na Cota Hilton – que é o volume de cortes de carnes de alto padrão concedido e determinado pela União Europeia (UE) para os países exportadores deste produto. Courdec se mostra otimista em relação ao seleto mercado do país, e estabelece um parâmetro comparativo: “Brasil e Argentina têm muitas semelhanças em relação à pecuária de corte. Pecuaristas e frigoríficos, com muitos anos de experiência, técnicos altamente capacitados, vocação de produzir cada vez mais e melhor, conseguiram nos últimos anos um rápido desenvolvimento de confinamento profissional, com alta eficiência”, expõe.
AGROLINK

Capital Meating – 21 a 23 de abril em Brasília DF – tudo que você precisa saber

Encontro nacional dos profissionais e dos amantes da carne e do churrasco ocorrerá uma vez ao ano.

O Capital MEATing será o maior encontro nacional dos profissionais e dos amantes da carne e do churrasco que ocorrerá uma vez ao ano. O evento contará com a participação das principais lideranças profissionais e empresariais do ramo no Brasil. Durante três dias haverá uma vasta programação de aulas e palestras que ocorrerão dentro do tema “Meat – from farm to table”. Tudo que se sabe atualmente sobre raças, criação, genética, saúde, desossa, cortes, técnicas de churrasco e como escolher e preparar uma ótima carne, será ensinado pelos melhores profissionais do Brasil durante o evento. E durante as palestras e aulas, abordaremos vários tipos de carnes – e não somente bovina, mas também as carnes de porco, cordeiro, peixe, entre outras. No sábado dia 22, a programação contará com um jantar especial beneficente preparado pelo Chef Roberto Ravoli, no restaurante Pobre Juan. E no último dia, celebraremos esse encontro com um grande festival de churrasco. Em cada estação teremos os mais renomados chefs e churrasqueiros mandando ver na brasa e preparando o que há de melhor no churrasco.

MEATing Festival: O Festival de Carnes e Churrasco contará com 14 estações comandadas pelos melhores churrasqueiros do país. Confira quem são eles e o que estarão preparando:

Estação do Jeferson Finger – Picanha e Ancho

Estação da Clarice Chwartzmann – Costela no fogo de chão

Estação do Daniel Lee – Brisket defumado

Estação do Reinaldo Lee – Assado de Tira

Estação da Berlota Joaquina – Skirt Steak Passion

Estação Surpresa – Mario Portella

Estação da Ligia Karazawa – Bombom da Alcatra

Estação do Carlos Tossi – Javali Defumado

Estação do Roberto Ravioli – Porchetta

Estação da Paula Labaki – Sanduíche de Copa Lombo defumada

Estação do Rômulo Morente – Varal de Cordeiro e Legumes no rescoldo

Estação do Roberto Barcellos – Arroz Campeiro

Estação da Cocar & Co – Costela de Tambaqui, Lombo de Pirarucu e Pirarucu inteiro.

Estação do Steve West – Carne de Búfalo

BEEFPOINT

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