CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 431 DE 11 DE JANEIRO DE 2017

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Ano 3 | nº 431 11 de janeiro de 2017

 NOTÍCIAS

Cenário calmo para o boi gordo, com aumentos pontuais de oferta

Mercado do boi gordo ainda sem grandes alterações

Em São Paulo, as programações de abate estão heterogêneas, mas sem escalas longas, como as observadas no final de 2016, quando as indústrias possuíam boiadas a termo e de parcerias.

De maneira geral, os pecuaristas ainda não voltaram aos negócios com volume suficiente para tirar a sustentação dos preços. Em São Paulo, apesar de não existir pressão de alta forte, houve ajuste positivo para o boi gordo na praça de Barretos na última terça-feira (10/1). O preço de referência ficou em R$149,50/@, à vista. Uma exceção para o cenário de calmaria é a praça de Goiânia-GO, onde há pressão de baixa mais expressiva. Houve desvalorização de R$2,00/@ e o preço de referência está em R$137,00/@, à vista, com ofertas de compra abaixo deste valor. No mercado atacadista de carne com osso não houve alterações de preços e a movimentação segue calma.

SCOT CONSULTORIA

Abates aumentam em 2016 no Rio Grande do Sul, diz Fundesa

Foi concluído nesta semana o levantamento do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa, um fundo criado pelas cadeias de produção e genética gaúchas) sobre o número de abates realizados no Rio Grande do Sul em 2016 nas cadeias de aves, suínos, bovinos e ovinos

A apuração serve para verificar o nível de participação dos produtores no pagamento das taxas que compõem o fundo. “Precisamos informar às cadeias de que forma os produtores de cada segmento estão contribuindo e, com isto, evitar a evasão de valores”, explicou o Presidente do Fundesa, Rogério Kerber. O levantamento é realizado com base na emissão de Guias de Trânsito Animal e aponta números de abates para estabelecimentos sob inspeção federal, estadual e municipal. Ao todo, foram abatidas quase 843 milhões de cabeças entre aves (832,3 milhões), suínos (8,2 milhões), ovinos (189,7 mil) e bovinos e bubalinos (2 milhões). Em 2015, o número de abates ficou em 836,4 milhões de cabeças. Um dos dados que chamou a atenção foi o aumento do número de bovinos abatidos sob inspeção federal (SIF) em 2016. Foram mais de 52 mil cabeças em relação ao ano anterior. Abater na modalidade SIF permite que a cadeia exporte o produto para outros estados e países. O Rio Grande do Sul aumentou a exportação de bovinos para mercados internacionais, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic), em quase 5 mil toneladas. Isso elevou o faturamento do ano passado em mais de US$ 22 milhões em relação a 2015. Já no país, o movimento do segmento de carne bovina foi contrário. As exportações foram menores em volume e, especialmente, em faturamento. Houve, conforme a Secex, queda de 2 milhões de toneladas e quase US$ 300 milhões em faturamento. “A situação da economia gaúcha fez com que as empresas detentoras de SIF buscassem mercados em outros países, o que acabou permitindo que o estado evoluísse, caminhando no sentido oposto ao cenário nacional, de queda”, disse Kerber.

CARNETEC 

Desempenho das carnes na primeira semana de 2017

Depois de encerrarem 2016 com o segundo pior desempenho do ano (a receita cambial do mês, pela média diária, só superou a de janeiro), as exportações de carnes entraram no novo ano apresentando desempenho promissor

É verdade que a receita da primeira semana de 2017 (1 a 7, cinco dias úteis) continua sendo, pela média diária, modesta. De toda forma, apresenta crescimento de 3,2% em relação a dezembro passado, enquanto na comparação com janeiro de 2016 o incremento é de 18,5%.

Embora seja cedo para projeções do gênero, a realidade é que as carnes de frango e suína sinalizam avanço mensal e anual, sobretudo a carne suína. Já a carne bovina tende a um aumento, por ora, só em relação a janeiro do ano passado, mas não em relação ao mês anterior, dezembro de 2016. Os primeiros números projetam, para o mês, embarques de 69,7 mil toneladas para a carne suína, 85,6 mil toneladas para a carne bovina e 328,1 mil toneladas para a carne de frango. E isso significará, em relação ao mês anterior, aumento de mais de 60% para a carne suína e de perto de meio por cento para a carne de frango, com redução de quase 2% para a carne bovina. Já em relação a janeiro de 2016 podem ser registrados incrementos de 78% para a carne suína, de quase 15% para a de frango e de cerca de 10% para a bovina.

AGROLINK

Baixa movimentação no mercado de sebo

Muitos compradores reduziram os negócios nas últimas semanas, mas sem pressão de baixa sobre os preços do sebo bovino

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Brasil Central e no Rio Grande do Sul, o sebo está cotado em R$2,60 por quilo, sem imposto. Para as próximas semanas a tendência é de recuperação na movimentação do mercado, mas ainda sem expectativa de oferta grande de boiadas para abate. Não são esperadas alterações expressivas para o curto prazo no mercado do sebo.

SCOT CONSULTORIA

Demanda por carne pode cair em 2017

Lenta recuperação da economia tende a limitar demanda por carne bovina por mais um ano.

Para o 1° tri, espera-se também maior oferta de animais prontos para abate

Assim como no ano passado, em 2017, o setor pecuário brasileiro terá como principal desafio a demanda doméstica por carne bovina, segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O ritmo lento de crescimento do Brasil projetado para este ano, especialmente até a metade de 2017, deve manter enfraquecido o poder de compra do consumidor. Esse contexto e a expectativa de aumento da oferta podem pressionar as cotações em todos os elos da cadeia ao longo de 2017. O BC (Banco Central) prevê crescimento de 0,5% no PIB para este ano. Uma modificação deste cenário pode vir do mercado externo, que, neste caso, dependerá da movimentação do câmbio, previsto pelo BC em R$ 3,48. A oferta de animais para reposição, por sua vez, tende a iniciar uma recuperação em 2017, devido à diminuição no número de abate de matrizes nos últimos anos, o que pode limitar altas nos preços neste segmento. Dados do IBGE indicam que, desde 2013, o abate de fêmeas em relação ao total se reduziu de 42,04% para 39% em 2015 – na parcial de 2016 (até o terceiro trimestre), o abate de fêmeas representou 39,3% do total. Para o primeiro trimestre do ano, espera-se também maior oferta de animais prontos para abate, relacionado à redução no número de lotes em confinamento em 2016. Segundo o IBGE, o volume de animais abatidos no terceiro trimestre de 2016, período em que boi gordo sai do confinamento, foi 3,5% inferior ao do mesmo período de 2015. Para os trimestres subsequentes, a maior oferta de boi magro e a pressão nos custos de produção podem manter crescente a oferta de boi gordo. Esse cenário de possível demanda interna enfraquecida e de aumento na oferta de animais para abate, por sua vez, pode resultar em queda real de preço em todos os elos da cadeia – cenário observado em 2016. Caso os valores subam, o movimento deve ficar abaixo da inflação esperada para 2017, de 5,13%, de acordo com o BC. Quanto aos custos, em todas as etapas da produção da bovinocultura de corte, devem dar uma trégua neste ano, oscilando abaixo da inflação. Internacional – Projeções do USDA e do FMI indicam crescimento mundial de 2,8% em 2017. A Europa deve seguir em recuperação, ainda que a crise de alguns bancos europeus traga alguma preocupação. Quanto aos EUA, o setor brasileiro teme que o novo presidente norte-americano realize medidas que limitem avanços já adquiridos para a pecuária brasileira, como a abertura do mercado daquele país para a carne bovina in natura. A Ásia é a grande aposta para a carne bovina brasileira – a China adquiriu grandes volumes em 2016. Além disso, as exportações australianas podem se reduzir mais, abrindo espaço para a carne brasileira. Custo de produção – Em todas as etapas da produção da bovinocultura de corte, os custos devem dar uma trégua neste ano ou oscilar abaixo da inflação. Ponderando-se todos os sistemas produtivos, os itens que mais pesam no custo (COE – Custo Operacional Efetivo, ou seja, sem considerar a depreciação), de acordo com levantamento realizado pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), são a compra de animais, que representam 55% dos custos, a suplementação mineral, em torno de 12%, a mão de obra, com 11,7%, gastos administrativos, com 3,4%, e a dieta, 3,1%.

CEPEA

INTERNACIONAL

Produção de carne bovina da Argentina cai 2,2% em 2016, mas deve crescer em 2017, diz associação

O abate total em 2016 ficou próximo de 11,8 milhões de cabeças, 2,9 por cento abaixo do ano anterior

A produção de carne bovina da Argentina caiu para 2,67 milhões de toneladas em 2016, 2,2 por cento abaixo do ano anterior, mas irá crescer em 2017 devido a um clima político mais favorável, disse uma associação do setor nesta segunda-feira. A queda na produção de 2016 ocorreu à medida que produtores reduziram o ritmo de abates a fim de aumentar o tamanho dos rebanhos para aproveitar a eliminação das taxas e restrições de exportação, uma das primeiras medidas do Presidente Mauricio Macri após assumir o cargo em dezembro de 2015.

“Haverá um aumento substancial na produção de carne bovina durante o ano que acabou de começar” disse a Câmara da Indústria e Comércio de Carne (Ciccra) em seu relatório mensal.

As exportações totalizaram 218.500 toneladas em 2016, 10 por cento acima do ano anterior, disse a Ciccra, enquanto o consumo doméstico caiu 4,1 por cento para 57,1 kg por pessoa.

Reuters

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